How you love me now. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 9
Invasão




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P.O.V. Lucy.

Eu estava no meu quarto, sentada na minha cama com a cabeça dando curto. Acabo de receber uma carta dos meus pais, anexada a carta estava uma fotografia da família, da nenê da tia Caroline.

Eu só conseguia chorar. Tava com tanta saudade da minha casa, da minha família, queria poder pegar na neném da tia Caroline que eles batizaram de Elizabeth.

Então, a porta que dá pra fora abre e ele entra voando pela mesma.

—Você é doido?!

Perguntei fechando a porta e ele respondeu:

—Completamente.

—O que?

Ele caiu matando encima de mim e eu nem liguei, eu gostei. Eu deixei ele entrar, talvez porque eu estivesse me sentindo sozinha, carente... daí eu dei. Dei mesmo e foi muito bom. Bem melhor do que eu sonhei que seria.

—Você está bem?

—Melhor do que bem.

—Eu não te mordi, mordi?

—Não. Eu tive que esperar milhares de anos por esse momento, mas eu esperaria mais milhares se fosse preciso. Eu amo você Lucy.

—Eu também amo você Daniel. Ainda não acredito que desvirginei um anjo! Isso deve ser pecado em algum lugar.

—Não tem nada de pecaminoso no que fizemos. Fazer amor não é pecado.

—Concordo, mas desvirginar um anjo deve ser.

—Não se o anjo quis ser desvirginado.

—Tem certeza? Porque eu não vou pro inferno por causa disso não.

—Não vai mesmo.

P.O.V. Daniel.

Essa foi a melhor experiência que eu já tive em milhares de anos. Então, ela me deu um sorriso sacana e disse:

—Já que não é pecado... vamo fazer de novo.

Ela pulou encima de mim. 

—Eu quero tentar uma coisa.

—O que?

Lucy se enfiou embaixo do cobertor e então eu senti... senti a boca dela no meu... bom vocês sabem. E foi incrível.

—É salgado. Minha mãe disse que seria salgado.

—Sua mãe?

—Acha que eu não falo de sexo com minha mãe? Acha que ela nunca fez no meu pai? Eu não nasci de chocadeira não garoto!

Eu dei risada.

—Minha vez.

—Se não quiser fazer, não precisa fazer.

—Eu quero fazer.

E ela tinha um gosto ótimo. Quando ela já não aguentava mais, nós deitamos na cama e ficamos abraçados, eu fiquei sentindo o seu cheiro maravilhoso de perfume floral, de lírios depois da chuva.

Ela já estava dormindo quando eu sussurrei no seu ouvido:

—Você é linda.

Eu nem me lembro de quando deixei a inconsciência me levar, mas quando acordei ela não estava mais na cama.

—Lucy? Lucy?

Ela saiu do banheiro.

—Desculpe, você é tão doce dormindo que fiquei com pena de te acordar.

—Essa camisa é minha?

—Talvez.

Disse ela com aquele sorriso sapeca de criança que apronta.

—Você tem um cheiro gostoso.

Ela se sentou na cama com as pernas cruzadas e olhou pra baixo.

—O que foi?

—Eu queria poder falar com a minha mãe, contar isso pra ela. Eu não acredito que perdi o nascimento da minha terceira prima. Eu odeio esse lugar. Quero ir pra casa.

—Oh, meu amor...

—Desculpe. Não queria estragar a sua felicidade, eu só... sinto tanta falta da minha família.

Ela estava chorando de tristeza, de saudades. E isso eu não podia suportar.

—Eu te levo.

—Tá doido?! A Diretora mata você. Não vou deixar você se encrencar por minha causa.

—Você tinha razão.

—Sobre?

—O verdadeiro amor prevalece e o resto que se exploda.

—Vai se encrencar com a justiça Daniel! Eu to aqui porque o juiz mandou. As sombras mataram uma pessoa.

—As sombras não provocaram o incêndio e nem você Lucy.

—Como pode saber?

—As sombras são anunciadoras, pense nelas como janelas para o passado. Elas estão ligados aos momentos mais importantes das suas vidas.

—E você tem isso também?

—Não. Eu não sou reencarnado.

—Você se lembra de tudo. Você é imortal.

—Sim.

—Eu sinto muito.

Ela me abraçou como se quisesse me consolar.

—Isso não importa mais. Você está aqui pra ficar desta vez.

—É. Não vai se livrar de mim tão fácil.

Eu a segurei no colo.

—Daniel? 

—O que?

—Não acha melhor colocar uma roupa?

—Boa ideia.

Ela deu risada. 

—Toma.

Ela tirou minha camisa e a jogou pra mim e se vestiu. Eu a peguei no colo e me dirigi ao parapeito da enorme porta corrediça.

—Não me diga que vamos voar?

—Vamos.

—Não me deixe cair.

Ela se agarrou mais a mim.

—Nunca.

Quando eu me joguei da janela de cabeça com ela no colo ela gritou:

—Nós vamos morrer!

Eu dei risada e subi.

—Seu sem vergonha! Fez de propósito!

P.O.V. Lucy.

Voar é uma experiência incrível. Estamos voando a dias, começo a ficar preocupada com Daniel, afinal ele não se alimentou e eu não sou lá muito leve.

—Você não quer parar pra comer? Pra descansar?

—Você quer?

—Estou preocupada com você. Não come a dias, o que acontece se você desfalecer? Melhor parar.

P.O.V. Daniel.

Saber que ela se preocupava comigo me comoveu. Na hora da descida ela se agarrou tão fortemente a mim que senti suas unhas na minha pele.

—Ai.

—Oh! Sinto muito. Eu não queria. Toma, bebe.

O sangue dela era mágico, eu senti a magia. Senti minha ferida fechar.

—Melhor?

—Muito.

—Toma, pra você comprar alguma coisa pra comer. Vou sair pra caçar e arrumar um lugar pra gente dormir.

Eu comprei dois hambúrgueres com refrigerante e batata frita.

Ela comeu o dela como se a vida dela dependesse disso.

—Isso não satisfaz, mas é uma delícia.

—Não satisfaz? Eu estou satisfeito.

—É porque você é você. Você é um anjo e eu sou uma vampira. A única coisa que realmente me satisfaz pelo menos por um tempo é aquela coisa escarlate, viscosa e quente.

—Sangue.

—É. Não se preocupe eu me alimentei enquanto você pegava a comida.

—Se alimentou?

—Eu não preciso matar. Só bebo um pouco, faço a pessoa esquecer e passo pra próxima. Meus pais me ensinaram em caso de extrema necessidade como esse por exemplo.

—Se não é um caso de extrema necessidade?

—Bolsa de sangue. Não temos que machucar ninguém e ainda assim satisfaz. Consegui um lugar pra a gente passar a noite.

Era um hotelzinho no meio do nada, não era sujo nem nada, era um lugar relativamente barato e não era uma pocilga.

No dia seguinte já havíamos chegado á cidade de Nova Orleans e á casa de Lucy.

—Me fale mais sobre você Lucy.

—Eu sou imortal. Posso mudar o estado físico e químico da matéria, sou telepata, telecinética. Aos dez, eu vi a minha melhor amiga ser atropelada ela foi buscar a bola e o carro passou encima dela. O nome dela era Jane Anne, por causa da telepatia eu... senti toda a dor dela enquanto ela morria. Eu segurei ela, ela morreu no meu colo. Mas, ai depois que a depressão passou eu fui treinada, aprendi a usar os meus poderes tanto como arma de destruição quanto para reconstruir coisas. Eu tenho telecinése molecular, sou capaz de controlar as moléculas, mudando a forma física de qualquer coisa. Projeção, indução e manipulação mental, posso roubar seus conhecimentos se eu quiser. Posso mexer nas suas memórias, apagar, restaurar, implantar ou altera-las, consigo controlar o corpo dos outros, posso anular qualquer poder de outro e roubá-lo se eu quiser. Em resumo, seus poderes tem limites... os meus não.


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