How you love me now. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 8
Encontro marcado


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/HR9m1QU7nKI?list=PLsWaomHfSoJbvmwBw5fCkZ7c4ubBtK2Kt



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P.O.V. Daniel.

Eu estava na sala de aula quando ouvi a voz dela. Estava cantando.

Assim que ela apareceu na soleira da porta estancou no lugar. Seus olhos se perderam, o corpo caiu.

P.O.V. Lucy.

Eu sabia exatamente onde estava mesmo não sabendo como estava, eu sou andarilha dos sonhos, mas não tem ninguém dormindo, não estou invadindo a mente de ninguém. Estou?

Foi ai que eu me toquei. Estava na minha própria mente, nas partes mais profundas do meu cérebro. 

—Lucy? Lucy!

Eu acordei e levantei.

—Você está bem?

—É. Estou.

—Pode se sentar ali.

—Sim senhora.

Eu me sentei ao lado do garoto e ele se sentia desconfortável e contente com isso ao mesmo tempo.

A Diretora Sophia estava falando sobre anjos caídos e coisas de apocalipse.

—Com licença, mas eu tenho mesmo que assistir á sua aula?

—O que?

—Não sou cristã, nem evangélica, nem católica, nem nada disso. Anjos? Sério? Demônios até acredito eu já vi um, mas anjos? Além do mais qual é o problema do anjo caído escolher o amor? O amor é a única coisa que realmente importa. O verdadeiro amor prevalece e o resto que se exploda.

—Como é?

—Você me ouviu. Só não concorda comigo e eu nem preciso estar na sua cabeça pra saber disso. Os seus pensamentos estão em enoquiano. Você... puta que o pariu!

Comecei a olhar em volta e a me concentrar. Os pensamentos de alguns poucos eram em enoquiano, mas eles eram em enoquiano.

—Puta que o pariu! Vocês quatro... vocês todos? Caramba!

—O que é enoquiano Lucy?

Eu levantei, catei minhas coisas e sai correndo.

P.O.V. Sophia.

Meus pensamentos? Como ela sabia sobre o enoquiano? Saberia ela falar enoquiano?

—Ninguém sai da sala. Eu já volto.

Fui atrás dela, encontrei a porta trancada.

—Lucinda abra a porta.

—Fique longe de mim! Anjos são encrenca! Arcanjos são piores! Vocês são frios, cruéis e loucos!

Eu abri a porta bem a tempo de vê-la pular pela janela.

P.O.V. Daniel.

Eu vi o corpo dela caindo, mas não caia como o de uma pessoa normal, ela caia reta e cheguei bem a tempo de vê-la aterrissar graciosamente no chão.

Ela correu para dentro e pegou na caixa que tinha o seu nome uma lâmina. Era uma lâmina forjada no céu, feita especificamente para matar anjos.

—Lucinda...

—Afaste-se de mim criatura. Ou eu enfio isso em você.

—Lucinda abaixe essa faca.

—Não é uma faca. É uma adaga.

—Onde conseguiu isso?

—Eu tenho meus contatos. Agora, você vai me deixar sair daqui. Ou eu te mato e saio.

—Você mataria um anjo?

—Depois de tudo que vi os anjos fazerem... mataria. De boa e como você é um arcanjo, eu vou adorar cortar a sua maldita garganta!

Cameron veio por trás, mas ela o dominou e colocou a lâmina em sua garganta.

—Se afaste! Ou eu mato ele!

Cameron tomou a lâmina dela e seus olhos mudaram de cor. Lucy estava controlando Cameron e fez com que ele se esfaqueasse.

—Foi mal garoto. Não é nada pessoal.

Ela pegou a lâmina e saiu correndo.

—Ela não é humana. Tudo está diferente agora.

Eu abri as asas e sai voando.

—Lucy!

—Fica longe de mim! 

—Lucy, me deixe falar. Eu só quero conversar.

—Tá.

Eu aterrissei e ela ficou com a lâmina apontada pra mim.

—Desembucha robô alado.

—Não sou um robô alado. Eu sou o anjo rebelde.

—Um arcanjo que acredita no amor? Me amarrota que eu to passada.

—Eu escolho você Lucy. Eu escolho o amor. Sempre vai ser você Lucy, como sempre foi.

—Daniel, eu tenho quase certeza de que a sua diretora me quer morta. Acha que aquele anjo vai tentar me matar?

—Cameron?

—Cameron? Não sabia que Cameron era nome bíblico. Ai Meu Deus, eu não posso matar um anjo se não eu to fodida.

Ela correu. E com certeza nenhum ser humano atingiria aquela velocidade.

—Não. Você não vai morrer pelas minhas mãos.

Ela se mordeu até sangrar e forçou seu sangue pela garganta de Cameron.

—Bebe e deixa de bestagem!

Vi o ferimento cicatrizar. E Lucy se esparramou no chão.

—Porque eu?! É porque eu não comemoro ação de graças e rezo pra um homem morto?! Vá pra puta que o pariu viu?

—Como sabe falar enoquiano?

—Um anjo ensinou minha mãe que me ensinou.

—Sua mãe conhece um anjo?

—Dã!

—Em que hospital você nasceu?

—Eu nasci numa cripta em Nova Orleans. Não tinha nome.

—Você nasceu num cemitério?

—Irônico não acha?

—Porque seria irônico?

—Porque eu to morta. Eu não tenho pulso.

—Você...

—Sim. Nasci morta, mas viva. Eu sou filha dos meus pais!

—E?

—Meu pai é um dos primeiros vampiros do mundo, sou neta de Ester Mikaelson, filha de Elijah Mikaelson e Renesmee Cullen. Eu sou uma das últimas descendentes vivas de Francis Balcoin. Sou uma bomba relógio em forma de adolescente.

—Você é um milagre. É o meu milagre.

—É o que a minha mãe me fala.

—Você é imortal?

—Ah, é.

—Eu não acredito.

—Tá. Se isso te faz feliz.

Eu a peguei e dei-lhe um beijo.

—Não! 

Protestou Cameron.

Quando acabou ela ainda estava viva e disse:

—Não sabia que anjos tinham libido.

—Você ainda tá viva.

—Só que não. Eu meio que to morta. Eu posso entrar?

—Entrar?

—Na sua cabeça. Posso?

—Claro.

 Pensei que fosse alguma brincadeira dela, mas ela pegou minha mão e seus olhos se perderam. Eu senti ela dentro da minha mente.

—Daniel?

—Ela está na minha mente. Ela invadiu as minhas lembranças.

—Como?

—Eu não sei.

Quando ela soltou minha mão, caiu sentada no chão.

—Lucy!

—Puta merda. Eu também me lembro.

—De que?

—De tudo. De tudo isso.

—Tudo isso o que?

—O colar. Eu te dei esse colar.

—Deu. Á muito tempo.

—Você está bem?

—Eu aceito o fato do meu pai ser um vampiro Original, aceito o fato da minha mãe ser uma duplicata meio bruxa meio vampira, aceito o fato do Sam ser filho do Lúcifer, aceito o fato do mundo ser um lugar muito mais misterioso do que eu jamais poderia se quer imaginar, mas isso? Essa mentira eu não aceito! Por causa dessa porcaria de maldição essas sombras me perseguiram a vida toda! Elas mataram o Ed e me mandaram pra esse buraco que nem internet tem! Cercada de seres alados descabeçados que não dão a mínima pra humanidade!


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