Filhos do Dragão escrita por Wallas Reis


Capítulo 6
Armadura


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura e aguardem para muita coisa que esse mundo promete.



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Depois de acordarem daquela visão os jovens estavam meio atordoados e ficaram agoniados com o idoso que ainda encarava eles meio impaciente. 

—Alguma coisa? - Alice pergunta. 

—Acho que não, se vocês se levantarem exatamente agora. 

—Como assim? - Arom pergunta passado sua mão pelo ombro e nuca. 

—Vamos ser atacados e preciso que me ajudem a defender esse local. 

Eles se levantam alongando o corpo e caminham em direção da saída, de trás da árvore e já no quintal, olham para o céu que estava nublado, mas agora se cobria por uma enorme sobra que cada vez mais se aproximava. 

—As gêmeas – O velho pronunciou e todos lhe olharam confuso. 

—Como assim? - May Questionou. 

—Não tenho tempo de explicar isso a vocês agora, eles chegaram! 

Quando May olha, vê as mesmas sombras que lutaram com os seus amigos no dia que seu filho foi assassinado, uma raiva tomou conta dela e quando foi para atacar o idoso segurou em seu braço e lhe reprimiu. Os outros se armaram e foram para batalha, Arom abriu suas enormes asas e com suas escamas protegeu seus braços e atacava as sombras com fortes socos, Yazi bateu suas mãos no ar e enormes garras surgiram dos seus dedos, ele rasgava as sombras com uma facilidade e um ódio impressionante, as meninas se olharam e deram um sorrisinho de lado, respiraram fundo e lançaram chamas que se uniam e formada uma rajada impressionante de fogo que destruía em minutos as sombras. 

—Como eles estão fortes – May fala. 

—Graças a você, só tinha visto eles nessa sintonia uma vez – O velho disse. 

—Como?  

—Nada, e você não vai brigar também? 

—Eu quero, mas não tenho nada disso e nem voc... – Quando ela olha pro lado o velho não estava e só ver um enorme e comprido dragão lutando contra uma sombra que quase lhe atacou, depois voo para longe. 

May se sentiu um pouco inútil, seus amigos e até o velho estavam indo muito bem, o máximo que ela poderia fazer é ficar próxima da árvore e garantir que nenhuma daquelas sombras se aproximasse. Primeiro aguçou seus sentidos pra que ficasse mais atenta, porém ainda era difícil controlar aquilo, ela até conseguiu ouvir os que seus amigos falavam, mas algo que lhe chamou mais atenção foi quando viu a Alice sendo golpeada e voando metros de onde estava, May correu para ajudá-la. 

—Você sempre se machucando né? 

—Fazer o que? Sou boa nisso – Ela fala sentindo uma dor na barriga e pondo a mão no local – E você sempre me ajudando né? 

May grita ao sentir uma dor forte no seu ombro, quando ela olha para trás, percebe que uma sombra que lhe atacou, sentiu tanta raiva, mas seu corpo começa a doer, se apoia nos braços ficando de quatro gritando. 

—May! Relaxe, seu corpo está mudando - Alice fala para ela, que quando olhas para suas mãos ver completa por umas escamas, depois reparando no corpo. 

Ao levantar a cabeça ver a sombra em sua frente, ela chicoteia com seu braço jogando-a pra longe. 

—Geeeeente! A May conseguiu a armadura – Era assim que eles chamavam quando o corpo deles ficavam com a aparência de uma pele de um dragão. 

Todos olham rapidamente para May, mas acabam sendo golpeados pelo fato da distração, sem contar que eram muitos, por mais forte que estavam não conseguiam dar conta daquilo tudo, May se sente mal ao ver seus amigos caídos por sua culpa, as sombras não perdem tempo esticam seus braços e ao invés de ter “mãos” agora tinham afiadas estacas, direcionaram diretamente bem no peito do Yazi, Cristal e Arom que estavam desacordados no chão. O Idoso que tinha sumido depois de proteger May reaparece com um cajado que ele começa a girar, e girando ele cria um forte vento, quando apontava paras sombras as destruíam e qualquer uma que entrasse no raio de vento ia junto, depois de eliminar todos com um pouco de facilidade ao usar o cajado, os três começam a recobrara a consciência.  

—Onde você estava velhote? - Alice pergunta. 

—Preocupado com coisas importante, e uma delas... - Ele faz uma pausa e logo pergunta - Vocês quatro não lembram de nada? 

—Não! - Todos falam *menos o Yazi* 

Interessante, ou nem tanto – Ele diz – Garota escamosa me ajude aqui. 

—É May, esse é meu nome e não isso aí – Ela fala não muito feliz – Okay? 

—Que seja garota... - Ele olha para ela e sorrir – coloque eles quatro juntos. 

Assim ela fez, ajudou cada um a ficar próximos um ao outro, em uma fila horizontal podendo os 4 ficar de frente para o idoso, que pega um saquinho de pano alaranjado do bolso, ele abre e coloca a mão dentro pegando algo e ao tira joga pra cima, era um pó de cor escura, May olha aquilo sem entender e com a mão suja ele se aproxima dos quatro jovens que pareciam tontos depois de inalarem. 

—Você drogou eles? - May pergunta ao ver os amigos. 

—Não! - Ele fala, de frente de Alice e com o dedo sujo esfrega na testa e com a mão aproxima do seu peito, repete a ação com os outros três. 

—Que merda é essa que você está fazendo? - Ela se desespera.  

Nem foi preciso que ele respondesse, pois, os jovens se apoiam em suas canelas colocando a mão nos joelhos abaixando as cabeças e falam: 

—Mestre! - *Menos o Yazi* 

—Como assim? Isso tá muito louco! Quer fazer o favor de me explicar o que é tudo isso? 

—Calma, se não vai ter um ataque de nervos – O velho diz. 

—E como eu me livro disso? - Ela ainda estava com a armadura.  

—Lembra que eu disse que vocês, recém-nascidos passa por... 

—Sim! Sim claro que lembro – May atrapalha o velho. 

—Então, isso que está passando é um processo seu, só você vai ser capaz de fazer sua pele voltar ao “normal” 

—Que ótimo, se fosse fácil assim como fala, não é? - Ela ironiza – E não mude de assunto não, que história é essa de mestre? 

—Eu conheço os quatro, e antes que me pergunte como, prefiro que se sente e se acalme – Ele fala apontando pro chão e May se senta – Bom! A minha história com a deles se une quando eu os conheci no orfanato em que trabalhei, sim pra matar sua curiosidade eu sabia que era um filho do dragão, um dos últimos até, eu tive a missão de ser aquele que procura os de coração puro... – Um nó na garganta o impede de continuar. 

—O que foi, aconteceu algo nesse percurso? 

—Sim, eu falhei – May sentiu a dor dele ao dizer aquilo – Em uma das gerações, duas garotas gêmeas foram corrompidas e começaram a caçar seus irmãos e devora-los, arrancavam seus corações e comiam para poder viver mais, depois dela veio a geração de vocês, eu só conseguir cinco ovos e ainda assim um foi me tirado a força e colocado em um museu para deleite de pessoas que não entendem nada de história e respeito. 

O velho para e se apoia no cajado que tinha usado a pouco, olha para a menina que estava surpresa com tudo aquilo que acabara de saber, na mente dela várias ideias começam a surgir, mas nenhuma delas fazia sentido algum, ela precisava sabe mais de tudo aquilo para ver se conseguia fazer algum sentido. 

—Eles agora se lembram né? - Ela pergunta. 

O velho só assente pra garota, era possível ver a cara de decepcionado com ele mesmo pelo que tinha acontecido com a gêmeas e também com aqueles que estavam em sua frente... 

Continua...  


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Notas finais do capítulo

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