O Diário das Irmãs Martins escrita por sahendy


Capítulo 9
Agindo por impulso


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Espero que vocês gostem. Comentem por favor. Que Deus e a Virgem de Guadalupe as abençoe. Eu amo vocês.



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"A qualquer momento, o cérebro tem 14 bilhões de neurônios sendo disparados a 724,2 km/h. Nós não temos controle algum sobre a maioria deles. Quando temos um arrepio… calafrios. Quando ficamos excitados… adrenalina. O corpo naturalmente segue seus impulsos o que eu acho que é parte do motivo de ser tão difícil para nós controlarmos os nossos. Claro que às vezes a gente tem impulsos que preferiríamos não controlar e que, depois, a gente queria ter controlado.

[…]

 

Ok, eu Paola e Jilian acordamos assustadas com o despertador, por mais que tentássemos nos acostumar com ele nunca conseguimos, mas o pior... Bom, o pior não foi isso. O pior foi acordarmos e nos deparar com o pó. Sim, eu estava ao chão e Paola estava ao meu lado. Ergui minha cabeça com força e vi Jilian na cama, linda e coberta. O sol refletia uma garrafa de tequila, coloco minha mão na cabeça de dor. Já me lembro do que houve aqui. - Paola acorda! - Eu digo a minha irmã que está com sua perna direita em cima do meu bumbum. 

— O que houve nesse quarto, está uma bagunça? - Paola pergunta com dificuldade abrindo seus olhos e encarando a triste realidade do meu quarto naquele estado. Me sento ao chão e com o cabelo todo bagunçado coço meus olhos.

— Não faço ideia, só me lembro de ter tomado tequila e então Jilian pediu para pararmos de beber porque ela iria ficar com muita vontade também, nós deixamos esse resto que está na garrafa e deitamos na cama novamente. Mas, como paramos ao chão? Não faço ideia. 

— Vocês podem calar a boca tem duas pessoas tentando dormir. - Jilian grita a nós e coloca o travesseiro em seu rosto o cobrindo enquanto se referia ao seu bebê e a ela. Paola e eu nos levantamos e limpamos aquela bagunça ao redor, mas ainda precisávamos fazer mais, como Jilian era uma pessoa horrível enquanto estava dormindo saímos do quarto e fomos tomar um banho. Enquanto Paola tomava banho eu desci e preparei café forte para nós e alguns bolinhos. Foi o tempo que Paola se trocou e desceu, então eu subi e tomei banho. Quando me arrumei desci para comer uns bolinhos e ir para a livraria.

— O que você vai dizer a vovó e ao vovô sobre não ter ido ao encontro com Joshua? - Pergunto a Paola enfiando mais um pedaço de bolinho na minha boca.

— "Ah meu Deus, era ontem? Não me lembrei. É que eu fiquei preparando as papeladas da faculdade, e então até me esqueci. Acho que troquei as datas. Perdão vovó!" — Paola diz a mim num tom sarcástico, amanhã seria o dia que ela levaria a papelada da faculdade. Dei risada a ela e depois peguei as chaves e olhei em meu celular, duas ligações perdidas de Carlos Daniel. Retornei a ligação imediatamente deixando Paola comendo. 

Oi, desculpe eu apaguei e não ouvi o celular tocar. Está tudo bem? - Pergunto.

Está tudo bem. E você? - Ele pergunta a mim e ouço um super barulho ao fundo.

Estou bem. Que barulho é esse? 

Estou na biblioteca de Manhattan assinando para alguns fãs. 

Ah. Bom, já sabe quando vai voltar?

Está com saudades? - Seu tom de voz muda, é aquele tom sarcástico que ele usa.

Nãao... Eu só quero saber mesmo. - Eu respondo e dou risada.

Sei que está com saudades. Eu também estou! Mas, ainda não sei quando volto. Tenho que ir. 

Ok, tchau! Não faça nada que eu nã... - O telefone foi desligado.

 

Volto a cozinha e Paola continua devorando os bolinhos, isso só poderia significar uma coisa, ela estava ansiosa. E só haviam três pessoas: Douglas ou meus avós. 

— Quer alguma coisa Paola, talvez uma colher de pau para comer tudo de uma vez. - Eu brinco e pego as chaves novamente pronta para ir para a livraria e ouço Jilian descer as escadas.

— Vou falar com vovô e vovó. É isso! Eu vou falar com eles. E hoje também irei dormir na casa de Douglas. Estou com saudades dele. - Ela afirma. 

— E você vai embora que horas? - Jilian pergunta pegando a xícara e coloca o café. - JILIAN! - Eu grito a ela. - Não, eu não estou expulsando Paola, mas é que sabe hoje eu vou visitar uma senhora no asilo como faço há 2 anos e você vai ficar na livraria presa como sempre. Se Paola ficar ela poderia dar uma limpada no banheiro e no seu quarto. Está podre! - Jilian me responde, eu viro os olhos e continuo olhando Paola devorar os bolinhos, Jilian se aproxima e tenta pegar um bolinho para comer e Paola dá um tapa em sua mão trazendo os bolinhos para perto dela.

— EI! EU E MEU FILHO TEMOS QUE COMER. - Jilian grita a ela. Eu dou risada e aponto para o forno com mais uma rodada de bolinhos, Jilian pega um, eu me aproximo e dou um beijo na testa de Paola e me despeço de Jilian. - Quer um beijo também? - Ela pergunta.

— Não força. - Respondo. Corri para a livraria e daqui há 2 horas Paola deveria pegar o trem para voltar a cidade e fingir que nada havia acontecido. Liguei para minha casa e pedi que falasse com Adelina e pedi para ela me avisar assim que Paola chegasse a cidade.

 

Jilian...

Uma hora depois que Paulina foi para a livraria com muito esforço fiz Paola se levantar e sair do apartamento para pegar o trem. Me arrumei para ir ao asilo visitar a senhora Rosie a visito há 2 anos desde que soube que ela estava de volta na cidade. Só há duas pessoas que sabem de sua existência, Carlos Daniel que a conheceu e Joe quem eu confiei e contei sobre ela. Rosie é a minha única tia viva. Nunca tivemos contato, soube dela quando meus pais faleceram. E no dia do velório o mesmo bando de caipira estava lá, meus avós que adoram viajar o mundo, um tio que estava ocupado demais para ficar todo o velório lá pois tinha uma reunião importante. Dois primos idiotas que não calavam a boca e pela primeira vez vi ela, Rosie estava quieta ao lado de um dos primos, era a única que respeitava a morte de meus pais. 

Quando todos estavam indo embora, Carlos Daniel iria me levar para a casa de meu tio e eu me recusava, então Rosie se ofereceu para cuidar de mim e foi assim que soube da existência de uma tia. Ela não era querida entre todos da família. Isso porque há 56 anos atrás minha mãe Maggie que era a segunda mais velha, elas tinham uma irmã caçula Elisa que faleceu num acidente, e quando digo acidente, quero dizer que minha tia Rosie entrou ao carro de seu pai para ouvir músicas, mas foi inventar de ligar o carro para ter noção de como era dirigir e na época minha tia Rosie que era a mais velha, tinha 12 anos e acabou atropelando Elisa que tinha 6 anos e então, ela faleceu. E a família desde então a rejeitava por isso, inclusive o hipócrita do meu tio Danny que também a negou na família e nem fingiu se importar com meus pais mortos ali. Então, se há alguém com quem eu me importe muito é Rosie que hoje aos 63 anos sofre de câncer terminal e não há ninguém que cuide dela. Mas o milagre é ela estar vivendo a base de remédios. 

Paola...

Peguei o trem e só conseguia pensar no discurso que falaria aos meus avós por não ter ido ao encontro com Joshua e quando eu teria coragem de gritar que não quero fazer direito e quero ser estilista. Felizmente tinha Douglas, Paulina, Jilian e Adelina. 

Hoje a noite eu iria ver Douglas depois do trabalho e então eu pensei em fazer uma surpresa a ele depois de ter ficado alguns dias sem vê-lo. Quando cheguei em casa tive de me esconder nos arbustos pois meus pais estavam saindo para trabalhar, tudo estava normal. Eles nem se tocaram que eu passei a noite fora. Quando entrei na mansão cumprimentei Adelina que foi ligar imediatamente para Paulina avisar que cheguei, Lalinha veio ao quarto e me cumprimentou também e perguntou se eu gostaria de algo. Então pedi que ela saísse e viesse comigo comprar algumas lingeries já que ela era nova e deveria entender daquilo. Ela aceitou! Me troquei e saí rápido para ir comprar. 

Não demorou muito e comprei três lingeries e então pedi para Lalinha voltar e não contar nada a ninguém, só contar a Adelina que fui a casa de Douglas e provavelmente passaria a noite lá já que o pai dele estava viajando, e logo Douglas estaria em casa. 

— Se me permite dizer dona Paola, renove tudo. Homens adoram novidade! - Lalinha me diz e entra ao táxi voltando para a mansão. Aceno a ela dando tchau e vou para a casa de Douglas.

Pensei no que Lalinha me disse e então guardei a lingerie no guarda-roupas de Douglas, arrumei sua casa e então iria inovar. E já tinha ideia de como...

 Paulina...

Estava na hora de fechar a livraria e assim o fiz, arrumei as coisas e fechei a livraria e fui direto para o apartamento, me deitei no sofá e fiquei lendo Um Porto Seguro de Nicholas Sparks, e depois de ter chegado a metade do livro me levanto e esquento algo no microondas para comer, mas me esqueci que ali somente eu cozinhava então preparei algo para comer. Jantei bem rápido e então subi para o meu quarto, liguei o notebook e fui ver as notícias e então logo de impacto estava lá.

"O novo amor de Carlos Daniel Bracho"

"O escritor e pintor Carlos Daniel Bracho de 25 anos contou a revista People hoje [27/03/2016] que conheceu uma garota incrível. Sem dar muitos detalhes o escritor ainda brincou "Não há nada de Belo Desastre com ela. Apenas Belo!" e depois do nosso papparazzi perguntar o nome da moça ele trocou o assunto dizendo que em breve mais notícias sobre um possível novo romance que ele iria escrever."

Estava muito feliz, queria poder ficar com ele. Só há uma coisa: Eu tenho medo de relacionamento.

Paola...

Não demorou muito e ouvi o barulho da porta se abrir fiquei na cama de Douglas o esperando, meu coração estava acelerado e eu estava totalmente nua na sua cama. Agi pelo impulso de tentar conquista-lo. A porta dele se abre, me arrumo mais uma vez na cama e estou com um sorriso enorme no rosto. 

— Paola! - Ele diz assustado. 

— O que foi amor? - Eu pergunto, e então descubro, uma mulher aparece atrás dele, pego o cobertor e me cubro rapidamente totalmente corada. 

— Então essa é a sua namorada? - A mulher pergunta, e eu já tinha visto ela por foto. Era a mãe de Douglas Maldonado. 

"O corpo é escravo de seus impulsos. Mas o que nos torna humanos é o que conseguimos controlar. Depois da tempestade, depois da correria, depois do calor do momento, nós podemos esfriar a cabeça e limpar a bagunça que fizemos. Nós podemos tentar desencanar do ocorrido. Mas então, novamente…"

Paulina...

Jilian entrou ao meu quarto bem tarde e pulou na minha cama toda animada.

— Adivinha quem eu encontrei. - Jilian me diz toda animada, ainda com os olhos fechados por tentar dormir eu pergunto.

— Quem?

— Joe. Nós voltamos. - Ela respondeu.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Por favor comentem. Obrigada.