O Diário das Irmãs Martins escrita por sahendy


Capítulo 21
Agora ou nunca


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! As fanfics "Felizes para Sempre" e "Antes que Terminam o dia" andam um pouco largadas, irei voltar com elas, e tentarei manter as três fics, para o final de felizes para sempre e continuarei o antes que termine o dia e claro essa fic também. Então, por favor comentem o que vocês acham da fic, dos personagens, qualquer coisa. Que Deus e a Virgem de Guadalupe as abençoe. Eu amo vocês.



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"Toda célula do corpo humano se regenera em média a cada sete anos. Como cobras, da nossa maneira nós mudamos de pele. Biologicamente somos novas pessoas. Podemos parecer os mesmos, provavelmente somos. A mudança não é visível, pelo menos não para a maioria. Mas todos mudamos, completamente. Para sempre.

[…]

 

3h depois...

Peter foi embora. Meus sentimentos estavam muito confusos ali na hora, fiquei com Carlos Daniel para limpar a casa com ele - o melhor nele era que apesar de ser famoso, Carlos Daniel não gostava dos luxos que não acabavam mais - lavei os pratos do jantar e da sobremesa, enquanto ele limpava o chão (uma vassoura, ele não sabia limpar direito) ao terminarmos desligamos as luzes da casa e fomos para o seu quarto, Carlos Daniel retirou sua camisa e a jogou na cama e deitou um pouco na cama, entrei em seu closet e retirei meu vestido.

— Vem aqui. - Ele me chama, estou apenas de sutiã e calcinha, olho para o lado e dou um sorriso a ele discordando logo em seguida. - Amor. - Ele me chama novamente, retiro o meu sutiã e viro para trás. - Não me tortura Paulina.

— Vou tomar um banho agora. - Respondo a ele e me viro fazendo pose na porta do closet o provocando.

— Hm... - Ele responde e se levanta retirando a calça também. Dou uma olhada e coloco meu dedo entre meus dentes.

— Quer tomar banho comigo? - Pergunto e me viro caminhando até o banheiro dele, encho a banheira e olho para o espelho do banheiro dele e o vejo parado na porta me observando, jogo meu cabelo para frente e dou uma olhada de canto para ele que sorri e vai se aproximando ainda mais de mim.

Carlos Daniel segurou em minha cintura me puxando para mais perto dele e beijou minha nuca deixando meu corpo totalmente arrepiado. Segurei em uma de suas mãos enquanto a outra passeava pelas minhas costas até chegas na raiz do meu cabelo puxando-o para trás, curvo meu corpo sobre a pia e Carlos Daniel beija minhas costas passando suas mãos sobre minha coxa. 

Caminho até a banheira e o trago junto a mim coloco meu pé dentro dela e me viro para ele que mexe em seu cabelo e dá uma olhada de cima a baixo para mim, retiro minha calcinha e a jogo no banheiro, olho para ele mais uma vez e dou um sorriso. Carlos Daniel se aproxima da banheira e me beija, sinto sua mão apertando minha bunda. 

— Carlos Daniel. - Gemi quando senti seu dedo dentro de minha vagina.

— Shiu. - Ele me respondeu, sentia seu pênis ereto, ergui uma de minhas pernas e a levantei, ele sorriu - malicioso- mordeu meu lábio inferior e introduziu seu pênis em minha vagina depois de ter certeza que eu estava úmida.

Jilian...

— Não acredito que você me pediu em casamento ainda. - Digo ao Mark que olha constantemente no relógio. - O que foi? - Pergunto.

— É aqui. Chegamos. - Ele respondeu e deu um sorriso a mim segurando em minhas mãos, olhei para o lado e era uma casa com cerquinhas brancas e flores azuis em volta. 

— Onde estamos? 

— Vamos nos casar aqui. - Ele respondeu. Dei um sorriso novamente olhando mais atentamente a casa. - Aqui é a casa da minha mãe, ela não pode se levantar agora porque quebrou o tornozelo, você sabe... Mas, ela não quer perder o casamento.

— Como ela sabe do casamento Mark? Não me diga que... Safado! - Dou um tapa em seu braço e ele dá risada me puxando para mais perto dele. - Você já sabia que eu iria dizer sim. Ele concorda e lentamente se aproxima de mim curiosamente seu beijo me fazia sonhar nas nuvens, Mark cuidava de mim e principalmente do meu bebê. O gosto do beijo de Mark me despertava desejos, me despertava sonhos e me despertava amor. Amor. Mais amor. Custo a acreditar que amo tanto um cara, o amo mais do que poderia amar uma tequila, meus cigarros ou um delicioso "petit gateau". 

— É... Eu fiz isso, e já separei seu vestido, o padre, e as bebidas. - Ele me disse. 

— Ah, mas se você separou um vestido branco e longo eu não vou usar. - Respondi. 

— É da cor creme, eu sabia que você não usaria o vestido branco. 

— É sexista! 

Paola...

— Eu estou tão feliz porque você voltou amor. - Digo ao Douglas assim que entramos no apartamento, ele jogou sua mala na sala e me jogou ao sofá e me beijou. - Seu aniversário foi há 2 dias, eu fiz um bolo. Quer comê-lo? 

— Eu quero comer outra coisa Paola. 

— Mas... 

— Mas nada... Passei meu aniversário numa sala de reuniões, eu quero comemorar hoje. 

— Você quem manda chefe. 

— Adoro quando você fala assim. 

— C-H-E-F-E.

— Melhor. - Douglas responde.

No dia seguinte... 

9h00 - Jilian...

Mark dormiu em sua casa e eu no apartamento totalmente sozinha, despertei com o telefone tocando era Marta me pedindo para ir até o asilo assinar uns papéis da minha tia - eu era a única que a visitava - tentei dar alguma desculpa, mas não consegui estava adiando esse dia. Me levantei e tomei um rápido banho. Ao descer as escadas peguei alguns cookies de granola que Mark havia deixado e saí de casa, mas ao sair me dei de cara com Paulina. 

— O que está fazendo aqui? - Pergunto.

— Mark me ligou pedindo pra eu vir e ter certeza que você não irá fugir... - Paulina respondeu, respirou fundo. - Não vai fugir ne? - Ela pergunta, dou um sorriso.

— Não vou fugir. - Respondo. - Estou indo ao asilo agora para assinar uns papéis, e eu quero que você arranje um vestido porque será minha dama de conveniência. 

— Honra. 

— Que seja. É hoje, ás 21h não se atrase por favor.

— Jilian, espere... - Paulina me segura, me viro para ela e coloco a touca pelo frio que faz. - Eu estou muito feliz por você, juro. Mas, para que casar tão rápido?

— Para que? - Pergunto. - Você não percebe? Paulina... Minha tia Rosie nunca teve alguém que a amasse verdadeiramente como eu a amo. Ninguém a visita, e agora ela está apaixonada pelo tal de Alex. Ela acha que é seu príncipe encantado. Quero dizer, ele provavelmente ela morrerá logo. As possibilidades são. Então, sim, eu vou me casar, hoje Paulina, porque eu acho que é importante ter o tempo para contar as pessoas que você ama o quanto você os ama, enquanto eles podem ouvi-lo. - Respondo.

— Você mudou Jilian Rose Campbell. 

— Eu te amo Paulina Martins. - Ela sorri e se vira pra mim. - Eu vou te abraçar. - A abraço bem forte e ouço Paulina sussurrar em meu ouvido. - Eu te amo Jilian Rose. 

— Espere Jilian! - Ela me chama novamente e vem ao meu encontro. E retira do seu bolso sua agenda arrancando uma folha. - Esta é a minha presilha que ganhei aos 8 anos, é velha... - E esta... - Paulina retira seu esmalte da cor azul. - É meu esmalte azul e novo, pronto. Agora pode ir. Você está segura! Irei arrumar um vestido e ás 21h venho te pegar e leva-la ao seu casamento. NÃO FOGE. 

 

Quando cheguei no asilo procurei por Marta e vi minha tia toda desorientada olhando para o nada, Marta me disse que ela não estava comendo direito desde que não viu mais o Alex, tentei parecer complacente mas a verdade é que o estado de minha tia era tão grave e avançado que havia perdido as esperanças. 

— Cadê os papéis? Tenho que ir rápido hoje. Vocês não poderiam fazer isso? - Pergunto a Marta que caminha indo buscar os papéis.

— Quer deixar a vida da sua tia em mãos de estranhos? - Marta questiona. Continuo caminho atrás dela. Entramos em sua sala e ela procura nas gavetas a papelada e quando as acha coloca em cima da mesa, me sento e pego uma caneta assinando os papéis e logo Nicholas o enfermeiro do asilo chega com minha tia. 

Ela se senta e respira fundo assustada. 

— Tia, a senhora pode assinar aqui? - Pergunto a ela que me olha assustada e sem entender nada. - Tia? Tia Rosie? Assine aqui. - Peço mais uma vez. - Irá trazer o Alex de volta. - Minha tia se alegrou e finalmente com muito esforço assinou apenas o primeiro nome. 

— Cadê o meu Alex? 

— Logo ele chega tia. - Respondo e o enfermeiro a leva de volta. 

— Não deveria ter feito isso dona Jilian. - Marta briga comigo.

Paulina...

Já era tarde e eu havia ligado para Mark que estava com os amigos na casa de sua mãe arrumando os preparativos para o casamento, procurei um vestido no meio daquela bagunça e quando achei voltei para a casa de Carlos Daniel. Estávamos nos arrumando e para mim tudo estava bem, mas novamente era só para mim. 

— Quando vamos nos casar? - Ele me pergunta. 

— O que? Está cedo demais. - Respondo e coloco o salto. 

— Temos que conversar sobre isso Paulina. Temos que conversar. 

— "Talvez não haja um felizes para sempre" - Repito a frase que uma vez minha mãe me disse quando eu havia brigado com Ian.

— Você está sempre fugindo Paulina. Eu digo fica, você vai. Eu peço por favor, você diz não. Eu não sei mais o que você quer. 

— Temos que ir ao casamento. - Respondo a ele que me puxa para mais perto. 

— Paulina...  - Ele sussurra.

— Quer terminar Carlos Daniel? Então fale, olhe para mim e diga.

— Não é simples, você não entende? - Ele dá um soco na parede e volta nervoso. 

— É simples sim. Olhe nos meus olhos e diga "Paulina, acabou. Eu não quero mais namorar você" eu vou entender, vai demorar mas eu vou superar. 

— Mas eu não. Porque eu quero namorar você, porque eu te amo. Eu estou aqui, mas você não está. 

— O casamento. Tenho que ir ao casamento, Jilian vai se casar. - Respondo novamente e caminho para fora do quarto indo até o carro dele o esperando.

Assim que chegamos a casa de Mark tudo estava arrumado, mas nenhum sinal de Jilian, faltava uns minutos para ir busca-la ainda, Mark estava muito nervoso, sua mãe que tinha conhecido há pouco tempo conversava com todos entusiasmada para o casamento dele. 

— Pode ir ver se Jilian já está pronta? - Mark me pergunta, respondo que sim e pego meu casaco para ir até o apartamento que não ficava longe. 

Quando cheguei no apartamento ainda não havia encontrado Jilian e vi seu vestido ainda em sua cama, liguei para ela e mandei muitas mensagens, voltei para a casa de Mark mas não queria assusta-lo, mas já havia dado o horário. 

Meu celular tocou e eu fui para o banheiro atender Jilian que estava desesperada. 

— Eu não vou me casar Paulina. - Ela gritava e chorava.

— Onde você está? - Perguntei nervosa.

— No hospital, minha tia teve uma parada cardíaca e vai ficar uma noite no hospital. Eu estou com medo Paulina. 

— Jilian, eu vou aí. Não se preocupe. - Respondo. Desligo o celular e caminho até a sala passando por Carlos Daniel, os amigos de Mark e a mãe dele, o Peter que sorriu em me ver e Paola sabia que algo havia acontecido pela expressão que eu carregava, ao lado do padre, gritei. - Acabou o casamento. Acabou mesmo. - E saio de lá, Mark me puxa e pergunta o que aconteceu, eu respondo a ele que volta e diz que teria que adiar a data pois a noiva teve um problema. 

Caminho até Carlos Daniel que está perto da porta de saída.

— Acabou mesmo? - Ele pergunta, abaixo a minha cabeça e ele respira fundo pegando seu casaco e saí da sala. "Acabou mesmo Carlos Daniel" pensei.

Quando dizemos coisas como ‘as pessoas não mudam’… deixamos os cientistas loucos, porque a mudança é literalmente a única constante da ciência. Energia. Matéria. Estão sempre mudando, transformando-se, fundindo-se, crescendo, morrendo. O modo como as pessoas tentam não mudar que não é natural. Como queremos que as coisas voltem, em vez de as aceitarmos. Como nos prendemos a velhas memórias, em vez de criarmos novas. O modo como insistimos em acreditar, apesar de todas as provas contrárias, de que algo nessa vida é permanente. A mudança é constante. Como experimentamos a mudança é que depende de nós. Pode parecer a morte ou uma segunda chance na vida. Se relaxarmos os dedos, nos desapegar, irmos em frente, pode ser adrenalina pura. Como se a qualquer momento tivéssemos uma nova chance na vida. Como se a qualquer momento, pudéssemos nascer de novo!"

 


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? O único casal que vejo aí além de Paola e Douglas, é Paulina e Jilian que não se desgrudam. Espero que tenham gostado. Obrigada.