" You know our love was meant to be,

That kind of love that lasts forever;

And I want you here with me,

From tonight until the end of  time..."

You're the inspiration

Chicago

Cobertura do hotel Star Plaza

Sara

—Vocês tinham que ver a cara da megera! - comenta Thea, sentada no colo de Roy - Se olhar matasse,todos nós teríamos morrido fulminados na mesma hora.

A cerimônia de casamento de Dastan e Helena, Cisco e Tallya acabara a cerca de uma hora. Tinha sido discreta e simples. Ambas estavam lindas.Nyssa também estava surpreendentemente bonita. Não sei se por estar acostumada a vê-la sempre vestida de "soldado", me surpreendi com seus trajes. Usava um tipo de sari festivo tipico de seu país de origem, Vietnan, os cabelos presos em uma trança, enfeitados, maquiagem discreta, impressionando a todos.O pai deles ,Terry All Hagun, é ministro ordenado (de uma igreja de verdade) e tem autorização para celebrar uniões,  encarregou-se da cerimônia. Eu, particurlamente, tinha gostado dele,apesar de ser meio assustador. Tommy por sua vez, ficou com "o pé atrás" --" Bem atrás" - me confessará, assim como Oliver. Lis disse ter sentido um arrepio na espinha ao ser apresentada ao homem e Laurel jurou que não,mas dava pra ver em seus olhos que estava com medo..Só não entendia o por quê--" É como se ele tivesse algum mal pra me fazer!" ,cochichou ao ouvido de Ray, não baixo o suficiente. A sensação dela era compartilhada por Thea,Roy, Barry e Cait, que se mantiveram surpreendentemente quietos durante toda a cerimônia.

—Ninguém conhece o Ha's e fica imune - dissera meu pai - Ele sempre afeta as pessoas que o conhecem. Seja positiva ou negativamente.

Descobrimos, um pouco antes de ele chegar, que o compromisso ao qual Malcom e Rebecca haviam comparecido mais cedo era com ele,bem como Robert e Moira, Wells e Donna e meus pais. Outra descoberta que fizemos foi que a candidata a madrasta de Nyssa, Dastan e Tallya era ninguém menos do que Amanda Weller.

—Ela estava com tanta raiva,mas com tanta raiva, que se mordesse a própria língua morreria envenenada! - continua Thea

—E a sorte que não temos de isso acontecer?- comenta Barry

—Infelizmente, algumas peçonhentas são imunes ao próprio veneno. - diz Duda, trazendo uma bandeja com docinhos e salgados para nós - Seleção natural - completa, dando de ombros, e rimos.

—Falou quem entende do assunto - elogia Oliver, piscando para ela, fazendo a garota corar, pedindo licença, saindo em seguida.

—O fato é que Isabel jurou não ter nada a ver com os atentados que sofri - Tommy revela, acariciando meu braço, sério.

—E você acredita nisso?-questiona Oliver.

—Não sei Ollie. - admite - O discursso dela foi bem convincente.

—E coerente - acrescento - Pelo menos a parte que ouvi.Detesto admitir, mas a verdade é que ela,desde o começo, deixou claro que quer transar com Tommy e não matá-lo - sinto naúseas só de imaginá-lo na cama com aquela vagabunda.

—E quando Isabel quer uma coisa, não descansa até conseguir - divaga Ray,sem perceber que pensara alto.

—Nisso meu querido marido tem experiência, não é mesmo?? - argumenta Laurel, sem esconder o ciúme, e ele a encara, pensativo.

Ray e Isabel haviam se conhecido alguns anos atrás, quando ele ainda era um adolescente. Na época, ele era inexperiente e se deixou seduzir e ser usado, de várias maneiras, por ela, a tal ponto que o pai dele precisou interferir para que o filho não se auto destruisse e não entregasse o patrimônio da família de bandeja nas mãos da mulher. Pelo  que Laurel nos contara, Ray sofreu muito nas mãos da megera. Tanto emocional quanto fisicamente. Mesmo sabendo disso, minha irmã não conseguia evitar muito menos esconder o ciúme a raiva que os fatos lhe causavam.

—Me desculpe amor, sei que não teve culpa, mas não posso negar que isso mexe comigo! - confessa, acariciando o rosto do marido.

—Na verdade,tive um pouco de culpa de sim - fala e o olhamos sem entender - Fui alertado várias vezes, por várias pessoas, que não deveria me envolver com ela, para ter cuidado, que ela não era o anjo que fingia ser, enfim...- suspira - Se não tivesse sido tão teimoso, orgulho e prepotente, além de convencido, - ensaia um sorriso - não teria passado por tudo que passei nem feito minha família e amigos passarem junto comigo.- diz,tristemente - Por isso que admiro sua atitude Tommy. Desede o início manteve-se firme..- Tommy o interrompe.

—Eu tive Sara, Ray,e você não - declara,me surpreendendo - Conheci Sara bem antes de Isabel e, mesmo sem saber , já era apaixonado por ela - me encara, rindo de minha cara de espanto - Por que acha que nenhuma garota conseguia me segurar por mais de uma noite loirinha? Que todas deixavam de ser interessantes assim que a transa acabava?

—Nisso eu Thea somos testemunhas - revela Ollie,piscando para a irmã.

—Verdade Sara! - assente minha cunhada - Ele nunca tentou nada antes por que você sempre deixou claro que não estava a fim de compromisso...- é a vez de Laurel intervir.

—Porque ela acreditava que era assim que Tommy também pensava, - revela sorrindo.

—Ou seja... - Barry começa, parando a seguir, erguendo os braços como um maestro

—O casal perfeito!!! - exclamam em coro ele, Cait, Lis,Ollie,Thea, Roy, Laurel e Ray , chamando a atenção de nossos pais e os demais convidados que estavam na sala da cobertura, que nos olharam como se fossemos malucos.

—De fato Tommy, se já conhecesse Laurel na época, dificilmente teria caído nas garras daquela mulher - reflete.

—Eu? E quanto a Anna,sua ex noiva?- questiona Laurel,surpresa.

—O que sentia por Anna não chega nem perto do que sinto por você! - confessa, abraçando e beijando minha irmã com paixão, deixando-a corada e sem fôlego no final do beijo.

—Se Isabel não foi realmente responsável pelos atentados contra você Tommy, quem foi?- questiona Lis.

—Uma pessoa mais  vingativa do que ela -ouvimos a voz do Ha's, que entrava na varanda - Acredito que, no fundo, desde que conversou com ela, você sabem de quem estou falando, não é mesmo meu jovem? - inquere olhando diretamente para Tommy.

—Slade - escuto Tommy dizer, a voz caregada de preocupação, enquanto o Ha's concorda com um aceno.

—Ele descobriu o motivo do suicidio da filha e quer vingança - revela - Se acha Isabel decidida, -olha para Ray -  não conhece a determinação de Slade - afirma - Se ele se limitar a você, como parece estar acontecendo, agradeça.- dirige seu olhar para Tommy - Normalmente, ele parte para ataques contra as pessoas que amamos - uma sombra passa por seu olhar, que endurece, ficando frio como aço. 

—Não vou deixar que ele faça nada contra minha família - Malcom se manifesta - Ou qualquer um próximo a nós.

—O que aconteceu foi uma fatalidade - diz Donna - Ele não pode querer culpar Thomas por isso.

—Uma pessoa normal não culparia senhora Well - Dastan fala parado ao lado de Donna,Helana ao seu lado - Mas na mente distorcida de Slade, Tommy é sim responsável pela morte da filha....

—E se ele resolver "caçar" - Helena intervem - Vamos ter problemas. Muitos problemas. -alerta.

—Então não vamos esperar que o faço. Vamos nos adiantar a ele.Mas para isso - olha novamente em direção a Tommy e quando o faz,sinto uma dor e um frio intenso me atingirem - Precisamos de sua colaboração. Terá que se arriscar se quiser evitar que aqueles que ama sofram

—Não vou permitir que meu filho se exponha Terry. Está fora de cogitação - afirma Malcom.

—A escolha não cabe a você meu caro - diz tranquilamente - Que me diz meu jovem? - questiona encarando Tommy e sinto o sangue fugir de meu rosto ao escutar sua resposta

—O que tenho que fazer?

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Um mês depois

Tommy

Chego a Global para mais um dia de trabalho. Depois daquela tarde no escritório, até hoje, Isabel simplesmente desapareceu. Sabia, por Dastan e Helena, que a vigiavam, que permanecia na cidade,mas não tentou se aproximar de mim novamente. Bárbara se dispôs a ajudar no que fosse preciso, visto que tinha uma questão não resolvida com Isabel. Ela ,Helena e Nyssa, com quem revelou estar tendo um relacionamento , se conheceram durante uma investigação sobre a mulher.  Isabel conseguiu escapar impune da acusação do assassinato do então noivo dela, um promotor que investigava seu envolvimento com tráfico humano.

No geral, excerto pelo fato de  eu e Sara termos nos mudado em definitivo para nosso apartamento, nossa rotina não mudara: saíamos para trabalhar todos os dias, sempre com os seguranças da equipe de Diggle, nos acompanhando. Voltavámos direto para casa ao final do dia,quando não havia consultas ( o último exame revelou que Sara esperava um menino!), jantavámos, geralmente na companhia de Oliver,Felicity, Roy e Thea ( que praticamente se mudou para nosso apartamento para ajudar a montar o quarto do sobrinho) e ocasionalmente de nossos pais. Nos finais de semana, íamos para a fazenda dos Queen, aproveitar enquanto o inverno não chegava .

Apesar da aparente calmaria, o Ha's nos alertava constantemente para não baixarmos a guarda. A seu pedido, Oliver e Felicity, Ray,Laurel e seus filhos e principalmente Thea, tiveram sua segurança reforçada.

—Não se preocupe com seus pais,eles não serão alvo - advertiu-me quando falamos sobre qual melhor momento para colocar seu plano em prática - Ele quer você e se quiser atingi-lo  será através de sua mulher, seja ela própria o alvo ou a irmã e os sobrinhos, seu melhor amigo e a esposa e sua irmã. É importante não relaxar pois é nestes momentos que ele costuma agir. -dissera e para minha tristeza, descobri que estava certo.

Era uma sexta feira. A última do mês. No final de semana iriamos para a fazenda a fim de comemorar o aniversário de Barry.Tinha acabado de chegar a garagem no edifícil da Global quando meu celular toca. Pego-o, sorrindo ao ver a foto de Thea aparecer no visor. Nós haviamos almoçados juntos aquele dia e a deixará na companhia de Laurel e os filhos no shopping,procurando um presente para Barry.

—O que foi maninha, não conseguiu escolher o presente do Allen , comprou meio shopping e agora está precisando de um motorista ? - provoco-a.

< Infelizmente, sua irmã não pode atender no momento Thomas..> paro, o coração dando um salto.

—Slade! -exclamo - O que fez com Thea? -pergunto, sentindo a boca secar.

< Nada. Por hora.Ela e seus sobrinhos, são seus sobrinhos não é? Já que pretende casar com a tia deles, estão bem. Por hora. > ameaça. Aperto o aparelho nas mãos, uma sensação de raiva e impotência ..< Se quiser que permaneçam assim, aconselho se livrar de seus amiguinhos e vir nos encotrar. Caso contrário..> escuto as crianças gritarem seguida de ameaças de Thea para não tocarem nelas. ...

—Não os machuque Slade, seu problema é comigo - peço

< Venha me encontrar e decidimos tudo. Seja rápido Merlyn> assim que desliga, uma mensagem com um endereço surge. Sabia que teria que ser rápido se não quisesse perder a oportunidade.

Entro no carro e me dirijo para uma das saídas do prédio. Assim que saio, o carro com os seguranças começa a me seguir. Sigo normalmente até o primeiro sinal. Quando fecha, acelero passando entre os carros que vinham de outras direções, causando uma enorme confusão.

Sigo em alta velocidade até o local indicado. Quando estaciono do lado de fora do prédio, sinto o ar me faltar ao reconhecer o carro de Sara parado mais a frente.

—Não, meu Deus, não!- largo o carro aberto, correndo o mais rápido que consigo, só parando quando a vejo. Ela, Thea e as crianças estão presas em uma espécie de redoma de vidro. Me aproximo com cuidado, olhando ao meu redor.

—Sara - chamo  e ela e Thea erguem a cabeça.

—NÃO,TOMMY VÁ EMBORA! -gritam, fazendo sinais com as mãos para que me afaste - VOLTE, POR FAVOR! TOMMY NÃO!

Quando chego junto a redoma, vários homens surgem vindos do telhado do prédio,me cercando, enquanto Slade e dois outros homens descem do lado de dentro da redoma. Slade segura Sara pelos cabelos,fazendo-a se ajoelhar da mesma forma o outro homem repete o gesto com Thea. O terceiro agarra as crianças, levando-as para um canto.

—NÃO! - me ajoelho diante do vidro,as lágrimas escorrendo- Slade, por favor, deixe-as ir !-imploro, vendo-os apontar uma arma para acabeça da mulher que amo e de mihha irmã - NÃO! Por favor, faço o que quiser,mas não as machuque. Por favor! - imploro, encostando as mãos no vidro..-- SLADE! - ele me encara, o rosto inexpressivo. Então faz um gesto para um de seus homens, que se aproxima de mim,colocando uma arma ao meu lado.

—Escolha Thomas: elas ou você? Quem vive e quem morre? - pergunta, os olhos brilhando- Pegue a arma - ordena e obedeço - Atire e elas vivem - afirma.

—Como posso saber que não vai matá-las  assim que eu obedecer? - argumento.

—Lhe dou minha palavra. - assegura- Atire e nada acontecrá a elas ou as crianças.  Sua vida pela delas.- diz - Pela de minha filha!- acrescenta.

Encaro o homem que ameaça as duas pessoas que mais amo nessa vida. Que ameaça a vida de meu filho. Em seguida,olho para Thea e Sara, que sussuram 'nãos' para mim, entre lágrimas. Lentamente,levo a arma até minha cabeça,sob seus olhares apavorados, encostando o cano em minha têmpora, sussurrando um ' eu te amo' para Sara antes de puxar o gatilho...

 "...you should know, everywhere I go,

Alwyas on my mind,in my heart,

In my soul...baby.."