SEM MEDO DE AMAR escrita por Regina Rhodes Merlyn
Notas iniciais do capítulo
O que é melhor depois de uma briga? ...Fazer as pazes!. Tá,o ideal é a briga nem acontecer. Mas relacionamentos são assim mesmo. Um pelos pés,outro pela cabeça,como dizem aqui na terrinha. Então vamos tratar de hastear logo a bandeira branca e voltara as boas porque o tempo é precioso!
Agradeço a todas rewiews que tenho recebido em todas as fics. Vocês me alegram demais flores.
Vamos ao que interessa. Boa leitura.
P.S: Sorry se por acaso eu ficar muito "melosa",é que ainda estou sob o efeito da maiquelinda descrição de Tommy que já vi até hoje!!! Luzi,assim você me mata!
"....I've loved you forever, in lifetimes before;
And I promisse you never,will you hurt anymore;
I give you my word,I give you my heart;
This is a battle we've won..."
This I promisse you
Nsync
Tommy
Abro os olhos devagar, a cabeça latejando violentamente,um gosto amargo na boca . Levo a mão a testa enxugando o suor com o dorso, sentindo alguma coisa áspera aranhar a pele. Olho e vejo o curativo. Aos poucos a lembrança dos acontecimentos volta a minha mente,me fazendo sentar na cama de sobressalto,causando dores por todo o corpo. Faço uma careta,gemendo.
—Está tudo bem. -escuto a voz de Sara e me viro vendo-a sentar-se na cama ao meu lado - Já passou Tommy. -diz acariciando meu rosto.
—Que horas são?...Onde estou? Como.. -pergunto confuso,olhando ao redor,começando a reconhecer o local - Meu quarto?? -olho-a ainda mais confuso. Ela confirma com a cabeça.
—Seu pai achou melhor trazer você pra cá para poder tranquilizar sua mãe.-explica -Rebecca estava muito nervosa e por mais que garantíssemos que estava bem,não acreditou até você chegar.
Enquanto fala,olho seu rosto. Está muito pálida e abatida,com olheiras profundas,a expressão cansada e os olhos ainda vermelhos e inchados indicando que havia chorado.
—Precisava me ver ontem! - exclama ao perceber que a analisava,um sorriso fraco nos lábios.
Toco seu rosto e ela fecha os olhos sem conseguir reprimir uma lágrima que teima em cair. Ao fazer o gesto,vejo que minha outra mão também possui um curativo. Junto as duas a minha frente,girando-as. Fecho os olhos e relembro a cena: o homem mascarado que tentava me sufocar com um barbante,o sangue nas mãos cortadas pelo objeto na tentativa de me defender,depois... Escuridão, para depois de um longo tempo voltar a ficar tudo claro novamente.
—Quanto tempo? - quero saber.
—Um dia e meio -informa.--Você teve que ser sedado. Estava agitado por causa da droga em seu sangue.
—Droga?? - pergunto sem entender - Lembro de um homem me sufocar,de ter apagado e quando voltei,você e os outros estavam ao meu redor,no apartamento de Ollie e Lis...Lembro de ter sentado na cama e de estar conversando com vocês....De ter sentindo uma ardência estranha por todo corpo...De sentir uma dor angustiante...de sentir medo!
—Efeitos da droga.- explica - O barbante com que ele tentou...-respira fundo antes de prosseguir com voz embargada - Tinha um tipo de droga impregnado nele. Quando acordou,por ela ter entrado em seu sangue,causou os sintomas que lembra, além de alucinações. Foi preciso que John e Oliver te contivessem para evitar que se machucasse mais seriamente. Cait só te sedou quando não estavam mais conseguindo te segurar.-finaliza num sussurro.
A medida em que Sara falava,algumas imagens me vinham a mente. Começo a sentir um desconforto .
—Preciso de um banho..-digo começando a levantar,mas fico tonto e preciso me apoiar em Sara e na cama para não cair.
—MALCOM! -escuto-a chamar e em menos de um segundo,meu pai entra no quarto,minha mãe logo atrás, indo até nós. - Ele quer tomar um banho.-informa-o.
—Deixe comigo . -ouço-o dizer enquanto passa o braço por baixo dos meus,transferindo todo meu peso para seus ombros - Vamos? - pergunta me olhando, aceno que sim e ele me leva até o banheiro.
Chegando lá,me faz sentar na borda da banheira.
—Quer que o ajude? - questiona. À principio penso em dizer que não mas desisto ao sentir a cabeça girar forte. Murmuro um sim,deixando que me ajude a tirar a roupa e entrar embaixo do chuveiro.
—A toalha. Eu e Sara vamos troca os lençóis. -escuto minha mãe avisar. Meu pai assente com a cabeça voltando a me observar atento.
—Parece que estou te fazendo pagar por seus pecados! - digo olhando-o através da cortina de água da ducha . Ele me dirige um sorriso triste. É estranho vê-lo sem palavras, a expressão abatida e cansada.
—Pagarei com prazer contanto que você,sua mãe e meu futuro neto, ou neta estejam em segurança - declara, ajudando-me a sair do box,me surpreendendo.
O encaro por alguns segundos,voltando a me surpreender ao perceber que andou chorando. Abro a boca para falar,mas não consigo dizer nada,um nó se formando na garganta. Ele me entrega a toalha,ficando de lado,alerta. Enxugo o rosto me olhando no espelho do pequeno armário sob a pia. Se meu pai e Sara estão abatidos,pareço um fantasma: olheiras ainda mais profundas que a dos dois,a pele pálida,algumas marcas de aranhões no lado do rosto assim como no pescoço. Baixo a vista e vejo mais aranhões por quase todo o corpo.
—Se auto infringiu - fala apontando os ferimentos e o olho,inquisidor- Alucinações. Você pensava que havia alguma coisa sob sua pele.- explica.
—Parece que fiz uma "viagem" e tanto! -exclamo,tetando descontrai-lo. Por mais que tenhamos nossos desentendimentos,não odeio meu pai e vê-lo no estado em que se encontrava estava sendo bem difícil.
Termino de me enxugar e enrolo a toalha na cintura,caminhando para o quarto com meu pai logo atrás de mim. Ao entrar,vejo minha mãe e Sara terminando de arrumar a cama. Sigo pela lateral,me sento encostado nos travesseiros que haviam colocado na cabeceira,esticando as pernas.
—Não precisam ficar aqui,me velando . -declaro azedo,me arrependendo logo em seguida -Desculpem,eu não quis...-reflito um segundo -Não quero ninguém por perto com pena de mim. - digo olhando diretamente para Sara,que prende a respiração -Pode ir se quiser.- aviso,olhando-a mais uma vez.
—Ninguém está aqui por pena de você Thomas. Estamos preocupados porque te amamos -declara minha mãe me olhando séria- Todos.- enfatiza.
Ao ver que continuávamos nos encarando,meu pai senta na cama ao meu lado,me assustando.
—Ok,vou facilitar sua decisão: ou fico eu ou fica ela -aponta para Sara- Sozinho,por hora,não existe a menor possibilidade de o senhor ficar. Ordens médicas. -declara e ao ver que pretendia contestar,emenda- Se duvida posso ligar para o médico que lhe atendeu agora. -pega o celular no bolso,começando a discar um número.
—Não precisa - digo,fazendo-o parar.
—Então,qual vai ser: a loira bonita ou o cinquentão gostoso? - pergunta,um sorriso discreto no rosto, nos surpreendendo e fazendo-nos rir.
Balanço a cabeça negativamente,apontando Sara em seguida.
—Sabia que seria essa sua escolha,afinal,é meu filho!-exclama,pulando da cama,piscando o olho para Sara,envolvendo minha mãe, que o olha apaixonadamente, em um abraço carinhoso. Os dois saem assim ,abraçados,do quarto,nos deixando sozinhos.
—Enfim sós. - ouço sua voz,agora mais leve,repetir a frase que usei e que agora parece ter sido dita a anos luz e não a apenas algumas semanas.
Encaro-a por uns segundos para em seguida tocar o lugar vazio ao meu lado no colchão, chamando-a,no que me obedece mais do que rápido,um sorriso crescente no rosto. Senta-se ao meu lado,esticando,assim como eu, as pernas,a pele clara contrastando com o azul do forro. Estico o braço tocando sua coxa com num gesto leve,escutando seu suspiro doce.
—Senti tanto sua falta Sara!!- confesso- Você me perdoa? - em resposta a minha pergunta,ela se ergue,senta no meu colo e me beija. Apoio as mãos em sua cintura,correspondendo.
—Eu que te peço perdão! - cessa o beijo,encostando a testa na minha- Fui uma boba teimosa.Super valorizei uma bobagem.-diz voltando a me beijar. -Perdão,meu amor!
—Eu também errei. -admito -Tinha sim que ter falado com você sobre comprar um apartamento. Desculpe-me,não quis te magoar. É exatamente como nossas mães disseram: nada mais se resume só a mim ou a você,ou o que nos agrada individualmente, mas a nós! Nós dois. No futuro,nós três - acaricio sua barriga notando que crescera. Ao fazê-lo,sinto um movimento e retiro a mão assustado- Sara,mexeu!! -vejo-a sorrir.
—Hum hum,eu senti .-pega minha mão colocando-a sobre sua barriga novamente - Tá sentindo? - balanço a cabeça afirmativamente,sem conseguir falar- Começou hoje, pouco antes de você acordar.
Levanto o tecido de sua blusa,encostando a mão diretamente sob a pele. O movimento se repete contra a palma de minha mão,mais forte. Inclino a cabeça,levanto a mão, beijando o local onde estava pousada.
—Oi filho! Que bom que você também acordou!-brinco,beijando o local novamente. Ergo os olhos ao sentir uma lágrima tocar minha mão. Ajeito o corpo fazendo com que Sara sente sobre minhas pernas, seu rosto ficando no mesmo nível do meu. Seguro-o entre minhas mãos - Eu vou me esforçar muito,muito mesmo pra nunca mais te magoar e não vou deixar ninguém fazê-lo. Eu te prometo. - beijo-a.
—Casal,podemos entrar??- ouvimos a voz de Thea,abafada, do lado de fora da porta,batendo levemente - Anda Tommy,responde logo! - reclama impaciente,nos fazendo rir. Vou responder mas Sara tapa minha boca com a mão,rindo e ,colocando o dedo sobre os lábios, conta baixinho:
—1,2 e...- antes que termine,a porta é aberta e minha meio irmã entra no melhor estilo Thea Queen: furacão! Sara senta ao meu lado rindo abertamente.
—Fala sério Sara,iam deixar agente esperando lá fora até quando hein? -questiona, se jogando sobre mim,enchendo meu rosto de beijos.
—Ela bateu na porta,esperou "pacientemente" longos cinco minutos e não xingou ninguém, até agora - contabiliza Oliver ao entrar seguido dos demais - Vamos reconhecer seu esforço, senhoras e senhores - pede batendo palmas e os outros o imitam,rindo. Thea faz uma careta em sua direção,se aconchegando em meus braços.
—Ouwnn,meu pequeno furacão! - brinco beijando sua cabeça - À proposito,quer saber uma novidade? Vou contar só pra você e mais ninguém!
—Palhaço! - diz ,erguendo a cabeça, sem esconder a curiosidade.
—Seu sobrinho também acordou! - me olha interrogativamente - Ele mexeu! -vejo-a arregalar os olhos voltando-se para Sara,que confirma com a cabeça.
—Sério?? -pergunta - É sério mesmo né? Não é nenhuma pegadinha.
—Não Thea,é sério. -Sara fala sorrindo - O bebê mexeu,aliás,tá mexendo agora mesmo - pega a mão dela colocando-a sobre sua barriga,fazendo-a dar gritinhos de alegria ao sentir o movimento.
—Ai ,também quero sentir! - pede Felicity,sentando ao seu lado,pondo a mão sobre a de Thea. Dinah e minha mãe se aproximam,abraçando-a juntas,enquanto Quentin e meu pai,assim como os demais nos cumprimentam.
Olhando ao redor,vendo minha família e amigos reunidos,agradeço a Deus por me dar mais uma chance de ser feliz ao lado deles e da mulher que amo.
"...And I will take you in my arms,
And I hold you right where you belong;
Till the day my life is through...
This I promisse you!..."
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado. Não esqueçam seus rewiews.
Até o próximo cap. flores.
Bjinhos.