SEM MEDO DE AMAR escrita por Regina Rhodes Merlyn


Capítulo 36
This I promisse to you.


Notas iniciais do capítulo

O que é melhor depois de uma briga? ...Fazer as pazes!. Tá,o ideal é a briga nem acontecer. Mas relacionamentos são assim mesmo. Um pelos pés,outro pela cabeça,como dizem aqui na terrinha. Então vamos tratar de hastear logo a bandeira branca e voltara as boas porque o tempo é precioso!
Agradeço a todas rewiews que tenho recebido em todas as fics. Vocês me alegram demais flores.
Vamos ao que interessa. Boa leitura.
P.S: Sorry se por acaso eu ficar muito "melosa",é que ainda estou sob o efeito da maiquelinda descrição de Tommy que já vi até hoje!!! Luzi,assim você me mata!



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"....I've loved  you forever, in lifetimes before;

And I promisse you never,will you hurt anymore;

I give you my word,I give you my heart;

This is a battle we've won..."

This I promisse you

Nsync

Tommy

Abro os olhos devagar, a cabeça latejando violentamente,um gosto amargo na boca . Levo a mão  a testa enxugando o suor com o dorso, sentindo alguma coisa áspera aranhar a pele. Olho e vejo o curativo. Aos poucos a lembrança dos acontecimentos volta a minha mente,me fazendo sentar na cama de sobressalto,causando dores por todo o corpo. Faço uma careta,gemendo.

—Está tudo bem. -escuto a voz de Sara e me viro vendo-a sentar-se na cama ao meu lado - Já passou Tommy. -diz acariciando meu rosto.

—Que horas são?...Onde estou? Como.. -pergunto confuso,olhando ao redor,começando a reconhecer o local - Meu quarto?? -olho-a ainda mais confuso. Ela confirma com a cabeça.

—Seu pai achou melhor trazer você pra cá para poder tranquilizar sua mãe.-explica -Rebecca estava muito nervosa e por mais que garantíssemos que estava bem,não acreditou até você chegar.

Enquanto fala,olho seu rosto. Está muito pálida e abatida,com olheiras profundas,a expressão cansada e os olhos ainda vermelhos e inchados indicando que havia chorado.

—Precisava me ver ontem! - exclama ao perceber que a analisava,um sorriso fraco nos lábios.

Toco seu rosto e ela fecha os olhos sem conseguir reprimir uma lágrima que teima em cair. Ao fazer o gesto,vejo que minha outra mão também possui um curativo. Junto as duas a minha frente,girando-as. Fecho os olhos e relembro a cena: o homem mascarado que tentava me sufocar com um barbante,o sangue nas mãos cortadas pelo objeto na tentativa de me defender,depois... Escuridão, para depois de um longo tempo voltar a ficar tudo claro novamente. 

—Quanto tempo? - quero saber.

—Um dia e meio -informa.--Você teve que ser sedado. Estava agitado por causa da droga em seu sangue.

—Droga?? - pergunto sem entender - Lembro de um homem me sufocar,de ter apagado e quando voltei,você e os outros estavam ao meu redor,no apartamento de Ollie e Lis...Lembro de ter sentado na cama e de estar conversando com vocês....De ter sentindo uma ardência estranha por todo corpo...De sentir uma dor angustiante...de sentir medo!

—Efeitos da droga.- explica - O barbante com que ele tentou...-respira fundo antes de prosseguir com voz embargada - Tinha um tipo de droga impregnado nele. Quando acordou,por ela ter entrado em seu sangue,causou os sintomas que  lembra, além de alucinações. Foi preciso que John e Oliver te contivessem para evitar que se machucasse mais seriamente. Cait só te sedou quando não estavam mais conseguindo te segurar.-finaliza num sussurro. 

A medida em que Sara falava,algumas imagens me vinham a mente. Começo a sentir um desconforto .

—Preciso de um banho..-digo começando a levantar,mas fico tonto e preciso me apoiar em Sara e na cama para não cair.

—MALCOM! -escuto-a chamar e em menos de um segundo,meu pai entra no quarto,minha mãe logo atrás, indo até nós.  - Ele quer tomar um banho.-informa-o.

—Deixe comigo . -ouço-o dizer enquanto passa o braço por baixo dos meus,transferindo todo meu peso para seus ombros - Vamos? - pergunta me olhando, aceno que sim e ele me leva até o banheiro.

Chegando lá,me faz sentar na borda da banheira.

—Quer que o ajude? - questiona. À principio penso em dizer que não mas desisto ao sentir a cabeça girar forte. Murmuro um sim,deixando que me ajude a tirar a roupa e entrar embaixo do chuveiro.

—A toalha. Eu e Sara vamos troca os lençóis. -escuto minha mãe avisar. Meu pai assente com a cabeça voltando a me observar atento.

—Parece que estou te fazendo pagar por seus pecados! - digo olhando-o através da cortina de água da ducha  . Ele me dirige um sorriso triste. É estranho vê-lo sem palavras, a expressão abatida e cansada.

—Pagarei com prazer contanto que você,sua mãe e meu futuro neto, ou neta estejam em segurança - declara, ajudando-me a sair do box,me surpreendendo.

O encaro por alguns segundos,voltando a me surpreender ao perceber que andou chorando. Abro a boca para falar,mas não consigo dizer nada,um nó se formando na garganta. Ele me entrega a toalha,ficando de lado,alerta.  Enxugo o rosto me olhando no espelho do pequeno armário sob a pia. Se meu pai e Sara estão abatidos,pareço um fantasma: olheiras ainda mais profundas que a dos dois,a pele pálida,algumas marcas de aranhões no lado do rosto assim como no pescoço. Baixo a vista e vejo mais aranhões por quase todo o corpo.

—Se auto infringiu - fala apontando os ferimentos e o olho,inquisidor- Alucinações. Você pensava que havia alguma coisa sob sua pele.- explica.

—Parece que fiz uma "viagem" e tanto! -exclamo,tetando descontrai-lo. Por mais que tenhamos nossos desentendimentos,não odeio meu pai e vê-lo no estado em que se encontrava estava sendo bem difícil. 

Termino de me enxugar e enrolo a toalha na cintura,caminhando para o quarto com meu pai logo atrás de mim. Ao entrar,vejo minha mãe e  Sara terminando de arrumar a cama. Sigo pela lateral,me sento encostado nos travesseiros que haviam colocado na cabeceira,esticando as pernas.

—Não precisam ficar aqui,me velando . -declaro azedo,me arrependendo logo em seguida -Desculpem,eu não quis...-reflito um segundo -Não quero ninguém por perto com pena de mim. - digo olhando diretamente para Sara,que prende a respiração -Pode ir se quiser.- aviso,olhando-a mais uma vez.

—Ninguém está aqui por pena de você Thomas. Estamos preocupados porque te amamos -declara minha mãe me olhando séria-  Todos.- enfatiza.

Ao ver que continuávamos nos encarando,meu pai  senta na cama ao meu lado,me assustando.

—Ok,vou facilitar sua decisão: ou fico eu ou fica ela -aponta para Sara- Sozinho,por hora,não existe a menor possibilidade de o  senhor ficar. Ordens médicas. -declara e ao ver que pretendia contestar,emenda- Se duvida posso ligar para o médico que lhe atendeu agora. -pega o celular no bolso,começando a discar um número.

—Não precisa - digo,fazendo-o parar.

—Então,qual vai ser: a loira bonita ou o cinquentão gostoso? - pergunta,um sorriso discreto no rosto, nos surpreendendo e fazendo-nos rir.

Balanço a cabeça negativamente,apontando Sara em seguida.

—Sabia que seria essa sua escolha,afinal,é meu filho!-exclama,pulando da cama,piscando o olho para Sara,envolvendo minha mãe, que o olha apaixonadamente, em um abraço carinhoso. Os dois saem assim ,abraçados,do quarto,nos deixando sozinhos.

—Enfim sós. - ouço sua voz,agora mais leve,repetir a frase que usei e que agora parece ter sido dita a anos luz e não a apenas algumas semanas. 

Encaro-a por uns segundos para em seguida tocar o lugar vazio ao meu lado no colchão, chamando-a,no que me obedece mais do que rápido,um sorriso crescente no rosto. Senta-se ao meu lado,esticando,assim como eu, as pernas,a pele clara contrastando com o azul do forro. Estico o braço tocando sua coxa com num gesto leve,escutando seu suspiro doce.

—Senti tanto sua falta Sara!!- confesso- Você me perdoa? - em resposta a minha pergunta,ela se ergue,senta no meu colo e me beija. Apoio as mãos em sua cintura,correspondendo.

—Eu que te peço perdão! - cessa o beijo,encostando a testa na minha- Fui uma boba teimosa.Super valorizei uma bobagem.-diz voltando a me beijar. -Perdão,meu amor!

—Eu também errei. -admito -Tinha sim que ter falado com você sobre comprar um apartamento. Desculpe-me,não quis te magoar. É exatamente como nossas mães disseram: nada mais se resume só  a mim ou a você,ou o que nos agrada individualmente, mas a nós! Nós dois. No futuro,nós três - acaricio sua barriga notando que crescera. Ao fazê-lo,sinto um movimento e retiro a mão assustado- Sara,mexeu!! -vejo-a sorrir.

—Hum hum,eu senti .-pega minha mão colocando-a sobre sua barriga novamente - Tá sentindo? - balanço a cabeça afirmativamente,sem conseguir falar- Começou hoje, pouco antes de você acordar.

Levanto o tecido de sua blusa,encostando a mão diretamente sob a pele. O movimento se repete contra a palma de minha mão,mais forte. Inclino a cabeça,levanto a mão, beijando o local onde estava pousada.

—Oi filho! Que bom que você também acordou!-brinco,beijando o local novamente. Ergo os olhos ao sentir uma lágrima tocar minha mão. Ajeito o corpo fazendo com que Sara sente sobre minhas pernas, seu rosto ficando no mesmo nível do meu. Seguro-o entre minhas mãos - Eu vou me esforçar muito,muito mesmo pra nunca mais te magoar e não vou deixar ninguém fazê-lo. Eu te prometo. - beijo-a.

—Casal,podemos entrar??- ouvimos a voz de Thea,abafada, do lado de fora da porta,batendo levemente - Anda Tommy,responde logo! - reclama impaciente,nos fazendo rir. Vou responder mas Sara tapa minha boca com a mão,rindo e ,colocando o dedo sobre os lábios, conta baixinho:

—1,2 e...- antes que termine,a porta é aberta e minha meio irmã entra no melhor estilo Thea Queen: furacão! Sara senta ao meu lado rindo abertamente.

—Fala sério Sara,iam deixar agente esperando lá fora até quando hein? -questiona, se jogando sobre mim,enchendo meu rosto de beijos.

—Ela bateu na porta,esperou "pacientemente" longos cinco minutos e não xingou ninguém, até agora - contabiliza Oliver ao entrar seguido dos demais - Vamos reconhecer seu esforço, senhoras e senhores - pede batendo palmas e os outros o imitam,rindo. Thea faz uma careta em sua direção,se aconchegando em meus braços.

—Ouwnn,meu pequeno furacão! - brinco beijando sua cabeça - À proposito,quer saber uma novidade? Vou contar só pra você e mais ninguém!

—Palhaço! - diz ,erguendo a cabeça, sem esconder a curiosidade.

—Seu sobrinho também acordou! - me olha interrogativamente - Ele mexeu! -vejo-a arregalar os olhos voltando-se para Sara,que confirma com a cabeça.

—Sério?? -pergunta - É sério mesmo né? Não é nenhuma pegadinha.

—Não Thea,é sério. -Sara fala sorrindo - O bebê mexeu,aliás,tá mexendo agora mesmo - pega a mão dela colocando-a sobre sua barriga,fazendo-a dar gritinhos de alegria ao sentir o movimento.

—Ai ,também quero sentir! - pede Felicity,sentando ao seu lado,pondo a mão sobre a de Thea. Dinah e minha mãe se aproximam,abraçando-a juntas,enquanto Quentin e meu pai,assim como os demais nos cumprimentam. 

Olhando ao redor,vendo minha família  e amigos reunidos,agradeço a Deus por me dar mais uma chance de ser feliz ao lado deles e  da mulher que amo.

 

"...And  I will take you in my arms,

And I hold you right where  you belong;

Till  the day my life is through...

This I promisse you!..."

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Não esqueçam seus rewiews.
Até o próximo cap. flores.
Bjinhos.



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