SEM MEDO DE AMAR escrita por Regina Rhodes Merlyn


Capítulo 27
Um dia frio.


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta. Não sei vocês,mas senti um vento frio passar por aqui!!..Mas quem tem amigos ,tem tudo né não?
Sem mais,vamos a mais um cap.....



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/683148/chapter/27

          
".....Eu corto os meus dobrados,acerto os meus pecados

ninguém pergunta mais depois que eu já paguei;......

Coisas que eu sei,as noites ficam claras no raiar do dia;

Coisas que eu sei,são coisas que antes eu somente antes não sabia..."

Coisas que eu sei

Dani Carlos

Dois dias depois

Desço a escada de casa a caminho da sala. Apesar de ter ido dormir tarde,mais uma vez,acordo  relativamente cedo. Sem conseguir dormir novamente,decido descer para tomar meu café da manhã.  Ao chegar ao final,escuto as vozes de Laurel e Ray vindas do jardim. Vou até onde estão.

—Bom dia - cumprimento.

—Sara!! Já acordou? - pergunta Laurel - Pensei que fosse descansar mais um pouco.

—Bem que eu queria! Mas,por algum motivo,não estou conseguindo relaxar.- era verdade. Desde a segunda que não consigo dormir direito.

—Está tudo bem entre você e Tommy não é? - quer saber

—Está sim. Não é isso.É....- paro confusa- na verdade não sei bem explicar. É mais uma sensação esquesita,uma inquietação,como se algo fosse acontecer.

—Isso é algo que dá medo..  - Ray fala.apontando para mim - Uma grávida com presentimento é assustador! -emenda esfregando os braços como se sentisse frio. 

—Pare com isso Ray. -reclama minha irmã -Sabe muito bem como ficamos impressionáveis nessa fase. - dando um tapa no braço do marido,que lhe lança um riso maroto. - Que horas vai ao consultório da Drª Manning? É hoje que começa a fazer seu pré natal não é? Tommy vai?

—Uhum. -murmuro mordendo uma torrada - Dezeseis horas.

—De quantas semanas está? - pergunta

—Seis. -respondo displicente,só me dando conta da besteira que fiz quando vejo a cara dos dois.

—Seis??? -Ray questiona. Pensa por um minuto,lembrando de alguma coisa falando em seguida ---- Fazem quantos meses que Thomas voltou? Dois?

—Três esta semana .- responde Laurel,pensativa.

—Três....Um,dois,três....-conta Ray - Não tem semanas demais ai não? - pergunta, ele próprio respondendo em seguida ---Sim,porque se vão fazer três meses que ele voltou,mas vocês só ficaram juntos......Quando vocês dormiram juntos mesm0??

—Raymond,não seja indiscreto com sua cunhada! - ouvimos nossa mãe ralhar,chegando onde estavamos. - Bom dia meus amores .- cumprimenta dando um beijo no rosto de cada um.

—Desculpe-me Sara,não quis ser indiscreto. É só que...bem,me parece que essa conta esteja errada. Acredito que lhe deram uma semana a mais. - comenta - Não estou certo amor?? -  Laurel balança a cabeça afirmativamente. Percebo que evitou falar de próposito,pensando que nossa mãe não notaria.

—Estão falando da sua gravidez não é? - pergunta mas vejo por seu olhar que já sabia muito bem a resposta Acinto que sim,sem disposição para falar. " Que droga Sara,você tinha que ter tido mais cuidado",me recrimino em pensamento. Não que isso fosse um segredo,mas todos pensavam que eu e Tommy só haviamos transado três semanas depois que ele chegou,naquele bendito final de semana em que descobrimos sobre a viagem dele. E nós não fizemos a menor questão de contrariá-los. ---Então,são quantas semanas mesmo? - pergunta me olhando nos olhos.Nunca consegui mentir para minha mãe. Especialmente quando me olha dessa maneira. Suspiro.

—Seis semanas mãe. -respondo resignada.

—Então suponho que essa criança tenha sido concebida antes do que pensamos não é? - fala calmamente  - Umas três semanas pelo menos,calculo. -conclui. Olho para dentro de casa esperando o momento em que meu pai surgiria. Como se lesse meus pensamentos minha mãe informa --Seu pai já saiu ha algum tempo,não se preocupe. Agora me diga,esse meu netinho,ou netinha,teria por acaso sido concebido na bela cidade de Nova York,durante aquela viagem que fez junto com Felicity,Thea,caitlin e Barry??

Mordo meu lábio inferior,respirando fundo.

—Foi. - confirmo - Ao menos foi lá que dormimos juntos pela primeira vez.

—Confesso que nunca entendi porque usamos essa expressão, " dormir juntos",se quando um homem e uma mulher vão para a cama juntos,a menos que sejam irmãos ou um dos dois tenha algum problema de saúde,dormir é a ultima coisa que fazem. - filosofa.

—MÃE!! - berramos eu e Laurel ao mesmo tempo enquanto Ray fica vermelhofeito um pimentão.

—Ora,parem com isso. Nenhum dos três aqui é mais criança! - ralha - Agora deixe de querer me enrolar Sara Lance e me conte logo como foi que a senhorita foi para Nova York a trabalho e acabou na cama com Thomas Merlyn. Vocês combinaram se encontrar por lá,já que ele voltou da Europa naquele fim de semana?

Suspiro já antecipando as reações de Ray,Laurel e minha mãe.  " Já que fez a burrada Sara,conta de uma vez por todas."

—Pra começar, quero deixar claro que não planejamos nada,ok? - começo - Nem eu nem Tommy fazíamos ideia de que íamos nos encontrar aquele final de semana.

—Entendemos. - diz minha mãe - Prossiga. -ordena fazendo um gesto com a mão.  Tomo coragem e,cuidadosamente,conto como encontrei com Tommy em plena noite Novaiorquina!

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

                     Prédio da QC

Chego alguns minutos antes da hora combinada.  Logo que cheguei ao meu escritório na Global,minha secretária informou que a secretária de Oliver Queen havia ligado pedindo que me avisasse que o Sr. Queen gostaria que eu o encontrasse em seu escritório na hora do almoço. Esranhei ele próprio não ter me ligado mas como ultimamente Ollie mal tinha tempo de respirar,deixei pra lá.  Entro no prédio indo até a mesa da recepção e, após me identificar,subo.   Ao descer do elevador,cruzo com um jovem estranho. Ele me encara por alguns segundos,depois segue seu caminho.

—Olá Teresa. Como está? - cumprimento a secretária de Ollie.

—Boa tarde Sr. Thomas. Bem,obrigada. - responde levantando-se e abrindo a porta da sala. - Sr. Queen,o Sr. Thomas chegou .- anuncia me fazendo entrar ,fechando a porta atrás de si.  Oliver vira-se pra mim enquanto Diggle entra,vindo da sala anexa. Ambos estão muito sérios.

—Hey, Dig,andou sumido meu camarada. - falo indo até ele,estendendo a mão que ele aperta dando um sorriso discreto.  - Ollie. -me viro para meu amigo. Ele acena com a cabeça,tenso. ---  Que caras são essas? Está tudo bem?

—Pra ser honesto Tommy,não tá não.- começa Ollie- Não tá nada bem. Eu e John precisamos ter uma conversa séria com você,por isso te chamei aqui. Deve ter estranhado ter feito isto através de Teresa - balanço a cabeça afirmativamente - Foi de propósito. Queria que ficasse parecendo uma reunião de negócios pra quem ouvisse.

—Entendo. Quer dizer,mais ou menos. Qual o assunto? - pergunto.

—Isabel Rochev - anuncia Diggle e pela expressão de seu rosto sei que vem chumbo grosso por ai.

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

       Consultório Drª Manning

Olho o relógio pela terceira vez consecutiva,impaciente. Ao meu lado,minha mãe folhea uma revista enquanto Laurel conversa com Ray pelo celular. Olho mais uma vez. A quarta.

—_Ele está atrasado. - comenta minha mãe,sem erguer a vista da revista - Mas como aqui também estamos...

—_Não pensei  que um dia veria minha irmã caçula assim,controladora,anciosa,por causa de um cara! - provoca Laurel,rindo.

—_Não é ansiedade.....Ou melhor,é mas não que seja ciúme ou insegurança. -digo - É aquela maldita sensação que não quer me abandonar! Só vou sossegar quando...--antes que eu termine a frase a porta da sala de espera se abre e Tommy entra apressado.

—_Me desculpe meu amor.- vem direto até mim,me dando um beijo - Tive uma reunião de ultima hora que demorou mais do que previsto.

—_Tudo bem. O importante é que você está aqui. - seguro sua mão,estranhamente aflita.

—_Está tudo bem? Sua mão tá gelada .- pergunta.

—_Tá,tá sim.É só ansiedade. - respondo e nesse momento a secretária me chama para entrar. Me levanto. Entramos todos no consultório .  Depois de me examinar,medir minha pressão e fazer uma bateria interminavel de perguntas,seguimos para a sala ao lado pra fazer a ultrason.

Deito na cama levantando a blusa para que assistente dela passe o gel em minha barriga.

—_E ai papai,pronto pra ouvir o coração do seu filhinho? - pergunta

—_Já dá pra ouvir? - devolve espantado.

—_Com certeza. Vejamos. -- Ela começa a passar o aparelho em toda a extenção de minha barriga ao memso tempo que presta atenção as imagens na tela.  No começo não conseguimos ver muito bem,mas depois de um tempo e com suas orientações,vemos uma pequena figura no centro da tela. Ela então aumenta o volume pedindo que façamos silêncio. Aos poucos escutamos um ritmo cadenciado.

—_O som docoração de nosso bebê!! - exclamo começando a chorar,assim como Tommy,minha mãe,que se abana com as mãos ,e Laurel.   Tommy segura minha mão,beijando-a.

Depois que a consulta ,termina saímos juntos. Minha mãe toda alegre comentando que não importa quantos netos tivesse,ia sempre se emocionar,que da próxima vez Rebecca tem que vir também.   Paramos na calçada ,distraídos,coversando e combinando quem iria com quem quando sinto,antes mesmo de ver,algo se aproximando rapidamente. Antes que de nos darmos conta do que se passa,uma moto surge do nada,praticamente em cima de nós. Laurel grita no exato momento em que vejo o vulto motorizado passando entre mim e Tommy,separando nossas a mãos com violência. Perco o equlibrio,me chocando com um carro próximo. Ouço outro grito .Me viro procurando por Tommy e o vejo caido com uma expressão de dor. A esta altura, o motoqueiro havia feito a volta e se dirigia novamente para cima dele. Grito vendo Tommy ergue os braços na tentativa de se defender. Antes que a moto o atija mais uma vez,um jovem aparece,se coloca entre o motoqueiro e Tommy sacando,em seguida uma arma.   O motoqueiro freia imediatamente e,fazendo a volta,vai embora.   Corro até onde Tommy se encontra caído.  Me abaixo colocando sua cabeça no colo. Há sangue em seu rosto.

—_Tommy, Tommy por favor fala comigo! -peço aos prantos. Ele abre os olhos,levanta a mão até meu rosto.

—_Você..Está ....Bem?? - pergunta respirando com dificuldade. Aceno que sim. - Então eu também estou.- diz,sua voz sumindo até que desmaia.    Ao nosso redor,uma multidão começa a se juntar. Ouço sirenes de carros de polícia e ambulâncias mescladas. Minha mãe sentada ao meu lado,tremendo,enquanto Laurel grita com alguém ao telefone.  Permaneço assombrosamente calma. Coloco a mão sobre o peito de Tommy sentido- o subir e descer com o movimento de sua respiração.. " Ele está vivo! É só o que importa no momento. Ele está vivo." ,penso fazendo carinho em seu rosto enquanto aguardamos o socorro chegar.

 

 

 "...Coisas que eu sei,as noites ficam claras no raiar do dia;

Coisas que eu sei,são coisas que antes eu somente não sabia...

Agora eu sei; agora eu sei.."

 

 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não vou falar muito não...caindo de sono aqui portanto desculpem se tiver algum erro..
Bjinhos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "SEM MEDO DE AMAR" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.