Proibido Amar escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 43
Capítulo 42


Notas iniciais do capítulo

Meu Deus! 200 comentários! Como assim, sem or?



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— Não está funcionando! — avisou Marlene.

— Jogue nessa caixa, então — disse Eileen, apertando alguns botões de um controle — Esse aqui está okay!

A cada aperto de botões, o projetor fazia uma contagem de votos. Era disso que precisavam para a peça de teatro que Marlene tinha dado a ideia.

— Como conseguiu tantos controles? — perguntou Caitlin, uma das colegas de Marlene, enquanto ela jogava o controle na caixa, junto com outros poucos.

— Patrocínio — disse Eileen, simplesmente, com uma piscadela cúmplice.

Era inegável a forma como a companhia estava fazendo sucesso, e não apenas com as pessoas daquela região. Eileen tinha uma forma de pensamento que nenhum tablado ou teatro jamais sequer pensava em usar. Não se tratava apenas de teatro, era a atuação pura e em todas as formas possíveis.

— É emprestado, vai dar para umas cem pessoas. Embora, eu duvide que venha tudo isso! — disse Eileen, olhando para as fileiras de cadeiras, como em um cinema.

— Façamos nossa divulgação! — sugeriu Marlene, sorrindo travessamente — Não tenho vergonha de pagar mico.

Eileen riu, abraçando-a de lado.

— Teremos uma longa jornada para conseguirmos algo — ela disse — Vai ser a primeira peça aberta ao público.

— Em breve, não vai precisar pagar aluguel de espaço — observou uma das garotas, Johanna.

— Vamos nos concentrar em testar essas coisas! — ela tirou o braço dos ombros de Marlene, apressando-se para a outra caixa de controles — Sem isso, impossível de continuar com o plano.

— Estou me sentindo dentro de um programa de televisão! — brincou Caitlin.

Elas continuaram testando os controles, os comandos, a conexão com o projetor...

O projeto estaria sempre ligado, durante a peça, mostrando paisagens. Em um momento de escolha, ele mostraria as opções e qual botão deveria apertar para validar seu voto. A informação seria transmitida e, de acordo com a escolha, elas seguiriam com o roteiro.

Provavelmente, teriam que improvisar na maior parte, era difícil lembrar todo o texto e sequências. E era isso que fazia tudo ser tão original e genial.

— Meninas, podem ir! Já deu o horário! — disse Eileen, olhando para o relógio.

Marlene pegou sua bolsa, e correu em direção ao corredor, do lado das cadeiras, que ia até a saída.

— Nossa! Que pressa! — Caitlin gritou.

— Tenho que fazer uma coisa! — ela gritou de volta, passando pela porta do auditório.

Parada na frente do teatro, ela apressou-se para a rua, fazendo sinal, até que um táxi parou na sua frente.

— Queensway com Allandale — disse, fechando a porta com força.

O taxista não disse nada, apenas girou o volante, começando a dirigir.

Ela ficou observando pela janela, vendo como o ambiente começava a ficar familiar para ela.

O teatro não era tão longe do campus, mas era cansativo caminhar até lá, então ela preferia pegar o táxi mesmo.

— Chegamos, senhora — disse o taxista, estacionando na frente do parque.

Ela olhou fixamente para o espelho retrovisor, perguntando onde que tinha cara de “senhora”. Abriu a bolsa e pegou o dinheiro.

— Aqui está! — disse, entregando-lhe as cédulas, e saiu do carro.

Assim que o carro saiu de sua frente, ela atravessou a rua. Já do outro lado, ela tirou o celular da bolsa, seguindo o endereço que estava digitado ali.

No meio de todos aqueles prédios, uma pequena vila. O lugar era fechado, seguro, e com poucas casas. Era ali que Lily treinava corda dupla, parece que era a casa de Jane. O grupo não tinha aumentado muito com o passar do tempo, ainda eram apenas eles, mas Mary estava bem positiva.

— Vai ter um show de talentos da região, lá para o final do ano, podemos participar — ela sugeriu uma vez, dando de ombros.

Marlene aproximou-se. Duas cabeleiras ruivas estavam pulando, Laura e Lily. Mary e Jane rodavam as cordas, enquanto Héstia dava uma bronca em Sturgis, o que já era clássico.

Aproveitando que ninguém lhe via, ela clicou no ícone da câmera do celular, e o virou horizontalmente, gravando a cena.

Nem Lily nem Laura pareciam que iriam errar alguma vez, Mary e Jane já pareciam bem cansadas de mexer tanto os braços.

Depois de mais um minuto, Marlene pressionou a tela, parando a gravação, e bloqueou o celular.

— Ei, gente! — ela exclamou, aproximando-se do grupo.

— Oi — a voz de Lily soava um pouco ofegante, o que não era de se surpreender.

— Eu estava contando, mas... — disse Héstia.

— Achou mais interessante discutir — completou Marlene, fazendo-a corar.

— Ah! Cale a boca! — ela reclamou.

Quando Laura tropeçou na corda, os quatro pararam.

Mary jogou-se no chão, sem importar-se em se sujar, deixando os braços penderem ao seu lado.

— O que está fazendo aqui? Não esperava que viesse! — disse Lily, parecendo a menos cansada de todos, exceto por Héstia e Sturgis (que estavam sentados).

— Estava no teatro. Resolvi ver como estavam indo as coisas — ela respondeu, dando de ombros, e guardou o celular na bolsa, sem que vissem — Já pensaram em pular corda em ritmo de música? Ou coisa do tipo...

— É uma boa ideia! — disse Jane.

— Não invente — murmurou Mary, os cabelos espalhados pelo chão.

— Vocês não descansam, não? — perguntou Marlene, divertida.

— Duas vezes — disse Lily.

— Cruzes! — brincou Marlene — Isso me lembra a nossa época de ginástica olímpica...

— Mas na troca de exercício podia parar para beber água — observou Lily.

— Não vejo professores por aqui. Não bebem porque não querem — ela retrucou.

As outras só deram de ombros.

— Vem cá, mas esse aqui pula mesmo? — Marlene cutucou Sturgis — Nunca vi!

— Vamos agora! — ele levantou-se, ofendido.

— Ótimo! Vou com você! — ela deixou a bolsa com Lily — Segure aqui.

— Não! Eu vou bater agora — ela respondeu, deixando a bolsa com Mary — Você vem, Héstia?

Marlene tinha que admitir duas coisas.

1 - Ela tinha perdido o jeito.

2 - Sturgis pulava.

E, caraca, como pulava!

— Agora entendo o porquê de estar aqui! — ela disse, ofegante.

Sturgis deu um sorriso arrogante, recebendo um tapa de Héstia.

— Ai! — ele reclamou, acariciando o ombro — Por que isso?

— Quer saber, não shippo mais a Héstia com o Dedalus. Agora o lance é Héstia e Sturgis — murmurou Laura.

Marlene apenas revirou os olhos.

— Está anoitecendo. É melhor irmos! — comentou Jane, olhando para o céu.

— Eu vou indo, vocês decidem se vão ficar mais um tempo — disse Marlene, e pegou a bolsa, afastando-se do grupo.

Lily não seguiu-a, então ela caminhou tranquilamente até o seu prédio.

Chegando lá em cima, não esperou para ver se Alice tinha chegado (devia estar com Frank ainda), puxou o notebook e o cabo de USB, conectando-o com o celular.

O botão de “enviar” foi clicado, segundos antes de Lily entrar em casa.

— Você nem me esperou — ela reclamou.

A castanha apenas sorriu.

— Estava exausta — mentiu.

Lily não estava mais escutando-a, indo em direção à cozinha, pegar um copo de água.

“Envio completo”.

Ela sorriu, fechando o navegador e o notebook.


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Notas finais do capítulo

Aquele tipo de capítulo que só existe para conectar um capítulo ao outro...
Não me odeiem! Fanfic tá na reta final!