Proibido Amar escrita por nywphadora, nywphadora
Notas iniciais do capítulo
Meu Deus! 200 comentários! Como assim, sem or?
— Não está funcionando! — avisou Marlene.
— Jogue nessa caixa, então — disse Eileen, apertando alguns botões de um controle — Esse aqui está okay!
A cada aperto de botões, o projetor fazia uma contagem de votos. Era disso que precisavam para a peça de teatro que Marlene tinha dado a ideia.
— Como conseguiu tantos controles? — perguntou Caitlin, uma das colegas de Marlene, enquanto ela jogava o controle na caixa, junto com outros poucos.
— Patrocínio — disse Eileen, simplesmente, com uma piscadela cúmplice.
Era inegável a forma como a companhia estava fazendo sucesso, e não apenas com as pessoas daquela região. Eileen tinha uma forma de pensamento que nenhum tablado ou teatro jamais sequer pensava em usar. Não se tratava apenas de teatro, era a atuação pura e em todas as formas possíveis.
— É emprestado, vai dar para umas cem pessoas. Embora, eu duvide que venha tudo isso! — disse Eileen, olhando para as fileiras de cadeiras, como em um cinema.
— Façamos nossa divulgação! — sugeriu Marlene, sorrindo travessamente — Não tenho vergonha de pagar mico.
Eileen riu, abraçando-a de lado.
— Teremos uma longa jornada para conseguirmos algo — ela disse — Vai ser a primeira peça aberta ao público.
— Em breve, não vai precisar pagar aluguel de espaço — observou uma das garotas, Johanna.
— Vamos nos concentrar em testar essas coisas! — ela tirou o braço dos ombros de Marlene, apressando-se para a outra caixa de controles — Sem isso, impossível de continuar com o plano.
— Estou me sentindo dentro de um programa de televisão! — brincou Caitlin.
Elas continuaram testando os controles, os comandos, a conexão com o projetor...
O projeto estaria sempre ligado, durante a peça, mostrando paisagens. Em um momento de escolha, ele mostraria as opções e qual botão deveria apertar para validar seu voto. A informação seria transmitida e, de acordo com a escolha, elas seguiriam com o roteiro.
Provavelmente, teriam que improvisar na maior parte, era difícil lembrar todo o texto e sequências. E era isso que fazia tudo ser tão original e genial.
— Meninas, podem ir! Já deu o horário! — disse Eileen, olhando para o relógio.
Marlene pegou sua bolsa, e correu em direção ao corredor, do lado das cadeiras, que ia até a saída.
— Nossa! Que pressa! — Caitlin gritou.
— Tenho que fazer uma coisa! — ela gritou de volta, passando pela porta do auditório.
Parada na frente do teatro, ela apressou-se para a rua, fazendo sinal, até que um táxi parou na sua frente.
— Queensway com Allandale — disse, fechando a porta com força.
O taxista não disse nada, apenas girou o volante, começando a dirigir.
Ela ficou observando pela janela, vendo como o ambiente começava a ficar familiar para ela.
O teatro não era tão longe do campus, mas era cansativo caminhar até lá, então ela preferia pegar o táxi mesmo.
— Chegamos, senhora — disse o taxista, estacionando na frente do parque.
Ela olhou fixamente para o espelho retrovisor, perguntando onde que tinha cara de “senhora”. Abriu a bolsa e pegou o dinheiro.
— Aqui está! — disse, entregando-lhe as cédulas, e saiu do carro.
Assim que o carro saiu de sua frente, ela atravessou a rua. Já do outro lado, ela tirou o celular da bolsa, seguindo o endereço que estava digitado ali.
No meio de todos aqueles prédios, uma pequena vila. O lugar era fechado, seguro, e com poucas casas. Era ali que Lily treinava corda dupla, parece que era a casa de Jane. O grupo não tinha aumentado muito com o passar do tempo, ainda eram apenas eles, mas Mary estava bem positiva.
— Vai ter um show de talentos da região, lá para o final do ano, podemos participar — ela sugeriu uma vez, dando de ombros.
Marlene aproximou-se. Duas cabeleiras ruivas estavam pulando, Laura e Lily. Mary e Jane rodavam as cordas, enquanto Héstia dava uma bronca em Sturgis, o que já era clássico.
Aproveitando que ninguém lhe via, ela clicou no ícone da câmera do celular, e o virou horizontalmente, gravando a cena.
Nem Lily nem Laura pareciam que iriam errar alguma vez, Mary e Jane já pareciam bem cansadas de mexer tanto os braços.
Depois de mais um minuto, Marlene pressionou a tela, parando a gravação, e bloqueou o celular.
— Ei, gente! — ela exclamou, aproximando-se do grupo.
— Oi — a voz de Lily soava um pouco ofegante, o que não era de se surpreender.
— Eu estava contando, mas... — disse Héstia.
— Achou mais interessante discutir — completou Marlene, fazendo-a corar.
— Ah! Cale a boca! — ela reclamou.
Quando Laura tropeçou na corda, os quatro pararam.
Mary jogou-se no chão, sem importar-se em se sujar, deixando os braços penderem ao seu lado.
— O que está fazendo aqui? Não esperava que viesse! — disse Lily, parecendo a menos cansada de todos, exceto por Héstia e Sturgis (que estavam sentados).
— Estava no teatro. Resolvi ver como estavam indo as coisas — ela respondeu, dando de ombros, e guardou o celular na bolsa, sem que vissem — Já pensaram em pular corda em ritmo de música? Ou coisa do tipo...
— É uma boa ideia! — disse Jane.
— Não invente — murmurou Mary, os cabelos espalhados pelo chão.
— Vocês não descansam, não? — perguntou Marlene, divertida.
— Duas vezes — disse Lily.
— Cruzes! — brincou Marlene — Isso me lembra a nossa época de ginástica olímpica...
— Mas na troca de exercício podia parar para beber água — observou Lily.
— Não vejo professores por aqui. Não bebem porque não querem — ela retrucou.
As outras só deram de ombros.
— Vem cá, mas esse aqui pula mesmo? — Marlene cutucou Sturgis — Nunca vi!
— Vamos agora! — ele levantou-se, ofendido.
— Ótimo! Vou com você! — ela deixou a bolsa com Lily — Segure aqui.
— Não! Eu vou bater agora — ela respondeu, deixando a bolsa com Mary — Você vem, Héstia?
Marlene tinha que admitir duas coisas.
1 - Ela tinha perdido o jeito.
2 - Sturgis pulava.
E, caraca, como pulava!
— Agora entendo o porquê de estar aqui! — ela disse, ofegante.
Sturgis deu um sorriso arrogante, recebendo um tapa de Héstia.
— Ai! — ele reclamou, acariciando o ombro — Por que isso?
— Quer saber, não shippo mais a Héstia com o Dedalus. Agora o lance é Héstia e Sturgis — murmurou Laura.
Marlene apenas revirou os olhos.
— Está anoitecendo. É melhor irmos! — comentou Jane, olhando para o céu.
— Eu vou indo, vocês decidem se vão ficar mais um tempo — disse Marlene, e pegou a bolsa, afastando-se do grupo.
Lily não seguiu-a, então ela caminhou tranquilamente até o seu prédio.
Chegando lá em cima, não esperou para ver se Alice tinha chegado (devia estar com Frank ainda), puxou o notebook e o cabo de USB, conectando-o com o celular.
O botão de “enviar” foi clicado, segundos antes de Lily entrar em casa.
— Você nem me esperou — ela reclamou.
A castanha apenas sorriu.
— Estava exausta — mentiu.
Lily não estava mais escutando-a, indo em direção à cozinha, pegar um copo de água.
“Envio completo”.
Ela sorriu, fechando o navegador e o notebook.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Aquele tipo de capítulo que só existe para conectar um capítulo ao outro...
Não me odeiem! Fanfic tá na reta final!