Proibido Amar escrita por nywphadora, nywphadora
— Por que você quer saber da confraternização, Tuney? — perguntou Lily, desconfiada.
As irmãs estavam conversando pelo notebook.
Faltava poucas semanas para o fim do período do curso em Hogwarts. O primeiro período era de Setembro a Novembro e o mês de Fevereiro, enquanto que o segundo período era de Março até Junho. Depois disso, tinha as férias de Julho e Agosto. Então, tudo reiniciava.
— Curiosidade! — disse Petúnia, dando de ombros.
— Petúnia Sabrine Evans — disse Lily, com tom sério — O que está me escondendo?
— Nada! Cruzes! — reclamou a loira, mexendo no cabelo, nervosa.
— Tá bem... — a ruiva deu de ombros, fingindo desinteresse.
— Estou falando com um cara online — confessou Petúnia, tão rápido quanto Lily esperava que fosse.
— O quê? Isso é perigoso! E você não sabe quem é? — ela começou a perguntar, nervosa.
— Ele disse que estuda em Hogwarts, e me falou muitas coisas de lá. Todas batem com o que você disse... — ela deu de ombros.
— Ele sabe como você é? — perguntou Lily, mordendo o lábio.
— Não, ele não sabe... Eu... Nem tive coragem de lhe falar do meu filho ainda — ela deu uma risada seca — Eu sei que é idiotice, mas eu não quero nada sério. Quero dizer...
— Marque um encontro em Hogwarts — interrompeu-a Lily.
— O que você vai fazer? — perguntou Petúnia, desconfiada.
— Eu vou tirar essa história a limpo — respondeu a ruiva.
Ela levantou-se da cadeira, abrindo o armário, para procurar alguma roupa.
— Lily, espere! — exclamou Petúnia — É só um cara com quem eu converso durante a madrugada.
— Quando deveria estar dormindo, já que você tem o meu sobrinho dentro de você! — retrucou Lily.
— Dursley também tinha o seu sobrinho dentro dele, e nem por isso o tratávamos melhor — disse a loira.
— Petúnia! — reclamou a ruiva — Pensei que não quisesse mais falar sobre isso.
— Desculpe... — ela revirou os olhos.
Ela jogou uma calça em cima da cama, e um barulho de papel foi ouvido.
— Droga! — resmungou, indo até lá, rapidamente.
— O que foi? — perguntou Petúnia.
— O meu resumo valendo nota... — disse Lily, pegando e colocando as folhas em cima da mesa de cabeceira — Qualquer amasso, a professora já vai implicar.
— Amasso, né? — provocou a irmã.
— Você ficou mais safada com a gravidez — comentou Lily, com um sorriso de canto.
— Então, está tudo bem com a Lice agora? — perguntou Petúnia, curiosa.
— Sim, ela e Frank estão namorando — respondeu a ruiva.
A porta abriu-se, assustando até Petúnia, que não estava ali.
— Falar da vida dos outros é feio! — cantarolou Alice, jogando-se na cama da amiga.
— Cuidado! — reclamou Lily, afastando os jeans.
— Olá, Lice! — disse Petúnia, rindo.
— A minha vida está maravilhosa! — disse Alice, balançando os pés sem parar.
— Isso não é amor, amiga! É maconha! — disse Marlene, entrando no quarto.
— Agora aqui virou a sala de estar — Lily sentou-se na cadeira do computador.
— Deixe de reclamar! — bronqueou Petúnia — Está precisando namorar também, viu?
— Também acho! — concordou Marlene.
— E o meu sobrinho nasce quando? — perguntou Lily.
— Previsão para o fim de Junho — respondeu Petúnia.
— Último mês do segundo período! — comentou Marlene.
— Espero que esteja aqui! — a loira sorriu — Só para esclarecer: estava falando com a minha irmã.
— Sou irmã da Lily. Portanto, sua irmã — disse Marlene, ofendida.
— Quando planeja reencontrar a sua “sogra”? — perguntou Lily.
— Nunca — respondeu Alice, solenemente.
Isso fez com que todas gargalhassem.
— No casamento, né? No casamento! — disse Petúnia, tentando controlar o riso.
— A minha eu não quero nem convidar — disse Marlene.
— Estávamos falando sobre a confraternização — comentou Lily — Sabe quais faculdades vão participar?
— Tomara que Beauxbatons não venha. Tem muita gente metida! — disse Marlene, jogando o cabelo para trás.
Lily assentiu, concordando completamente com o que ela disse.
— Durmstrang também não, muito machistas — foi Petúnia quem disse.
— Ilvermorny eu quero! — disse Marlene, com um sorriso malicioso.
— Marlene Ross McKinnon, você está em relacionamento sério! — repreendeu Alice.
— Não é por mim! — ela disse, olhando fixamente para Lily.
A ruiva franziu o cenho, sem entender o porquê dessa ansiedade de ter alunos da Ilvermorny lá. Ela não conhecia qualquer pessoa que estudasse lá!
— Eu quero arrumar o meu vestido para a festa! — disse Marlene, levantando-se.
— Então, abra a porta do seu armário e procure algum — retrucou Alice, prevendo o que viria.
— Eu já usei todos! — reclamou a castanha.
— Marlene, roupas não são descartáveis! — lembrou-lhe Lily, de cenho franzido — É até pecado o que você faz com as suas roupas.
— Eu só quero um vestido diferente — ela disse, fazendo cara de inocente — Ai! Vamos lá amanhã, Lily!
— Não posso! Tenho que ver um lance depois da aula — ela respondeu, dando de ombros.
Pensou que a amiga iria insistir para que dissesse que “lance” era, mas estava preocupada demais pensando no vestido da festa. Portanto, virou-se para a outra amiga.
— Então vamos nós, Lice! — pediu Marlene, com voz manhosa.
— Tenho nada para fazer mesmo... — murmurou Alice, dando de ombros — Minha mãe nunca mais vai me arrumar emprego de novo.
— Perdeu o emprego, deu na cara da Emmeline e ganhou um namorado. Vejo mais vantagens que desvantagens! — a castanha brincou.
Lily revirou os olhos, vendo como Petúnia fazia uma careta.
— Tudo bem? — perguntou, preocupada.
— Enjoo — respondeu a loira, sem dar importância — Acho que qualquer vestido ficará horrível em mim.
— Tem uns vestidos de grávida maravilhosos. Tem que exibir essa barriga mesmo, e não esconder! — disse Marlene — Por quê? Tá pensando em ir? Vai ser ótimo!
— Só vai ser chato encontrar o pessoal da Ilvermorny por lá — disse Petúnia — Eles não sabem o porquê de eu ter trancado a faculdade...
— Devem achar que você resolveu virar bailarina profissional. Arrasa! — disse Marlene, sorrindo.
Isso deu um pouco de ânimo a ela, a gravidez a deixava muito suscetível a mudanças de humor.
Assim que Marlene e Alice saíram, depois de horas de conversa, Lily, antes de desligar a conversa, pediu a ela:
— Mande a mensagem.
***
— Você não vem, Lily? — perguntou Remus, estranhado.
— Eu vou ver se consigo encontrar a professora Grubbly-Plank, tenho uma dúvida a tirar — ela mentiu.
Se Remus não tivesse aula com Tonks, naquele dia, provavelmente ele não teria aceitado a desculpa tão facilmente.
— Até depois, então! — ele despediu-se.
Lily jogou a mochila em um canto, e seguiu para o corredor vazio, onde seguiu, meses antes, para ver a formação do grupo de corda dupla.
Muita coisa tinha mudado desde então...
Subindo o capuz do moletom (mesmo que estivesse quente), ela encostou-se em um canto do corredor, esperando para ver quem chegaria pelo corredor.
Em um momento de distração, olhando os ponteiros do relógio, passos se aproximaram rapidamente.
— Ian? — ela perguntou, ao vê-lo.
— Lily? — ele surpreendeu-se.
— Calma! — ela pediu, arrancando o capuz de sua cabeça — Não é comigo com quem você conversava. É com a minha irmã!
— A sua irmã grávida? — ele encostou na parede, ao lado dela.
— Petúnia está sofrendo muito, Ian. Eu não quero que as coisas piorem! Se você não for assumir ao meu sobrinho, é melhor procurar por outra garota! — disse Lily, afastando-se.
— Eu gosto dela — disse Ian.
— Pode até gostar, mas você não gosta de responsabilidades — a ruiva disse — Se decidir amadurecer, ótimo. Eu não tenho nada contra você, mas eu não vou deixar que você a machuque.
Ela caminhou na direção contrária, mas a tempo de escutá-lo dizer:
— Eu não vou.
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