Proibido Amar escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 19
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Estou com um bloqueio criativo, e semana de provas... Mas decidi postar esse capítulo, que já estava pronto. Espero que gostem ♥



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O quadro da sala dizia: “professora Grubbly-Plank”, e a dita cuja já encontrava-se presente, vestindo um jaleco, e olhando rígida por cima de seus óculos.

— Peguem e ponham seus jalecos! — ela ordenou.

Nem um dos alunos se dispôs a contradizê-la, ou arriscar uma brincadeira. Ela parecia tão severa quanto a professora McGonagall.

— Eu sou a professora Grubbly-Plank, como puderam observar — ela disse, caminhando por entre os alunos enfileirados, em frente à enorme mesa de mármore — Eu leciono bioquímica. Contudo, hoje eu farei uma abordagem completamente contrária à minha matéria, e tenho certeza de que muitos professores agradecerão isso.

Seu olhar parou em Lily, que sustentou, sem deixar abalar-se. Talvez, a professora pensasse que ela fosse uma aluna patricinha, que não teria estômago para aguentar a primeira aula. Sua teoria comprovou-se, quando a professora puxou um pano de cima da mesa, mostrando um cadáver.

Lily escutou uma garota gritar, enojada, e outra desmaiar.

— Quem não puder suportar isto, queira retirar-se — disse Grubbly-Plank, sem se abalar — Quem sabe, a professora McGonagall não aceite que vocês mudem de curso, ainda este bimestre. E, quem sabe, vocês não consigam trocar os seus livros.

A porta abriu-se, e Remus entrou. A menina, anteriormente mencionada, pegou sua mochila, e sua amiga desmaiada, e saiu da sala. A professora olhou atentamente para Remus, que apenas pegou o seu jaleco, e observou o corpo.

— Não tolero atrasos, que esta seja a última vez — disse a mulher, levemente decepcionada por apenas duas alunas terem se retirado, embora a turma não fosse tão grande.

No entanto, parecia decidida a tirar mais dois daquele curso.

Durante toda a aula, exigiu muito de Lily, mas ela não se importava com isso, já que ela mesma colocava pressão em si própria. Remus só teve tempo para lançar-lhe um sorriso, pois não conseguiam conversar, não queriam motivo para que ela os expulsasse.

Para a satisfação da professora, ela perdeu mais três alunos. Um saiu pela pressão, a outra ficou horrorizada com a ideia de tocar o corpo sem luvas (tinha mania de higiene), e a outra ficou com o estômago fraco. Ou medo da professora. Lily nunca saberia.

O primeiro tempo de aula foi mais tranquilo, apenas reviram a matéria que Lily aprendeu no colégio, sobre a bioquímica em si (proteínas, sais minerais, lipídios, etc). Grubbly-Plank não era a professora indicada para dar aquela matéria, mas era inevitável o grau de conhecimento que ela tinha, e que sabia explicar bem.

Antes que Lily sentisse seu estômago roncar (falando sobre alimentos, era sacanagem), a sineta tocou mais uma vez, indicando o horário do intervalo.

— Ei! Nem consegui te dar “oi” — disse Remus, aproximando-se dela.

— Pois é... Vejamos quem serão os nossos outros professores — ela disse, sorrindo levemente.

— Eu só sei que a sua amiga, Marlene, está ferrada — ele disse, dando de ombros — Tem um professor bem entediante no curso dela, só não sei qual é a matéria.

— Você está bem mais informado do que eu — disse Lily, sentindo-se um pouco envergonhada.

— Acontece — ele riu, sem dar importância.

Eles juntaram suas coisas, e foram junto com o fluxo de alunos.

Já no refeitório, esbarraram em um grupo de alunos.

— Olhe por onde anda, sangue ruim! — exclamou uma garota.

Lily virou-se.

A moça tinha o rosto quadrado, o nariz não era nem arrebitado nem baixo, os olhos em uma intensa mistura entre o azul claro e o cinza, os cabelos negros eram emaranhados, porém bonitos. O que realmente lhe chamou a atenção foi a garota loira ao seu lado.

Parecia estar confortável naquele pequeno grupo, porém, ao mesmo tempo, desconfortável. Estava de pé, ao lado de um rapaz também loiro. Apesar de não se pareceram, dava para saber que ela era irmã da garota que lhe provocou. O rosto oval, o nariz levemente arrebitado, e os olhos de um azul claro intenso.

— Olhe você por onde anda — disse Lily, por fim — Não sou sua escrava.

Virando-se de costas, escutou um ofego por trás de si.

— Vamos, Rem — murmurou Lily, puxando-o.

— Este lugar está decaindo — ouviram a morena debochar.

— Desculpe-me, quem é você? — ela não aguentou, nunca foi de suportar injustiças.

— É claro que não saberia quem sou — a mulher gabou-se — Alguém como eu não cai nas lábias de alguém como você. Bellatrix Black.

— A repetente? — perguntou Lily, não segurando a risada — Irmã de Andrômeda?

O riso debochado sumiu em seu rosto.

— Ela não é a minha irmã — retrucou, levemente irritada.

— Não é o que o sobrenome diz — disse Lily.

— Vamos, senhoritas! Não vamos discutir, certo? — uma voz masculina disse, atrás deles.

— Potter — rosnou o loiro.

James apareceu sozinho, sorrindo.

— Estava estranhando a demora de vocês — ele disse a Remus e Lily — Marlene pediu-me para ver onde estavam. Parece que ela tem um sexto sentido.

— Sim, realmente! Ela tem! — Lily sorriu, como se ele fosse a sua pessoa favorita no mundo, tentando controlar-se para não enfurecer-se com a sangue purista — Vamos, então! Não estamos perdendo nada.

Ela viu de soslaio como James olhava-a estranhado, pelo jeito como ela o tratou, e como um homem chegou perto de Bellatrix, impedindo-a de sair na briga.

— Não misture-se com essa gente, Bella — ela ouviu-o murmurar.

Remus finalmente reagiu, puxando a Lily pelo braço. James fez o mesmo com o outro braço.

— Soltem-me! Não sou uma bárbara! — resmungou a ruiva, quando já estavam bem afastados.

— Lestrange pode ser bem irritante quando quer — disse James, tirando a mão de seu braço, antes que ela soltasse a sua fúria nele.

— Lestrange? — repetiu Lily.

— Eles prometem a seus filhos com filhos de sangues puros — explicou James, indo para o lado de Remus, que também já tinha soltado a mão do braço dela.

— Mas por que disso? Isso não vale lá fora, é tudo aqui dentro! — perguntou Lily, confusa.

— Eles são verdadeiros obcecados — ele revirou os olhos — Acham que ter popularidade por aqui define toda a sua carreira, e que aqui são os melhores anos.

— Esforçam-se toda a vida para garantir... O quê? 5 anos de “diversão”? — ela estava incrédula.

— Nem me pergunte! Eu não consigo entender essa gente... Meus pais são sangue-puros, mas nunca me ensinaram essa coisa toda, casaram-se por amor.

— Você ama falar isso — Remus pronunciou-se, sorrindo debochado para ele — Contou esta história umas 10 vezes, desde que chegou ao apartamento.

— Cale a boca — murmurou o moreno, corado.

Lily deu um sorriso sincero, mas apenas Remus viu, já que o outro caminhou rapidamente para as portas duplas, que davam ao refeitório.

— Aqui é o pesadelo dos puristas — James apresentou, dramático — Um lugar de confraternização entre todos os estudantes.

— Temos tempo de intervalo, então é melhor nos apressarmos — Remus cortou a conversa — A fila, por sorte, já está um pouco menor.

— Ele fala como se já estivesse familiarizado com o lugar — murmurou James, ressentido.

— Até o professor de Marlene ele sabe quem é — comentou Lily.

— Acho que tinha algum folheto de orientação. Eu sei lá! — ele deu de ombros, seguindo o castanho.

Uma maluca acenava para eles de uma mesa, pulando empolgada.

— Finge que não conhece — Lily murmurou para eles, desviando o olhar, constrangida.

— Não faça isso! É sempre pior! — aconselhou James, sorrindo para ela e acenando.

— Sorria e acene, sorria e acene — Remus imitou um pinguim, fazendo James olhá-lo incrédulo, e Lily começar a rir.

— Eu vou fingir que não ouvi isso — disse James, com o máximo de dignidade que pôde reunir, indo para onde a comida estava.

Terminaram de preencher os seus pratos, e caminharam apressados para a mesa, onde Marlene e os outros estavam sentados, comendo.

— Que demora! — exclamou a mencionada.

— Tive um esbarrão com a parente do seu namorado — disse Lily, casualmente.

— Ele não é o meu namorado! — disse Marlene, cansada.

— Quem? — perguntou Sirius, curioso.

A porta do refeitório abriu-se, dando espaço para os únicos que faltavam, pareciam insatisfeitos por estarem por ali. Lily supôs que tinham um espaço particular, mas foram descobertos por algum inspetor. Sentiu-se particularmente satisfeita com a cara enojada deles.

— Ah! — exclamou Sirius, fazendo uma careta na direção deles.

— Você tem uma família bem desagradável — observou Marlene.

— Sentimento recíproco — ele desviou o olhar para seu prato, parecia bem desconfortável com esse assunto.

Por fim, eles decidiram deixar esse assunto de lado.

— E o seu amigo? Onde está? — perguntou Remus a Marlene.

— Amigo? — ela perguntou, confusa.

— Aquele que veio falar conosco, na entrada — disse Sirius, desgostoso.

— O meu irmão? — perguntou Marlene, divertida.

Ele abriu a boca, e fechou em seguida.

— Fofo — ela piscou para ele, passando a mão rapidamente pelo queixo dele, antes de levantar-se — Vou ver se consigo pegar mais alguma coisa.

— Saco sem fundo! — disse Alice, rindo.

— Eu posso me sentar por aqui?

Alice virou-se, vendo a loira de sua aula de estatística.

— Ah! Tudo bem! — ela disse, confusa — Mas você não...

— Black me expulsou — disse Pandora, calmamente — Eles sempre fazem isso.

— Eu não te expulsei! — brincou Sirius, levantando os braços.

Ela deu uma risada leve, antes de concentrar-se em seu pedaço de pudim.

— Lice, vem aqui rapidinho — disse Lily, com uma cara estranha.

— Eu já volto — Alice disse ao resto da mesa, antes de segui-la — O que foi?

— Eu sei lá! Marlene está nos chamando! — respondeu, indo na direção da garota.

— Sabem, amigas se acompanham — a castanha disse, passando a colher pelo pote de sorvete, e colocando-o na boca, logo depois.

— Se queria que ficássemos sozinhas, não sentasse com eles — retrucou Lily.

Marlene revirou os olhos, em resposta.

— Não sei como você quer emagrecer sendo assim — comentou Alice, olhando para os lados.

— Você já disse isso — disse Marlene, sem dar importância — Você podia engordar um pouco, não? Não sei como acreditaram que você não é mais virgem. Ah! É claro! Você ainda não “espalhou” a novidade pro aí. Precisa pensar em como fazer isso... Não pode ser muito óbvia.

— Não vai ser tão difícil de acreditarem — disse Alice, sorrindo irônica, e Lily sentiu que nada de bom viria disso — Somos amigas, afinal de contas. E todos sabem a vadia que você é, embora, por enquanto, esteja se pegando apenas com um garoto.

Marlene arregalou os olhos, surpresa, enquanto a baixinha virava-se, e voltava para a mesa.

— Um a um — murmurou Lily.


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