Proibido Amar escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

A internet ainda não caiu, e eu estava morrendo de saudades de postar, então aqui está outro capítulo. Falta pouco para acontecer o que todos estavam esperando, desde o prólogo. Tem uma ideia do que seja? *moonface*



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— Cada irmandade, a qual se inscreveram, tem uma iniciação diferente — McGonagall dizia, até que a porta do auditório abriu-se novamente.

Alguns alunos, tanto veteranos quanto calouros, riram, quando viram o pequeno grupo entrar.

— Senhor McKinnon! Senhor Longbottom! — a mulher perdeu a compostura, por um momento — Isso são horas de chegar? Já não são mais calouros!

— Desculpe, professora — disseram, mas com tons diferentes.

Frank parecia envergonhado, tinha até enrubescido, o que Alice achou adorável. Já Ian, sorria descaradamente, demonstrando não ter o menor arrependimento.

— E você, senhor Potter, não pense que não o vi — o citado engoliu em seco — Comunicarei a sua mãe sobre isso! Agora, sentem-se!

Enquanto Alice subia as escadas, percebeu que Lily franziu o cenho. Supôs que tivesse estranhado que, apesar de ser o primeiro ano de James na universidade, a diretora parecia conhecê-lo. A prova disso era que James não sorria como Ian, ele parecia sentir-se culpado.

— Continuando... — disse, calando as risadas, e lançando um último olhar severo ao grupo, que tentava passar despercebido.

— Eu disse — Lily murmurou, quando Marlene e Alice sentaram-se ao seu lado.

— Cale a boca — retrucou Marlene, olhando fixamente para a frente.

Alice parecia estar ainda dormindo, do jeito aéreo que agia. Assemelhava-se muito com a menina loira ao lado esquerdo de Lily, que desenhava sem olhar para o papel.

— Bem, creio que é isto. Espero que nenhum de vocês venha a se transferir — concluiu McGonagall — Podem ir!

A sineta tocou, assim que ela terminou de falar.

— Vamos! — disse Lily, levantando-se — Temos que pegar a chave dos nossos armários.

— Eu sei o que tenho que fazer... — murmurou Marlene, irritada.

— E os nossos horários — completou Lily, ignorando-a.

Elas uniram-se à multidão de alunos, que desciam as escadas do auditório, indo para fora.

Um professor ficou encarregado de distribuir as informações, o que demorou bastante tempo.

— Deviam ter resolvido isso antes do ano letivo iniciar — murmurou Alice, olhando para o horário recém-entregue.

— Não planejo deixar minhas coisas soltas — disse Lily, decidida, olhando para sua chave, parada em sua palma.

— Não é como se fossem arrombar — Marlene revirou os olhos, girando a chave em seu dedo indicador — Além do mais, tem certeza de que vai carregar tudo isso?

— Sempre fiz isso, não vejo a diferença agora — respondeu Lily.

— A diferença é o peso dos livros — retrucou Marlene — Você quem sabe!

Ela caminhou mais para frente, uma mania que tinha, quando queria demonstrar que o assunto terminou. Talvez fosse sua ideia de sair por cima. Lily, já acostumada, apenas ignorou.

— Ela vai perder essa chave rapidinho — disse Alice, tirando os olhos do pedaço de papel.

— Se não for girando, vai ser por esquecimento mesmo — concordou Lily — Eu preciso ir, procurar a minha sala de bioquímica. Se cuide, Lice!

— Até a hora do intervalo! — exclamou Alice, antes que ela sumisse de vista.

Olhou novamente para o horário, e então sentiu uma mão em seu ombro. Afastou-se, assustada, mas relaxou ao ver quem era.

— Calma! Desculpe! — disse Frank, sorrindo — Deve estar perdida...

— Na verdade, estou. Sabe onde fica a sala 43? — perguntou Alice, tentando ao máximo deixar sua vergonha de lado.

— Eu te levo lá, relaxa — ele disse, ajeitando a mochila no ombro dele.

— Não! Não precisa! — ela sentiu que estava corando, mas tentou ignorar isso — Você não pode se atrasar, já recebeu bronca da McGonagall.

— É perto da minha sala — ele revirou os olhos, descontraído.

— Okay — disse Alice, ainda hesitando.

“Ele não mentiria algo assim” pensou consigo mesma “Acho”.

Olhou de soslaio, e viu-o caminhando, mostrando como conhecia aqueles corredores, inclusive cumprimentando algumas pessoas pelo caminho.

— Psicologia? — perguntou Frank, de repente, curioso.

Alice virou-se para ele, vendo-o olhar para a folha que ela segurava, com a cabeça virada de lado, para enxergar melhor.

— Sim... — respondeu, embora fosse óbvio — Eu fiquei em dúvida entre psicologia, letras e...

De repente, ela parecia esquecer-se do outro curso que planejava cursar, e tossiu, para disfarçar.

— É normal — ele disse, livrando-a do constrangimento — Eu também tive muita dificuldade...

— Qual? — ela perguntou, rapidamente.

— Qual o quê? — ele parou, confuso pela mudança de assunto.

— A faculdade! — explicou — Qual você escolheu?

— Ah! — ele riu, parecendo um pouco nervoso — Engenharia.

Alice olhou-o, tentando reprimir uma careta, que o fiz gargalhar.

— Eu sei! Eu sei! — disse, tentando se recuperar.

— Ei! Olhe por onde anda! — um loiro reclamou, quando Alice esbarrou nele.

— Desculpe — ela disse, acordando do seu transe.

— Ei, cara! Relaxa! — disse Frank, parando no meio do caminho.

— Frank! Não! — Alice sussurrou, empurrando-o de leve para a frente.

— Vocês parecem ser sangue-puros — o garoto disse, olhando-os de cima abaixo.

— Sim, somos. O que tem? — perguntou Frank.

— Não deveriam andar com os sangues ruins — ele disse, sem se abater.

— Vai com o seu lance de testemunha de Jeová pra cima de outra pessoa! — Alice irritou-se, puxando a Frank com uma força que não teria em momentos normais.

O resto do caminho foi silencioso.

— Você poderia... — ele começou, tímido.

Ela olhou-o, confusa, então ele indicou o seu braço, que ela soltou no mesmo instante.

— Desculpe-me, aquele cara me irritou... — disse Alice, ainda sentindo a raiva correr por suas veias.

— É bonito como defende as suas amigas — ele disse, dando de ombros — Só queria que você cortasse a unha, da próxima vez que planejar enfiá-lo em meu braço.

Isso foi o suficiente para fazê-la corar fortemente, e isso que ela já estava comemorando por não ter ficado envergonhada anteriormente. Talvez, com o tempo, ela deixasse de ficar dessa forma, se acostumasse com ele.

— Está entregue! — ele disse, risonho por sua reação.

— Muito obrigada! — ela agradeceu.

— Se quiser conhecer o resto do colégio, depois... Bem... — Frank ofereceu.

— Claro! Pode ser...

Eles sorriram um para o outro. Ela permaneceu parada, olhando enquanto ele se afastava. Assim que ele se foi, Alice virou-se, abrindo a porta da sala de aula.

A maioria das cadeiras já estava ocupada, mas havia um lugar vago, ao lado da garota loira do auditório.

— Meu nome é Pandora! — ela disse, repentinamente, quando Alice sentou-se ao seu lado.

— Ah! — foi o que ela disse, surpresa com o assunto repentino — Alice.

— Combina com você — ela balançou a cabeça, sorrindo.

A professora entrou em sala de aula, nesse mesmo momento, fechando a porta por trás de si.

— Boa tarde, perdões pelo atraso — ela deixou suas coisas em cima da mesa, virando-se para eles, na frente do quadro branco — Eu sou a professora Septima Vector, e estou encarregada de lecionar “noções básicas de estatística”. Essa aula não permanecerá em sua grade por muito tempo, trata-se apenas de uma parte importante para a psicolo...

Umas batidas na porta interromperam o seu discurso. Ela olhou por um instante, de cenho franzido, antes de ir em sua direção. A professora McGonagall murmurou-lhe algo, entrando em seguida.

— Boa tarde, alunos — cumprimentou-os.

— Levantem-se! — a professora disse, com o olhar severo.

— Não é necessário! Serei breve! — McGonagall disse, antes que eles pudessem se levantar — Hoje, o professor de geometria, do curso de engenharia, faltou. Portanto, os alunos passarão este tempo aqui. Espero que não se importe, professora Vector. Também espero que os acolham bem. Será apenas por hoje, não preocupem-se!

A diretora permaneceu, enquanto os alunos entravam. Fez uma rápida contagem, quando todos sentaram-se, e assentiu satisfeita, ao perceber que não faltavam cadeiras.

— Boa aula, professora Vector — ela assentiu com a cabeça.

— Obrigada, professora McGonagall — Septima acenou, em resposta.

Acompanhou-a até a porta, fechando, assim que ela saiu.

— Bem... Teremos companhia por hoje — ela disse, agradável, voltando para a frente — Certo, espero que não tenhamos problemas.

Alice escutou Frank e alguns garotos segurarem o riso, atrás dela.

— A universidade é bem diferente do colégio. O interesse será inteiramente de vocês — disse Septima, ignorando-os, embora sorrisse — Se quiserem deitar e dormir, fiquem à vontade. Se quiserem sair, saiam.

— E mexer no celular? — um dos garotos de engenharia brincou.

— Aí já é sacanagem! — exclamou Septima — Façam o que quiserem, menos celular! E, olhem, estou falando isso para eles dali! A parte do interesse próprio continua valendo, mas eu não quero alguém me atrapalhando em minha aula!

Foi inevitável rir com essas trocas de brincadeiras.

— Certo... Eu não lembro o que estava dizendo — Septima riu — Eu ensino em outras matérias do curso, essa é a única que participa apenas do primeiro bimestre. Isso vai acontecer muito por aqui, algumas matérias que surjam apenas por um tempo.

Ela virou-se, pegando um pilor e começando a escrever no quadro.

Alice abaixou-se para pegar o fichário, tentando ignorar a presença de Frank.

Era uma sorte que não estivesse sentado em sua frente, ou passaria o resto da aula admirando o seu jeito descontraído.


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