[HIATUS] Vampires Will Never Hurt You escrita por Poison Girl


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desculpa pela demora



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- CAPITULO NOVE -

(Edward)

De vez enquando olhava para Alice esperando que ela dissesse algo e foi em uma dessas vezes que viu a pequena contorcendo sua feição perfeita em preocupação e mordendo o lábio inferior.

- O que aconteceu? – perguntou o ruivo rapidamente.

- Lillith levou uma bolada na cabeça e desmaiou. – disse cautelosamente.

- Eu disse que algo ia acontecer, não disse?! – rosnou.

- Ei, calma ai! Eu não tenho culpa! – defendeu-se.

- Você não me deixou ir tira-la daquela maldita aula!

- Edward, você sabia que ela iria...

- Mas eu pensei que o professor a liberaria por causa da mão... Aquele irresponsável!

- Decida-se de uma vez, Edward! Quer interferir na vida dela ou não, é você que escolhe.

- Eu não estou interferindo!

- Se não estivéssemos aqui ela levaria a bolada da mesma forma e você nunca saberia... Nunca nem ao menos saberia de sua existência! Então, de alguma forma estamos sim interferindo na vida dela, quer você queira ou não! – explodiu, mas continuando a falar baixo o suficiente para os humanos não escutarem.

Edward nunca vira a irmã tão irritada nem ao menos Rosalie conseguia isto, a pequena sempre levava tudo o que a Rose dizia na brincadeira ou simplesmente ignorava dando-lhe uma resposta a altura. Não tinha tempo para ficar ali com raiva, precisava ajudar Lillith, ver como estava ou até mesmo levá-la a Carslisle, afinal de contas uma bolada forte na cabeça era algo preocupante, ainda mais sendo uma bola tão pesada como aquela.

- É melhor ir direto para a enfermaria, eles já deve estar lá. – avisou Alice, ainda com um tom chateada.

Não gostava de ver Alice assim ainda mais por sua causa, mas estava sentindo-se tão mal por não ter impedido que Lillith se machucasse que acabou culpando a pequena saltitadora, porém ela o tinha impedido de ir, então tinha sim um pouco de culpa. Naquele momento tinha apenas que se concentrar em Lillith e em mais nada, necessitava ver se ela estava realmente bem.

(Lillith)

Sua visão havia escurecido, mas de alguma forma ela sabia o que estava acontecendo ao seu redor, pelo menos no começo de seu desmaio, depois se desconectou de vez do mundo, mas agora havia voltado, aos poucos estava voltando. Sentia sua cabeça latejar e havia algo gelado em sua testa, aquela simples palavra a fez lembrar de Edward. Porque diabos tudo a faz lembrar dele?

“Lillith Finkley, eu te proíbo de se apaixonar por Edward Cullen!” Exigiu uma vozinha que parecia ser aquela que sempre a alertava quando sabia que algo de ruim e perigoso estava por perto.

De repente uma luz apareceu e ela não estava mais na escuridão estava em frente a sua própria imagem, mas esta era meio... Roqueira, dark? Algo nesta linha... Vestida com uma saia preta meio volumosa que ficava um palmo a cima do joelho, uma blusa de banda de alcinha grudada em seu corpo e um all star de cano longo, sem falar a munhequeira cinza. O que é? Estava enlouquecendo? Aquela maldita bola fez seu cérebro se enrolar todo, só podia! Estava imaginando uma discussão com si mesma! Oh, céus! Iria para o manicômio quando acordasse!

“Mas... Ele é tão lindo... Tão gentil... Tão apaixonante!” Suspirou de uma forma boba.

“Não! Você não pode! Ele não é para você!”

“É, eu sei, ele é lindo demais para mim.”

“Não sua idiota, não é isso!” suspirou incrédula e rolou os olhos.

“Então o que é?” colocou as mãos na cintura esperando que respondesse.

“Ele é perigoso, sua louca!” rosnou “Você nem o conhece! Não sabe nada sobre ele! Ele pode ser um psicopata!”

“Edward não tem cara de psicopata!”

“Jack The Ripper também tinha uma cara boazinha!”

“”Ele era feio! Dava para notar que era um psicopata!”Disse determinada “Pelo menos as fotos que vi no Google eram feias!”

“Meu santo deus, daí me paciência com essa criatura!” Disse olhando para o teto. Teto? É, parece aquela coisa negra a cima da cabeça das duas era um teto.

“O que é? É verdade.” Encolheu-se no lugar com medo.

“O Jack nunca foi encontrado! Nunca foi preso!” disse fuzilando-a com os olhos.

“Ah, não? E como eu vi imagens no Google?” perguntou determinada de que estava certa.

“São imagens avulsas! Faça o favor de voltar lá no Google e se informar direito!” cruzou os braços e bufou.

“Você disse que ele tinha uma cara boazinha, então alguém viu a cara dele.”

“Todos os psicopatas tem cara de bonzinhos, isso é uma atuação!” quase gritou.

“Certo, certo, não se irrite!”

“Olhe, só se afaste do Cullen, ok? Seu pai está certo e o Jeff também. O Jeff é a melhor pessoa para você.”

“Eca! O Jeff é meu irmão! Eu não vou ter um caso com meu irmão! Não sou incestuosa.”

“Ele não tem o mesmo sangue que você.”

“Mas é como se tivesse.”

“Então fique BV o resto de sua vida, sua idiota!”

“”Ei, pare de me xingue!”

- Lills, acorde. – disse uma voz conhecida.

“Vá lá Julieta, conquiste seu Romeu.” Zombou a roqueira.

“Vá se catar!”

De repente tudo escureceu novamente. Mais uma vez estava sem conseguir entender nada até que vários barulhos chamaram sua atenção, eram passos, alguém derrubando alguma coisa e jurou também escutar uma porta abrindo estrondosamente.

- Jeff. – sussurrou, finalmente conseguindo abrir os olhos. Sua testa latejava, mas havia algo nela, algo gelado, que a fez lembrar novamente Edward – Droga! O que aconteceu? – perguntou sentando-se, lentamente.

- Ei, espere, fique deitada. – disse Jeff continuando a segurar algo na testa da garota.

- Que porcaria é essa, Jeffrey? – perguntou irritada tocando na mão do rapaz e fazendo-o soltar um saquinho de gelo que estava ali. Então era aquilo que estava gelando seu cérebro?

- Lilli, coloque isto no lugar.

- Lills, você está bem? – perguntou aquela voz tão melodiosa, que a morena conhecia muito bem. Teve que se esticar um pouco para o lado pra só então ver Edward vindo preocupado em sua direção.

- Er... Acho que sim. – disse a garota um pouco nervosa e confusa. Será que estava realmente bem? Estaria ela louca? Deveria dizer de uma vez para que cuidassem dela, a colocassem em tratamento? Mas assim não poderia mais ficar com Edward. Fez uma careta com o ultimo pensamento.

- Porque não tomou conta dela, Deppallier? – perguntou o ruivo virando-se furioso para o rapaz.

Era a primeira vez que Lillith via Edward tão furioso. Normalmente ele era sempre simpático e calmo, mesmo que as pessoas o provocassem muito. Ficou bem impressionada, ainda mais porque ele estava brigando com Jeffrey por sua causa... Isso mesmo POR SUA CAUSA! Morram de inveja meros mortais! Er... Mas não era uma boa ideia eles ficarem brigando, além dela não gostar disto, sua cabeça estava doendo.

- Edward, ele não tem culpa. – disse a morena fazendo uma careta com a elevação de tom do ruivo e o martelar mais forte de sua cabeça.

- É claro que teve culpa! Ele deveria estar cuidando de você! – disse entre dentes, só que desta vez mais baixo.

- Cullen, a Lillith sabe se cuidar... – disse Jeffrey levantando-se irritado e ficando cara a cara com Edward.

- Para os dois, ok? – disse a morena irritada – Eu já estou acostumada com esse meu azar, ok? Até quando não estou no jogo sou atingida por bolar! – suspirou – Agora parem de brigar, estou morrendo de dor de cabeça! – disse por fim voltando a se deitar, fechando os olhos em seguida.

- Vamos, eu vou te levar no consultório do meu pai, quero que ele der uma olhada em você. – disse Edward esbarrando em Jeffrey para que saísse de sua frente e posicionando-se ao lado de Lillith que abriu os olhos assustada.

- Não precisa. Eu estou bem.

- Lillith, você está com dor de cabeça, isso não é um bom sinal.

- Vá por mim, eu tenho uma cabeça de ferro. Já estou acostumada.

- Se essa dor de cabeça não passar eu irei te levar lá nem que eu tenha que te amarrar no banco do meu carro.

- Tudo bem. – sorriu.

- Agora, volte a colocar isto. – disse pegando a compressa de gelo e desta vez ele mesmo colocando no lugar – Isso vai ficar feio.

- Nem me fale. – fez careta, fazendo-o rir.

- Volte para a sala, Cullen, eu fico com ela. – disse Jeffrey tentando pegar a compressa, mas Edward segurou seu pulso rapidamente e apertou.

- Eu fico com ela. – disse o ruivo entre dentes, quase deixando um rosnado sair por pelos seus lábios.

- Ei, ei, ei! Que coisa feia! Parem de brigar! – reclamou Lillith – Edward, solte o Jeff! – mandou e o ruivo afastou a mão do rapaz - E Jeffrey pare de implicância!

- Eu não estou implicando! – defendeu-se o moreno – Estou sendo até amigável. Você vai querer que ele leve uma bronca por está aqui... Por sua causa?

Jeffrey sabia qual era o ponto para atingir Lillith, era apenas metê-la na historia e transformá-la em culpada, que a garota logo pensava duas vezes. Dito e feito! Pôde ver  resultado pela expressão da amiga. Quem aquele Cullen pensava que era? Se ele achava que ficaria com Lillith estava enganado, pois ele; Jeffrey Depallier, não deixaria.

- Edward, é melhor voltar para a sala. – disse a morena com a voz um pouco baixa. Queria que o rapaz ficasse ali, mas não queria que ele levasse suspensão por gazear. 

- Não se preocupe, Lills. – sorriu – A diretora me deu autorização de ficar aqui até você melhorar ou qualquer coisa eu te levarei para o médico. – sorriu vitorioso, tirando o papel do bolso e mostrando a garota... Como ele conseguiu? Apenas seu charme de vampiro, pelo menos aquilo servia para alguma coisa – Agora eu acho melhor VOCÊ voltar para a sala, Depallier.

- O sinal aind... – começou Jeffrey.

O rapaz nem terminou de falar e escutou o irritante som do sinal soar, aquilo fez Edward alargar seu sorriso.

- Vejo você na próxima aula, Lills. – resmungou retirando-se da enfermaria.

- Edward, meu cérebro está congelando. – resmungou Lillith cutucando a mão do rapaz – Eu acho que já está bom dessa compressa, se tiver que ficar um galo vai ficar.

- Tudo bem, mas fique quietinha ai, está bem? – disse o ruivo afastando-se, sentando-se nos pés da garota.

- Onde está a minha mochila? – perguntou olhando para os lados.

- Aqui. – disse a entregando.

- Onde estava?

- Do meu lado, no chão. – mentiu, estava em cima da mesa da enfermaria do outro lado da sala.

- Hum... Valeu.

Tirou de lá seu caderno e seu lápis de desenho, fazer aquilo na frente de Edward era suspeito demais, ele ficaria curioso e desconfiado, mas ela precisava desenhá-lo, ele estava tão... Lindo lendo aquele livro de biologia que pegara em sua mochila. Sabia que não sairia tão perfeito quanto ele era, mas... Sairia algo que prestasse e desse para admirar. Começou o contorno de seu rosto, as linhas do queixo eram tão delicadas quanto o resto do seu perfeito semblante, adorava aquelas linhas e principalmente desenhá-las. Passou o dedo levemente por seu desenho, se não podia tocá-lo poderia fazer isto em seu desenho, sentir a textura do papel. Suspirou. Nunca seria a mesma coisa, mas... Poderia se segurar com isto. Os olhos foi seu próximo passo, nunca virá olhos tão diferentes eram tão dourados, talvez ele usasse lentes para ficar diferente de todos, mas pelo o que conhecia de Edward ele não precisava ficar diferente para chamar a atenção, ele era lindo demais... Não precisava acrescentar mais. Só que seus olhos eram tão... Reais!

- Está sentindo dor? – perguntou Edward repentinamente a encarando. Droga! Havia sido pega no flagra.

- Er... Não, não.

- E porque está fazendo careta?

Deveria simplesmente desbloquear a cabeça dela e ler seus pensamentos, mas não estava conseguindo, estava com um pouco de dificuldade para isto, por este motivo Edward resolveu deixar como estava, quando estivesse menos preocupado tentaria se concentrar para isto, mas apenas s realmente precisasse. Ainda estava preocupado sim com essa batida na cabeça dela, era algo realmente para ficar de olho, mesmo que ela não quisesse ser levada ao consultório de Carslisle por medo de ser descoberta pelo pai daria um jeito de arrastá-la para lá.

- Eu estou fazendo careta? Nem percebi! – riu Lillith.

- O que é isto que está fazendo? – perguntou fechando o livro de biologia e o colocando de lado.

- Nada de mais! – deu de ombros – Apenas coisas avulsas.

- O que seriam essas coisas avulsas?

- Não é importante.

- Tudo que vem de você É importante para mim. – sorriu e ela corou.

- Ah... Er...

- Então o que é isto? – insistiu.

- Edward, não seja curioso! – brincou.

- Hum... Desculpe.

- Tudo bem. – disse e voltou para seu desenho, esperando que ele voltasse a ler o livro.

- Onde você morava antes daqui? – perguntou o ruivo de repente.

- Em uma cidadezinha... Acho que não conhece; Distow (N/A: A cidade não existe eu acabei de inventar).

- Já ouvi falar sim. Você passou quanto tempo lá?

- Edward, em vez de falarmos sobre mim, porque não falamos um pouco sobre você? – propôs fechando seu caderno, a tempos estava interessada em saber um pouco sobre ele, porém o ruivo nunca tocava no assunto.

- Minha vida não é tão interessante quanto foi é a sua. – sua feição mudou tão rápido quanto o sorriso que havia brotado ali. Era algo meio frio e sem vida.

- Tudo que vem de você É importante para mim. – repetiu ela, a mesma frase que o rapaz dirá a minutos atrás, isto só o fez fechar ainda mais a cara. Havia dito algo de errado? Lillith e sua grande boca! Mas agora já estava feito! Estava morrendo de vergonha por não ter controlado sua boca! Droga!

- Meu passado é triste Lills, e eu realmente não quero recordar dele agora.

- Tudo bem. – suspirou - Me desculpe.

- Não precisa se desculpar. – disse levantando-se e indo sentar-se mais próximo a ela – É normal que esteja curiosa... Mas quem sabe um dia eu não te conte?

- Ah, você vai me contar sim! Eu vou te encher a paciência até descobri.

 - riu.

- O pior é que eu sei que ira fazer isto. – riu – Ei, olha só, está ficando inchado. – disse repentinamente tocando um pouco próximo de onde a bola havia acertado – Isso está ficando feio.

- ...

Não conseguia pronunciar nem um “ai”, onde ele tinha tocado estava doendo, mas a proximidade que ele estava a fez paralisar, sua voz simplesmente não saia mais... Podia ver de perto a textura de seus lábios, podia quase senti-los, sentir o gosto deles. Não sabe de onde veio esse impulso, mas tocou no rosto dele e... Nossa, era tão macio, meio duro, mas ao mesmo tempo macio e muito gelado com sua mão. Seus olhos dourado encontraram os dela assim que suas peles entraram em choque. Ele respirou fundo e prendeu o ar.

- Er... Lills... Acho que já vai tocar... É melhor irmos. – disse o ruivo meio nervoso. Ele não queria se afastar para não magoá-la e também porque não queria, mas não era certo incentivá-la, não com uma coisa tão louca como aquela.

- Gosto quando me chama de Lills. – sussurrou ela debilmente, observando os lábios dele e desejando que aqueles movimentos que eles faziam fosse sobre os seus.

- É serio, não podemos chegar atrasados... Ou iremos levar uma bronca.

- Não vamos chegar atrasados.

“Que merda Lillith, o que diabos está fazendo?” pensou irritada consigo mesma “Ainda não notou que ele não quer te beijar? Se quisesse não estaria enrolando e tentando sair dali!”

- Lills, vamos. – disse Edward por fim tirando a mão da garota de seu rosto e para que ela não ficasse tão magoada deu-lhe um beijo na testa.

Ela levantou-se a contra gosto, preferia fica ali e enfiar o travesseiro na cara tentando se matar, mas não podia fazer isto porque Edward já estava lhe arrastando para fora da enfermaria quando tocou. E agora? Como as coisas ficariam? Ele poderia ser bonzinho com ela e fingir que nada havia acontecido, e era justamente o que esperava, afinal de contas, Edward Cullen era um cavalheiro.

O ruivo a deixou na sala sentadinha ao lado de Jeffrey e depois saiu para a sua. Como diabos iria olhar para a cara dele depois do que aconteceu... Ou quase aconteceu? Como se odiava por isto! Por toda a aula Jeff tentou conversar com ela e a garota apenas lhe deu foras e mais fora, só queria ficar em seu mundinho se torturando será que ele não entendia aquilo? Será que não entendia a gravidade do que havia feito? Claro que não, o amigo não sabia de nada e era melhor que continuasse sem saber.


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Notas finais do capítulo

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