[HIATUS] Vampires Will Never Hurt You escrita por Poison Girl


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Demorou mais chegou
asuahsuahs
Ele está bem grandinho para compensar o tempo
em breve Lills estara descobrindo sobre a verdadeira natureza dos Cullens



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Celular maldito! Pensei pela milésima vez enquanto andava pelo caminho que levava a minha casa. Hoje era para eu finalmente ter o meu primeiro beijo com o meu príncipe encantado, mas o que me sobrou? Uma gata borralheira andando sozinha pela rua com um celular sem crédito.

Bufei ao me lembrar do meu quase beijo com o Edward. Faltava tão pouco para sua boca tocar a minha, quando o meu maldito celular toca, com meu pai furioso do outro lado da linha. Maldito homem que me tirou a chance de deixar de ser BV! Pensei com raiva tropeçando em meus próprios pés.

Suspirei me recompondo e me arrependendo por não ter aceito a proposta de Edward de me levar para casa. Disse não porque já seria horrível com o meu pai se eu chegasse sozinha, se fosse acompanhada então. Sorri de alivio ao ver a pequena casa me esperando. Finalmente havia chego. Abri a porta devagarzinho, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Fui andando tão lentamente que nem parecia que eu estava me movimentando, indo em direção à escada, quando a luz da sala foi ligada. Meu coração quase parou quando vi meu pai sentado em um dos sofás da sala, me encarando com certa raiva. Deus, sentia-me dentro de uma das cenas de o Poderoso Chefão.

- Isso é hora de se chegar? – meu pai perguntou. Engoli em seco ao ouvi a sua voz. É, ele estava com raiva.

- Foi mal, eu perdi a hora. – falei corando, afinal dificilmente eu saia e não avisava.

- Onde você estava?

Agora ferrou, como dizer que eu não estava na casa dos Cullens, sendo que eu estava na casa dos Cullens?

- Eu... Estava po-por ai.

- Por ai onde Lillith?

- Por ai! – exclamei já começando a me cansar daquele interrogatório todo. Eu era livre para fazer o que quisesse né? – Eu tava com a cabeça cheia, resolvi sair para espairecer, e acabei perdendo a hora, só isso.

- Só isso? Você pode imaginar o quanto eu fiquei preocupado?

- Não sei porque, eu só sai.

- Não quero mais que você faça isso. – falou se levantando do sofá.

- O que?

- Eu não quero mais que você saia sem avisar Lillith.

- Como assim? Agora você vai cronometrar cada passo meu?

- Eu só quero a sua segurança.

- Não! Você quer é me prender a você, mas ouça, eu não serei alguém que você manda e desmanda papai, eu sou livre para fazer o que eu quiser.

- Não enquanto ainda morar sobre o meu teto.

Essa sua frase foi como um tapa na minha cara. Então era isso, meu pai realmente me faria ser como um cachorro que obedece todas as suas ordens.

- Então sinto muito Eris, mas se você continuar assim, logo não precisará mais se preocupar comigo, pois eu vou sair de casa.

Disse e corri para o meu quarto, logo trancando a porta e me jogando na cama. Chorei sentindo meu coração se despedaçando. Nunca briguei com o meu pai, mas hoje foi inevitável, como aceitar isso?

Celular maldito! Pensei pela milésima vez enquanto andava pelo caminho que levava a minha casa. Hoje era para eu finalmente ter o meu primeiro beijo com o meu príncipe encantado, mas o que me sobrou? Uma gata borralheira andando sozinha pela rua com um celular sem crédito.

Bufei ao me lembrar do meu quase beijo com o Edward. Faltava tão pouco para sua boca tocar a minha, quando o meu maldito celular toca, com meu pai furioso do outro lado da linha. Maldito homem que me tirou a chance de deixar de ser BV! Pensei com raiva tropeçando em meus próprios pés.

Suspirei me recompondo e me arrependendo por não ter aceito a proposta de Edward de me levar para casa. Disse não porque já seria horrível com o meu pai se eu chegasse sozinha, se fosse acompanhada então. Sorri de alivio ao ver a pequena casa me esperando. Finalmente havia chego. Abri a porta devagarzinho, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Fui andando tão lentamente que nem parecia que eu estava me movimentando, indo em direção à escada, quando a luz da sala foi ligada. Meu coração quase parou quando vi meu pai sentado em um dos sofás da sala, me encarando com certa raiva. Deus, sentia-me dentro de uma das cenas de o Poderoso Chefão.

- Isso é hora de se chegar? – meu pai perguntou. Engoli em seco ao ouvi a sua voz. É, ele estava com raiva.

- Foi mal, eu perdi a hora. – falei corando, afinal dificilmente eu saia e não avisava.

- Onde você estava?

Agora ferrou, como dizer que eu não estava na casa dos Cullens, sendo que eu estava na casa dos Cullens?

- Eu... Estava po-por ai.

- Por ai onde Lillith?

- Por ai! – exclamei já começando a me cansar daquele interrogatório todo. Eu era livre para fazer o que quisesse né? – Eu tava com a cabeça cheia, resolvi sair para espairecer, e acabei perdendo a hora, só isso.

- Só isso? Você pode imaginar o quanto eu fiquei preocupado?

- Não sei porque, eu só sai.

- Não quero mais que você faça isso. – falou se levantando do sofá.

- O que?

- Eu não quero mais que você saia sem avisar Lillith.

- Como assim? Agora você vai cronometrar cada passo meu?

- Eu só quero a sua segurança.

- Não! Você quer é me prender a você, mas ouça, eu não serei alguém que você manda e desmanda papai, eu sou livre para fazer o que eu quiser.

- Não enquanto ainda morar sobre o meu teto.

Essa sua frase foi como um tapa na minha cara. Então era isso, meu pai realmente me faria ser como um cachorro que obedece todas as suas ordens.

- Então sinto muito Eris, mas se você continuar assim, logo não precisará mais se preocupar comigo, pois eu vou sair de casa.

Disse e corri para o meu quarto, logo trancando a porta e me jogando na cama. Chorei sentindo meu coração se despedaçando. Nunca briguei com o meu pai, mas hoje foi inevitável, como aceitar isso?

~*~

No dia seguinte aquela discussão com meu pai eu estava irritada, muito irritada, meu pai não tinha que me tratar daquela forma, eu nunca havia saído da linha, nunca havia sido irresponsável como muitos adolescentes eram, mas basta eu fazer algo que ele julga ser extremamente errada uma única vez, que o céu cai sobre minha cabeça. Bufei enquanto rolava na cama deitando-me de lado, mais precisamente ficando em frente à porta, encarando-a de forma mortal como se a qualquer momento com o poder de meus olhos eu conseguisse desintegra a madeira.

- Lil. – disse Jeffrey batendo de leve em minha porta e a abrindo lentamente. Arrastei meu corpo para cima, recostando as costas na parede – Posso entrar?

- Você já abriu a porta. – rolei os olhos, enquanto letamente, cheia de preguiça, empurrava meu corpo para cima, recostando minhas costas no espelho da cama.

- Desculpa, eu só queria checar se estava dormindo. – disse recostando a porta e encostando-se nela, enquanto enfiava as mãos dentro dos bolsos da frente de sua calça. Ele estava nervoso eu podia sentir isso.

- Como se eu dormisse até as 11 da manhã. – resmunguei – Até parece que não me conhece Jeff.

- Hey, podemos conversar sobre as coisas que andam acontecendo entre nós?

- Sobre você ser um idiota? – dei de ombros, cheia de sarcasmo o que não costuma acontecer muito comigo, porém eu estava chateada com meu pai e Jeffrey fez o favor de tirar o dia hoje para me amolar e me lembrar o motivo de está chateada com ele – Claro.

- Eu só quero seu bem. – disse com a voz fraquinha, baixando a cabeça, aquilo me fez notar que eu estava agindo como uma boba o Jeff não merecia ser tratado daquela forma, ele era meu amigo, era normal que ficasse sempre tentando me proteger de mim mesma. Ele foi a única pessoa que me apoiou e ficou do meu lado desde que me mudei para cá, não poderia tratá-lo como um cão sarnento no primeiro desentendimento que tivemos em anos, ainda mais por pessoas que nem conheço direito. 

- Eu sei. – suspirei sentindo-me péssima – Mas não tem com que se preocupar. – sorri levemente.

- Sabe, é errado enganar seu pai dessa forma. – sussurrou com o intuito de que se meu pai estivesse passando por ali não escutasse. Jeff desencostou-se da porta e seguiu em minha direção, sentando-se a minha frente, com o cenho franzido em preocupação – Você nunca foi assim Lilli até esses Cullens chegarem por aqui, eles estão te influenciando a agir errado...

- Não os culpe, sou eu que cometo meus erros e não eles que me obrigam. – meneei a cabeça, ainda calma.

- Não quero mais falar sobre isso ou iremos discutir de novo. – disse me dando um de seus sorrisos que pediam para que eu concordasse e o que eu podia fazer?

- Você tem total razão.

- Então, vim te chamar para ir a feirinha que está tendo no centro, está havendo ótimas promoções daqueles livros de anjos caídos e vampiros você adora.

- Isto é maravilhoso – sorri animada começando a me levantar para ir correndo me arrumar, porém logo me lembrei da tragédia e joguei-me novamente na cama – Estou de castigo. – suspirei passando a mão pelos meus cabelos que caiam em meu rosto.

- Não mais. – sorriu matreiro – Pelo menos não enquanto estiver comigo.

- Do que está falando. – estreitei os olhos, desconfiada.

- Conversei com seu pai e consegui com que ele te liberasse.

- Oh, sério?

- Yeap.

- Jeff eu te amo! – gritei jogando-me sobre ele e lhe abraçando forte – Te amo, te amo, te amo! – cantarolei beijando sua bochecha inúmeras vezes – Só você mesmo para conseguir isto. – sorri afastando-me um pouco, porém não calculei muito bem o nosso distanciamento e nossos rostos ficaram ainda próximos demais, nossas respirações se misturavam e o sorriso ao qual enfeitava o rosto de meu amigo foi se desfazendo até sua feição ficar séria, os olhos fitando os meus tão intensamente que eu podia sentir um pouco de incomodo. Sua mão deslizou de minha cintura até o meu rosto fazendo um leve carinho em minha bochecha e deslizando lentamente até a nuca a qual tocou com a ponta dos dedos.

- Eu também amo você Lilli, muito. – sussurrou fazendo uma leve pressão na minha nuca era uma pressão gostosa e me fez ter um embrulho no estomago, mas não era o mesmo ao qual Edward me causava e sim de medo, medo do que aquelas palavras podiam significar para meu amor, medo de magoá-lo se eu me afastasse medo de recusar seu amor, mas eu não podia iludi-lo quanto a algo que nunca teria.

- Er... Jeff essa situação está estranha. – disse levando a minha mão até a sua a qual estava em minha nuca, toquei-a com cuidado tentando não ser pior do que eu já estava sendo e a afastei dali, podendo assim também me movimentar e sentar-me normalmente agora entrelaçando nossos dedos – Olhe, eu o amor ok? Mas apenas como meu melhor amigo.

- Lilli...

- Escute, eu venho notando a forma como anda agindo ultimamente comigo. – suspirei meneando a cabeça – Tenho evitado essa conversa a um bom tempo, mas não posso mais fazer isso. – disse mais para si do que para o rapaz – Não posso mais te iludir. – suspirou baixando a cabeça e observando suas mãos juntas.

Ele deveria ser o certo, éramos amigos há tanto tempo, tínhamos gostos muito parecidos então porque eu simplesmente não deixava que Jeffrey me envolvesse em um romance consigo? Porque sentia que era tão errado sentir algo por ele?... Edward essa era a única resposta que vinha a minha mente. Mais o que diabos estava acontecendo comigo? Eu não posso está interessada por ele droga! Não alguém como Edward Cullen! Ele poderia ter qualquer uma que quisesse nunca me daria bola, não a uma garota tão comum e sem graça como eu! A prova disto foi o que aconteceu na enfermaria, a forma como me rejeitou. Sim, aquilo ainda doía ainda me incomodava profundamente, mas hoje na casa dele por um segundo pensei que ele poderia sentir o mesmo, pude ver em seus olhos a vontade de me beijar tanto quanto eu sentia naquele momento... Mas o destino estava certo em atrapalhar, nunca daria certo, aquilo seria passageiro e logo Edward notaria a grande bosta que fez me dispensaria e nossa amizade iria ser tão destroçada quanto meu coração no momento em que fui rejeitada.

- Eu realmente tentei me convencer que era apenas coisa de minha cabeça que nossa amizade só estava mais intensa como tinha que ser, - disse afastando sua mão da minha, porém senti-o apertar a minha tentando impedir a falta de meu contato, porém com firmeza o fiz, ele teria que entender, eu não podia estragar nossa amizade, Jeffrey era tudo o que tinha, foi a única coisa de boa que já aconteceu para mim naquela escola, eu não poderia perde-lo – como acontecia com melhores amigos – meneei a cabeça e ri com amargura. Como fui pensar tal bobagem? Desde quando amigos te olham com tanto amor, paixão, idolatrarão?! Às vezes era meio assustador, mas aquele era o Jeff, ele sempre fora super protetor... A quem você quer enganar Lillith? Sabe muito bem que ele está ficando meio obsessivo, não vê como ele trata os Cullen? Não vê como ele anda, demais, querendo mandar no que faz ou deixa de fazer? – Mas eu finalmente cai na real e vi o quanto boba estava sendo. – falei levantando meu rosto e fitando sua feição assustada, porém com vestígios de tristeza, uma profunda tristeza. Sua respiração estava acelerada, seus olhos escurecidos agora arregalados com um brilho acinzentado de magoa, perda quase um luto. Eu sei, assustador, mas eu o entendia, de alguma forma muito bizarra aquele sentimento fazia sentido para mim – Sinto muito Jeff, sinto muito mesmo não poder te corresponder. – disse de uma vez. O que mais dizer? Como ser mais delicada? Pensa Lillith! Pensa garota! Ele é seu melhor amigo! Mas nada vinha, nenhuma só palavra de consolo, conforto, todas eram mentirosas e falsas demais para que eu pudesse pronunciar e ficar bem.

- Eu... – ele meneou a cabeça, franzindo o cenho, aturdido, tal cena apertou meu coração, queria me aproximar, o abraçar e dizer que tudo ficaria bem, mas nós sabíamos bem que não ficaria, não quando alguém que você aprendeu amar te dá um fora – Nós temos que ir ou quando chegarmos lá não terá sobrado um só livro para que você possa comprar. – disse levantando-se e seguindo para a posta de me quarto sem me fitar – Estarei no carro te esperando. – falou antes de sair. Eu queria gritar, perguntar se ele não havia escutado uma só palavra do que eu disse, mas fiquei tão chocada com sua forma de tratar a situação como se ela não estivesse acontecendo que eu fiquei completamente paralisada.

- Ah Jeff, eu sinto tanto. – suspirei murmurando baixinho enquanto me levantava e seguia para meu banheiro.

~*~

Demorei mais do que pretendia no banho, pois eu queria dar um tempo para que Jeffrey pensasse sobre tudo que lhe disse, para que, seja o que ele pense em fazer, seguisse para o lado ao qual nossa amizade continuasse como sempre foi. Sei que seria difícil, sei que não deve ser nada agradável ser apaixonado por sua melhor amiga, ainda mais depois dela lhe dizer que nunca sentiria o mesmo... Oh, céus! Eu não quero que minha amizade com o Jeff se acabe. Senti meu coração apertar com esse pensamento e meu rosto esquentar levemente, assim como meus olhos arderem. Suspirei. Eu não podia chorar agora, tinha que ajudá-lo, apoiá-lo, ele tinha que passar por isto bem... Ou pelo menos ficar bem na medida do possível.

- Está tudo bem? – perguntou papai, ele estava recostado no final da escada com um café entre as mãos, observava-me com o cenho franzido, preocupado.

- Sim. – foi tudo o que consegui dizer. Desci o que faltava, indo ao seu encontro por mais que eu estivesse chateada eu compreendia sua atitude, talvez eu fizesse o mesmo com um filho meu. Pensando melhor agora que um pouco da chateação havia passado... Ele deve ter ficado toda a noite preocupado, sem dormir, isto eu via pelas intensas olheiras abaixo de seus olhos, o que me fez senti um pouco culpada, porque diabos eu fui me esquecer de ligar para ele? Nada disto estaria acontecendo se eu tivesse tirado um tempinho de meu divertimento com Edward, ou tortura com Alice, para que eu avisasse que não passaria a noite em casa – Me desculpe, sei que errei, – disse o abraçando forte. Logo senti um de seus braços me envolver e sua mão quente afagar minhas gostas com carinho – mas eu nunca ficaria em um lugar onde sei que correria perigo.

- Nem tudo é o que parece, filha. – sussurrou contra minha têmpora, depositando um beijo ali – Às vezes pessoas que se parecem boas, que poderiam ser boas têm instintos a qual as fazem machucar inocentes.

- Do que está falando? – perguntei confusa, afastando-me. Não sei se foi minha imaginação, mas posso jurar que vi medo em seus olhos, mas porque teria tal sentimento ali quando ele sabia que eu estava a salvo? Papai sempre foi muito misterioso, nunca acreditei no que ele dizia no momento em que decidia que iríamos nos mudar. Um emprego melhor? Como se pode acreditar nisto quando papai herdara a fortuna de meu avô? Ele não precisava trabalhar, apenas o fazia para se manter em movimento. Ele sempre se manteve simples, sempre me ensinou que era assim que tinha que ser feito, nada de chamar atenção para si apenas com um capricho, apenas para que as pessoas gostassem de você por seu dinheiro, ele sempre preservou muito que passássemos discretamente por todos os lugares que moramos. Por quê? O que realmente há por trás dessas mudanças? Eu queria perguntar a ele, mas todas às vezes que tentei papai sempre ficava chateado e sumia por algumas horas. Era realmente frustrante! – Não é como se eu estivesse na casa de um serial killer – brinquei sorrindo, querendo quebrar a tensão que havia ficado entre nós – Eu só passei a noite com uma amiga. O senhor mesmo vivia reclamando que eu não permito que outras pessoas se aproximem.

- Acho melhor você ir. – disse beijando minha testa – antes que eu me arrependa de lhe tirar do castigo. – falou com humor, me virando na direção da porta.

- Não está mais aqui quem falou, esqueça que estive há poucos minutos a sua frente. – ri e corri para fora.

(Alice)

Edward havia saído com os rapazes e eu usara isto para poder conversar melhor com Esme sobre Lillith e minha idéia de cupido. Estava tão cansada de ver meu irmão triste, sempre deprimido e se culpando pela morte de Bella, ele sentia sua falta todos os dias, eu podia ver isto nitidamente, mas desde que chegamos aqui foi como se Lillith tivesse virado seu pequeno milagre e o fez se esquecer daquela triste tragédia que fora perder sua amada Bella.

- ... Enfim, ela é perfeita para o Edward, não acha? – terminei agora mais seria, estávamos entrando em um assunto delicado, eu tinha que convencer Esme, ou minha mãe, como eu gostava também de chamá-la, a ficar do meu lado, se ela ficasse seria mais fácil de convencer o resto, afinal de contas, quem iria contra o que nossa mãe concordava?

- Alie, filha, não queremos que Edward passe por tudo aquilo de novo depois que ela se for. – disse virando-se lentamente para mim.

- Desta vez ele não vai! – meneei a cabeça – Vou convencê-lo de transformá-la.

- Isso seria um tanto egoísta de sua parte.

- É claro que não...

- Sabe se ela quer isso? Sabe se ela quer ver seus entes queridos um dia morrerem enquanto ela continuara eternamente viva? Não acha que ser transformada apenas para se tornar companheira de alguém...

- Hey, hey, quem não quer ter juventude eterna? – disse levantando minhas mãos em um sinal de que ela parasse e escutasse meus argumentos – E tenho certeza de que ela não se oporia a ficar eternamente ao lado do Edward. Esme, ela realmente o ama, você precisa ver como esses dois se olham, dá para sentir faíscas saindo de seus corpos

- Não sei querida – suspirou voltando-se para guardar um livro – Não quero que meu filho passe por tudo aquilo de novo. Dói para uma mãe ver o filho no estado em que vi Edward.

- Mas nós vamos transformá-la! – resmunguei.

- Você sabe de quem ela é filha. Eric já foi falar com seu pai no hospital, ele não nos quer perto da Lillith, ele tem medo que nós a machuquemos.

- Até parece! É mais fácil ele machucá-la, aquele maldito...

Antes que eu pudesse terminar aquela velha sensação de ser sugada para um túnel surgiu, meu corpo se projetou levemente para frente como se a gravidade estivesse forte demais ao meu redor, acima de mim, arfei e logo estava vendo o que estava prestes a acontecer pelos olhos de Lillith.  

  Eu estava maravilhada com tudo aquilo a minha volta, estávamos no centro da cidade, em uma linda pracinha ensolarada com um vasto gramado verde ao qual tinha um delicioso cheirinho de grama molhada, a minha volta haviam inúmeras barraquinhas feitas de madeira e os tetos com panos brancos, nelas estavam vários livros expostos em cima de bancadas. Não sabia ao certo para onde correr primeiro a única coisa que eu tinha certeza era de que eu teria que ser rápida, pois havia muitas pessoas por ali e se eu não corresse os meus livros preferidos acabariam e nunca mais conseguiria encontrá-los com um preço tão barato.

- Jeff. – chamei baixinho, sem desgrudar os olhos daquele sonho – Estou indo ali.

- Ok, vou está por aqui. Trouxe seu celular?

- Humrum. – balancei a cabeça positivamente, enquanto mordia meu lábio inferior.

- Qualquer coisa nos falamos pelo celular.

- Certo.

Animadamente fui logo tirando o dinheiro do bolso, não queria perder nem se que um minuto, teria que ser rápida para poder ver as outras barraquinhas que tinham outros livros interessantes, vai que eu acabo conhecendo alguma nova série? Estava louca para descobrir algo novo que fizesse o grande favor de não virar modinha. Odeio isso! Aquelas malditas posers ficam se fazendo de fãs apenas porque o cara do livro é bonitinho e o príncipe que elas desejam! Hunft! Ridículo! Eu prefiro os malvados sempre, para mim a maldade deles é um ponto forte que os deixam mais atraentes... Acho que sou masoquista. Meneei a cabeça tentando tirar tais pensamentos dali, neste processo um vento forte me atingiu fazendo minha nota de cem dólares saltar por entre meus dedos.

- Oh droga! – resmunguei correndo atrás dela que era carregada pelo vendo, não desgrudei meu olhos dali para não perdê-la de vista o que resultou de que eu bati contra algo muito duro e que se não fosse por mãos frias e grandes me segurando pela cintura eu teria desabado no chão – Me desculpe, eu não vi por onde estava indo – disse rapidamente levantando meu rosto e passando a mão por ele, retirando algumas mexas de cabelos que caiam por sobre meus olhos assim podendo enxergar melhor as feições da pessoa que me salvou de uma bela queda.

Arfei baixinho quando meus olhos fitaram o belo rosto do homem, estávamos muito próximos e eu podia ver toda a perfeição dele... Ele era tão lindo quanto Edward. Sua pele era pálida como a mais fina porcelana, porém parecia dura como mármore, seus cabelos eram incrivelmente negros e brilhantes, eles batiam um pouco a baixo de seu queixo, seu rosto tinha um formato quadrado e seus olhos... Seus olhos... Oh, deus... Eles eram lindos e assustadores... Eram de um vermelho sangue, cheio de um brilho malicioso Por um segundo, de uma forma bizarra, pensei que fossem reais e estremeci, mas isto logo passou quando raciocinei direito

- Lentes legais. – sussurrei – Você realmente entrou no clima da feirinha. – sorri, apoiando minhas mãos no peito do cara para tentar afastá-lo – estava realmente incomodada com todo aquele contato, sua pele era fria demais e tocava uma partezinha exposta no final de minha coluna, quase tocando o inicio de meu bumbum, aquilo me fez corar drasticamente. Porém o homem não saiu de perto, não se moveu nem se quer um centímetro, parecia uma rocha segurando-me firmemente contra si e sorrindo com uma certa malicia no canto dos lábios – Poderia, por favor, me soltar? – pedi, sem arrumar outra forma de ser mais delicada – Obrigada, mas eu já estou bem. – completei.

- Você é realmente muito linda para uma humana, sabia disso? – perguntou com a voz rouca e atraente, uma de suas mãos subiu por meu braço deixando um rastro frio por onde passava e chegando a minha clavícula onde acariciou o local com as costas do dedo indicador – E seu cheio... – sussurrou aproximando ainda mais seu rosto de mim, os olhos se fechando. Meu coração disparou drasticamente em pavor. “Oh, Deus ele é um tarado! Vai me estuprar e depois me matar”pensei com desespero. Seus lábios estavam próximos ao meu, mas desviaram no momento em que iam tocá-los, seguindo para meu pescoço onde respirou forte, e tocou a ponta do nariz ali passando vagarosamente, como se apreciasse o perfume. Eu não sabia o que fazer, estava paralisada de medo, queria gritar por ajuda, mas minha voz havia sumido... Eu estava ferrada, muito ferrada...

- Alice, querida, o que está vendo? – perguntou Esme segurando-me junto a si. O foco voltou aos meus olhos e senti-me levemente tonta, mas não tinha tempo para me recuperar, eu precisava avisar a Edward rapidamente.

- Lillith está em perigo. – disse rapidamente enquanto já digitava o número de meu irmão no celular. Graças a Deus no primeiro toque ele atendeu.

- Espero que seja algo realmente importante, você me fez perder o maior urso que já peguei em toda a minha vida. – resmungou Edward chateado.

- Um nômade vai tentar machucar a Lillith, você precisa vir rápido! Ela está na feirinha do centro.

- Droga! – rosnou, eu podia ver claramente seu queixo trincado em fúria e sua testa franzida em preocupação – Pegue meu carro e vá para lá, mantenha-a longe desse infeliz, eu e os rapazes já estamos a caminho. – desligou.

- Vou com você. – disse Esme já com o celular no ouvido – Amor, estamos com um problema. – disse me seguindo até o volvo em velocidade vampiresca - Lillith está em perigo. Um nômade. Na feirinha que está tendo no centro. – desligou – Ele está indo para o centro, é perto do hospital. – assenti e pedi aos deuses que ele chegasse a tempo.

(Lillith)

Aquele cara estava realmente me assustando cada vez mais. Olhei para os lados a procura de ajuda, mas onde estávamos não havia movimentação era um beco meio distante da feirinha, estávamos ao final dele e havia apenas uma parede as costas daquele cara estranho. Deus, porque diabos eu entrei em um beco? Porque eu não olhei para onde estava indo? Nada disso estaria acontecendo. Solucei baixinho, sentindo as lágrimas começarem a descer por meu rosto, quente e temerosas. A mão do estranho me imprensou ainda mais em seu corpo fazendo-me sentir o que eu não queria... Sim, ele estava de alguma forma, muito excitado apenas por cheirar meu pescoço, podia sentir seu membro em minha coxa, aquilo me deixou terrivelmente enjoada. Meu desespero apenas aumentou quando a mão que estava em meu pescoço o apertou, seus lábios subiram frios até meu queixo e o mordiscou. Eu não agüentava mais aquilo, eu queria ir para casa, se aquilo era um teste ou um castigo de deus por tudo o que eu fiz ele já poderia parar, já aprendi minha lição.

- Por favor, – choraminguei – Me deixe ir para cara.

- Você é deliciosa demais para que eu deixe escapar. – falou e sugou meu lábio inferior, fazendo-me ficar terrivelmente enjoada, tentei desviar o rosto, mas ele o segurou com tanta força que me machucou. Gemi de dor, mesmo assim ele não aliviou, apertou um pouco mais me fazendo dar um gritinho, seu sorriso sádico aumento mais ainda.

- Lillith. – chamou uma voz melodiosa e familiar. Agradeci a Deus no momento em que o reconheci – Solte-a! – ordenou Carlisle.

- Ou vai fazer o que? – perguntou o estranho debochando. Ele apertou mais meu rosto, eu gritei, aquilo estava doendo muito era como se houvesse uma placa de metal apenas em cima da minha face a esmagando, eu quase podia sentir meus ossos sendo quebrados.

- Você não vai querer saber.

- Senhor Cullen. – choraminguei, meus olhos estavam ficando turvos não apenas pelas lágrimas, mas também com a quantidade de dor que eu estava sentindo. Seria possível eu desmaiar por aquele aperto? Um humano é capaz de ter tamanha força? Força suficiente para quebrar um osso facial apenas com o aperto de uma única mão?

- Fique calma querida, vai ficar tudo bem.

- Tem certeza, Cullen? – perguntou aproximando seu rosto de meu pescoço, senti seu hálito bater de uma forma fria em minha pele, fechei os olhos sentindo nojo e quase vomitei quando senti sua saliva tocar meu pescoço. Ele mordicou o local arranhando os dentes ali eu podia jurar que escutei um rosnado animalesco. O estranho riu do que é que estivesse acontecendo atrás de mim e passou a língua por toda extensão de meu pescoço como se tivesse o provando – Ela é deliciosa, Cullens.

Cullens? Como assim? Não era apenas o pai de Edward que estava ali? Oh, Deus eu não quero que ninguém se machuque por minha culpa, não quero. Repentinamente senti o estranho ficar tenso, ele afastou o rosto de meu pescoço, voltando a uma posição ereta e incrivelmente nervoso, pude ver seus olhos arregalar-se por breves minutos, assim como sua respiração ficou mais acelerada, pelo menos ele afrouxou mais seu aperto, porém a dor não cessou.

- Solte-a seu maldito! – rosnou Edward – Você está em desvantagem, então é melhor obedecer!

- Concordo, panaca. Se tiver quebrado um osso de minha amiga, eu juro que arranco pedacinhos de você. – disse a voz de sino de Alice o que me fez estremecer, sentindo medo por ela.

- Alie, vá embora. – choraminguem – Por favor, eu não quero que ninguém se machuque por minha causa. – solucei, todo meu corpo tremia, eu começava a me sentir mole, a visão falhando e minha voz extremamente entre cortada. Estava doendo tanto que talvez fosse melhor que isto acontecesse, talvez quando eu acordasse tudo estivesse bem.

- Edward, ele não vai solta-la.

- Oh, ele vai sim – sibilou ele de forma tão ameaçadora que fez os pelos da minha nuca se arrepiarem.

Fechei os olhos já prevendo a briga terrível que ocorreria ali. Porque eles simplesmente não chamavam a policia? Assim ninguém se machucaria por minha culpa. Esse cara poderia está armado, mas se estivesse ele estaria a usando contra mim não? De qualquer forma com a força que ele tem acho que nem precisa disto. Repentinamente senti-me ser solta. Antes que eu pudesse abrir os olhos e procurar algo para me apoiar, despenquei. Tudo o que pude fazer foi dar um gritinho de surpresa e terror, esperando eu bater terrivelmente no chão, mas antes que isso acontecesse braços frios, fortes e acolhedores me puxaram. Eu sabia que não era o estranho, pelo cheiro gostoso e também pela forma protetora como me segurava contra si.

- Edward? – murmurei sentindo medo de abrir os olhos e ver que estava errada.

- Sim Lills, sou eu, você vai ficar bem. – sussurrou perto de meu rosto, pegando-me no colo.

- Vamos levá-la para cara e lá eu posso examiná-la melhor. – disse Carlisle.

Eu podia protestar para que ele me colocasse no chão, um lado meu dizia para que o fizesse e saísse dali, que fugisse, de alguma forma bizarra havia um lado meu que me alertava perigo quando eu estava perto dos Cullens, mas como alguém que acabou de me salvar de ser machucada pode querer o mesmo?

- Ninguém vai te machucar Lills, você está a salvo. – disse me aconchegando mais em seu corpo, de uma forma que me deixava mais confortável. Recostei a cabeça em seu ombro, deslizando uma mão para o outro lado de seu pescoço onde apenas repousei a mão ali sentindo o contato de sua pele fria com a minha. Eu já não me preocupava com sua temperatura baixa e nem me perguntava mais como um ser humano poderia ser tão frio, para mim isto agora era normal. Suspirei sentindo-me cansada por todo aquele aperreio que passei – Pode descansar, você logo estará em casa.

Assenti, fiz uma careta e soltei um leve gemido quando o movimento fez um latejar chato se fazer presente em minha mandíbula. Durante todo o caminho fiquei quieta, não estava fingindo dormir nem nada do tipo, eu apenas queria ficar ali nos braços de Edward sem ter que explicar nada ou ter que me preocupar com algo. Não sei quando, mas adormeci talvez fosse o cansaço de todo aquele susto que tomei.  


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