[HIATUS] Vampires Will Never Hurt You escrita por Poison Girl


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

O proximo sera postado na proxima semana eu promto gente, ele já está escrito kkkk



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Acordei com uma dor insuportável na cabeça e no corpo. Era como se um caminhão tivesse passado por cima de mim, deixando só os restos decompostos. Gemi enquanto tentava abrir os olhos. Minha visão estava turva, e eu só conseguia ver uma luz muito forte guiada bem em meus olhos.

- Lillith? – ouvi um sussurro ao longe, mas me encontrava tão grogue que não conseguia distinguir a voz.

- Ela está muito mal, Carlisle. Faça alguma coisa... – outro sussurro.

- Ela está bem, seu corpo irá se recuperar sozinho Edward. – dessa vez soube que era Carlisle que falava.

Como assim se recuperar?O que havia acontecido comigo? Eu não lembrar de quase nada, só da briga com meu pai; Jeffrey; feira e então... Meu coração acelerou e fechei os olhos com força, tentando controlar a onda de medo que apossou de meu corpo. Olhos vermelhos e sangue, era o que eu lembrava. Senti um arrepio na espinha ao recordar de seu toque frio e de sua boca... Gemi mais alto, me debatendo, querendo me livrar daqueles pensamentos. Foi quando senti um toque frio em meu pulso e um grito saiu de minha boca.

- NÃO! – e então eu despertei completamente, me sentando aonde quer que eu estivesse sentada.

Respirava com dificuldade, sentindo meu peito doer. Meu corpo todo tremia e lágrimas se acumularam em meus olhos.

- Lills? – alguém perguntou e eu virei o rosto, me deparando com o homem mais belo que eu conhecia.

Edward me encarava com preocupação, torcendo as mãos toda hora. Ele estava há alguns centímetros de mim, por isso foi fácil esticar o corpo e abraça-lo.

- Ah Edward... – sussurrei chorando. Seu corpo duro causava dores em meus machucados, mas eu não me importava. Com ele ao meu lado, sabia que sempre estaria segura.

- Shiii, passou... – me abraçou de volta, me embalando em seus braços acolhedores.

Podia ser loucura de minha cabeça, mas por um momento, pensei ter sentido seus lábios em meus cabelos. Funguei me libertando de seus braços e enxugando o nariz na manga da camisa.

- O que aconteceu? Quem era aquele homem? O que ele era? – as perguntas saiam pelos meus lábios sem que eu percebesse.

Vi Edward e Carlisle, que só agora percebi que estava ao seu lado, trocarem um olhar preocupado.

- O que? – exigi.

- Lillith... – começou Carlisle. – Você passou por um trauma muito grande, precisa descansar no momento.

- Eu preciso saber o que aconteceu! Quem era ele?

- Um assaltante qualquer, nada com que se preocupar. – disse Edward e eu não consegui evitar o riso de deboche.

- Assaltante, sério? Não brinque com a minha inteligência, Edward. Eu quero a verdade.

- A verdade é que você precisa descansar. Depois nós voltamos. – Carlisle disse, puxando Edward pelo braço para fora do quarto.

Minha boca escancarou com o pensamento deles estarem escondendo algo de mim.

Como assim assaltante? O que eles queriam dizer? Que eu imaginei tudo aquilo? Por favor, eu sabia o que tinha visto, e principalmente sentido. Eles não podiam dizer que não era verdade. Deitei novamente na cama, tentando pensar direito.

Mas e se eles estivessem falando a verdade? E se tudo não foi um fruto da minha imaginação? Era a resposta mais racional para tudo, final o que mais poderia ser? Tinha que admitir que até para mim tudo aquilo parecia uma loucura. Mas não conseguia evitar pensar que aquilo poderia ser verdade; que eu não imaginei tudo.

Pois tinha certeza que não conseguiria inventar o a dureza de seu toque; o frio de seus lábios; e muito menos o medo que eu senti.

Grunhi para a bagunça de meus pensamentos. O que havia acontecido de verdade?

Pulei de susto ao sentir o celular vibrar em meu bolso. Na tela estava escrito Jeffrey. Ah não, com certeza ele estava que nem louco me procurando, e provavelmente já teria ligado para o meu pai e eu estaria de castigo... De novo.

Sai da cama rapidamente, com o intuito de ir embora. Mas levantei tão rápido que senti uma vertigem forte e se mãos frias não tivessem me segurado, com certeza teria ido ao chão.

- Você está bem? – Edward perguntou, ainda me segurando.

- Ah sim... Obrigada. – respondi me libertando de seu toque.

- Está indo á algum lugar?

- Para casa. Jeff e meu pai devem está pirando agora. Quanto tempo eu fiquei apagada?

- Só por algumas horas. – e emendou preocupado. – Eu não sei se é boa ideia você andar por aí sozinha. Você acabou de passar por um momento difícil...

- Eu sei me virar Edward. – falei sem querer ser grossa, mas ainda com raiva por ele está fazendo eu duvidar do que vi. – E se for problema, eu pego um táxi.

Suspirou antes de falar.

- Nada disso. Vem, eu te levo em casa.

Estaquei no lugar nesse momento. Edward me levar para casa? Tipo, eu e ele em um mesmo cubículo pequeno? Ok, eu já havia estado em um carro com ele, mas nunca sozinha. Meu coração voltou a bater acelerado, e dessa vez não era pelo medo.

Após me despedi de todos, e é claro, de uma Alice histérica que não parava de falar nenhum momento, eu e Edward saímos juntos da propriedade Cullen. Em silêncio, ele ligou o carro e deu a partida.

Mordi os lábios nervosa, mexendo as mãos a cada segundo. O que eu deveria falar? Eu deveria falar alguma coisa? Arg! Por que eu não poderia ser como qualquer garota normal, que sabe como agir perto de garotos?

- Então, está frio né? – falei a única coisa que veio em minha cabeça e logo me arrependi. Mãe linda que me pariu, falei do tempo? Onde está um buraco para se enterrar quando se precisa dele?

- Está um clima agradável. - Edward respondeu, com um sorriso torto nos lábios.

Agradeci aos céus quando meu celular vibrou novamente.

- Alô? – falei, apesar de saber quem era.

- Onde você está? Eu estou que nem um louco te procurando! – grunhiu Jeff, com raiva. Suspirei fechando os olhos. Droga! Sabia que ele estaria irritada.

- Me desculpa, é que eu tive um contratempo.

- Um contratempo? Que resposta é essa?

- Olha, eu estava ocupada.

- Ocupada? Lillith, eu vim com você para essa porcaria de feira e de repente você some, percebe o quanto eu fiquei preocupado?

- Me desculpa, mas eu estou bem, Edward está me levando para casa e...

- Edward está te levando para casa? – me interrompeu, e foi quando percebi a burrada que havia feito.

- Jeff... – comecei, mas ele me interrompeu de novo.

- Adeus Lillith. – e desligou.

Droga! Senti um aperto no peito com o pensamento de que o teria magoado. Ah Jeff, como resolveríamos isso? Passei a mão no rosto cansada.

- Ligação difícil? – Edward perguntou.

- Não... Dia difícil.

***

Chegamos a minha casa em tempo recorde, e apesar de todo o silêncio durante a viagem, foi bom ter um momento a sós com Edward.

Entrar em casa me era um problema, mas descobri que Jeff não contou nada para meu pai me deixou um pouco mais aliviada. Deitei em minha cama, após uma conversa com meu pai. Minha cabeça estava a mil; era tanta coisa ao mesmo tempo, que não sabia em que me concentrar primeiro.

Começando com Jeff e seus novos sentimentos por mim. O que faria quando a isso? Não poderia arriscar perder essa amizade que eu tanto prezava; não por causa de uma simples paixonite dele, porque era isso que eu acreditava ser, só uma paixonite.

E agora, se não fosse suficiente, tinha esse monstro que me atacou. Eu não sabia o que ele era, mais tinha certeza que não era um simples assaltante, afinal, que marginal faria o que ele fez? E o mais estranho, como ele parecia conhecer a família Cullen?

Suspirei passando as mãos pelo rosto. Pressentia que a família de Edward guardava grandes segredos, mas não sabia se queria ou não descobri-los.

***

Desci do carro dando inicio a mais um dia de aula. Ansiava desesperadamente encontrar Jeff e poder explicar o que aconteceu. Na noite de ontem havia ligado várias vezes para ele, mas ele nunca atendeu e nem retornou minhas ligações. Odiava ficar nesse clima com ele. Jeffrey era meu melhor amigo, não era certo que ficássemos brigados por algo tão bobo.

Estava entrando na escola pensando em um jeito de fazer com que Jeff falasse comigo, quando meu corpo se chocou com o de uma garota de cabelos loiros e porte alto.

- Festa hoje na minha casa as nove, não se atrase. – simplesmente disse me entregando um papel dizendo aonde era e para trazer bebidas, depois foi se virou, entregando o mesmo papel para quem passasse.

Franzi o cenho encarando a folha em minha mão. Uma festa? Sério? Eu nunca tinha sido convidada para festas, normalmente eu e Jeffrey entravamos de penetra e éramos mandados embora logo em seguida. Fiz uma careta com esse pensamento. Ser mandado embora nunca era legal.

Foi quando ainda olhava o folheto que uma ideia surgiu em minha mente. Edward e eu nãos tínhamos nos falado muito nesses últimos tempos, e toda vez que conversamos, eu pagava algum mico; que forma mais ideal de começar um relacionamento do que uma festa? Ok, começar um relacionamento não era bem a palavra certa, digamos estreitar nossos laços de amizade. Agora que eu tinha certeza que amava Edward, estava na hora de botar em pratica algum plano para conquistá-lo.

E com esse pensamento, adentrei na escola a procura dele.

Não foi difícil achá-lo, pois parecia que havia algum imã que nos ligava. E como era normal quando eu olhava para ele, meu coração perdeu uma batida. Ele estava tão lindo. Conversava com Emmett, e apesar de manter um sorriso nos lábios, seu semblante era um pouco preocupado. Perguntei-me qual seria o motivo da preocupação.

Fui até ele com as mãos suando e o coração batendo mais forte. E se ele dissesse não? Era provável que essa fosse a sua resposta, mas ele não negaria uma saída entre amigos, não é?

- Oi Edward, Emmett. – cumprimentei quando cheguei até eles.

- Lills. – responderam os dois juntos. Virei-me para Edward mordendo os lábios em sinal de nervosismo.

- Será que podemos conversar?- pedi. Emmett olhou para nós dois e percebendo que era um assunto particular, disse:

- Vejo vocês mais tarde. – e saiu, deixando-me a sós com o meu salvador.

- O que você quer? – ignorei a pontada que senti no peito ao ouvi-lo me tratar com tanta grosseria.

- E-eu... – suspirei arranjando coragem, a qual me faltou. – Eu queria saber se estava bem. Como passou a noite?

- Eu que deveria perguntar isso. Como você passou? – perguntou mais gentil dessa vez.

- Eu to bem. Tirando alguns pesadelos, mas tirando isto, tudo ocorreu bem. – disse corando ao dizer-lhe a verdade. Prometi a mim mesma que não falaria dos pesadelos para ninguém, mas com Edward as verdades pareciam sair de minha boca sem que eu percebesse.

- Pesadelos? – falou preocupado.

- É você sabe... Coisas bobas... – desconversei logo, não querendo não lembrar do sonho em que o monstro agarrava-me e não havia ninguém para me salvar dessa vez. - E-e-eu n-na verdade... – merda! Pare de gaguejar! Gritei mentalmente comigo mesma. – Euquersabersevocêfestaquererircomigo. – falei tudo rapidamente.

- O que? – perguntou não entendo nada.

Gemi frustrada com a minha falta de jeito. Como poderia sair com ele se nem o pedido eu fazia direito? Respirei fundo me concentrando para dessa vez falar direito.

- Eu queria saber se... Você não quer ir a uma festa... Comigo. – terminei sentindo a pele de meu pescoço esquentar e isto se espalhou até o ultimo fio de meu cabelo. Abaixei a cabeça esperando sua resposta.

- Eu não acho uma boa ideia, Lills. – disse.  Dei um passo para trás ao sentir a dor da rejeição me tomar. Ele tinha dito não, um não frio e agudo.

- Mas por quê? Será... Será divertido. – tentei persuadi-lo.

- Eu não quero ir com você Lillith, ok? Você com certeza interpretaria errado... – disse e terminou dando uma facada em meu peito. – Eu não saio com garotas que não gosto.

E saiu deixando-me sozinha. Garotas que não gosto. Arfei sentindo as primeiras lágrimas surgirem em meus olhos. Vir-me-ei correndo para o banheiro feminino e me trancando na primeira cabine vazia que achei. Cai sentada contra a porta, chorando. Ele tinha me renegado de forma tão fria, mas que não chegava nem perto da dor que eu senti quando ele admitiu que não gostava de mim.

Então tudo foi por pena, pensei. Ele só me tratou bem por pena de mim, provavelmente achou que eu era só mais uma menininha boba que se encanta pelo irmão da melhor amiga. Eu não era nada para ele.

Um nada...

Respirei fundo limpando as lágrimas de meu rosto. Mas se ele achava que eu ficaria aqui choramingando ele estava muito enganado. Eu mostraria para ele que não era nenhuma garota idiota que para com a vida só porque gostou de um cara. Não, eu não seria assim.

Eu ia nessa festa, com ele ou sem ele.


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