Houve uma explosão de folhas, mas o corvo voou sem se ferir. Suas asas eram imensas e o barulho que faziam pareciam de um bando inteiro de corvos. Bella se agachou, de repente em pânico, enquanto ele voava diretamente sobre sua cabeça, o vento das asas agitando seus cabelo marron.
      Mas ele subiu de novo e circulou, uma silhueta preta contra o céu branco como papel. Depois, com um grasnido áspero, voou para o bosque.
      Bella endireitou o corpo tentamente, depois olhou em volta constrangida. Não acreditava no que acabara de fazer. Mas agora a ave já se fora e o céu parecia estar normal de novo. As folhas tremularam com uma brisa e Bella respirou fundo. Na rua, uma porta se abriu e varias crianças saíram, aos risos.
      Ela sorriu para elas e respirou fundo de novo, o alivio dominando com a luz do sol. Como pode ter sido tão boba? Era um lindo dia, e nada de ruim ia acontecer.
      Nada de ruim ia acontecer --- exceto que ela ia chegar atrasada à escola. O pessoal todo estaria esperando por ela no estacionamento.
      Eu posso muito bem dizer que parei para atirar uma pedra num pevetido que estava me espiando, pensou ela, e quase riu. Ora essa, isto teria dado o que pensar.
      Sem olhar para o marmeleiro que ficava para trás, Bella começou a andar pelarua o mais rapido que pôde.


      O corvo se chocou com o alto de um carvalho imenso e a cabeça de Edward se voltou repentinamente por reflexo. Quando viu que era so um passara, relaxou.
      Seus olhos se voltaram para a forma branca e flacida mas suas mãos e ela sentiu o rosto contocer de arrependimento. Ele não pretendia matá-lo. Teria caçado alguma coisa maior do que um coelho se soubesse que estava com tamanha fome. Mas é claro que isso o assustava: jamais saber a intensidade de sua fome, ou como poder aplacá-la. Ele teve sorte por, desta vez, ter matado apenas um coelho.
      Ele estava debaixo dos antigos carvalhos, a luz do sol infiltrando-se até a do cabelo ondulado. De jeans e camiseta, Edward Cullen parecia exatamente um aluno normal do Ensino Médio.
      Mas não era.
      Imerso no bosque, onde ninguem o veria, ele foi se alimentar. Agoria lambia meticulosamente as gengivas e os labios, para se certificar de nar ter deixado nenhuma mancha.Ele não queria se arriscar. Este embuste ja seria dificil o suficiente sem isso.