Emma levou Regina para casa, Henry e Lily ja estavam dormindo. A morena sentou no sofá, colocando os pés para cima abraçando suas pernas. Emma sentou na mesinha de centro olhando para ela.

E: O que aconteceu Regina?

R: Um cara tentou me beijar a força... só isso – sorriu triste abaixando o olhar.

E: Não hoje... o que aconteceu antes?

A morena levantou os olhos surpresa encarando a loira, seus olhos marejaram.

E: Ok, você não precisa me contar nada agora se não quiser, mas eu só quero que você saiba que eu estou aqui agora ok? Nada mais de ruim vai acontecer na sua vida, porque eu não vou permitir isso! – esticou a mão para tocar a da morena.

R: Você pode me abraçar? – falou com a voz chorosa.

E: É claro que posso! – levantou sentando do lado da morena.

Regina se jogou dentro daquele abraço permitindo que as lagrimas saíssem livremente, Emma acariciou os seus cabelos, e beijou a sua cabeça, apertando o corpo da morena mais contra o seu.

R: Onde você esteve esse tempo todo?

E: Pode ter certeza de que procurando por você!

Ficaram alguns minutos mais abraçadas no sofá, até que Emma se recostou e Regina deitou parte do seu corpo sobre o dela, a respiração que antes era agitada, foi ficando aos poucos, mais calma e serena, até que elas adormeceram.

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Manhã seguinte

L: O que você acha? – olhou para o irmão.

H: Não sei e você?

Lily e Henry levantaram cedo como todos os dias para ir para a escola, só que dessa vez foram pegos de surpresa quando se depararam na sala com uma cena totalmente nova. Regina e Emma dormindo abraçadas no sofá.

Sentados na mesinha de centro um do lado do outro, começaram analisar a situação.

L: Elas provavelmente estão saindo...

H: Você não sabe disso!

L: Olha pra elas Henry! Eu não durmo assim com as minhas amigas! E quanto a você?

H: Claro que não!

L: Então!

H: Então a nossa mãe agora é gay? – encarou Lily.

L: Ou bi... sei lá!

H: Nós deveríamos perguntar?

L: Não! Acho melhor a gente esperar que ela conte – olhou para o relógio – A gente tem que ir agora, vem vamos!

H: Ok... – Saiu sem deixar de olhar para as mulheres que estavam no sofá.

Indo caminho a parada do ônibus eles continuaram a conversa.

H: Você acha isso certo?

L: Sei lá, se ela esta feliz suponho que seja certo não é?

H: Sim acho que sim...

L: Você acha isso errado?

H: Não sei, quero dizer, acho que a mamãe merece estar com alguém que faça ela feliz, papai já não fazia mais isso, então se a Emma consegue, acho que não tem nada de errado nisso.

L: É concordo com você... Lá vem nosso ônibus!

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E: Argh Deus – falou sentado no sofá com Regina – Da próxima vez me leva pra sua cama.

R: Desculpa... esse sofá acabou comigo tambem. Que hora são? – perguntou pegando o pulso da loira – Oh Deus! Os meninos já saíram para a escola!

E: E daí?

R: Como é daí! Eles viram a gente dormindo aqui juntas!

E: Por mim  não tem problema...

R: Não estou falando por você! E eu estou atrasada para o trabalho!

E: Hey! Calma! – pegou o pulso da morena soltando na mesma hora que viu o roxo no braço dela – Desculpa... Você pode ficar hoje em casa, é só ligar e dizer que não esta se sentindo bem.

R: Eu não posso!

E: Sim você pode!

R: Eu estou bem Emma, não se preocupe comigo – levantou do sofá indo subindo as escadas.

Era visível que ela não estava bem, mas Emma não queria insistir, se ela queria ir trabalhar, Emma a levaria até o trabalho.

Minutos depois Regina desceu as escadas lindamente produzida e Emma pode perceber que a morena sabia como esconder muita coisa por detrás daquele sorriso...

E: Você está linda!

R: Obrigada Swan – sorriu.

E: Eu vou deixo você lá e depois vou para casa tomar um banho.

R: Oh você não precisa...eu posso...

E: Nada disso! A empresa fica perto da minha casa, então eu tenho que ir mesmo para aquele lado, vamos?

R: Claro, vamos!

A viagem até a empresa foi quase toda em silencio, vez ou outra elas faziam algum comentário, Emma pode notar que Regina estava pensativa e não queria incomodá-la.

Swan parou o carro em frente a empresa, Regina saiu, mas antes de se afastar se abaixou para ver Emma pela janela.

R: Emma!

E: Que foi?

R: Você quer... jantar hoje lá em casa? Eu sei que provavelmente você tenha melhores coisas para fazer...

E: Eu quero! – interrompeu a morena sorrindo.

R: Serio? Quero dizer, ótimo! – sorriu vergonhosa.

E: É claro que sim, a gente então vai juntas...

R: Ok! Obrigada por me trazer.

E: Não precisa agradecer! – sorriu – Te vejo daqui a pouco!

R: Ok, espero você! – esticou a mão, Emma pego-a e deixou um beijo doce ali.

Viu Regina entrar na empresa, ligou o carro e foi para o seu apartamento.

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O dia de trabalho já estava quase chegando ao fim, Emma estava na sala de Elsa.

ES: Eu preciso que você vá para Nova York.

E: O que? Não eu não posso!

ES: Por que não? A Gente tem 3 reuniões na semana.

E: Manda o David!

ES: Eu estou mandando você!

E: Eu não posso sair da cidade agora!

ES: Você ainda não me falou porque?

E: Eu não vou pra Nova York! – levantou da cadeira e saiu da sala batendo a porta.

Emma deveria ir para Nova York, seu trabalho estava chamando, mas ela tinha outra coisa em mente, ou melhor, ela tinha uma pessoa, a qual ela não pretendia deixar sozinha por nada, depois do acontecido na noite anterior.

R: Swan, está tudo bem?

E: Ahm... sim está. Você já acabou ai?

R: Já claro

E: Ok então podemos ir, estou morrendo de fome!

Regina sorriu, pegando sua bolsa, deixando o prédio para trás com Emma.

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Indo para a casa de Regina, a loira parou em um lugar para comprar comida japonesa, coisa que ela amava, Regina também, mas não comia com muita freqüência.

E: Será que eles vão gostar? – perguntou sorrindo olhando para a morena.

R: Espero que sim! – riu ao lembrar que seus filhos nunca tinham experimento.

Emma estacionou o carro em frente a casa de Regina, entrando seguido da morena.

R: Henry? Lily? – colocou o casaco e carteira no cabide.

Henry logo desceu as escadas correndo, parando ao ver Emma atrás de Regina.

H: Hey Mom!

R: Oi meu amor! – deu um beijo no rosto do menino – Cumprimente a Emma! Cadê sua irmã?

H: Oi Emma! – Emma cumprimentou de volta – Ela ainda não chegou.

R: Emma vai jantar com a gente hoje meu amor!

H: Por que?

R: Ahm porque eu convidei ela – sorriu – Vem me ajuda a colocar a mesa! Fique  a vontade Emma!

E: Ok!

Emma ainda estava parado no mesmo lugar, decidiu tirar sua jaqueta e colocar no cabide do lado do casaco de Regina.
Indo em direção a cozinha, levou um susto quando o porta se abriu bruscamente e um pequeno corpo esbarrou com o seu fortemente.

E: Hey! – Olhou para Lily que estava agitada.

L: Desculpa Emma eu não sabia que você estava aqui! – falou passando a chave na porta.

E: Esta tudo bem?

L: Sim... – olhou para a loira com os olhos arregalados.

E: Tem certeza? Você está pálida.

L: Eu acho que alguém estava me seguindo...

E: Como assim?

L: Percebi isso logo depois que desci do ônibus! Um carro preto, ele começou andar devagar perto de mim, até que eu comecei a correr...

E: Você já tinha visto esse carro antes?

L: Não... mas por favor, não conta pra minha mãe!

R: O que Emma não pode me contar? – apareceu sorrindo.

E: Bom, não era pra eu contar que ela também está morrendo de fome, mas agora acho que já contei, desculpa Lily! – Sorriu disfarçadamente passando o braço sobre os ombros da menina.

R: Hum... Vem aqui dar um beijo na mamãe! – Lily revirou os olhos indo em direção a morena.

Emma estava encantada em ver o quão a morena era carinhosa com os filhos.

O jantar foi animado, as crianças adoraram o comida japonesa e Emma se sentiu aliviado por isso. Eles pareciam gostar dela, pois conversavam, e riam das besteiras que a loira falava, e no olhar da morena também dava para perceber que ela estava aliviada por as crianças gostarem de Emma.

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E: Obrigada por me convidar para jantar com vocês! – na porta vestindo a jaqueta.

R: Agora é você quem está me agradecendo! – as duas sorriram – Foi um prazer! Eu adorei!

E: Eu também adorei – chegou uma mensagem no celular de Emma – Merda!

R: O que foi? – arregalou os olhos.

E: Desculpa! É a Elsa... ela só pode estar brincando... ela, ela comprou a minha passagem para Nova York, eu falei para ela que não poderia ir!

R: Oh... trabalho?

E: Sim, eu não acredito nisso.

R: Quando sai o seu vôo?

E: Amanhã cedo... eu realmente não quero ir – olhou tristemente para a morena.

R: Mas você precisa – ajeitou a jaqueta da loira – Quanto tempo você tem que ficar lá?

E: Uns quatro dias, se as reuniões forem em dias seguidos.

R: Passa rápido! Quando você perceber já está voltando.

E: Queria acreditar nisso.

R: Vamos lá Emma, não pode ser tão ruim assim! Ouvi dizer que Nova York é uma cidade linda!

E: Você nunca esteve em Nova York?

R: Não! – sorriu – Conheço só por fotos.

E: Destino? – deixou escapar

R: O que?

E: Talvez essa seja sua chance! – sorriu

R: O quer você quer dizer?

E: Você quer ir comigo para Nova York? – sorriu abertamente.

R: ... – seus olhos se arregalaram pela surpresa na pergunta.