E: Você nunca esteve em Nova York?

R: Não! – sorriu – Conheço só por fotos.

E: Destino? – deixou escapar

R: O que?

E: Talvez essa seja sua chance! – sorriu

R: O quer você quer dizer?

E: Você quer ir comigo para Nova York? – sorriu abertamente.

R: ... – seus olhos se arregalaram pela surpresa na pergunta.

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R: Eu não posso ir com você... desculpe eu tenho as crianças o meu trabalho, eu não posso...

E: Oh certo. Eu não sei o que estava pensando – sorriu sem graça.

R: Não, eu quero dizer, obrigada por me convidar, mas eu não posso.

E: Eu entendi, eu só achei que você poderia ser uma boa companhia, eu gosto de passar o meu tempo com você.

R: Esse é o problema!

E: Perdão?

R: Você gosta de passar o seu tempo comigo, e eu gosto também, mas... você está apaixonada por mim, e eu...

E: E você não esta por mim, eu sei, eu entendo. Você só esta sendo simpática e gentil comigo, e eu aprecio isso, mas você não precisa fazer isso.

R: Não, eu não estou fazendo nada forçado! E só que eu não posso me envolver agora com ninguém... por favor não mal interprete minhas palavras.

E: Está tudo bem! Obrigada pelo jantar. Eu provavelmente deveria ir para casa agora.

R: Emma...

E: Não se preocupe!

A loira saiu em direção ao seu carro de cabeça baixa e mãos no bolso, se dissesse que não estava triste pelo que tinha acabado de acontecer, estaria mentido. Gostar tanto assim de Regina as vezes doía.

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T: Oi!

E: Hey Tinker...

T: O que aconteceu?

E: Posso entrar?

T: Claro, entra!

Emma e Tinker continuavam amigas, na verdade era uma das poucas amigas que Emma ainda tinha. Elas tiveram um romance quando ainda Tinker trabalhava na empresa, mas depois disso ambas decidiram que a amizade seria o melhor caminho a seguir.

T: o que te trouxe aqui? – deu uma garrafa de cerveja para Emma.

E: Eu só estava passando por aqui e decidi chegar.

T: Você é uma péssima mentirosa! Você está triste?

E: Não – Tinker encaro-a – Ok, talvez um pouco...

T: Você quer falar sobre isso?

E: Eu estou ferrada! Realmente ferrada! – deu um grande gole na sua cerveja – Eu provavelmente estou apaixonada por uma mulher que nem sente uma pontinha disso por mim...  eu posso estar com varias outras mulheres, inclusive com você, mas eu não quero.

T: Muito engraçadinha – socou de leve o braço da loira – Ela é hetero?

E: Eu não estou segura disso, quero dizer, ela me beijou.

T: Isso já é alguma coisa!

E: Ou provavelmente ela fez isso para calar a minha boca, já que eu estava falando demais!

T: Isso ainda continua sendo alguma coisa! Me conte sobre ela!

E: Bom, ela é bonita – sorriu bobamente – Quero dizer, muito mais do que bonita, acho que não tem palavras para descrever a beleza dela... mas enfim, ela começou a trabalhar na empresa...

T: Emma você tem que parar com isso! – sorriu sacanamente.

E: Posso continuar? – Tinker assentiu – Ela tem dois filhos, ela tem um tanto de drama na vida dela que agora não vem ao caso, mas eu não me importo com eles... E agora mesmo eu estou voltando de um jantar na casa dela com os filhos, que foi adorável.

T: Então porque você está triste?

E: Acho que passei dos limites sei lá... tenho que ir a Nova York amanha cedo e eu convidei ela para ir comigo

T: Mas ela disse não...

E: Ela disse que não pode, que tem os filhos, trabalho e não quer se envolver com ninguém agora...

T: Agora!

E: O que?

T: Ela disse que não quer se envolver com ninguém agora... o que acontece com o depois?

E: Eu não sei Tinker... eu realmente não sei.

T: Mas eu sei, eu sei que você não vai desistir, vai?

E: Talvez, quem sabe...

T: Você precisa sair dessa bad na qual esta se metendo, e eu tive uma idéia! – sorriu.

E: Qual?

T: Eu vou com você para Nova York!

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Regina deitou a cabeça no travesseiro, virou para um lado e para o outro mas dormir estava se fazendo difícil essa noite, ela não queria ter parecido grosa e ingrata com Emma, ela só estava na verdade pensando na loira.
Ela não queria que os seus dramas do passado interviessem na vida de Emma, como o que tinha acontecido no bar, ela sabia que as pessoas não há deixariam em paz tão fácil assim, não depois de anos naquele ambiente.

E mesmo que para Emma parecesse tudo bem, e ela não se importasse com isso de verdade, Regina não poderia deixar de pensar que não queria arrastar a loira para esse beco escuro.

Pegou seu celular, olhou a hora, eram as 03:47 da madrugada, pensou se Emma já estaria dormindo, pensou se a loira tinha chegado bem em casa. Ela se preocupava com Emma, ela gostava de Emma, mas ela não podia deixar isso sair a luz, não agora...

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No Aeroporto – Dia seguinte

T: Você pode parar de olhar para esse celular?

E: Só estava olhando a hora... – piscou varias vezes dissimulando

T: Sim eu sei! – riu irônica – De tanto olhar você não vai fazer com que ela ligue para você, se você quer falar com ela, porque não liga?

E: Eu n... eu não posso!

T: Porque não?

E: Eu não quero parecer uma louca perseguidora...

Nesse momento ouviram o anuncio de que o vôo sairia logo.

T: Acho que devemos ir, não é mesmo!

E: Sim, vamos!

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Uma hora depois

Regina entrou na sala de Elsa para falar com ela sobre uma ligação, mas a mesma estava no celular, fez um gesto com a mão para que a Regina esperasse um momento.

ES: Como foi a viagem? – Regina observou, percebendo com quem Elsa estava falando – Ah que bom,você vai mesmo ficar no hotel? Porque não fica na casa dos nossos pais Emma! – Elsa ficou em silencio ouvindo a resposta, enquanto Regina continuava ali – Ok, você quem sabe, não se esqueça que hoje mesmo você tem uma reunião as 16:00 hrs! Não se preocupe com a Abby ela vai ficar comigo! Ok, a gente se fala depois, beijos! Se cuida!

Elsa desligou, sorrindo para Regina.

ES: Desculpe por isso.

R: Sem problema – sorriu fraco.

ES: Você tem alguma coisa para mim?

R: Sim, aqui está – passou a nota – Disse que é urgente que você precisa ligar para ele...

ES: Sidney Glass, é um dos nossos investidores... obrigada Regina!

Regina saiu da sala de Elsa, se jogando na sua cadeira, pelo menos sabia que Emma tinha chegado bem em Nova York, isso há deixou mais traquila.

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Elsa e David estavam tendo uma reunião na sala de Elsa, Regina já estava quase por ir embora, seu horário tinha chegado ao fim, podia ouvir as vozes dos irmãos discutindo por alguma coisa importante na sala.

D: Ok, você me liga se precisar de mim! – David saiu da sala a passos largos.

ES: REGINA! – gritou desde a sua sala.

R: Sim, precisa de alguma coisa?

ES: Nós meio que temos um problema... e eu preciso de você.

R: Claro, em que posso ajudar?

ES: Preciso que você vá comigo para Nova York, ainda hoje!

R: Que? – arregalou os olhos.

ES: Problemas na reunião que a Emma teve essa tarde, parece que vários dos nossos investidores querem desistir da nossa marca de cosmético, alguma sabotagem com certeza, então eu preciso estar lá!

R: E você quer que eu vá com você?

ES: Sim, eu vou precisar dos seus trabalhos, claro que você vai ganhar mais por isso não é!

R: Eu na verdade tenho filhos...

ES: Eu sei. Você não tem com quem deixar eles? Eu realmente vou precisar de você lá! E de acordo com o seu contrato, dizia que viagens talvez fossem necessárias, você concordou com isso...

R: Eu sei... ok, eu vou dar um jeito nisso...

ES: Ótimo, me encontre no aeroporto as 21 horas!

R: Claro...

Regina saiu da sala de Elsa pensativa, pegou seu celular ligando para Graham. Pegou um taxi e foi direto para casa arrumar as suas malas...

O que diabos estava acontecendo!

O Destino brincando com ela de novo?

Como combinado Regina estava lá no aeroporto quando Elsa chegou, o vôo foi tranqüilo, 43 minutos aproximadamente de viagem, Nova York não ficava muito longe de Maine.

Chegando foram para o Hotel Edison, onde Elsa fez o check in de Regina, passando as chaves para a morena.

ES: Aqui as chaves do seu quarto, eu te vejo amanhã bem cedo!

R: Espera! Você não vai ficar aqui?

ES: Oh não, eu estou indo para a casa dos meus pais que fica perto daqui. Você fica aqui, sinta-se a vontade, está tudo sendo pago pela empresa ok?

R: Oook... Obrigada.

ES: Ok, me liga se tiver qualquer duvida! Amanhã passo aqui pra gente ir para a reunião.

R: Certo! Boa noite!

ES: Boa noite Regina!

Viu a sua chefe se afastando para depois ir caminho o elevador, o hotel era enorme, Regina tinha até medo de se perder nele. Só aquele hotel era perfeito, imagina a cidade toda, deslumbrada com as cores, iluminação, ambiente, abriu a porta do seu quarto, ficando levemente de queixo caído, aquele quarto era quase do tamanho da sua casa.

R: Oh meu deus! – Sorriu entrando e deixando a mala do lado da porta.

Pegou seu celular ligando para Graham para ver como as coisas estavam e para avisar que tinha chegado bem e contar sobre a sua “pequena suíte”...