Regina e Henry estavam sentados a mesa tomando o café da manha.

H: Mom – Regina olhou para ele – Esta tudo bem?

R: Sim, porque a pergunta Querido?

H: Você parece triste

R: Não eu não estou triste – sorriu fraco

H: Esta sentindo falta da Emma?

R: Sim, estou sentindo falta da Emma... Agora termine o seu café que eu vou te deixar na escola e depois tenho que passar pra pegar a Ruby.

H: Ok...

Regina deixou Henry na escola e foi buscar Ruby em casa para ir para a consulta. Parando o carro em frente e casa de Ruby, Regina tocou a bozinha e a morena de mechas vermelhas apareceu na porta, com sua bolsa, logo em seguida entrando no carro de Regina.

RL: Bom dia – cumprimentou a amiga.

R: Bom dia! Como estamos?

RL: Bem e você?

R: Bem. Vamos?

Ruby assentiu e a morena partiu para a clínica para sua primeira consulta com a obstetra.

Chegando lá elas tiveram que esperar, pois já tinha uma paciente dentro do consultório sendo atendidas. Sentando na sala de espera Regina observa à amiga.

R: Nervosa? – tocou a mão dela

RL: Só um pouco – sorriu

R: É normal!

RL: Como está a Emma?

R: Ela esta bem... – desviou o olhar.

RL: O que aconteceu? Ah não vocês brigaram de novo?

R: Ela escondeu uma coisa de mim, e depois ela contou...

RL: O que?

R: Que a ex-namorada dela está em Nova York também e que está “morando” na casa dos pais... – revirou os olhos.

RL: Serio isso? – ergueu as sobrancelhas, Regina assentiu – Mas ela já superou essa menina, e ela esta com você agora!

R: Eu sei, mas ela fez eu me sentir uma idiota em não me contar antes...

RL: Bom, mas parece que ela pensou melhor e decidiu te falar a verdade não é?

R: Não fique do lado dela Red! Você é minha amiga!

RL: Eu não estou... Apenas tentando analisar a situação.

A porta se abriu, a paciente se despediu da medica, e logo a Doutora Ingrid pediu para Ruby e Regina entrarem.

Dra Ingrid pediu para Ruby subir na maca, ela fez algumas perguntas, depois levantando a blusa da morena, começando a se preparar para o ultra-som.

Ingrid virou a tela para que Ruby conseguisse ver melhor o que quer que aparecesse ali...

I: Pronta, lá vamos nós...  

Explorando o ventre de Ruby parou em um determinado ponto, a tela parecia ter mudado e algo se desenhava nela, não perfeitamente, mas algo, ou melhor, alguém estava ali...

I: Essa é uma das horas mais esperadas mamães, vamos ouvir o coração do bebê...

RL: Oh ela não é a outra mãe, ela é minha amiga.

R: Eu só vim acompanhar hoje...

I: Oh desculpe – sorriu – Aqui temos o coração

E o som de batimentos fortes se fez presente na sala, Ruby olhou para Regina com os olhos marejados a morena  voltou a pegar sua mãos igualmente emocionada por compartilhar aquele momento com ela.

A médica tirou a primeira foto do bebê para que Ruby pudesse voltar para casa, e explicou na imagem como ele ou ela estava para que depois ela pudesse explicar para a família.

I: Bom Ruby, você esta grávida de 9 semanas, você e seu bebê estão perfeitamente saudáveis, mas eu vou te passar umas vitaminas apenas para garantir ok?

RL: Ok... obrigada!

Mas algumas perguntas foram respondidas, para logo se despedirem da Dra agradecendo voltando a marcar a próxima consulta.

No carro de volta, Ruby olhava bobamente para a “foto do bebê.”

RL: Você consegue acreditar que esse aqui é nosso bebê amor?

Regina parou no sinal olhou para ela e ambas caíram na gargalhada

RL: Não, é serio, como isso aqui pode ser um bebê? – mostrou para Regina

R: É eu realmente não consigo ver nada ai, mas é Red, é o seu bebê. Como você está se sentindo.

RL: Estranha... Isso não parece real – deixou o ar sair levemente dos seus pulmões –  Obrigada por ter vindo comigo!

R: Você sabe que eu viria mesmo se você me falasse pra não vir.

RL: Eu sei! – sorriu

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Emma olhava para o celular a quase todo minuto, sua vontade era de ligar para a morena, mas não tinha certeza se seria uma boa idéia, então decidiu esperar.

Tentava concentrar sua atenção no trabalho, mas estava sendo difícil para ela nesse dia.

Olhou mais uma vez para o aparelho, bufou e o jogando-o na gaveta, segundos depois de fechar a mesma o celular começou a tocar, abriu rapidamente vendo a foto de Regina ali, suspirou de alivio e atendeu.

E: Oi amor!

RL: Oi coração!

E: Ruby? – estranhou reconhecendo a voz da amiga.

RL: Sim!— riu – Estamos voltando da consulta, Regina esta dirigindo, mas você está no viva voz!

E: Oi amor?

R: Oi Emma!

E: Então me conta como foi lá?

RL: Ouvimos o coração do bebê...

Ruby contou animadamente como tinha sido, e Emma ouvia atentamente a conversa, Regina vez ou outra falava alguma coisa, mas ela estava realmente mais calada do que o normal.

Regina estacionou o carro, enquanto a conversa continuava, Ruby tinha dito que faria umas compras então ela ficaria por ali mesmo, se despediu de Regina e Emma, descendo do carro.

E: Você vai falar comigo agora?

R: Desculpe não queria interromper a empolgação da Red...

E: Claro entendo... Regina!

R: Estou aqui...

E: Olha eu sei que talvez... – a morena interrompe

R: Emma desculpa ok? Eu... eu fiquei com ciúmes

E: Você não precisa!

R: Eu sei que não, eu confio em você, mas é que... Sei lá, às vezes ainda acho que isso que temos é um sonho, é um sonho muito bom, e às vezes eu acho que vou acordar com a cara no chão, e perceber que apenas cai da cama e que tudo isso não passou de um sonho! Você é um sonho que eu nem sabia que existia dentro de mim, com certeza é um dos melhores, e ter você hoje do meu lado é algo que me assusta... Porque é bom demais pra ser verdade, é bom demais e eu não quero perder isso.

E: Você não vai! Porque eu sinto o mesmo, e eu não posso nem pensar em te perder que já começo a passar mal – sorriu sem jeito – Nada vai mudar isso, ok? Mesmo que você tenha um filho com outra mulher – ambas riram

R: Ela pensou mesmo que eu fosse à outra mãe – riu de novo ao lembrar a cena no consultório.

E: Criança de sorte iria ser essa hein! Ter uma mãe tão linda assim!

R: Espero que a Ruby nunca te ouça dizer que eu seria a mãe mais linda...

E: Também espero!

Outra ligação entrou no celular de Regina

R: Anjo! Preciso desligar um segundo...

E: O que foi?

R: Robin está ligando, ele esta com a Lily...

E: Ah ok! A gente se fala depois, te amo!

R: Te amo também!

Regina desligou e retornou a ligação para o ex marido

R: Robin? Oi, desculpa não consegui atender sua ligação, esta tudo bem?

RH: Oi, Regina! Ahm... estou no Hospital...

R: Você esta bem? Precisa que eu passe pra pegar a Lily?

RH: Não, eu estou bem, na verdade é a Lily...

R: O QUE DIABOS ACONTECEU? – Alterou a voz preocupada.

RH: Ela esta sendo atendida, porque você não vem pra cá...

R:Estou indo para ai agora!

Regina ligou o carro saindo o mais rápido possível para o Hospital. Chegando lá estacionou rapidamente, entrando a passos largos  na sala de Emergência, encontrando o pai do seus filhos com as mãos no rosto sentado.

R: Você pode me explicar o que aconteceu?

RH: Regina! – se levantou rápido – Que bom que você chegou.

R: Fale logo!

RH: Eu estava no escritório e Lily... Ela... Ela estava ajudando Zelena com alguma coisa na biblioteca, eu ouvi um barulho, Zelena gritou meu nome, eu fui correndo até a biblioteca, encontrei Lily no chão, segurando o braço, chorando de dor, então eu peguei ela no colo e vim correndo pra cá.

R: Eu não acredito! Você tira a minha filha...

RH: Nossa! – interrompeu a morena

R: Você tira ela de perto de mim pra ela passar com você, mas o que ela menos faz é ficar com você porque você tem que trabalhar! Então ela acaba passando tempo com a Zelena fazendo Deus sabe o que...

RH: Organizando a biblioteca – voltou a interromper

R: O que seja! Ela se machucou e você nem sabe como!

RH: Ela caiu da escada, Z me disse

R: Ah! Z te falou foi? – falou irônica

RH: Regina...

O medico chegou no mesmo momento

Dr: Bom Dia

R: Bom dia Dr! Como minha filha está?

Dr: Ela teve uma leve fratura no braço esquerdo, tivemos que fixá-lo e enfaixar, ela já está sob efeito de analgésicos, ela esta bem agora, sem dor, daqui a pouco vocês já podem levar ela pra casa, vou passar pra vocês os remédios que ela vai precisar, caso sinta dor, o que é claro serão necessários.

RH: Oh graças a Deus que ela esta bem.

Dr: Devera ficar com o braço imobilizado por algumas semanas o que na idade deles é uma eternidade – sorriu – Mas ela vai ficar bem, se quiserem vê-la, me acompanhem!

Regina e Robin seguiram o medico até onde Lily estava. Regina beijou e tentou abraçar, Lily nem uma palavra disse, apenas observou os pais, Lily pediu para ir no banheiro e Regina a ajudou se levantar, deixando-os a sós.

R: Ela vai para casa comigo!

RH: Ok... Eu também não queria que isso tivesse acontecido ok? Você sempre lidou com tudo isso melhor do que eu... – sentou abaixando a cabeça

R: Com o que?

RH: Eu fiquei em pânico quando eu vi a Lilith no chão chorando... Você sempre ficou com as piores partes, levar ao medico, ao dentista, quando eles machucavam era você quem curava, quando eles ficavam doentes era você quem cuidava, eu sei disso, pode não parecer que eu tenha notado isso, mas agora eu vejo... Então sim, você sempre lidou melhor com isso.

R: Você sempre teve muito trabalho para fazer...

RH: Obrigado, mas isso não justifica, eu estou tentando agora Regina, eu quero fazer certo com os nossos filhos enquanto há tempo!

R: Então porque Henry se sente excluído? Porque ele acha que você não está nem ai para ele?

RH: O que? – franziu

R: Ele me disse que você passa mais tempo com a Lily e pouco fica com ele...

RH: Oh não! Quero dizer, sim eu tenho feito isso, mas é porque Lily esta me ajudando a organizar a festa de aniversario surpresa para ele...

R: Serio?

RH: Claro! Eu só não queria que ele desconfiasse de nada...

R: Bom ele esta pensando que você não gosta dele, mas quando descobrir o motivo com certeza vai mudar de idéia – sorriu

Lily voltou para o quarto.

R: Como está se sentindo querida?

L: com um pouco de dor... Quando podemos ir para casa?

RH: Estamos esperando o Dr para saber disso filha.

R: Eu preciso ligar para o meu trabalho avisando que vou me atrasar, já volto!

Regina saiu da sala pegando o celular ligando para Elsa...