Chance to Survive. escrita por Anabella Salvatore


Capítulo 5
A voz dele.


Notas iniciais do capítulo

Saudades? Voltei.
Estava muito ocupada, principalmente, com a escola e não tava dando para mim escrever nada para essa fic (A criatividade foi para o bregil), agora to de ferias!!! Ebaaaaaa É isso mesmo, voltei.
*Boa Leitura.



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P.O.V Autora

Felicity tentava seguir as arvores com o olhar, tentando acompanhar pelo vidro do carro.

—É muito longe?

—Não muito... Logo chegaremos.

Tony respirou fundo.

—Eu sei que está curioso, pergunte. –Disse Felicity.

—Como... Aconteceu? –Perguntou olhando para suas pernas.

—Estava dentro do carro com Oli... Com um amigo e começaram a atirar contra o carro, ele tentou me proteger, mas...

—Não foi o suficiente. -Completou com pesar. 

—É.

—Sinto muito.

—Eu também Tony... Eu também. –Disse fechando os olhos.

Flashback on.

Donna Smoak estava sentada no sofá vermelho quando a pequena menina adentrou a casa.

—Mamãe, mamãe! –Exclamava animada.

Donna respirou fundo, colocou um sorriso no rosto e se virou para a menina.

—Oi meu amor?

—Fiz um desenho para você e para o papai, que ver?

Donna fez que sim, então a menina abriu a mochila com cuidado e de lá tirou um belo desenho. Donna sentiu as lagrimas voltarem, mas aguentou firme.

—É lindo, agora por que não vai se trocar? –Perguntou carinhosamente.

Felicity subiu as escadas, mas no meio delas olhou para a mãe.

—Mamãe. - Chamou.

—Sim?

—Cadê o papai?

Donna não sabia o que responder, deveria falar a verdade para uma criança de 4 (quatro) anos? Como iria falar que seu amado papai a tinha deixado? Então ela falou o que não doeria... Não tão cedo.

—Ele viajou.

Felicity só tinha 4 anos.

Donna estava cansada, passar o dia inteiro trabalhando como garçonete não era fácil, na verdade criar uma filha pequena era bastante complicado, Donna convivia diariamente com o medo de não ser suficiente para sua menina, mas sempre seguia.

Felicity passava o dia inteiro na escola, sim você leu certo, escola a menina estava com 5 anos e estudava no primeiro ano. Era um orgulho para Donna e um alivio já que a menina passava o dia na escola e só voltava a noite.

—Mamãe, não sei fazer essa! –Disse apontando para uma questão de matemática chateada.

Donna se aproximou.

—É fácil pequena, você vai somar esses dois números. –Disse apontando para o caderno. - E depois só vai colocar a resposta. Entendeu?

Donna se virou e voltou para o fogão, Felicity, respondeu a atividade e guardou seus cadernos.

Depois do jantar Donna foi coloca-la para dormir.

—Mamãe, posso fazer uma pergunta?

—Claro.

—Quando o papai volta dessa viagem? –Perguntou sonolenta.

Donna olho-a atentamente.

—Eu não sei. –Essa ainda era a melhor resposta.

Felicity só tinha 5 (cinco) anos.

Era o primeiro aniversario que Donna poderia fazer para Felicity, depois de 3 anos era o primeiro aniversario que ela teria.

O tema era A Branca de Neve e os sete anões, Felicity tinha um belo vestido de Branca de neve e alguns amiguinhos seriam os anões, tudo era muito simples, Donna tinha planejado a muito tempo essa festinha.

—Mamãe, mamãe, você viu que se mudou uma família para a casa da esquina?

—Sim.

—A senhora poderia chama-los para a minha festinha. –Propôs animada em fazer novos amigos.

—É claro que sim.

Faltando 5  horas para a festinha começar as amigas e colegas de trabalho de Donna começaram a chegar para ajuda-la na arrumação.

—Oi tia Valeria, tia Renata, Tia Phoebe, Tia Denise e tia Antônia! –Disse Felicity ao vê-las.

—Por que não vai brincar um pouco querida? Falta um pouquinho para começar e temos que arrumar umas coisas.

Felicity concordou e Donna e a viu saindo.

—Ela está enorme. –Disse Phoebe.

—Ela ainda pergunta muito dele? –Perguntou Valeria enquanto enxia bolas de aniversario.

—Não.

—Talvez ela esteja esquecendo-o. –Propôs Denise, amiga de Donna.

—Talvez, mas ainda sinto que ela sente muita falta dele, quando ele foi embora ela pensou que era brincadeira, e quando veio me perguntar onde ele estava, eu disse que tinha ido viajar, como iria dizer a minha filha de 4 anos que o pai tinha nos deixado?

—Você fez o certo, mas um dia vai ter que conta a ela a verdade.

—Um dia... Um dia eu falarei para ela que o pai não vai mais voltar. –Disse Donna com pesar.

Felicity ouvia tudo atrás da porta.

Flashback off.

—Não se preocupe Meg, vamos dá um jeito. –Disse Tony, há tirando dos pensamentos.

—Algumas coisas não há jeito de serem consertadas Tony, elas simplesmente se vão. –Disse com pesar.

—Concordo, há certas coisas que não tem jeito, mas essa tem. –Disse com confiança. –Apenas... Confie em mim Meg.

—Estou tentando, Tony...

O carro foi parando aos poucos, Felicity olhou melhor e viu uma pequena cabana.

—Onde estamos?

Ele vive aqui. 

—Como? 

Tony, com a ajuda de Happy ajudaram Felicity a descer do carro.

 Flashback on.

Felicity saiu de casa correndo, como assim seu pai não voltaria?

Lagrimas logo tomaram de conta dos olhos da menininha, ela foi até a praça e se sentou perto do balanço.

Ela chorou lá por algum tempo, sozinha, até que ouviu uma voz.

—Você está bem?

Ela olhou para onde a voz vinha e encontrou um garotinho, moreno e com olhos que a lembrava chocolate.

A menina fez que não.

—Por que não?

—Meu papai foi embora. –Disse entre soluços.

—Você está com  medo?

Ela fez que sim.

—Não precisa ter medo, eu estou aqui.

Ele ajudou Felicity a se levantar.

—Prazer me chamo Bruce. –Disse estendendo a mão.

—Prazer, Felicity. –Pegou a mão. –Você vai ser meu amiguinho?

—O melhor.

Por alguns minutos Felicity se esqueceu do pai e foi brincar com Bruce.

Aquela noite que tinha tudo para ser a pior... Foi uma das melhores.

Flashback off.

Felicity adentrou o local com cuidado, prestando atenção em cada detalhe. A cabana não estava nos seus melhores momentos, tinha moveis quebrados, uma parte do teto... Como alguém conseguia viver aqui? Como ele conseguia?

—Tony, pode repetir o que disse? É difícil acreditar. 

O moreno encarou-a e olhou diretamente para uma porta, que estava fechada.

—CHEGUEI!- Gritou.

A porta foi aos poucos se abrindo e revelando um homem... Que parecia muito cansado.

—Tony? –Perguntou.

Felicity reconhecia aquela voz, mesmo estando um pouco desgastada... Era a mesma voz. A voz que ela ouviu assim que descobriu que seu pai foi embora, a voz que á fez aguentar muitas coisas, a voz que lhe deu conselhos... A voz de Bruce.


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Notas finais do capítulo

Eita, foi assim que o Bruce conheceu a Felicity/Megan. o que vocês acharam?
Continuo?
Comentem.