Chance to Survive. escrita por Anabella Salvatore


Capítulo 6
O melhor amigo.


Notas iniciais do capítulo

*Boa leitura



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P.O.V Autora

No aniversário de 6 anos de Felicity.

A festa estava a todo vapor, Donna estava entretida conversando com as amigas e servindo os convidados. A pequena Felicity só se preocupava em brincar e comer doces, Bruce não saia do lado dela, nem quando cantaram os parabéns ele saiu.

Assim que a festa acabou e todos foram embora, Donna subiu as escadas para ver se Felicity já estava pronta para dormir.

—Felicity? –Chamou-a.

—Aqui mamãe. –Gritou do banheiro.

Donna foi até lá e a encontrou com dois papeis nas mãos.

—O que está fazendo?

Felicity levantou os papeis para a mãe pegar, Donna viu que eram dois desenhos, no primeiro tinha ele, Felicity e ela, mas no segundo só tinha Donna e Felicity.

—Eu sei que o papai não vai voltar. –Sussurrou fazendo Donna olha-la. - Não precisa se culpar mamãe, não é sua culpa. Vamos conseguir, certo?

Donna não conseguia se controlar e as lagrimas começaram a cair dos seus olhos, Felicity se aproximou dela e a abraçou protetoramente.

Foi ali que Felicity começou a ter uma coisa que poucos jovens têm... Responsabilidade.

Atualmente

Felicity olhava o homem a sua frente abismada. Aquele era mesmo Bruce?

—Tony o que está acontecendo? –Perguntou sem olhá-la. –Olha se você trouxe outra medica e vou...

—Pode ir se acalmando Doutor, antes de falar algo deveria prestar mais atenção em quem entra na sua ca... –Tony olhou para a cabana. - Nesse lugar onde você vive.

Bruce não deu ouvidos.

—Não me interessa quem você trouxe! –Exclamou revoltado.

Ela observava tudo, calada, a loira não compreendia o que tinha acontecido com seu melhor amigo.

—Você não vai ao menos olhá-la? –Perguntou Tony, o moreno sabia que o amigo não estava bem e sabia que só Megan poderia trazê-lo de volta.  

Bruce ia responder um sonoro ‘não’, mas uma voz falou antes:

—É Bruce, você não vai ao menos me olhar?

Todos os pelos do seu corpo se arrepiaram.

—Estou esperando! –Exclamou Felicity sentindo seu coração acelerar.

Bruce olhou Tony.

—O que você fez Tony? –Perguntou em tom de acusação, sem olhar Felicity. –Por que á trouxe? O que pretende? Queria que ela me visse assim? –Apontou para si mesmo. –Quebrado!

—Bruce. –Suspirou Felicity com a voz tremula. –Por que não olha para mim? –Ela foi com a cadeira até ele e pegou na sua mão tremula. –Porque se você olhar verá quem está realmente quebrado.

Ele não se mexeu ao sentir a mão dela na sua.

—Vire-se Bruce. –Pediu novamente.

Uma coragem repentina o fez se virar, quando se virou por completo se surpreendeu ao vê-la, o que tinha acontecido com Megan?

—Me diga quem está mais quebrado?

—Meg... O que... Não entendo...

—O que aconteceu comigo? Você não foi o único que fez burradas, a maior das minhas foi me apaixonar e deixe-me levar por ilusões.

Bruce suspirou cansadamente.

—Não era para você está aqui, ainda mais nessas condições. –Disse tentando parecer indiferente, por dentro ele se crucificava por cada palavra dita.

Felicity se chocou, ele estava á mandando embora?  

—Não foi certo trazê-la Tony, leve-a embora!

Tony Stark estava num daqueles raros momentos em que ele não sabia o que fazer. Ele encarou Felicity, como se pergunta-se: “O que eu faço?”, mas a loira abaixou a cabeça.

—Tony você não ouviu? Tenho que repetir?

Tony não disse nada, Felicity disse:

—Tem. –Disse seriamente levantando a cabeça.

—Vá embora! –Exclamou sem olhá-la, não tinha coragem para ver o olhar decepcionado da loira.

—Tony. –O moreno olhou rapidamente para ela. -, pode me ajudar aqui? –Perguntou apontando para si mesma. Tony logo foi ajuda-la. Enquanto o moreno a tirava de lá, ela comentou:- O que viemos fazer aqui? Não entendo você Stark, me disse que viríamos ajudar um amigo e... Até agora não o vi.

—Sinto muito Meg.

—Não sinta, vamos sair logo daqui... Odeio respirar o mesmo ar de covardes.

Bruce levantou a cabeça, o que ela estava dizendo? Ele não era um covarde!

—Eu não sou covarde! –Sussurrou.

—Você ouve algo Tony? Parece o som da covardia!

—Eu não sou COVARDE!

—É SIM! Um covarde sem escrúpulos, tenho até medo de me contaminar, por favor, não ouse chegar perto de mim... Coitado do Bru deixou-se virar esse monstro!

A cada palavra dita por Felicity Bruce sentia a raiva crescer dentro de si, até que ouviu um pensamento que o assustou, um pensamento seu: HULK NÃO É UM MONSTRO!

—Hulk não é um monstro!- Exclamou com a voz do verdão.

Tony se abaixou e ficou da altura de Felicity.

—Meg, acho que é melhor sairmos.

Felicity abriu um pequeno sorriso. Eles falavam em sussurros. 

—Agora? Não, estamos prestes a trazer o Bruce de volta.

—Estamos prestes a sermos esmagados!

—Confie em mim Tony, sei o que estou fazendo... Vou fazê-lo acordar, saia aos poucos da cabana.

—Mas, Meg pode ser perigoso, ele vai se transformar no...

—Por favor, Tony. Eu sei dos perigos e sei quem ele é.

O moreno assentiu e saiu sem que Bruno/Hulk percebe-se.

—HULK NÃO É MONSTRO! –Gritava.

—EU SEI. –GRITOU FELICITY MAIS ALTO. –HULK NÃO É O MONSTRO! VOCÊ É. –APONTOU PARA BARNER. - ACHA QUE PODE GRITAR? ENTÃO VAMOS GRITAR, VOCÊ SE TRANSFORMOU NISSO E AINDA TEM A AUDÁCIA DE CULPA-LO! EU SEI QUE ESTÁ ME OUVINDO BARNER, NÃO SEJA COVARDE AO PONTO DE FINGIR QUE NÃO. TUDO QUE FEZ ATÉ AGORA FOI CULPAR O HULK PELO O QUE VOCÊ FEZ, FOI VOCÊ QUE ESCOLHEU SE AFASTAR, FOI VOCÊ QUE ESCOLHEU TUDO ISSO! –A loira respirou fundou tentando, em vão, controlar a respiração. –Foi você Barner, assuma.

Bruce a olhava estático, parecia que de alguma forma Hulk tinha percebido que Felicity não era perigo e tinha ‘voltado’ a ser Bruce, ele não sentiu quando as lagrimas começaram a cair dos seus olhos, mas elas começaram e de repente ele estava encolhido perto de uma parede chorando fortemente.

Felicity se aproximou com a cadeira e ficou na sua frente.

—Olhe para mim. –Pediu calmamente.

—Não consigo.

—Consegue sim, eu sei que consegue... –Ele levantou a cabeça e a encarou. –Eu não sei o que aconteceu contigo nesse tempo em que estive fora, sinto muito por não ter estado com você. Mas, você tem que continuar.

—Meg, você não entende? Eu sou um monstro! –Disse chorando compulsivamente. –Tantas pessoas morreram por minha causa...

—Elas morreram porque era a hora delas morrerem, não vale a pena lembrar-se do passado e não viver o futuro... Lembra-se? Eu estou aqui. –Ela pegou a mão dele. –Pego sua mão e não te deixo cair.

O moreno deixou mais lagrimas caírem por um longo tempo, Felicity não soltou sua mão em nenhum momento.

Do lado de fora Tony estava roendo as unhas ao lado de Happy.

—Será que eles estão bem?

—Não sei patrão... Devem está não ouvimos mais gritaria.

A porta foi aberta e por ela saíram Felicity e Bruce que empurrava a cadeira dela.

—Estão todos bem? –Perguntou Tony preocupado depois de ver os rosto inchados, por causa do choro.

—Sim, Tony. –Respondeu Felicity.

—Bruce?

—Tudo bem.

Tony olhou nos olhos de Bruce e viu o amigo lá.

—Senti sua falta verdinho! –Disse apertando sua mão.

Barner sorriu e apertou a mão dele. 

Todos entraram dentro do carro e foram em direção a cidade.

—Meg?

—Sim.

—Nunca mais me chame de Barner!

—Ok Bru... Bru? –O moreno a olhou. –Senti sua falta.

—Eu também senti a sua.

Há alguns anos atrás.

—Bru, Bru, você tem que me pegar! –Falava uma pequena Felicity correndo.

—Não dá Meg! Você corre muito rápido! –Dizia o menino ofegante.

—Você consegue. Venha me pegar Bru!  

O menino tentou, mas não conseguiu, acabou por ficar ainda mais cansado.

—Tudo bem Bru, não faz mal não ter me pego. Tudo bem não ter conseguido. –A menininha abraçou-o. –Eu estou aqui e vou te ajudar!

—FELICITY, BRUCE. –Gritou Donna, com Susan ao seu lado. –VENHAM LANCHAR!  

—Vamos?

—Vamos.

That you are not alone

I am here with you

Though you're far away

I am here to stay


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Notas finais do capítulo

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