Eternal Danger escrita por Dafny Augusta


Capítulo 15
Capítulo 15




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“Algo em você

 

Faz eu me sentir uma mulher perigosa

 

Algo em você, algo em você, algo em você

 

Me leva a fazer coisas que eu não deveria

 

  

 

Nada a provar, sou à prova de balas

 

E sei o que estou fazendo

 

O jeito como nos movemos, estamos sendo introduzidos

 

A algo novo

 

Eu quero provar, salvar para mais tarde

 

O gosto do sabor, pois eu sou pegadora

 

Eu sou uma doadora, é minha natureza

 

Eu vivo pelo perigo”

 

 

 

(Ariana Grande- Dangerous Woman)

 

 

 

Malia estava sentada no colo de Stiles, com as pernas enroladas em sua cintura. Os lábios permaneciam unidos com ardor e mesmo sem ter ideia do que estava acontecendo, Stiles retribuía com total paixão e devoção. Malia sentia seu corpo arder, como se pegasse fogo, todas as lembranças de seus pais sumiam a partir do momento que Stiles a tocava, ele era como um remédio que anestesiava a dor que o passado lhe trazia e naquele momento, isso era tudo o que ela precisava. Repetindo isso em sua mente como um mantra, ela arrancou sua blusa pela cabeça, fazendo o homem paralisar a observando, quase como se estivesse memorizando cada poro ali presente, logo a ponta de seus dedos se juntaram ao olhos, passeando pela pele da mulher e deixando um rastro de fogo ali.

 

Malia fechou os olhos em apreciação e suspirou rendida, ao sentir os lábios de Stiles subindo beijos de seu colo a seu pescoço. Suas mãos se enrolaram nos cabelos do homem, tentando o aproximar mais e ela quase se sentiu levitar ao senti-lo sussurrar em seu ouvido com a voz mais rouca.

 

—Tem certeza?

 

Ele não precisava falar mais nada para que a mulher entendesse, precisava menos ainda de pedir para convence-la. Ela queria passar aquela noite no calor de seus braços e definitivamente, não voltaria atrás nessa decisão.

 

Em algum outro canto da cidade, em um quarto de hotel luxuoso, Emily estava deitada em um divã, vestida apenas com um body de couro, meia calça e um grande salto meia pata, tragando lentamente um cigarro, enquanto ouvia os passos do homem andando de um lado para o outro, impaciente.

 

—Vai abrir um buraco no chão, querido. Alertou, irônica, liberando a fumaça em sua boca, com um sorriso sedutor

 

—Ninguém sabe onde ela se meteu. Exclamou o homem, furioso, jogando um vaso da mesa de centro na parede

 

—Ficar nervoso só vai atrair atenção das pessoas. A oriental já não disse que ela não se machucou? Perguntou, apagando o cigarro no cinzeiro

 

—Eu a conheço. Sempre foge depois dessas crises de pânico. Reclamou, se sentando na beirada da cama com o rosto escondido nas mãos

 

Emily se levantou e caminhou lentamente até o homem na cama, se ajoelhando atrás do mesmo. Suas mãos foram para seus ombros, massageando preguiçosamente. O homem ainda tenso, permaneceu calado e a loira falou

 

—Quem te vê assim, pode achar que realmente se preocupa com a Hale.

 

—Não seja tola. Eu preciso dela para derrubar o Stilinski. Nada além disso. Rosnou, se levantando com violência

 

—Acha que eles vão demorar para descobrir quem você realmente é? Quando souberem que você não é a pessoa que eles pensam conhecer, você se tornará o inimigo declarado. Lembrou, o olhando com a sobrancelha arqueada

 

—Quando descobrirem, eu já terei terminado tudo. Prometeu, encarando a cidade iluminada, pela grande janela do quarto

 

—Será mesmo? E se você falhar? Perguntou, com desdém, o abraçando por trás

 

—A quimera nunca falha. Lembrou, sorrindo maldoso

 

 

 

*Apartamento Stilinski

 

Malia estava deitada de bruços na cama com um lençol cobrindo a parte inferior de seu corpo, totalmente imersa em pensamentos, desenhando com o dedo na cama, enquanto Stiles a observava atenciosamente, deitado em com os braços atrás da cabeça. Ele temia que agora mais calma a mulher tivesse se arrependido de ter feito amor com ele, ela não parecia satisfeita ou feliz e tudo o que ele torcia mentalmente, era que ela não se levantasse rapidamente e sumisse como se aquilo nunca tivesse acontecido.

 

—Há alguns anos eu só tenho eles, mas hoje nem isso foi suficiente. Comentou, ainda sem encarar Stiles, que a olhou confuso

 

—Do que esta falando? Perguntou, se sentando ereto para ouvi-la

 

—Os amigos que apresentei na festa. Eles são minha família desde que meus pais se foram. Contou, repassando cada lembrança em sua mente

 

—O que aconteceu hoje? Por que não apareceu na investigação do jantar do Ennis? Perguntou, vendo a mulher suspirar cansada, antes de se deitar com as costas na cama

 

—Acreditaria em mim se eu apenas contasse que não posso te falar? Perguntou Malia, o encarando sem expressão, enquanto ajeitava o lençol cobrindo seus seios

 

—Por que, Helena? Por que tantos segredos? Perguntou, pegando o rosto da mulher entre as mãos

 

—Porque colocar você no meu mundo, te mataria. E eu não poderia conviver com isso, Stiles. Alegou, o encarando intensamente nos olhos

 

—Seu mundo? Perguntou, ainda mais confuso

 

—Não se preocupe. Uma hora você vai saber. Prometeu, se aproximando para lhe beijar os lábios de forma doce

 

—Por que você não me conta? Pediu, ainda de olhos fechados, pelo beijo

 

“Porque ai você se tornaria o inimigo.” Pensou Malia, sentindo seu coração se apertar dentro de si

 

—Porque ainda não é a hora certa. Respondeu, deitando no peito de Stiles, enquanto o abraçava pela cintura

 

 

 

*Escritório do FBI – NY

 

—Como assim a garota fugiu? Perguntou John Stilinski, furioso

 

—Ela estava sendo transferida para a prisão estadual, mas interceptaram o nosso carro e a levaram. Contou o jovem agente, afrouxando o aperto da gravata em seu pescoço

 

—Vocês são agentes de verdade ou adolescentes brincando de espião? Questionou, se levantando de sua cadeira, vermelho de raiva

 

—Me desculpe, senhor Stilinski. Vamos fazer de tudo para localizar a senhorita Gonzales. Prometeu, respirando com dificuldade, dando alguns passos para se afastar da fúria do homem

 

—Alguma pista de quem a levou? Perguntou, com o tom baixo e ameaçador

 

—De acordo com o único agente que sobreviveu, o homem que a levou se identificou como a quimera. Respondeu, nervoso e totalmente tenso

 

—Será possível que eu não terei mais paz? Perguntou, suplicante, esfregando o rosto

 

—Quais são as ordens, senhor? Perguntou o agente, observando o chefe, preocupado

 

—Chame toda a equipe, imediatamente. E comece as buscas por Emily Gonzales. Ela sabe mais coisa do que aparentava. Ordenou, sentando novamente em sua cadeira, totalmente exausto

 

—Mas senhor, acabamos de voltar do caso do Ennis. Tentou argumentar, antes de ser interrompido por um olhar mortal de John

 

—Não temos tempo para dormir e procurarmos quando acordar, agente. Os bandidos não vão nos esperar descansar. Rosnou, fazendo o rapaz se encolher um pouco

 

—Eu vou localizar os agentes. Anunciou, quase correndo para fora do escritório

 

John suspirou e se permitiu afundar em sua cadeira com extremo cansaço. As coisas estavam indo de mal a pior com tantos bandidos agindo ao mesmo tempo. O jantar de noivado de Ennis, a Wolfsbane atacando em outro local, a fuga de Emily Gonzales. Tudo conspirando contra ele e sua equipe e a previsão era que as coisas apenas piorassem. Ele pressentia que algo muito pior se aproximava, algo que afetaria toda a equipe e isso apenas conseguia deixa-lo mais tenso e preocupado.

 

O quão longe isso poderia ir? O que essa gangue pretendia com tantos roubos? Quem eram eles e para quem trabalhavam? Eram perguntas que se repetiam em sua mente o atormentando e ele não fazia ideia de onde começar resolver esse quebra-cabeças. O que John não sabia era que para seu desespero, ele estava certo. Algo muito pior estava por vir e afetaria bem mais que sua equipe.


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