Hayley estava espantada e surpresa, desde que conhece Jacob nunca o viu daquela forma, aberto. Ela e a matilha se mudaram para Forks e conheceram a matilha dele, logo foram apresentados a Renesmee, a companheira do Alfa, e a sua família. Klaus estava curioso, não sentia que aquele homem poderia fazer algum mal a Isabella, mas sentia que algo estava acontecendo com a sua companheira. E Renesmee tinha um pequeno sorriso no rosto.

—Como... Como você... Bella... Como é possível?

—Eu não sei, mas, eu me lembro, me lembro das nossas brincadeiras na praia, em lembro de quando chamou Renesmee de Nessi. –Ela nem percebeu que a chamou de Renesmee e não de Carlie. –E do penhasco... –Ela se virou para Klaus o com um grande sorriso no rosto. –Nik, eu me lembro dele.

—Quem é ele Love? –perguntou com carinho, Hayley estranhou.

—Seu nome é Jacob Black, ele é um lobo e meu melhor amigo.

Renesmee se aproximou de Jacob e segurou na sua mão.

—Como é possível? –perguntou ele.

—Eu te disse que um dia ela voltaria.

Eles se sentaram e começaram a conversar, se sentindo excluída Hayley se levantou e saiu indo na direção dos jardins. Isabella prestou atenção e a seguiu. Ela observou-a se sentar num banco, bem perto de onde Hope estava.

Isabella sentou ao lado de Hayley, algumas folhas caiam da arvore, folhas secas e sem vida.

—O que está fazendo aqui? –perguntou Hayley encarando Isabella.

Isabella não a olhou, ela focou em Hope que colocava uma plantinha num pequeno jarro, com muito cuidado, quando a colocou lá ela começou a colocar terra ao redor.

—Ela adorava brincar numa pracinha, fazia amizade com todas as crianças e as mães a adorava. Quando chegávamos em casa ela dormia rapidamente e às vezes, apenas às vezes, pedia para Bekah lhe contar uma história, sempre à mesma história. Certa vez, estava chovendo, Damon a pegou e eles brincaram na chuva.

—DAMON CADÊ HOPE? –Gritou Isabella.

—TA COMIGO. -Disse do jardim.

—TÁ CHOVENDO SEU ENERGÚMINO! TRAGA MINHA FILHA PARA CÁ.

—MAS ELA TA GOSTANDO.

—SEU PORCO- Gritou Rebekah ao ver que o moreno estava de pés descalços e a menina só com uma calcinha. –ELA VAI FICAR DOENTE, VENHA VESTI ALGO NELA... NÃO DAMON, NÃO A SENTE AI!

—VOU TE MATAR SALVATORE.

—FIQUEM CALMAS SUAS FRESCURENTAS, É SÓ UMA CHUVINHA. QUE MAL PODE FAZER?

Isabella abriu um sorriso ao lembrar.

—Não acabou bem, Hope pegou sua primeira gripe. As festinhas são inesquecíveis, me lembro de todas e das brigas intermináveis para decidir qual seria o tema. A primeira vez que ela foi para a escola, ela estava tão curiosa e amedrontada, não mais que eu, mas... Como não iria me assustar? Era a primeira vez que ela ficava longe de mim.

A professora segurava na mão de Hope, Rebekah se segurava para não chorar e era amparada por Damon, que tentava ser forte. Katherine ficou no carro juntamente com Davina, elas disseram que não aguentariam, os companheiros delas ficaram também. E tinha Isabella... Bom, Isabella tentava passar a imagem de segurança para Hope, como se dissesse que tudo estava bem, mas por dentro ela estava desesperada.

Isabella respirou fundo e disse a si mesma:

—É só o primeiro dia de aula.

—As professoras ficaram comentando depois e só pude me sentir realmente aliviada quando estava com minha menina em meus braços.  –Isabella se virou para Hayley. –Como se sente sabendo que perdeu tudo isso? –Uma lagrima caiu do rosto da loba. –Como se sente sabendo que perdeu toda a vida da sua filha? Seus primeiros passos, a primeira palavra, o primeiro mamãe, todos os aniversários, as gripes...

—Você a perdeu Hayley. –Nenhuma palavra conseguia sair da boca dela. Isabella encarou seus olhos e viu algo triste. Solidão. –Você não só perdeu a ela, você também como também se perdeu.

—O que quer dizer com isso?

Isabella se levantou, tirou algumas folhas do seu cabelo.

—Espero que seja uma boa mãe para seu filho e que consiga seguir em frente e ser muito feliz. –Isabella a olhou com atenção. –Obrigada Hayley, você me deu o maior presente do mundo.

Ela se virou e saiu andando, deixando uma Hayley chocada e emocionada para trás. Andou até Hope e pegou na sua mão e juntas saíram... Como mãe e filha, o que eram.

¥

No dia seguinte Klaus e Isabella conversaram com os outros e juntos decidiram que era a hora de contar a Hope quem era sua mãe biológica.

No fim da tarde, todos se sentaram no jardim, na grama e fizeram uma roda.

—Baby, temos algo para te contar. –Disse Isabella.

—E você tem que ouvir tudo com muita atenção, ok?

Ela assentiu.

—Lembra da história do rei? –Perguntou Damon.

—A que a tia Bekah conta?

—Sim baby, essa mesma.

—Hoje a tia Bekah vai contar uma história para você, certo? –Perguntou Rebekah. –É como a continuação da história do rei e todos nos vamos contar uma parte. –A menina assentiu.

—Preste atenção little Wolf.

Rebekah olhou para eles e começou.

— “Era uma vez, havia um rei majestoso, que vivia com o nobre irmão em um reino colorido, onde a música e a arte foram celebradas. O rei não previa ter um filho, mas ele vivia em uma terra encantada onde todas as coisas eram possíveis. Com o tempo, ele foi abençoado com uma filha linda, um bebê para quem ele queria apenas paz e felicidade. Ainda assim, o rei tinha demônios que o perseguiam. Havia uma besta cruel que queria tomar o reino para seu próprio. Armado com um bando de criaturas indomáveis, ela levou os outros seres mágicos da terra, e havia uma feiticeira malvada com pedras encantadas que enfraqueceu o rei em cada lua cheia. Vendo a sombra seus inimigos lançados sobre sua casa, o rei foi levado para enviar sua amada princesa para longe, convencer a todos os que ficaram que ela estava perdida para sempre. O rei, em sua tristeza, afastou-se do mundo. O castelo fechou suas portas, e o reino caiu. Alguns dizem que a única luz que brilha no castelo ilumina a sombra do poderoso rei uma vez na sala destinada a sua filha, mas como as bestas cruéis levou regra sobre o reino do rei caindo, mal sabiam eles que ele e seu irmão não descansariam até que os seus inimigos fossem derrotados. Eles acreditavam que um dia eles iriam curar seu reino e trazer a princesa para casa para que ela possa viver feliz para sempre.”

Hope prestava atenção em cada palavra daquela tão conhecida história.

Quando Rebekah e Hope partiram Klaus contou a irmã à história do rei lobo e Rebekah todas as noites contava a Hope como história de ninar, com o tempo a loira criou sua própria versão da história e a contou a menina.

—Mesmo instando com sua pequena princesa longe, o rei continuou lutando, ele vivia sozinho e impaciente, com medo até do escuro. Longe daquele reino crescia a pequena princesa. –Continuou Kol assim que Rebekah parou. –Sua tia cuidava dela da forma que sabia, com zelo e amor, até que chegou uma jovem moça na cidade.

Isabella abriu um pequeno sorriso e Elijah continuou.

—Assim que a princesa a viu a amou, no mesmo instante, e durante muitos anos a jovem moça cuidou da princesa e junto da tia dela a amaram.

—Até que num dia de sol, surgiu um belo príncipe dos olhos azuis. –Disse Rebekah com um pequeno sorriso nos lábios, olhando para Damon. –Ele tinha um grande problema que só seria resolvido com... –Ela parou para pensar, mas Damon foi mais rápido e continuou.

—Com um beijo de amor verdadeiro!

—Isso, a tia da princesa logo se apaixonou pelo príncipe dos olhos azuis e o salvou. Com o tempo mais pessoas chegaram para conhecer a princesa e ajuda-la, uma jovem fada e seu elfo resmungão. –Isabella quase gargalhou e Kol fez uma careta. – Uma sereia que tinha o poder de andar sobre pernas e um tritão. –Katherine riu.

—Todos eles viviam em paz e harmonia, seus dias era repletos de paz e alegria, mas nem todos estavam tão felizes... –Disse Davina.

 -O rei estava triste e só, com saudades da princesa, ate que um dia se levantou e decidiu que era chegada a hora do retorno dela para o reino. Ele foi até onde todos moraram e encontrou-a com a jovem moça, ele não sabia quem ela era e ficou assustado. A moça logo defendeu a princesa, como uma mãe, e não deixou o rei toca-la. A tia da princesa chegou com o príncipe dos olhos azuis, o elfo, a fada, a sereia e o tritão e explicou a situação.

—O rei entendeu, mas ainda não gostava da jovem moça. Foi quando numa noite de luar, as bruxas más pegaram a princesa e todos ficaram nervosos, o rei e a moça salvaram a princesa e no meio disso quebraram uma maldição que libertou a moça e a transformou numa bela rainha.

—O rei logo se apaixonou. –Continuou Klaus. – Eles vivem felizes para sempre, com a pequena princesa, o rei, a rainha, a tia da princesa, o príncipe dos olhos azuis, a fada, o elfo, a sereia e o tritão, com o tempo eles acharam novos amigos e continuaram sua missão: Amar.

—A história nunca terá um fim.

Isabella respirou fundo e olhou para a expressão no rosto de Hope.

—Sentiu falta de alguém na história, querida? –Perguntou com precaução.

—Não mamãe.

—Hope, quem é a mãe da princesa?

—A rainha. –Disse com certeza.

—Você está correta baby, mas a princesa tem mais de uma mãe.

—E cadê ela?

—Ela teve que fugir, porque estava com medo.

—Com medo? De que mamãe?

—De se machucar, ela estava muito machucada e não queria piorar. –Explicou Isabella.

—Mas, querida, não foi certo o que ela fez, abandonar a princesa sozinha, você acha certo? –Perguntou Katherine.

Ela fez que não com a cabeça.

—Baby. Você é a princesa e o rei é o papai e eu sou a rainha...

—Você não é minha mãe?

—Não baby, é claro que eu sou. Eu te amo muito, mas você tem outra mãe e ela voltou.

—Eu tenho que ir embora com ela? –Perguntou amedrontada.

—Não! –Respondeu Isabella rapidamente.

—Você quer conhece-la? –Perguntou Katherine.

Hope parou para pensar.

—Eu não quero ter outra mãe, só você mamãe.

Os olhos de Isabella se encheram de lagrimas.

—Oh baby.

Klaus observava as duas e pensou que sua filha não podia ter tido uma mãe melhor... 

—Mãe? –Isabella a olhou, todos a olharam. –O tio Kol é o elfo, né?

Todos riram e Kol resmungou... Como o elfo resmungão.