A Desconhecida. escrita por Anabella Salvatore


Capítulo 32
Jake.


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura.



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Isabella ainda olhava para os Cullens.

—Podem começar.

—O que você quer saber?

—Quem eu sou? Qual o meu nome? Da onde vim?

—Seu nome é Isabella Marie Swan Cullen. –Respondeu um loiro, Jasper. –Você morava em Forks.

—O que você são meus?

—Parentes, você se casou com meu irmão, Edward. –Disse gesticulando para Edward.

Isabella o olhou, Edward tinha um olhar machucado.

—Carlie...

—Renesmee. –Corrigiu a loira.

—Carlie. –Repetiu.- Ela é minha filha?

—Sim.

—E quem é o pai?

—Edward. –Disse como se fosse óbvio.

—Como? Ele é um frio, um vampiro. –Perguntou Rebekah.

—Isabella foi a primeira e única que conseguiu tal proeza.

—Me contem... Como sumi.

—Ouve um confronto...

—Confronto? –perguntou Klaus com ironia.

—Sim, com a realeza... –Antes que Alice pudesse continuar Kol a interrompeu com uma gargalhada.

—Realeza? –Perguntou rindo.

Alice, Emmet, Rosalie, Carliste, Esme e Edward estavam se irritando, entretanto Jasper encarava a situação com ironia. O vampiro achava engraçado o modo com que aquela família se comportava e o sentimento que ela transmitiu. Ele sentiu um misto de amor, proteção, carinho, respeito e poder, tudo junto, isso o animava, como a muitos anos ele não se animava.

—Sim. –Disse Alice entredentes.

—Espera, espera... Existe uma realeza?

—Sim.

—E por que eles se intitulam assim?

—Na nossa espécie á diversas leis e eles fazem com que todos a cumpram...

Damon interrompeu Emmet.

—Deixe-me adivinhar, ficar gravida de um vampiro está contra essas leis, estou certo?

Carliste assentiu.

—Então esses tal ‘reis’ vieram tomar satisfação e vocês os enfrentaram. –Continuou Rebekah.

Alice iria falar algo, mas Kol continuou a falar.

—E no meio disso tudo aconteceu algo com a Izy.

Os Cullens olhava assustados para eles.

—Como vocês... –Começou a pergunta Rosalie.

—Como sabíamos? Isso é óbvio!

 O telefone de Klaus começou a tocar, era Alaric.

Klaus. Algo está errado.

—Como? Onde está Hope?

—É com ela, ela está suando e parece que a pressão aumenta a cada minuto.

Todos na sala se entreolharam.

Estamos chegando.

—Nik. –Disse Rebekah com receio.

—Não se preocupe deve ser só uma virose. –Disse Davina.

—Ou algo ruim.

Todos se levantaram, ficando apenas os Cullens sentados.

—Presumo que teremos que ir. –Disse Elijah.

Edward se levantou rapidamente.

—Ela não pode ir! –Exclamou. –Bella meu amor, você acabou de voltar. Aqui é a sua casa! Sua verdadeira família está aqui. –Disse frisando o nome verdadeira, o que não agradou Isabella.

—Minha família está onde eles estiverem. –Disse antes de sair.

Emmet e Carliste seguraram Edward. 

Quando chegaram a casa, Isabella correu para o quarto em que Hope dormia.

—Como ela está?

—Mal. - Disse Alaric com pesar.

—Algo me diz que não é apenas uma doença boba... É algo mais. –Disse Isabella.

Davina ficou ao lado de Hope e pegou na sua mão, mas rapidamente soltou como se estivesse levado um choque. 

—Algo está canalizando o poder dela.

—O que?

Kol adentrou o quarto com uma expressão ruim.

—A lua está mudando de cor. –Disse.

Rebekah entrou.

—Algo está acontecendo.

—Onde estão os outros?

—Elijah e Katherine estão lá em baixo e...

—Damon e Rebekah estão na cozinha, fazendo compressas para colocar nela.

Isabella assentiu.

Uma fina chuva começou a cair, Hope ainda dormia, mas a febre tinha passado, Davina realizou um feitiço nela e expulsou a pessoa do corpo , só estavam elas duas no quarto com Hope.

—Como você se sente? Com tudo que está acontecendo?

Isabella levantou a cabeça.

—Não sei.

—Não sabe como se sente?

—Não, eu sei como me sinto nada mudou, mas descobrir quem eu era é algo...

—Novo.

—Sim, uma família, um marido... Carlie é uma bela menina e eu gosto dela, mas eles... São tão estranhos e aquele homem que se diz meu marido, as atitudes dele me faz senti repulsa. Eles não são minha família. –Ela passou a mão na cabeça de Hope com carinho. –Minha família está aqui, com Hope e Nik e todos vocês.

¥

Um mês depois.

Um mês se passou, Isabella não se aproximou dos Cullens, desses ela mantinha distancia, mas de Renesmee sim. Elas tinham conversado e a mulher concordou em ir devagar com Isabella, Hope também se aproximou dela.

Vocês vêm aqui mais tarde? —Perguntou Renesmee.

—Sim, Hope vai encontrar uns amigos e depois passamos ai. –Disse Isabella.

—Que bom, a senhora vai conhecer meu namorado.

Isabella engoliu em seco.

—Eu já o conhecia?

—Talvez, tchau.

E desligou.

—Está pronta querida? –Perguntou para Hope.

—Sim mamãe.

Elas saíram e Isabella deixou Hope numa lanchonete. Isabella percebeu que alguém olhava Hope ela olhou a rua a procura até que encontrou uma mulher observando a menina. Ela tinha cabelos castanhos e olhos verdes, bem parecidos com os de Isabella. Ela tinha a mão na boca, estava em choque e algumas lagrimas caiam.

Hope estavam concentrada, conversando com os amigos e nem percebeu Isabella se afastar.

Isabella se aproximou da mulher, com calma.

—Olá? –Falou.

A mulher se virou rapidamente, assustada.

—Olá. –Disse limpando o rosto com as mãos.

—Você está bem? Percebi que estava olhando a menina, é alguma parente?

—Sim, eu estou bem e aquela menina se parece com alguém que conheço, me recordei dela e... Deve está me achando uma louca.

—Não, não... Qual é o seu nome? –perguntou com curiosidade.

Antes que a mulher pudesse responder seu telefone tocou, ela o segurou e atendeu.

—Oi?

—Onde você está? –Perguntou uma voz masculina.

—No Alasca.

—Jake está ai?

Sim, volto amanhã.Avisou.

—John sente sua falta. —A mulher abriu um sorriso.

—Eu também sinto falta dele, tenho que desligar, eu te amo.

—Eu te amo. –Disse.

Ele desligou, a mulher guardou o celular. Pediu desculpas a Isabella e se despedi-o dizendo que estava atrasada e foi embora, sem responde-la. Isabella observo-a se afastar e só então percebeu que ela tinha um cheiro estranho.

—Mãe. –Chamou Hope do outro lado da rua.

Isabella atravessou a rua e foi até ela.

—Vamos?

—Sim, temos que passar na casa da Carlie, certo?

Hope assentiu animada.

Logo elas estacionaram o carro de frente a casa de Renesmee. Isabella viu o carro de Klaus ali e ficou curiosa.

Elas entraram.

—Amor?

—Oi. –Disse se levantando e indo cumprimenta-la com um beijo.

—O que faz aqui?

—Renesmee me chamou, parece que precisa de ajuda com uns artefatos da loja.

Isabella sorriu, era bom que eles se dessem bem, já que ela era sua filha e ele o homem que ela amava.

Até que a porta da entrada se abriu novamente e por ela entrou uma mulher.

—Pai, vou lá no jardim, ok? –Perguntou Hope.

—Pode ir, deve encontrar Renesmee no caminho.

Ela assentiu e saiu, no momento em que a mulher chegou na sala.

Quando ela se virou Isabella percebeu que era a mesma mulher que ela tinha visto na rua.

Entretanto Klaus não parecia está bem, sua expressão passou de calma para um expressão de ódio.

—O que você faz aqui, Hayley? –perguntou Klaus com raiva.

Só então Isabella entendeu, aquela mulher que estava na sua frente não era só uma desconhecida que ela viu na rua, aquela mulher era Hayley Marshall. Era a verdadeira mãe de Hope.

—Eu só vim... –Antes que ela pudesse continuar Jacob entrou na casa com Renesmee ao seu lado.

—Hayley, ainda bem que chegou! Como está John? –Ele perguntou sem perceber a presença de mais duas pessoas na sala. – Ficou com Jackson? -Ele olhou para ela e percebeu lagrimas nos seus olhos. –O que você...

—Isabella. –Comprimento Renesmee.

Só então Jacob percebeu a presença deles na sala, ele olhou Klaus e seu olhar logo passou para Isabella, ele ficou em choque.

—O que? –Foram as únicas palavras que saíram da sua boca.

E ele se perguntava como podia. Como ela podia está ali? Na sua frente. O olhando. Respirando. Como? E de repente, na sua mente surgiram diversas imagens, imagens dele chorando e consolando Renesmee, dele se perguntando onde estava sua melhor amiga, do culpa (por não á ter protegida), da dor. E lembrou da completa solidão que sentiu. Ele chorou a perda dela. E ela... Ela estava ali.

—Jake eu... –Começou Renesmee.

Ele não deu ouvido e deu dois passos na direção de Isabella.

Ela não se mexeu, seus olhos estavam presos naquele homem que a olhava com tanto espanto. Dentro de si algo dizia que ele não era do mal, não, seu coração se alegrou como quando se reencontra um velho amigo.

E então veio o abraço.

Ele a abraçou com força, como se pudesse prende-la a si.

E falou as seis palavras que ninguém tinha dito.

—Eu senti tanta falta de você.

Isabella piscou, atordoada, e varias imagens surgiram em sua mente.

Primeiro apareceu duas crianças brincando na beira da praia. Depois dois adolescentes, ela se viu lá, estava com medo da mudança e encontrar um amigo era um alivio. Viu lagrimas descendo dos seus olhos e a chuva molhar seus cabelos. Se sentiu só, com dor, se sentiu gritar e no fim, por fim, ele apareceu lá.

—Jake. –Sussurrou.

E as lagrimas chegaram.

Era saudade.

Era carinho.

—Senti sua falta. –Ele repetiu.

 


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