A Desconhecida. escrita por Anabella Salvatore


Capítulo 3
Escolha de Hope.


Notas iniciais do capítulo

*Boa leitura.



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Rebekah e Isabella tinham ido se deitar mais cedo naquele dia, Hope cansada de brincar o dia inteiro logo adormeceu, mas Isabella não!

Quando Hope começou a chorar, por volta de meia noite, Isabella pensou que logo pararia, mas não parou. Parecia que Rebekah de alguma forma não tinha ouvido.

Rapidamente ela se levantou e foi até o quarto da menina.

—Oi princesa. –Disse da porta.

Hope estava em pé no berço e olhou curiosamente para Isabella enquanto ainda chorava. Timidamente se aproximou do berço e pegou a criança.

—Por que você tá chorando? Não pode chorar, você é quase uma mocinha e mocinhas não choram. –Disse a ninando. –Não precisa chorar, não precisa. –Sussurrou enquanto a menina se calava aos pouquinhos. –Quer que a tia Liz cante uma musiquinha para você? Droga Isabella que musica você sabe? Tem que ser uma musica de criança? –Perguntou olhando Hope, a menina já não chorava mais e olhava a nova tia com curiosidade. –Ok, não precisa, né? Cause with your hand in my hand/And a pocket full of soul/I can tell you there's no place we couldn't go/Just put your hand on the glass/I'll be tryin' to pull you through/You just gotta be strong.

Enquanto cantarolava Isabella não percebeu a presença de Rebekah na porta, a jovem vampira olhava com encantamento a cena.

Nessa noite Rebekah descobriu que de alguma forma Isabella era alguém importante e única, Hope d alguma forma sabia disso e se sentia protegida com ela, com Isabella. Sorriu levemente e voltou para o quarto porque como Hope, ela sentia que Isabella era uma boa pessoa.

No dia seguinte quando acordou Rebekah percebeu que tinha dormido de mais e se levantou correndo, tomou um rápido banho e foi até o quarto de Hope, entrou e procurou, mas não achou a sobrinha em lugar alguém. Um desespero começou a tomar de conta de si.

Até que ouviu... Risos vindo do jardim, correu para a janela e viu uma Hope que gargalhava alegremente enquanto Isabella fazia caretas. Prestou atenção em como a sobrinha estava, parecia que tinha tomado banho e estava alimentada. Desceu as escadas e foi até o jardim.

—Bom dia.

Isabella e Hope olharam para ela.

—Bom dia. –Respondeu Isabella alegremente.

Rebekah se aproximou da sobrinha e deu um beijo nas bochechas branquinhas. Se sentou na grama macia e engatou numa conversa animada com Isabella.

—Eu tenho três irmãos, Hope é filha de um deles.

—E onde eles estão?

—Nova Orleans.

—Que longe. -Comentei.

—Parece que esse é o carma da família, está sempre separada. –Disse ela e suspirou profundamente.

—Essa casa é de qual deles? –Perguntei curiosa.

—De nenhum! Na verdade os donos dessa casa meio que a abandonaram, os irmãos Salvatore, Damon e Stefan, eles são... Velhos amigos que deviam favores, então me emprestaram a casa. Mas, e você?

—O que tem eu?

—Como é sua família?

—Minha família é... –O que minha família é? Eu tenho família?—É nada! Eu estou sozinha Rebekah, eis o meu grande segredo.

—Ninguém está sozinho.

—Não, você não entendeu. Eu estou realmente sozinha! Eu não me lembro se tinha família ou amigos... Só não me lembro.

—Você não lembra? –Perguntou Rebekah com uma pontinha de indignação.

—Não.

—E como chegou aqui?

—Eu acordei sozinha numa casa e tinha bilhete que dizia que eu tinha que vim para cá e encontrar uma tal de Caroline. Perto do bilhete tinha uma mala com uma chave de um carro e uma boa contia em dinheiro, eu peguei e vim.

—Uau. –Disse a vampira. –Você poderia ficar! –Disse de repente.

—Ficar?

—Sim, ficar conosco, comigo e com Hope! Depois cuidaremos em achar Caroline.

—Espera, você conhece essa tal de Caroline?

—Sim... Uma velha conhecida.

Isabella olhou Rebekah.

—Você quer mesmo que eu fique? Não tem medo?

Rebekah riu.

—Não, pode ter certeza que existem poucas coisas no mundo a qual tenho medo. Você seria muito bem-vinda.

Isabella olhou para Hope que estendeu os bracinhos na sua direção.

No fim Isabella decidiu ficar.

¥

Os meses passaram correndo, a cada dia Isabella se apegava mais a Hope e parecia que a menina a ela. Rebekah viu todo e ficava a cada dia mais impressionada, em como a sobrinha tinha se apegado a Isabella, a ponto de só parar de chorar quando a mesma ia acalma-la. Com o tempo a vampira aprendeu a confiar em Isabella e virou uma bela amiga... Juntas elas eram algo parecido com uma família.

*

—Vamos passear na praça?

—Vamos. –Respondeu Rebekah, ou Bekah como Isabella chamava, animada.

As duas foram se arrumar e Isabella ficou com a missão de arrumar Hope, deu um banho na menina e vestiu um vestidinho azul, combinando com o seu próprio vestido.

—Estão prontas?

—Sim.

Entraram no carro e foram até a praça, Isabella tratou de ir brincar com Hope e deixou Rebekah sozinha.

—Bela amiga essa minha! –Reclamou.

—Rebekah?

A loira se virou rapidamente e deu de cara com seu garçom predileto

—Matt.

—O que faz aqui?

—O que você faz aqui? Pelo o que me falaram você tinha virado policial e desistido da carreira de garçom.

—Eu sou policial, mas um policial não pode ter dois empregos? –Perguntou irônico.

A loira sorriu com a ironia.

—Claro que pode. –Falou e voltou o olhar para Hope e Isabella, a morena estava segurando os braços da criança, que tinha os pés no chão, como se ela anda-se.

—Conhece a moça morena? –Perguntou Matt curioso.

Hope riu enquanto Isabella parecia conversar com ela.

—Sim.

Então ela se abaixou um pouco e pegou a menina nos braços.

—Não sabia que ela era mãe. –Comentou distraído.

Finalmente Rebekah descobriu o que estava acontecendo. Ela pensava ter sido decisão de Isabella ficar com ela e Hope, mas não foi. Hope decidiu que precisava de Isabella e a moça sentiu isso. Silenciosamente a menina pedia por uma mãe e Hayley não podia ser essa mãe, mesmo querendo ser, ela nunca seria, nunca seria a mãe de Hope. Porque Hope já tinha escolhido essa mãe.

Isabella abraçou a menina contra si e sorriu, dava para ver seus olhos brilharem e os braços de Hope segurando uma mecha do cabelo de Isabella.

Rebekah pensava que teria que ser essa mãe e tinha medo disso. Como cuidar de uma criança se ela nem mesmo sabia cuidar dela mesma? Mas, Hope sabia que a tia não exerceria o papel de mãe.

Esse papel era de Isabella, Hope tinha escolhido Isabella.

Ela era a mãe da menina.

—Então agora sabe. –Disse para Matt.


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Notas finais do capítulo

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*Comentem.