Emilia & Bernardo.. Nova história escrita por Tah Madeira


Capítulo 12
Capítulo 12




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Emília
Ela deve ter dormido alguns minutos, pois ele a chama.
—Emília. ..Emília  acorde, vamos  a chuva parou.  - ele coloca a mão no rosto dela.
—Sim, vamos.
Ele levanta e a pega no colo e a coloca em cima do cavalo.
—Vou ter de subir para irmos mais rápido.
—Tudo bem. - ela só quer ir para casa.
Ele senta atrás  dela e vão rumo a casa, ela acha que estão perdidos, pois tudo parece igual, mas não sente medo perto dele, ele parece saber onde ir, esta com um mão em volta da cintura dela e a outra segura as rédeas do cavalo, ela ainda sente frio e treme  vez ou outra.
—Já  vamos chegar, não estamos longe.
—Como você sabe.
—Conheço este lugar como a palma da minha mão.
Ele está falando bem próximo ao ouvido dela, a barba dele roçando a orelha dela, e isso mexe com algo dentro dela, essa situação a deixou sensível.
Ela percebe que estão chegando quando saem da mata ela percebe a luz da casa, não muito longe.
Quando chegam a algumas pessoas fora da casa inclusive Lia, que a olha com raiva, e quando Bernardo desce e a pega no colo ela sente inveja vindo de empregada,  ele a leva direto para o banheiro do quarto dela.
—Você precisa tomar um banho quente, eu vou chamar um médico para olhar seu pé.
—Esta bem, obrigada.
—Quer alguma ajuda com o banho…

—Não - ela fala um pouco alto demais- desculpa, mas não obrigada.
       -Não quero dizer eu, posso chamar alguma empregada, o seu pé você pode cair, acho melhor vir alguém.
       -Pode ser. - ela sabe que não adianta brigar.
       -Pode ser a Lia…
       -Claro que não- ela interrompe-  pode ser a Beth.
       -Tudo bem.
Ele sai, ela tira a roupa e vai com calma para baixo do chuveiro, a água quente caindo a faz relaxar, ela fica algum tempo,  quando ouve a voz de Beth. Ela pede a menina uma toalha e um roupão,  seca os cabelos com secador e coloca um pijama e se deita, enquanto pede para ela preparar um chá.
   -Que bom que a senhora voltou.
   -Foi muito burra ter feito o que fiz.
   -Seu Bernardo ficou desesperado.
   -Verdade- ela parece surpresa.
  -Sim,  ele andava feito louco, pegou o  cavalo sai, voltou chamou os homens e saiu de novo mesmo com a chuva e com dona Lia, pedindo para ele não sair.
  -Ela pediu isso - Emília pergunta e Beth confirma com a cabeça.- porque ela faria isso, ela não deve gostar mesmo de mim, ela gosta dele, do Bernardo.
   -Não sei dona Emília,  isso não sei, ela sempre se achou dona desta casa, se sente melhor que os outros empregados,  eu nem deveria estar falando isso dela, posso perder meu emprego, mas ninguém gosta dela.
  -Você não irá perde seu emprego, não irei permitir- ela gostou da menina, mesmo antes de Beth falar ela sabia que Lia era ruim, só de olhar para ela percebia isso, que ela era uma mulher amargurada, precisava tomar cuidado com ela, Emília ficou um tempo conversado com Beth, até  que Bernardo entra com um homem,  ele ainda esta com as roupas molhadas.
   -Esse é o Dr.Luis, ele vai dar uma olhada em seu pé.
   -Tudo bem Srª.Boldrim - é estranho para ela ser chamada pelo sobrenome do marido.
Ele examina o pé passa uma pomada faz um curativo,  mede a temperatura dela, que esta um pouco febril, ele receita um remédio para dor e febre, ele se retira junto com Bernardo. Beth trás uma sopa para ela que come pouco.
  -Beth,  leve a a sopa por favor, e chama meu marido.- pede depois de devorar a sopa.
   -Sim - ela sai e ele entra segundos depois
   -Como você está Emília?
  -Estou com um pouco de dor, mas estou bem.- eles se olham por um tempo e ela diz.- você deveria tirar essa roupa, se não vai ficar doente.
  -Sim, só queria ver se estava tudo bem com com você.   
  -Pode ficar tranquilo.
  -Vou indo. - ele vai até a porta.
 -Bernardo-  ela o chama e ele se vira para olhá-la. - obrigada, muito obrigada e desculpas pelo susto.
  -Só prometa que não faça mais isso e ficará tudo bem.
  -Eu prometo.  - ele a olha como quem quer dizer alguma coisa,  balança a cabeça como quem desiste e sai.

Bernardo

Ela dormiu em seus braços, mas a chuva parou e  ele tem que acordá-la.
Depois a leva no colo até o cavalo, coloca ela sentada e vai precisar sentar com ela para irem mais rápido, ela treme de frio, ele também, então aproxima ela o mais perto dele colocando a mão em sua cintura,  esperando ela protestar  mas ela não o faz, ele aprecia ter ela assim, apesar do cheiro da mata e de terra molhada ele conseguia sentir o perfume dela como naquele dia que chegaram a fazenda.
Quando chegam ele a leva parado banheiro ela precisa tomar um banho para se aquecer, ele ri por dentro quando oferece ajuda e ela pensa que seria ele a ajudar no banho, sai e como ela pediu chama Beth.
Liga para o médico, seu amigo, explica a situação e prontamente diz que vai apesar da hora, vai na rua agradece aos homens e os dispensa, ele sabe que tem os olhos de Lia cravado sobre ele.
   -Vamos Lia, fale de uma vez.
  -O senhor tem que se cuidar também,  tirar essa roupa molhada.
  -Irei fazer isso depois que Emília estiver bem.
  -Garanto que ela esta bem, já deve ter tomado banho e ter se aquecido.
  -Vou fazer isso depois.
Ele vai ate a cozinha pede para preparar em um sopa para a esposa, volta ate a sala,fica lá algum tempo, quando o amigo chega, ele agrade e o leva até o quarto de Emília, que a examina,  lhe da um remédio, e saem, esta se despedindo do amigo quando Beth o avisa que Emília o chama.
A ver ela  novamente o seu coração acelera,ele pergunta como ela esta, e fica feliz quando ela percebe que ele ainda não trocou  roupa, quando ela o chama e lhe pede desculpas e agradece, ele percebe sinceridade em seu olhar , a vontade que ele tem e de correr e abraçar ela como fez na mata, mas melhor não ele já tinha conseguido uma trégua,  se despede e sai.


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