Linhas Vermelhas escrita por Luna


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Opa! Capítulo novo ♥

Espero que gostem ^^
E que estejam esperando as férias para voltar uahsuahsuash

Até :3



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Estavam todos os presentes comendo aquela pizza com certo ar de curiosidade, afinal, Filipe não estar ali era realmente estranho. Tinham brigado ou algo assim? Perguntavam-se.
Martha foi a primeira a tocar no assunto.

— Então Jessica, está tudo bem você e o seu namorado?

— Claro mãe, por que não estaria?

— Bem, geralmente vocês vão juntos para todos os lados.

— Ah, é que ele precisava falar uma coisa com os pais dele.

— Algo importante? — Perguntou Martha, preocupada.

— Sim. — Respondeu afirmativamente.

— E por que você não o acompanhou?

— Por que eu precisava falar uma coisa importante para vocês. — Explicou com um sorriso, pegando mais um pedaço de pizza.

Elisa levantou uma sobrancelha para Bruno, perguntando se ele sabia de algo. Mas o garoto deu de ombros, dizendo que estava por fora dessa vez.

— E o que seria? — Tomou parte da conversa, Inácio.

— Então, vocês sabem que já não sou mais uma garotinha. Tudo bem que eu esperava estar mais velha quando isso acontecesse, porém fui pega de surpresa assim como vocês.

— Do que você está falando? — Perguntou Martha.

— Estou grávida. — Disse firme.

Todos permaneceram quietos, então ela continuou.

— Eu e o Filipe já planejávamos morar juntos. Nós temos uma pequena economia e estamos vendo uma casa para comprar. Sei que vai ser difícil, porém espero poder contar com vocês.

Uma lágrima caiu.
Jessica, mesmo se esforçando para ser adulta sentia que não estava preparada para aquilo. Ainda tinha o sonho de ir à faculdade, não queria ser vendedora pelo resto da vida. E uma criança? Como Deus esperava que ela soubesse como cuidar de uma criança?
Martha levantou e foi até a filha e abraçou-a.
Lembrou de quando era ela ali, no lugar da filha. Sabia o quando a garota devia estar apreensiva, mas não faria como seus pais, não a abandonaria.

— Do que você está falando? É claro que te apoiaremos. Não tenha dúvida disso.

— Um neto? — Sorriu Inácio. — Vou adorar ter uma criança correndo pela casa. Afinal, Bruno ainda precisa de companhia.

Elisa não segurou e riu também.
Não esperava ver algo assim tão cedo. Sabia que se fosse ela ali, com a sua família, não ouviria palavras tão amigas.
Bruno viu a linha da sua irmã, agora contornando-a e sorriu. Então era isso que aquele embaralhado significava?

— Vocês não querem morar aqui? — Perguntou Inácio. — Não tenham pressa para se verem livres de nós.

— O-obrigada. — Disse, em meio a lágrimas. — Mas acho que não vamos precisar. Porém queria que você me ajudasse a escolher a casa.

Inácio também se levantou e abraçou a garota. E ela não pode colocar em palavras o sentimento que estava tendo, realmente esperava que eles a entendessem, mas o medo e a incerteza eram grandes.

Quando as coisas se acalmaram, Bruno e Elisa se retiraram para o quarto.
O garoto ainda precisava banhar-se e ela ficou encarregada de tirar o restante dos pôsteres e jogá-los no lixo. Elisa ainda repreendeu Cinza, assim que o avistou, mas não sentiu que suas palavras tiveram qualquer efeito. Depois deitou-se e esperou.
Bruno entrou no quarto, cabelo molhado e a toalha enrolada no quadril. Não que fosse algo novo, ele sempre deixava para se vestir ali.

— Por que a Camile terminou com o Vitor?

— Na verdade eu não sei, - sentou a beirada da cama, secando seu cabelo com a toalha. — não falei com ele desde então. Apareceram coisas que não me deixaram dar atenção.

Ela sentou, atrás dele, pegou a toalha e o ajudou.

— Mas você vai lá amanhã, certo?

— Vou sim. E de tarde vou novamente atrás de uma vaga de emprego.

— Como assim?

— A senhora sua sogra me deu uma prensa hoje e me fez ficar o dia todo entregando currículos!

— Oh, que bom!

— Que bom? – Olhou para trás, não acreditando no que ouvia.

— Tá na hora, né Bruno?

— Até você? – Levantou-se.

— Bruno, você já é adulto. Responsabilidades vão continuar aparecendo. Ah, falando nisso! — Pegou o celular. – Você pode me dizer o que isso significa?

“— (...) e disse que você fode mal por que é gay. Suuuuper gay.

— Haham.”

— Não faço a mínima ideia. — Respondeu com veracidade.

— É a sua voz, não é?

— Sim, mas eu não ouvi isso. Gente, como que a Bia faz essas coisas? Deve ter sido naquela hora que eu estava distraído.

— Distraído? Com o que?

Tudo que havia acontecido passou rapidamente em sua cabeça. E com essas cenas, veio juntamente a dúvida. Deveria contar tudo?

— Minha mochila. Ela trancou na catraca e depois caiu tudo no chão. Daí eu fiquei moscando, pensando se tinha pegado tudo. Senti que esquecia de algo, sabe? — Falou, mas por sentir que mentia seu rosto ficou quente e a voz sôfrega.

— Sei.

— Mas não vamos falar disso. Bora dormir que amanhã temos que acordar cedo.

Elisa se juntou a ele, mas alguma coisa dizia que seu namorado estava escondendo algo, então demorou um tanto mais para pegar no sono, tentando imaginar o que.

Eram seis e alguns minutos, Elisa já estava arrumada para ir à faculdade, faltando apenas fazer o desjejum e tirar o namorado da cama. Com toda a certeza do mundo a segunda tarefa era a que levaria mais tempo.

— Bruno, amor. Acorda de uma vez. — Falou, empurrando-o de um extremo a outro.

— Só mais um pouco...

— Se você não acordar eu vou ter que sair assim mesmo e te deixar na cama.

— Esse é o plano. — Sussurrou.

Elisa abriu a cortina o máximo que pode, porém ainda não foi o suficiente para fazer o mandrião acordar. Pensou bem e percebeu que aquela era a única alternativa. Então procurou Cinza e o colocou do lado de Bruno.

— Amor. — Falou, com a voz mansa e aveludada. — Vou deixar o Cinza aqui com você, ok? Você não se incomoda, certo?

— Sim...

Cinza já sabia qual era o seu trabalho, então deixou que Elisa saísse do quarto para tomar café e pulou em cima daquele humano preguiçoso. Enfincando suas unhas na pele.

— Acordei! Acordei! Tira ele de mim! Elisa!


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