O namorado da minha melhor amiga escrita por Jheni


Capítulo 4
Capítulo 4 - Cobranças.


Notas iniciais do capítulo

Olá amores! Desculpe pela demora, não estou tendo tempo para nada hahahaha mais ai esta mais um cap, espero que gostem ♥



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Li inúmeras vezes o bilhete redigido que pendia em meu armário, tentei decifrar letras, códigos ou qualquer coisa que fosse aceitável, porem sua única mensagem era ‘’ Me encontre no estacionamento do Shopping as 21:00! “. Talvez fosse de Thomas, ele me devia uma explicação já que agira como se nada houvesse ocorrido desde então, de qualquer maneira, eu não iria aparecer no estacionamento do shopping a noite para encontrar alguém que não se identificara.

— Ei Jess – Alan parou ao meu lado enquanto organizava seus cadernos, momento perfeito para esconder o bilhete e evitar um interrogatório. – Que tal você começar a me contar como foi sua noite de sábado? – Apenas um.

Caminhamos até a classe de Senhor Mendel – nosso professor de Biologia – enquanto eu recontava toda a história sobre Thomas, ocultando a presença de Jason por completo, ele não era alguém que eu poderia me dar ao luxo de comentar. Subimos os últimos degraus da escada que levavam ao segundo andar,dando de cara com toda nossa turma que observavam um papel pregado no mural:

— O que é isso? – Perguntei para Maryland, meu par em biologia.

— Um novo quadro de duplas!

— E desde quando temos '' um novo quadro de duplas? '' 

— Desde hoje – Fui surpreendida pela voz de Senhor Mendel que estava em pé ao meu lado sem que eu nem notasse sua presença segundos antes – Acho que vocês já estavam acomodados demais, a biologia estuda a vida e vocês precisam de vidas novas para estudarem. – Ele sorriu ao seu próprio comentário e entrou na sala, entrei logo em seguida tendo tempo apenas para ler rapidamente o nome de minha nova dupla; Thomas Lewis.

As bancadas de nossa sala eram todas impecavelmente brancas e enfileiradas em três grupos de cinco, Thomas estava sentado na segunda bancada ao lado da parede rabiscando alguma coisa em seu caderno, caminhei até ele e me sentei em silencio tentando ao mínimo não ser notada. Pela primeira vez no ano, agradeci por Francie não fazer parte da minha classe de Biologia e notar aquele clima pesado que pendia no ar.

— Observem essa frase – Mendel apontou para o que acabara de escrever na lousa ‘’ Conhecimento, do latim cognitio ‘’— Isso mesmo, conhecimento. É o que vamos trabalhar hoje.

O Homem de meia ideia, grande óculos de fundo de garrafa e uma barba por fazer passou de bancada em bancada deixando uma pequena caixinha preta. – Nessa caixa – Prosseguiu – Há vários papeis em branco que vocês iram preencher com perguntas e respostas a sua dupla, acrescento que caso seu parceiro ache que esteja mentindo em sua resposta, ele terá direito a te cobrar uma prenda ou castigo, como preferirem. – Ele sorriu com sua ideia considerando-a brilhante – Vamos lá crianças, divirtam-se.

Thomas tirou um pequeno pedaço de papel da caixa e rapidamente o preencheu com sua letra quase ilegível o arrastando-o até mim;

’ Você está com raiva de mim? ‘’

‘’ O que você acha? ‘’ Escrevi rapidamente em resposta ‘’ Entenda que não pode sair por ai beijando as pessoas sem que elas queiram. ’’

‘’ Você também me beijou Jess.‘’

‘’ Estava em um momento de fragilidade, você é um aproveitador! Prometa que não vai fazer isso de novo.’’

‘’ Prometo não te beijar novamente... sem que você queira! ‘’

Olhei rapidamente para seus olhos verificando sua autenticidade, por mais que estivéssemos conversando por papel, como crianças, aquilo me valia.

‘’ Ótimo ‘’.

 Thomas ficou alguns segundos olhando do papel para a caneta, da caneta para o papel e assim sucessivamente, até sua mão formar algumas palavras.

‘’ Porque você tem medo de seu ex namorado? Jason? ‘’

‘’ Eu não tenho medo dele’’. Respondi rapidamente.

Tom soltou uma risada sarcástica e se virou para mim.

 - Eu passo para te pegar amanhã, as 20:00!

— O que? – Perguntei, tentando assimilar a concordância daquela frase.

— Essa é a minha prenda Jess, você mentiu.

                                                  ***

O relógio marcava 20:30, o bilhete encontrado horas atrás sobre minha mão. Olhei mais uma vez no espelho esperando por alguma resposta, por mais que eu soubesse que aquilo provavelmente seria uma grande burrice, minha curiosidade era maior do que qualquer coisa. Talvez eu pudesse ficar escondida em alguma loja afastada ou até mesmo em meu carro, assim quem quer que seja não seria capaz de me notar, bem, era isso. Levantei rapidamente pegando um casaco e a chave do carro:

— Onde pensa que esta indo? – Minha mãe estava jogada no sofá assistindo a seguidos episódios de How I met your mother enquanto comia potes de pipoca.

— Eu preciso pegar umas anotações de Matemática com a Francie. – Menti.

— O que? Vocês se quer frequentem a mesma turma de Matemática.

— Por isso mesmo... Ela... ela tá mais avançada.

— Jessica, nem pense em sair por essa... – Bati a porta do apartamento e desci rapidamente o par de escadas de meu prédio, antes que ela pudesse retrucar mais alguma coisa.

 O The Metquarter era um dos lugares mais frequentados da cidade, contudo, apenas meu carro preenchia uma das várias vagas do estacionamento. Desci do veículo sentido a brisa leve da primavera brincar com meus cabelos, já se passavam das 21:00 e eu provavelmente não deveria estar ali. Estava pronta para entrar no carro quando meu celular apitou anunciando uma nova mensagem;

Atrás de você

Eu não tive tempo de me virar entretanto; duas mãos me envolveram com força tapando minha boca, eu conhecia aquele perfume, aquelas mãos, o que fez meu estomago revirar ainda mais:

— Sua curiosidade sempre foi seu ponto fraco! – A voz de Jason me atingiu como uma espada no estômago. O que eu estava realmente fazendo ali? – Agora vamos conversar.

Jason me jogou com brutalidade contra meu carro, suas mãos me apertando com força:

— O que você quer? - Disse.

— Sabe muito bem o que eu quero Jess. 

— Você tem que se tratar – Cuspi, minha voz completamente alterada.

— Não testa minha paciência garota, seu heroizinho de merda não tá aqui para te salvar. -Ele tinha razão, não havia ninguém ali para me salvar, só poderia contar comigo mesma – Eu amo você.

— Amor? Isso não é amor Jason, é obsessão. Amor é cuidar um do outro e não machucar, perseguir, se você me ama tem que me deixar ir.

— Eu não preciso de uma lição de moral Jessica.

Nesse segundo ele colou seus lábios nos meus, o que me pareceu o momento perfeito para chutar suas partes intimas e correr enquanto ele agonizava ainda parado no mesmo lugar. Não tive que correr muito para chegar a entrada dos fundos do Shopping, dando de cara com um dos seguranças:

— Moça, você está bem? – Ele disse quando parei ao seu lado com uma feição completamente apavorada.

— Aquele cara, ele... – Respirei – Ele quer me pegar.

— Ele quem?

Perguntou analisando o estacionamento, eu também o fiz avistando apenas meu carro. Jason havia desaparecido.


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Notas finais do capítulo

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