The Supernatural escrita por Lady Collins


Capítulo 5
Welcome To Hell


Notas iniciais do capítulo

Hey guys so... Desculpa pela demora kkkk é que eu ainda não sei mexer no Nyah então meio que eu fico perdida MAS eu queria muito mais muito dedicar esse cap pra uma leitora que realmente ganhou meu core ♥ kkk Lily Colt ♥ Obrigada de novo por ter comentado em todos os capítulos ♥

Boa leitura meus pirulitinhos
xoxo.



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Acordei com a luz do sol no rosto, tentei ignorar mas o sol não deixava, parecia que ele brilhava mais só pra me incomodar. Me rendi e me levantei com os olhos semi abertos.

— Que legal. - Disse sem ânimo.

Fui para o banheiro e me olhei no espelho. O meu cabelo estava horrível, havia manchas de sangue que ainda estavam em partes do rosto. Me despi e entrei no box, a água que corria por todo meu corpo me trazia uma sensação de calma. Fazia tempo que não me sentia em paz, sem ter que correr por algo pois estava em casa. Terminei o banho e sai com a toalha enrolada no corpo, mexi no armário procurando uma roupa. Coloquei um jeans azul escuro e um pouco rasgado por causa das batalhas que eu havia tido, uma blusa preta do AC/DC, uma pequena jaqueta de couro preta e umas botas também pretas. Eu não era de ter roupas coloridas, então sempre parecia uma gótica, mais só a roupa mesmo. Arrumei meu cabelo, ele era o que eu mais gostava no meu corpo, ele caia pelas costas um pouco cacheado mais bem pouco. Meus olhos azuis eram os que o Bobby mais gostava, ele sempre dizia que pareciam dois oceanos cristalinos que guardavam consigo os segredos mais profundos, mais também dizia que revelavam um pouco de mim.

Peguei a faca que sempre deixava em baixo do travesseiro caso algo aparecesse, coloquei ela na minha bota e desci as escadas. Não havia ninguém em casa então deduzi que Bobby havia saído pra caçar. Preparei um sanduíche e peguei um refrigerante para levar comigo. Fui para a pequena biblioteca que Bobby tinha na sala e peguei um caderno qualquer. Arranquei um pedaço e escrevi

"Querido Singer, saí pra caçar e não sei quando eu volto. Não beba muito. Te amo.

Ass: Luna."

Coloquei em cima da mesa e peguei minha mochila. Olhei para a casa pois não sabia quando iria voltar. Senti uma sensação estranha percorrer por mim mas ignorei ela. Saí da casa e entrei no carro, dei a partida e sai de Sioux Falls para procurar algum caso por ai.

Depois de horas a base de um sanduíche e uma lata de refri decidi parar em uma lanchonete na beira da estrada. Entrei nela e vários olhares se direcionaram para mim como se eu fosse uma criatura estranha, não liguei pois era sempre assim. Me sentei em uma mesa no canto da lanchonete, tirei meu notebook e decidi procurar por algum caso sobrenatural. Uma garçonete parou na minha frente com um caderninho em mãos.

— O que vai querer, caçadora? - Levantei os olhos confusa. Meus olhos encontraram um par de olhos castanhos que logo viraram negros. "Merda", pensei comigo.

— A sua cabeça - Respondi abaixando a tela do notebook com uma mão enquanto a outra pegava a arma. O que seria inútil pois não havia nada que matasse demônios a não ser exorcizar eles, mas isso me daria tempo para escapar. - Como sabe que sou caçadora?

— Reconheço caçadores de longe. - Ela disse dando um sorriso sarcástico.

Com uma rapidez saquei a arma e atirei na cabeça da garçonete. Que caiu com o impacto da bala mais sabia que logo iria se recompôr e partir para cima de mim. Peguei meu notebook e corri em direção a porta, mais antes que eu chegasse perto uma mão apareceu na frente fechando a mesma. Olhei para o dono da mão, que também estava com os olhos negros.

— Onde acha que vai, caçadora? - Ele era um homem barbudo, e cheirava a esterco. Desviei o olhar para o restante do pessoal da lanchonete, e para minha má sorte todos estavam me observando com seus horripilantes olhos negros, "O quê?" uma voz em minha cabeça dizia.

— Isso é uma festa? - Falei olhando para os olhos de todos. A garçonete que me atendera se levantou e caminhou em minha direção, e ela estava com um buraco no meio da testa.

— Sim, e você não foi convidada - Ela chegou perto de mim e me olhou fixamente, parecia me conhecer mais não disse nada.

Depois de um belo tempo de uma batalha de nenhuma desviar os olhos, um cara apareceu com mais dois demônios acompanhando ele. Todos direcionaram seus olhares para ele, até mesmo eu e a garçonete, o cara que deduzi ser também um demônio, passou o olhar por todo o local até seus olhos encontrarem os meus. Ele era jovem, não parecia passar dos 25 anos, tinha seus cabelos castanhos cortado dos lados, seus olhos eram em um tom de mel, mais que em tempos ficavam pretos. Usava uma roupa social e os caras dos lados tambem. Meu coração acelerou um pouco, mais não sabia o por que, pois já havia visto vários demônios na vida, mas ele em si me trazia arrepios. Um sorriso maligno abriu em sua face.

— Ora ora, que honra receber uma visita de um Blake - Ele disse abrindo os braços e caminhando também em minha direção.

— Como me conhece? - Disse segurando uma faca atrás das costas, que eu também levava comigo caso acontecesse algo.

— Isso é inútil, caçadora. - E com um gesto da mão, minha faca saiu de minhas mãos e foram parar nos pés do demônio. - Que foi Luna? Não me reconhece? - Ele fez uma cara como se estivesse ofendido.

— Não tenho costume de lembrar de abortos de wendigos - Disse levando um sorriso no rosto.

— Tem certeza? Eu participei em uma parte importante da sua vida. - Tentei lembrar de algo importante mais nada veio em minha mente.

— Acho que você tem um problema na cabeça, pois não nos conhecemos. - Fuzilei ele com os olhos.

— Não foi isso que papai disse quando estava morrendo. - Quando ele terminou a frase uma lembrança correu pela minha mente. A lembrança do demônio dentro de meu pai. Isso fez meu sangue ferver e ao mesmo tempo me fez enfraquecer lembrando da morte de meu pai. Dei um passo para frente. - Agora sim vejo que se lembrou. - O desgraçado abriu um sorriso de felicidade.

— Eu juro que vou matar você, seu filho da mãe - Parti para cima dele mas um de seus capangas me agarrou e me jogou contra uma parede. Senti uma dor insuportável, mais não ligava tanto, a minha única concentração era no demônio a minha frente.

— O meu único erro naquela noite, foi ter deixado você sobreviver. Se não fosse o idiota do seu avô, tudo estaria ótimo e você não estaria no caminho de varias pessoas.

— Eu vou te matar - Disse me recompondo e partindo novamente para cima dele, mas dessa vez nenhum de seus bichinhos de estimação interrompeu. Chutei ele e o mesmo caiu mais rapidamente se recompôs e me chutou. Cai novamente de costas no chão.

— Tudo isso é inútil, Blake. Sou mais forte que você. Mas se quiser continuar posso terminar o que fui fazer naquela noite e acabar com você para sempre.

— Só por cima do meu cadáver, demoniozinho. - Me levantei mais sem perceber que ele estava com uma faca escondida nas mãos, fui sua direção.

A única coisa que senti foi uma lamina entrar em minha barriga. Uma corrente de dor acendeu por todo meu corpo, urrei de dor e caí no chão, com a minha faca enterrada no centro da minha barriga. Minha visão ficou turva e com as poucas forças que me restavam segurei a faça nas mãos e tirei ela. Eram como se milhares de espinhos estivessem entrando e saindo de mim ao mesmo tempo, gritei de dor e joguei a lamina para longe. Minhas mãos estavam cheias de sangue, saía sangue da minha boca e cuspi ela. O demônio se abaixou e me olhou friamente

— Achei que seria um desafio mas foi mais fácil que tirar doce de criança. - Meus sentimentos eram de ódio e dor, me levantei o pouco que podia, até chegar bem perto do rosto do demônio.

— Se lembre de mim - respirei fundo - Porque eu e você vamos nos ver novamente. Eu vou voltar e vou acabar com a sua raça, seu filho da mãe. - Senti meu corpo perder a força e cai novamente no chão.

Como fui tão estupida e não percebi a maldita faca? Não tinha como voltar atrás, talvez fosse isso que tinha que acontecer desde o começo. Meus pensamentos se direcionaram a Bobby, imagens dele sorrindo invadiram meus pensamentos, doía saber que nunca mais iria ver aquele sorriso e nem sentir seu abraço, uma lágrima caiu.

— Eu te amo Bobby - murmurei baixo. Olhei um breve instante o teto até que uma escuridão me envolveu, tirando minha vida da terra.

~~~~~~~~~ BOBBY SINGER ~~~~~~~~

Acordei com vontade beber alguma coisa, eram 4:20 da manhã, então desci e fui para a sala. Peguei um whisky e um copo com gelo, sentei no banco e coloquei um pouco do líquido no copo. Era estranho não ter tocado um de meus mil telefones, olhei eles e cada um deles tinha uma fita com cada departamento de policia que existia.

Decidi visitar uma velha amiga que tinha então peguei a chave do carro e cai na estrada. Fiquei pensando o caminho todo na Luna, podia não mostrar todo o amor que eu sentia por ela, mais ela era a coisa mais preciosa que eu tinha junto com os idiotas dos Winchesters.

Nunca contei nada dos dois pra Luna e nunca disse a Sam e Dean de Luna. Não sabia se os garotos iriam se dar bem com Luna então nunca citei o nome dela em conversas. Depois de ficar horas diante do volante acabei parando em um bar perto da estrada.

Entrei no bar que parecia cair aos pedaços, até que gostava disso. Pedi uma cerveja no bar e me sentei em um banco ali mesmo. Ao meu lado havia um velho barbudo e gordo tentando conquistar uma garota que parecia não passar dos 25 anos, ao meu lado esquerdo havia um cara novo e parecia ser um advogado, pois estava de terno e parecia ter acontecido algo, pois estava chorando e com uma garrafa de alguma substância alcoólica em mãos. Uma mulher voltou trazendo minha bela cerveja, girei o dedo na garrafa, e fiquei fitando o nada até que meu celular começou a tocar. Coloquei um pouco do líquido na garganta que desceu rasgando e deixando meu pescoço quente. Apertei o botão e coloquei o aparelho no ouvido.

— Bobby Singer. - Disse sem animação nenhuma. Ouvi uns barulhos atrás até que uma voz disse.

— Bobby, como vai? - A voz era de Dean. - Não, deixa eu adivinhar. Você deve estar em um bar com uma cerveja nas mãos. - Ouvi um riso abafado no outro lado da linha.

— Idiota. Como vai o Sam? - Disse colocando mais um pouco da substância alcoólica na boca.

— Nós quase morremos hoje.

— Filho, você tem poucos meses de vida e já esta querendo adiantar a sua morte? - Falei e me lembrei do pacto que ele havia feito para trazer Sam de volta.

— Foram uns tais de super fantasmas... Sammy qual era mesmo o nome daqueles malucos que encontramos? - Uma voz ao fundo respondeu - Acho que eram encara fantasmas... É, esses babacas fizeram um reality show, e Sammy e eu fizemos parte dessa coisa. - Dei uma risada pensando em como Dean se sairia na frente da câmera - Isso não é nada engraçado, Bobby.

— Não para você mais pra mim sim. - Dei um gole do liquido que já estava acabando - Já encontraram um jeito de anular o contrato idiota que você fez quando vendeu sua alma para aquele demônio?

— Bobby, não existe como anular. Aquela vadia da Ruby mentiu quando disse que existia um jeito. - Ele disse irritado. Não o culpava pois ele havia passado por muita coisa.

— Calma filho, vamos encontrar algo para salvar a sua al... - Nesse momento meu outro celular começou a tocar, olhei e era de um velho amigo meu - Já volto Dean. - Deixei de lado o celular que estava com Dean na outra linha e atendi o outro - Martin como vai?

— Bobby tenho uma noticia pra te dar. - Sua voz era de preocupação e parecia estar segurando uma bomba entre as mãos.

— Fala logo. - Comecei a ficar preocupado.

— Luna... ela morreu - Então a bomba explodiu, e cada pedaço dela entrou de cheio em mim. Parecia que tudo tinha parado, sem saber o que fazer desliguei o celular que falava com Dean.

— Onde ela está?

— Bobby se acal...

— Onde ela esta, seu desgraçado? - Eu não ligava para nada, tudo que importava era ver Luna e nada mais.

— Em uma lanchonete, perto da estrada que sai de Sioux Falls. Mais Bobby... - Desliguei e corri para o carro, liguei e dirigi o mais rápido possível.

Quando cheguei, Martin estava na porta do local. Desci do carro e andei ate o estabelecimento.

— Bobby é melhor você... - Não deixei ele terminar e entrei no local.

Olhei ao redor com esperanças dela estar sentada e tudo isso passar de uma brincadeira pós aniversário, mas nada encontrei até que olhei para o chão. A sensação era horrível, era como se estivesse me queimando vivo. Me ajoelhei a seu belo pelo corpo que agora estava ensanguentado e com um corte profundo em sua barriga.

— Uma faca? Qual é sua tonta, você é melhor que isso. - Uma lagrima escorreu pelo meu rosto - Eu prometi que te cuidaria, me desculpa - Ergui ela nos braços, mesmo tendo mais de 20 anos ela ainda minha pequena princesa. Andei até a porta carregando Luna nas mãos, passei sem falar nada a Martin, focando só em ir para casa e ficar lá. Coloquei ela no banco traseiro e liguei o carro. O caminho todo o celular ficou vibrando e tocando, a ligação era de Dean mais não quis atender. Chegando em casa tirei Luna do carro e coloquei a no sofá. Observei o corpo por um tempo até que virei e vi uma garrafa de wiskey.

— Sei que você não iria gostar, mais você não esta mais aqui - Olhei pra ela. Chutei alguns livros que estavam no chão. Peguei a garrafa de whisky e coloquei o liquido na boca. Bebi quase toda a garrafa em uma golada, minha cabeça estava em uma batalha de emoções.

Acabei dormindo de tanto beber e acordei com a cara enfiado em um livro da mesa. Torci para que tudo não passa se de um pesadelo mas lá estava ela, largada no sofá com os braços pendurados para fora dele. Limpei o rosto que aparentemente estava com molhado com as minhas lagrimas, peguei novamente o corpo de Luna e coloquei no banco traseiro.

Dirigi até um lugar onde ela adorava ir sempre que me visitava. Era um lindo jardim, cheio de flores de diferentes cores e era ali que ela gostava de passar o tempo que tinha. Estacionei e peguei uma pá que tinha no porta-malas e comecei a cavar um buraco no meio do jardim. Já era de noite e dava para ver as estrelas. Coloquei ela em um caixão não tão bonito que tinha pegado antes de sair de casa. Antes de fechar ele, fiquei fitando o corpo pálido e sem vida de Luna.

— Não vou te dar o funeral de caçadora porque vou encontrar um jeito de trazer você de volta. - Me agachei e deixei em suas mãos uma flor que sempre adorou, a flor de lotus.

Me levantei e olhei pela ultima vez seu rosto sem cor mais que ainda continuava lindo, fechei o caixão e coloquei no buraco que havia feito depois joguei a terra por cima. Fiz uma cruz com galhos que havia encontrado e coloquei perto da onde tinha enterrado o caixão. Entrei no carro e vi a cruz pela retrovisor, não conseguia descrever o que sentia naquele momento, a dor invadia cada parte do meu corpo, e dei partida no carro. No caminho pra casa não pensei em nada só queria beber. Cheguei em casa e peguei uma garrafa de whisky.

— Prometo que te trago de volta mesmo que tenha que vender esta alma velha. - Dei um gole do álcool que tinha em mãos.

~~~~~~~~~~~ Luna Blake ~~~~~~~~~~

— Bobby? Alguém ta me escutando. - Gritei o mais alto que podia. - Por favor. Alguém.

— Ninguém vai vir te ajudar - Um cara apareceu trazendo uma mala consigo.

— Quem é você, seu desgraçado? - Disse tentando ao máximo não parecer fraca.

— Alastair... mas também sou seu pior pesadelo - Ele disse dando um sorriso de lado - Agora podemos começar com a diversão - O mesmo tirou uma arma, que nunca tinha visto na vida, da mala, e um frio percorreu a minha espinha. - Luna Blake, você não sabe o quanto ouvi falar de você.


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Notas finais do capítulo

Comentem seus lindos e se preparem porque hoje tem att tripla * tuts tuts tuts*



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