The Supernatural escrita por Lady Collins


Capítulo 4
Happy Birthday


Notas iniciais do capítulo

Hello Guys.... Entaõooo volteii kkkk Espero que gostem do cap de hoje :)

Me desculpe pelos erros.
Boa leitura
Xoxo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/681561/chapter/4

Estava no carro a muito tempo, e começando a ficar cansada e faminta pois minha ultima refeição tinha acontecido a muito tempo, então estava quase aceitando a ideia de abandonar esse caso e arranjar algo pra comer, quando o cara que eu estava esperando apareceu na esquina da onde eu havia estacionado.

Tirei meu celular - nada moderno - do bolso e vi se tinha alguma mensagem ou até uma ligação perdida de Bobby, mas como sempre não havia nada. Não nos falávamos a muito tempo, depois daquela ligação que eu fiz o Singer parecia ter desaparecido do mapa, e sempre que podia eu me encontrava com outros caçadores para saber se eles haviam visto Bobby em qualquer lugar, mas a resposta era sempre a mesma. "Não". Parecia até que todos estavam com o mesmo roteiro e com as falas decoradas, e isso me deixava cada vez mais frustrada. Balacei a cabeça, eu não tinha tempo para me preocupar com isso, eu tinha que me concentrar no meu caso.

Voltei minha atenção ao cara que agora estava caminhando rapidamente, ele atravessou a rua e entrou em uma casa na minha frente. Sem pensar duas vezes peguei minha faca, que sempre ficava comigo na parte da frente do carro, e sai do meu carro. Contornei o veiculo até chegar no porta malas abri ele e dei de cara com varias armas que tinha no compartimento, sem hesitar peguei minha arma prateada com desenhos de pássaros na lateral. Era elegante em si, algumas pessoas achavam de garotinha mas eu não pois essa arma era de minha mãe, mesmo que eu nunca descobri porque minha mãe carregava uma arma. Peguei um cartucho de balas de prata e fechei o porta malas, olhei para os lados para ver se algo ou alguém estava me vendo, mas não tinha quase ninguém naquela rua então caminhei até o outro lado da rua, me dirigindo a casa em que o individuo havia entrado.

Cheguei perto da porta ainda me certificando a cada momento se alguém estava me olhando. A porta estava trancada, coloquei a mão no bolso pegando um canivete e um palito para abrir a fechadura. Quando ouvi um barulho metálico, empurrei a porta que se abriu com facilidade. Dei uma ultima olhada e adentrei na bela casa. Quando vi seu interior fiquei de boca aberta. Cada parte dela era a mais pura beleza, as paredes eram de uma cor branco com detalhes em dourado, havia jarros com flores que exalavam o mais doce perfume, seus quadros eram preenchidos por fotos de um casal com um bebê felizes. "Quem dera ter essa casa" pensei comigo mesma ainda com os olhos arregalados e admirada com tal beleza. Balancei a cabeça, saindo do transe que aquela casa me trazia, me concentrei novamente e continuei a andar pela aquela belíssima casa.

Depois de examinar a parte de baixo da casa, decidi que iria subir as escadas, até que me deparei com uma bola peluda e fofinha a minha frente. Guardei a arma e tentei chegar perto do cachorrinho que estava parecendo uma bolota, estiquei meu braço para acariciar seus belos e cuidados pelos brancos que tampavam seus pequeninos olhos, mas me arrependi na mesma hora porque a pequena criatura começou a reproduzir pequenos mas poderosos latidos agudos.

— Merda - murmurei baixo.

Ouvi um grito de uma mulher que foi parada subitamente por alguém e também um choro de um bebê. Segundos depois ouvi uma porta bater com força e deduzi que isso não era algo agradável. Peguei novamente minha arma e fiquei com ela pronta para atirar. Ouvi um barulho vindo da sala, fui caminhando na direção dela até que senti um chute nas costelas e acabei batendo na parede com tamanha força que me fez cair no chão. Minha visão foi se deszipando, só me lembro de ver um par de sapatos sociais manchados com sangue e um cachorro latir, então tudo ficou negro.

Acordei em uma cadeira de madeira, tentei puxar meus braços, mais os mesmos estavam presos por uma corda, estavam tão bem pressos que fez meus pulsos doerem.

O cômodo onde eu estava parecia um quarto de bebê, as paredes eram azul claro com desenhos de ovelhas brancas pulando uma cerca, havia prateleiras cheias de ursinhos de pelúcia e brinquedos como carrinhos, aviões e trens. Na minha frente tinha um berço branco com uma criaturinha que babava e chorava. Ele me olhava com seus pequenos olhos azuis cheios de lágrimas que pareciam clamar por socorro. A cena me fez lembrar da minha infância porém isso não podia me distrair, então afastei o pensamento e olhei ao redor. Meus olhos pararam em uma mulher que estava com um pano na boca e suas mãos também estavam amarradas atrás da cadeira. Ela tinha longos cabelos castanhos, seus olhos era de um castanho claro que pareciam gritar por ajuda, sua pele era quase tão branco quando o berço. Seus lábios estavam com o pouco do batom vermelho que havia pois o mesmo estava espalhado por toda a suas bochechas. Sua cabeça devia estar machucada pois não parava de sair sangue.

De repente ela parou de me encarar e virou seu rosto em direção a porta, segui seu olhar e me deparei com um homem que me olhava friamente. O mesmo estava com uma camisa social branca e por cima um paletó e ambos estavam com sangue neles, usava uma gravata azul que destacavam seus lindos olhos, que tambem eram azuis. Seu rosto era de tirar suspiros de garotas onde quer que pasasse, tinha lábios carnudos, e que se não fosse por aquela situação poderiam me fazer querer beijar elas, seus cabelos negros e bagunçados deixavam ele parecer selvagem e sedutor. Ele caminhou em minha direção e se abaixou, me encarando de uma maneira que me fez querer socar a cara dele, mas a minhas mãos estavam presas por uma merda de corda.

— Sabe, vocês caçadores acham que são mais espertos que nós mas não passam de macacos asquerosos e repugnantes. - Ele levantou o braço e bateu no meu rosto. Isso fez meu sangue correr rapidamente pelas minhas veias. - Vocês se acham superiores a nós mais são iguais a nós.

— Já acabou donzela? Ou quer desabafar aqui com a tia? - Dei um pequeno sorriso, e sem ele perceber peguei uma pequena faca que sempre carregava na manga comigo. Fui cortando enquanto ele me encaravam com uma cara furiosa.

— Sua vaca. - Ele depositou outro tapa em minhas bochechas que logo começaram a arder com tal ato. Chegando perto de acabar com a corda, levantei o rosto e olhei diretamente em seus olhos.

— É só isso que sabe fazer? - Ele ficou vermelho de raiva e bem na hora em que ele ia me bater de novo, me levantei da cadeira e chutei ele. Isso me daria um tempo para cortar a corda da garota. Fui atrás da cadeira e comecei a cortar a corda, mais o homem se recompôs rapidamente e não tive chances de terminar, deixei a faca em uma das mãos da garota e fui em direção do cara, dei um soco em seu rosto, que fez com que ele ficasse desorientado.

A garota se levantou e foi em direção ao bebê, agarrou o pequeno de olhos de safira, que se encolheu nos braços da morena. Ela se virou e olhou nos meus olhos e correu em um canto do quarto. O homem se levantou e não pensei duas vezes, andei em sua direção e quando fui depositar um soco em sua face, ele desviou com uma rapidez que me fez ficar tonta de surpresa, nem percebi quando ele me chutou em direção a porta. O chute foi tão forte que acabei quebrando a porta e indo em direção a escada.

Cai no chão meio confusa, minhas costas ardiam, parecia que meus ossos iam sair do meu corpo. Uma sombra apareceu, olhei para frente e vi dois pares de sapatos femininos, pensei que poderia ser a garota e que eu não precisava mais levar algumas surras, mas havia uma coisa nos sapatos que me era familiar, eram iguais aos que eu estava usando. Olhei confusa para cima e me deparei com uma coisa estranha.

— O que demônios esta acontecendo... ?- Me levantei sem tirar os olhos da coisa em minha frente, era como se eu olhasse para meu próprio reflexo, pois era eu quem eu estava fitando.

— Até que não é tao ruim ser você como eu achava - Ele... bem ela me encarava com um sorriso malicioso "Era assim que eu ficava quando fazia isso? ". Olhei incrédula ainda não acreditando no que via diante de mim. É claro que eu sabia que metamorfos podiam se transformar na pessoa que eles quisessem, mas era totalmente estranho quando um deles tomava a sua forma física. Pisquei algumas vezes até similar tudo.

— Okay eu sei que você queria ser eu, eu sou bonita e tudo mais - Eu falava dando um sorriso vitorioso e colocando a minha mão atrás das costas tentando pegar a minha arma. Mas ela não estava lá. Procurei pela minha arma na sala toda, achei ela atrás da outra eu. Claro que seria um desafio pegar ela porém eu adorava desafios.

— Por que você esta sorrindo, caçadora? Acha que ganhou essa?

— Primeiro meu nome é Luna e segundo é claro que eu ganhei essa.

— Um Blake vivo? - Ele ( ou ela ) me olhou confuso e ao mesmo tempo assustado de algo, mas não tive tempo para perguntar o porque do espanto porque na mesma hora corri e pulei me jogando no chão perto da minha arma, ergui ela no ar em direção ao bicho na minha frente, e sem hesitação, atirei. Só tive tempo de ver o corpo caindo e um grito ecoou no andar de cima. Me levantei sem tirar os olhos do metamorfo, pensando no que ele havia dito " Um Blake vivo ". O que diabos ele quiz dizer com isso? Até parecia que ele conhecia a minha familia o que me soava estranho pois não tínhamos nada de especial.

Ouvi passos vindo na direção da escada e me virei. A garota do bebê estava descendo com uma mão na boca, seus olhos estavam assustados e ela parecia em choque com tudo aquilo. O que era até normal porque outras pessoas vendo tudo isso ou enlouqueciam ou ficavam gritando que nem loucas ai enlouqueciam. Ela caminhou até a direção do corpo e me olhou.

— Você ... ele... ela... eu... o que esta acontecendo aqui? Ela é você ou ele - Ela apontava freneticamente pra mim e para o metamorfo. O corpo dela tremia e parecia não querer acreditar em nada - Isso é tão confuso. - Disse se sentando em um degrau da escada com as mãos no rosto.

— Okay não tenho muito tempo, por que duvido que seus vizinhos não tenham ligado para a polícia por causa dos barulhos de tiro. - Falei limpando a minha arma que estava com sangue, porque minha mão estava com um corte, que eu nem sabia onde tinha feito aquilo, estava sangrando e precisa limpar. - Olha esse cara... - Apontei para o meu outro eu. - ou garota, ele é um metamorfo que provavelmente gostou do seu marido, ou seja lá o que for seu, quis pegar o corpo dele... agora o mais importante. Onde é o banheiro? - Olhei para ela mostrando os cortes da minha mão. Ela olhou assustada para os meus cortes e apontou para uma porta atrás de mim. Abri a porta e o banheiro dela era o tamanho do quarto que eu tinha lá na casa do Bobby. Os azulejos eram em tom creme e dourado cheio de desenhos de flores e outras coisas, a banheira era gigante e parecia custar mais que a minha própria vida. Lavei as mãos com um sabonete rosa que havia ali e senti uma breve ardência que me fez fazer uma careta.

— Perai, você não pode chegar matar meu suposto marido e falar que ele era aquela coisa - Ela apontou pro corpo do metamorfo. - Você precisa me explicar tudo e...

— Olha eu não tenho tempo, digamos que tenho um assunto pessoal e importante pra resolver e bem você vai ficar ótima. - Olhei pra ela e dei um joinha com as mãos - Fala que ele surtou e começou a te bater ou algo do tipo, okay? - Sequei o rosto com uma toalha, andei até uma mesinha onde eu havia deixado a arma e coloquei ela nas minhas costas e fui caminhando em direção a porta.

Olhei para trás e vi os olhos da morena que me observava assustada mas também pareciam dizer obrigado, assenti com a cabeça e antes que eu girasse a maçaneta falei:

— Eu não sei o seu nome? - Era costume meu querer saber o nome das pessoas de quem eu salvava a vida ou algo do tipo. Ela me olhou espantada e disse:

— Brenda, meu nome é Brenda - Ela sorriu e senti um calor incrível percorrer cada centímetro do meu corpo. Era por isso que eu amava o meu " emprego ", ver as pessoas felizes e sentir que fiz o bem era a minha maior felicidade. Sorri de volta e me virei para sair da casa, fechei a porta atrás de mim e senti um belo vento bater nos meus cabelos loiros. Peguei o celular do meu bolso e vi as horas

— Seis horas - Gritei e sai correndo para o carro.

Peguei as chaves e liguei o meu bebê, o mesmo ligou e me levou até Sioux Falls. Era o aniversario de Bobby e eu estava ficando sem tempo, eram quatro horas de viajem e eu como sempre estava atrasada. Parei uma vez para comprar café durante o trajeto todo, e quando finalmente estava chegando parei em uma loja de conveniência e procurei desesperadamente por um bolo mas a única coisa que tinha era um cupcake de chocolate. Fui para o caixa com um cupcake e uma vela elétrica. Passei alguns minutos atrás do volante até que reconheci a velha casa de Bobby e seu ferro velho, estacionei e corri até a porta.

Nada havia mudado, tudo estava normal, então bati na porta com o pé, pois minhas mãos estavam segurando um cupcake com uma vela no meio dela. Ouvi passos descendo a escada e momentos depois alguém girando a maçaneta. Um sorriso apareceu no rosto do cara a minha frente, Bobby estava com sua velha e clássica camisa xadrez, seu jeans velhos e seus tênis aos pedaços.

— Parabéns velhinho. - Sorri levantando o cupcake perto de seu rosto. - Okay, agora faça um pedido.

— Isso nem é uma vela. Como diabos você vem para casa sem uma vela normal?

— Cale a boca e faça o maldito pedido - Disse fazendo uma cara feia. Ele fechou os olhos e soprou a vela. Nesse momento tirei a vela e desliguei ela.

— Eba Velhinho, agora eu estou morrendo de frio aqui. - Dei um forte abraço, que foi retribuído com a mesma intensidade, estava com saudades do meu velho. Entrei na casa e ela estava um zona, havia garrafas de cervejas no chão e umas coisas que eu nunca tinha visto.

— Bobby quem ficou aqui com você? - Me virei olhando para ele, pois haviam roupas de garotos e outras coisas que Bobby não tinha.

— Tive umas visitas de idiotas, nada demais.

Peguei uma foto que estava em uma jaqueta marrom. Nela havia uma mulher loira vestido uma blusa azul e parecia segurar um bebê, ao seu lado havia um homem com um boné engraçado que me fez abrir um sorriso e por fim do lado do homem havia um garoto de franja loira e com olhos verdes vibrantes, parecia uma bela família feliz. Virei a foto e estava escrito " Marry Winchester, Sam Winchester, John Winchester e Dean Winchester"

— Winchester? Eu acho que já ouvi esse nome. - Falei baixinho ainda olhando para a foto. - Bobby quem são os Winchester? - Falei me virando e vendo Bobby colocar as chaves em uma mesa.

— Hum... são uns amigos mas nada de importante.- Ele parecia estar mentindo, porém somente dei de ombros pois estava cansada.

Comemos cada um uma parte do cupcake, ele parecia super feliz em me ver e eu também estava. Jogamos conversas fora, brincamos um com o outro, e depois cada um foi para seus devidos aposentos, dei um abraço e desejei novamente um feliz aniversário. Gostava muito de aniversários pois mostrava que conseguimos ficar mais um ano vivos, o que pra um caçador é uma conquista. Subi as escadas, que de tão velhas faziam um barulho super alto, avistei a porta do meu quarto, que por acaso sempre deixava trancada, e entrei nela.

Automaticamente um sorriso apareceu no meu rosto. Estava em casa, sem ter que me preocupar com pessoas indesejadas. Adorava essa sensação de proteção e sossego. Meu quarto era pequeno, mas ao mesmo tempo aconchegante e acolhedor. Fui direto para o armário, não havia muitas roupas, porque eu tinha a maioria comigo em minhas viagens. Peguei um short preto e curto e uma regata branca super simples mas confortável. Me joguei na cama e lá fiquei fitando o teto azul escuro com pequenas estrelas que brilhavam no escuro que Bobby fez para mim quando era pequena, até que sem perceber, e por puro cansaço, acabei pegando no sono.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então espero que tenham gostado e se gostaram comentem e curtam. Até quinta ou seja amanhã



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Supernatural" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.