The Supernatural escrita por Lady Collins


Capítulo 2
Small But Great Hunter


Notas iniciais do capítulo

Hey guys, tudo bem com vocês?
Obrigado por lerem o primeiro cap. E aqui está como prometido.

Me desculpe pelos erros.
Boa leitura
Xoxo.



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Bobby era muito protetor, adorava me cuidar como se eu fosse um bebê indefeso, e como ele não tinha filhos deixava ele me mimar um pouco.
Desde que vivia com Bobby, queria poder ser alguém especial como ele. Uma caçadora. Mas sempre que tocava no assunto ele fazia questão de trocar rapidamente, e não seria tão fácil assim me desviar desse destino que já estava traçado.

Quando completei meus nove anos, estava decidida que iria falar com Bobby uma vez de todas. Estava cansada de ficar em casa, somente brincando como uma criança boba, cansada de esperar Bobby chegar das caçadas e contar sua bela e fascinante história da caçada de como havia sido. Queria poder parar de ouvir e participar dessas histórias, queria ser a protagonista.

No meio da noite ouvi um barulho, eram alguém descendo as escadas. Dei um pulo da cama e corri para o armário. Vesti as primeiras coisas que encontrei no guarda roupa, arrumei meus cabelos e desci as escadas cuidadosamente, sem tentar fazer qualquer barulho. Vi Bobby colocar algumas armas em uma pequena mala e já estava preste a sair quando me aproximei dele e o cutuquei, ele se virou assustado e olhou para baixo.

— Hey garota, o que esta fazendo aqui vestida desse jeito? Aonde pensa que vai? - Sorriu e mexeu meus cabelos.

— Não é óbvio? Vou com você, bobinho. - Disse dando um sorriso.

Peguei uma arma que estava em uma pequena mesa e fui para a porta. Bobby parecia paralisado, ele sequer havia se mexido. Saí da casa, convencida que tudo estava bem, até ouvir passos rápidos atrás de mim. Bobby se colocou em minha frente e se agachou até ficar do meu tamanho.

— Você bateu a cabeça ou o quê? - Pegou a arma das minhas pequenas mãos. - Sabe isso. - Ele balançava a arma. - Não é um brinquedo. E eu não quero a você seja uma caçadora.

— Mais eu quero salvar pessoas e viver uma vida de aventura. Quero poder voltar e contar minhas próprias histórias de como fui uma heroína e matei monstros malvados. - Fiz gestos com as mãos enquanto falava, mais nada parecia convence lo. - Por favor, prometo que se nada der certo tento ser uma garotinha chata, que brinca com as bonecas e adora ver TV. - Olhei para ele e fiz um biquinho.

— Você não entende, baixinha. Eu prometi que cuidaria de você, faria de tudo para você não ser uma caçadora. Se alguma coisa acontecer com você... - Ele baixou a cabeça. Estiquei meu dedo indicador, levantando a cabeça de Bobby. Fiz ele olhar em meus olhos. Não gostava de ver ele desse jeito.

— Isso nunca vai acontecer, okay? E sabe por quê? - Coloquei minhas duas mãos em suas bochechas. - Porque eu tenho o melhor cavaleiro que uma princesa poderia ter. Eu sei que eu vai sempre me cuidar assim como eu sempre vou cuidar dele. - Quando terminei de falar, o abracei com todas as minhas forças e beijei sua testa. Ele fez o mesmo e beijou minha cabeça.

— Isso é golpe baixo, mais me convenceu. Mas esta esquecendo de um pequeno detalhe. - Bobby me olhou com um sorriso caloroso e sapeca. - Você sequer sabe atirar, como acha que var caç... - Peguei a arma das suas mãos, engatilhei e atirei em uma lata de cerveja que estava em um carro, e devolvi em suas mãos. Ele ficou sem reação, sorri com tal coisa. Balancei minha mão em sua frente e nada aconteceu, então decidi fazer uma coisa que me ocorreu no momento e que sempre funcionava em filmes.

— Bobby. - Gritei e depositei um tapa em uma de suas bochechas. Ele moveu a cabeça e me olhou incrédulo.

— Aonde demônios aprendeu a atirar desse jeito? - Ele esfregava o lugar onde eu tinha batido.

— Bem, quando você me deixava na casa de Rufus eu via ele atirar em alguns objetos, então sempre que você saía eu praticava com as latas de cerveja daqui. Legal né?

— Hey, calma ai, Rambo. Não é bem assim que as coisas acontecem.Tem um treinamento e tudo mais.

— Qual é, sem essa de treinamento. - Fiz uma cara fofa. Ele tentou desviar o olhar mais não resistiu.

— OK. Entre nesse carro, antes que eu me arrependa. - Ele se virou em direção ao carro.

— Ebaa. Eu dirijo. - Corri até a porta do motorista, esperando Bobby abrir a porta.

— Nem ferrando, garota. Acha que eu quero morrer cedo? - Disse apontando para o banco do carona, quis discutir mais parecia que ele não iria ceder então só concordei com a cabeça -mesmo não concordando com aquilo - e sentei no banco do carona. E assim começamos a caça ao mal.

Estávamos seguindo um lobisomem que estava criando muita confusão em uma pequena cidade. No meio da caçada o lobisomem acabou pulando em Bobby, o mesmo se debatia tentando ao máximo afastar o ser sobrenatural, fiquei em choque e não sabia o que fazer. Tinha me preparado, mas na hora parecia que algo estava me impedindo de fazer algo, mas ver Bobby tentando se salvar me fez acordar, e com uma agilidade peguei minha arma, que por acaso estava em minha cintura, e apontei para o monstro. Minha mão tremia, estava levemente suada, parecia que tudo estava em constante movimento. Bobby olhou para mim em uma fração de segundos, depois voltou a ficar no lobisomem a sua frente.

— Saí daqui, pequena. - Disse com sua voz trêmula.

— Bobby, fica quieto. - Engatilhei a arma.

— É hoje que eu morro. - Bobby disse sarcástico, revirei os olhos e me concentrei.
Eu só tinha uma chance, e essa eu não poderia errar, era a vida de Bobby que estava em jogo. Fechei os olhos, e atirei.
Fiquei um pouco atordoada por causa do barulho da arma, mais quando voltei a abrir os olhos, vi somente um corpo cair no chão duro sem vida. E esse não era a de Bobby. Dei um sorriso largo, por dentro estava pulando de alegria, tentei manter uma compostura de vencedora.

— Quem salvou quem aqui? - Bobby se levantou, jogando o corpo ensanguentado de lado, e começou a caminhar em minha direção. Seu rosto estava indecifrável, encolhi meus ombros talvez eu tenha feito algo errado. Ele parou na minha frente e me olhou, retribui o gesto focando em seus rosto que continha pequenas partículas de sangue espalhada por ela.

— Já acabou, Luna? - Em seguida deu um pequeno tapa na minha cabeça e continuou a andar. Parecia estar sorrindo então automaticamente sorri também, tudo no final havia dado certo, minha primeira caçada, o começo da minha jornada.

O caminho para casa foi silencioso, a não ser pela musica country que tocava na estação de radio do carro, mais tirando isso a viajem foi uma troca de olhares e barrigas suplicando por comida. Chegamos em casa, colocamos as coisas em seus devidos lugares, e fizemos nossos devido jantar que se baseava em sanduíche e uma lata de refrigerante para cada um. Estava um silencio ensurdecedor, não gostava da situação então corri alegremente para onde Bobby estava, o mesmo estava atrás de sua mesa, sentado lendo algum livro, que não conseguia enxergar o título.

— Você viu o que eu fiz lá? Eu matei aquele bicho, e ainda salvei sua vida.
Essa foi a coisa mais emocionante que aconteceu na minha vida. - Pulava de alegria a cada palavra dita pela minha boca, mas ele sequer estava prestando atenção, continuava a ter seu rosto enterrado no livro velho.

— Hey, não está ouvindo? Eu fui incrível. - Mais nenhum som saiu daquele homem. - Tudo bem, se você não quiser admitir que eu sou a melhor caçadora que você já viu. - Me virei, dando as costas para ele, achando que talvez ele falasse mais nada, desisti e comecei a andar direção a escada.

— Você gostou de caçar? - Uma voz rouca cortou o silêncio. Me virei subitamente confusa.

— É claro. Salvei pessoas. - Me aproximei mais da mesa onde Bobby estava.

— E você... você gostaria de viver assim? Brigando todo dia, arriscando sua vida, e vivendo em quartos horríveis de hotéis? - Dizia como se cada palavra machucasse ele de alguma forma. Ele baixou e me olhou com aqueles olhos castanhos, que pela luz fazia parecerem mais brilhantes.

— Bem, se eu sentir o que estou sentindo agora em toda caçada que eu tiver, então sim. - Dei um sorriso grande só de pensar em como poderia ser, se minha vida fosse isso.

— Então eu acho que eu não tenho outra escolha a não ser aceitar isso. - Ele sorriu e abriu os braços, que pediam por um abraço, corri e pulei em seu colo o abraçando mais forte possível. Eu seria uma caçadora,eu salvaria pessoas e mataria coisas más.

— Então quer dizer que vou monstros e viajar no meu carro pelo mundo? - Disse dando um sorriso sonhador.

— Tá louca, menina? É claro que não. - Ele me deixou no chão rindo. - Até parece que vou deixar você caçar sozinha nessa idade.

— Mais eu...

— Você vai caçar comigo até eu achar que você tem idade pra sair por ai sozinha. - Bobby se direcionou as escadas e começou a subir. - Acho melhor a caçadora subir e dormir, porque amanha temos muito trabalho.

Não pensei duas vezes e corri para o meu quarto. Fui para janela e fitei as estrelas, que brilhavam maravilhosamente.

— Obrigado, obrigado e obrigado. Eu prometo que serei a caçadora mais incrível que o mundo já viu. - Fechei os olhos.

E assim seria, eu iria caçar e aprender mais e mais, até estar pronta para caçar os monstros que mataram meus pais.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Sei que ficou pequeno mais eu queria mostrar um pouco o motivo principal da Luna querer virar uma caçadora.
Bem é isso até algum dia.

Aliás acho que vou postar toda quinta-feira... é vou postar toda quinta ou seja toda quinta vai ter um cap fresquinho para vocês. Tia Lu ama vocês.

Obrigado por lerem. E não esqueçam de votar e comentar porque deixa a autora super feliz.

Xoxo.



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