The Supernatural escrita por Lady Collins


Capítulo 10
Werewolf


Notas iniciais do capítulo

Encontro vocês nas notas finais. Desfrutem desse capitulo ^-^



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Sentir novamente o vento bater nos cabelos loiros era reconfortante. Sim. Aquela era um sensação ótima que eu sentia falta.
Enquanto eu dava uma de cachorro com o rosto para fora do carro, Rachel aumentava o som da rádio, que tocava a mais bela musica, que eu particularmente tinha uma certa paixão. Carry On My Wayward Son do Kansas. Essa musica me trazia belas e antigas memórias que me faziam sorrir toda vez que elas chegavam em minha mente. Eu cantava o mais alto possível para que todos pudessem ouvir e sentir a minha felicidade e Rachel, bem Rachel tentava fracassadamente acompanhar a letra da música mas a ruiva não tinha a menor ideia de como.

Depois de um tempo com a cabeça pra fora do fusca e fazer minhas cordas vocais doerem, peguei o notebook de Rachel e tentei procurar por algo que nos fizesse matar alguns monstros. Morte de gado, climas anormais, pessoas morrendo em casas estranhos, era isso que eu procurava e que depois de um belo tempo acabei encontrando. Sorri e comecei a ler o artigo de jornal no notebook.

— Eu vi esse sorriso. - Ela olhou pra mim mas eu não desviei os olhos da tela. - Você achou algo, não é? - Ela perguntou mesmo sabendo da resposta e voltou a encarar a estrada.

— Pessoas estão desaparecendo e reaparecendo mortas. - Respondi.

— Normal. Pessoas são sequestradas o tempo todo. Tem cada louco por ai que eu tenho mais medo dessas pessoas do que os monstros que caçamos. - Concordei com ela. Pessoas às vezes me faziam ficar com medo.

— Não é só isso. Elas aparecem sem o coração. - Continuei. Fechei o notebook e olhei pra ela, esperando que ela se pronunciasse.

— Acho que temos um cachorro a solta. - Ela deu um meio sorriso.

Concordei novamente e aumentei o som da rádio. De Sioux Falls até Jefferson City, Missouri seriam 7 horas de viajem, ou seja, ficariamos na estrada até o amanhecer do dia seguinte. Tínhamos uma longa viajem pela frente, e ela se resumiu em rock clássico - que eu insisti em colocar porque se fosse pelo estilo musical de Rachel ficaríamos a viajem toda escutando musicas gospel - sanduíches e refrigerantes.

Quando a noite começou a cair e Rachel estava em tempos se rendendo ao sono e quase nos fazendo morrer umas dez vezes, optamos em parar no próximo hotel que apareceria, o que não demorou muito. Estacionamos o fusca e eu fui pedir um quarto para cada uma, já que a ruivinha reclamou que poderia ter certas visitas no meio da noite. Entreguei um cartão que Rachel havia me passado, e que provavelmente não era dela mas eu já estava acostumada com isso, à balconista que olhou o cartão e voltou suas orbes à mim e por minha vez abri um sorriso grande mas ela parecia que estava verificando algo porém mulher simplesmente concordou e voltou a entregar o pequeno plástico em minhas mãos.

Entreguei a chave do quarto para Rachel, que disse algo com "é bom ter você viva", somente balancei a cabeça concordando pois estava quase me jogando no chão de tanto cansaço. Nem me preocupei em ligar o interruptor, me direcionei até a cama de casal esbarrando algumas vezes em móveis no caminho que me fizeram gemer de dor até que finalmente senti que a cama estava lá, me joguei nela. Tirei as botas, a camisa xadrez e voltei a afundar a cabeça no travesseiro fofo. Um pequeno flashback passou pela minha mente. Os meus músculos relaxaram. Minha respiração desacelerou um pouco. E meus olhos se fecharam lentamente, até tudo ficar escuro.
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Eu estava em um cômodo que eu conhecia de ponta a ponta. Era meu quarto que ficava na casa de Bobby. Fitei as paredes roxas e o teto cheio de estrelas que eu havia pintado. Me deitei na cama, tendo uma pequena nostalgia, estava tudo em paz. Pelo menos até eu sentir que alguém estava me observando.

— As estrelas. Elas lembram o seu pai, não é? - Samandriel comentou.

— Você já ouviu em privasidade? - Perguntei virando o rosto em direção ao anjo entregador de pizza.

Ele não havia mudado em nada, estava com o mesmo uniforme e o mesmo olhar inocente.

— Ahmm... Me desculpe mas nós não temos outro lugar em que podemos conversar. O sonho é um lugar em que nenhum outro ser celestial pode nos ver. - Ele respondeu se afastando da parede em que estava encostado. - Aliás, como é sonhar? - O anjo perguntou com um brilho nos olhos.

— Você nunca sonhou? - Perguntei incrédula. O que aqueles seres eram? Não comiam e agora não sonham?

— Nós anjos não temos essa capacidade. E pode se dizer que eu invejo isso dos seres humanos.

— Deve ser uma droga ser um anjo. Não querendo ofender. - Ele concordou. - Mas vocês não desfrutam das melhores coisas da vida.

— Nós podemos "voar" - Ele argumentou com um pequeno sorriso travesso nos lábios.

— Touché. - Reconheci a derrota.

— Mas o que o senhor com plumas venho fazer aqui? - Perguntei me levantando e indo em direção a janela.

— Vim discutir sobre a nossa promessa dos dedinhos. - Ele disse meio confuso. Dei uma pequena risada, aquilo havia sido tão fofo.

— Eu não fiz nada demais. O acordo ainda está em pé. - Olhei em suas íris azuis.

— Você contou para aquela garota ruiva. E eu disse que não poderia contar a ninguém sobre a minha existência. Se os outros souberem que uma garota descobriu sobre a nossa existência, eu serei castigado ou até morto. - Ele pronunciava cada palavra com uma seriedade que me fez arrepiar.

— Hey anjinho, não precisa ficar assim. Rachel é de confiança. Você acha mesmo que eu teria contado pra alguém em quem eu não confiasse? - Me aproximei dele, sentimdo seu hálito de menta. - Eu nunca colocaria você em perigo mas se algo ocorrer, eu prometo que não vou deixar aquelas pombinhas de Deus tocarem em você. - Disse com firmeza e honestidade.

— Eles são seres com poderes ilimitados. E você é só uma mortal - Samandriel retrucou.

— Eu não sou uma mortal qualquer, caro Samandriel. Eu sou uma Blake. - Disse colocando orgulho em cada palavra pronunciada. O garoto pareceu ficar sem palavras, ma em seguida um sorriso iluminou seu rosto.

— Bem, seus pais diziam a mesma coisa e... - Ele pareceu ter se arrependido pois logo que percebeu o que estava dizendo, parou na hora.
Fechei a cara. Ele estava me querendo deixar furiosa? Porque estava dando certo.

— Cala a boca. Você não me conhece e muito menos a minha família. - Voltei a fitar o lado de fora da casa do Singer.

— Defendendo a família. Isso até me lembra os Winchester. - Ele falou baixo mas mesmo assim consegui entender.

— Os Winchester? - Me virei para olhar a feição do anjo. - Quem são eles? - Estava curiosa.

— Ninguém. - Ele disse rapidamente, e parecia se arrepender em ter dito o que já estava feito.

— Não. Você vai me contar agora. Quem são esses tais Winchester? - A cada palavra eu dava um passo em direção à Samandriel, já o anjo dava um passo para trás, querendo se afastar de mim. - Algumas família de vampiros? Lobisomens? Bruxos?

— Acho que está na hora de acordar. - Ele estalou os dedos.
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A claridade invadiu o quarto, estreitei os olhos e pude ver Rachel abrindo as cortinas e me cegando com aquele sol que entrava pelas janelas.

— Pensa que a vida é fácil? Não é porque você foi resgatada pelo senhor plumas do inferno é que você não precisa trabalhar. - Ela disse se virando para mim.

A ruiva se aproximou com uma sacola marrom em mãos.

— Toma. - Ela jogou a sacola pra mim.
Abri o saco e me deparei com um belo café da manhã. Tinha uma garrafinha de suco de laranja e um pedaço de torta de blueberry.

— Perai. Tem algo errado nisso aqui. - Resmunguei. - Ta faltando o meu...

— Pudim. - Ela jogou a mais bela invenção dos Deuses.

Eu agarrei o pudim como se aquilo dependesse da minha vida. E dependia. Meus olhos brilharam. Molhei os lábios e podia sentir já o gosto do pudim entre meus dentes.

— Você parece um animal esfomeado. - Rachel disse entre risos. - Bem, acho melhor comer tudo isso rápido. Temos trabalho à fazer.

— Sim, sim claro. - Balancei a mão em sinal para ela se afastar. Queria desfrutar do meu café da manhã e do meu pudim.

Quando finalmente terminei de comer fui ao quarto de Rachel, ver o que aquela ruivinha estava aprontando. Entrei no quarto sem ao menos pedir permissão, e a garota estava com o notebook entre mãos.

— Ta, pode falar. - Disse me aproximando.

— Uma garota desapareceu recentemente. Ela foi encontrada na entrada de uma igreja em que freqüentava. - Ela se virou pra mim.

— Não acha meio esquisito isso? Primeiro porque ele estava tão exposto? Igrejas são muito freqüentadas, pelo menos aqui nessa cidade pelo que parece.

— Talvez não estejam com muita opção. - Dei de ombros.

— Talvez seja por causa de Lilith. - Ela disse se levantando e indo para o banheiro.

— Lili o quê? - Perguntei meia confusa.

— Um demônio que veio do inferno. Ela apareceu logo depois de você ter morrido. - Respondeu.

— E o que ela tem de especial? Parece só mais um entre milhões desses babacas.

— Não sei. Não tive a oportunidade de conhecer ela mas soube que ela não é um demônio qualquer. Na época tinha dois caçadores que estavam atrás dela mas não sei o que aconteceu mais. - Ela saiu e fechou a tela no notebook.

— Qual era o nome deles? - Perguntei curiosa. Eu mal tinha morrido e tinha perdido a diversão.

— Não lembro. Faz muito tempo. Mas eu sei que eles também abriram os portões do inferno. - Ela sorriu nessa última parte. - E libertaram todo tipo de demônio.

— Eles são babacas ou o quê? - Eles só podiam estar querendo morrer na época. Quem abria os portões do inferno? Caçadores idiotas.

— Bem, digamos que você se safou de uma horda de assassinatos. Mas agora temos trabalho. - Ela saiu pela porta.

Concordei e segui ela. Estávamos indo em direção a casa da última garota morta extrair informações, como de costume. Nos disfarçados de agentes do FBI. Eu era Janet Smith. Super criatividade para nomes. Revirei os olhos e Rachel pareceu perceber o ato.

— Hey, foi um presente de um amigo meu. - Ela reclamou.

— Eu não disse nada. - Protestei.

— Mas eu vi seu olhar. - Nos olhamos e começamos a rir.

— Okay esquentadinha. Vamos temos uma família para interrogar.

Ela concordou e saímos do carro. Bati duas vezes na porta e um homem com uma barba castanha nos atendeu. Ele nos olhou de cima pra baixo como se avaliasse cada pedaço de nossas vestimentas. Percebi que seus olhos estavam meio avermelhados e tinha um gota de lágrima descendo pela bochecha.

— Eu não acho que queremos ser entrevistados neste momento. - Ele disse calmamente.

— Não somos repórteres, senhor. Somos do FBI e viemos aqui para fazer umas breves perguntas. - Rachel disse com uma voz suave talvez porque ela sabia que a família precisava de paciência.

— Não creio que estamos em condição de responder perguntas no momento. - Ele estava quase fechando a porta novamente.

— Senhor Newton, nós só precisamos fazer algumas perguntas e eu prometo que encontraremos as pessoas que fizeram isso com a sua filha. - Argumentei com a esperança dele se render.

Ele ficou nos fitando por alguns segundos e depois concordou com a cabeça. Entramos na casa, que era simples e pequena mas boa para um um pai e uma filha. Fomos conduzidas até a sala, o homem apontou para um dos sofás e logo em seguida o mesmo se sentou em nossa frente.

Estava levemente nervosa, aliás era a primeira vez depois de muito tempo que voltava a caçar. Suspirei e comecei a perguntar.

— A sua filha, ela tinha alguém que queria fazer mal à ela? - Perguntei. 

—Não, eu acho que não. Ela era amiga de todos. Ia para a igreja, ajudava os sem-teto e ainda fazia passeata para causas justas. - O homem respondeu com a voz embargada. 

— Ela andava com alguém especialmente? Um amigo? Talvez algum namorado? - A ruiva perguntou.

— Ed. Ele era o namorado de Lizzy. - Estendeu uma pequena foto. Peguei, encostando levemente nas mãos ásperas do homem, e mostrei para Rachel.
O garoto era ruivo, com uma pele pálida e aparentava estar feliz ao lado de Lizzy, que retribuía tal afeto com um beijo na bochecha, fazendo o garoto fechar os olhos e abrir um sorriso. Eram um belo casal.

Devolvi a foto ao pai, e perguntei se aquela era a última foto dos dois, o homem concordou com a cabeça. Me virei para encarar Rachel, que entendeu meu recado e se levantou, me fazendo levantar em seguida. Nos despedimos do homem e prometemos encontrar o culpado.
Tínhamos a nossa próxima vítima de nossas perguntas. A cidade estava deserta. Sequer havia cachorros correndo pelos parques, e somente se ouvia o cantarolar dos pássaros e às vezes nem isso. Encostei minha cabeça no vidro e esperei, era a única coisa que podia fazer no momento.
Não podia mentir, se passava milhões de coisas na cabeça, e todas elas se direcionavam a uma pessoa. Não havia sequer um momento em que eu não quisesse ver Bobby, a vontade de querer sentir seus abraços era grande, mas uma outra pessoa não saía de minha mente.

O cara.

Pelo menos, era assim que eu o apelidei. Não conseguir me lembrar de seu rosto e somente ver uma névoa, me frustrava. Sempre que ele aparecia em meus pensamentos, uma sensação de raiva e medo se passava entre meus ossos.

— Terra chamando Luna. - Dois dedos estralar perto do meu rosto. Pisquei meus olhos até me virar e ver um sorriso travesso no rosto da ruiva. - No que 'tava pensando, loirinha?

Hesitei por alguns segundos. Eu não queria envolver ela em meus problemas, muito menos quando eu nem lembrava da pessoa. Sabia como Rachel era, e que poderia surfar só de saber que eu havia sido torturada particularmente por um demônio e um monstro.

— Nada. Só fiquei pensando que deveríamos parar um pouco e comer. - Forcei um sorriso. Não gostava de mentir para ela mas era necessário.
Ela arregalou os olhos e um sorriso se formou.

— Acabamos de comer e você quer mais? Não sei como esse corpo não virou uma bola gigante. - Debochou e voltou a fitar a estrada.
Ficamos brincando, zombamos uma da outra e escutamos música. Fora isso já estávamos na frente da casa do namorado de Lizzy, que estranhamente ficava bem afastada da cidade.

Saímos do carro, com nossas armas carregadas com balas de prata caso algo quisesse aparecer. Trocamos olhares quando chegamos na porta, batemos na porta juntas.

— Ed? - Falei em um tom alto o suficiente para quem estava dentro.

Não se ouvia nada. Sequer passos. Somente os grilos que agora saíam, já que a escuridão agora cobria o céu, enchendo ele de estrelas.

Rachel parecia ter perdido a paciência porque só tive tempo de ver a porta no chão e a ruiva entrando. Não que ela fosse um Hulk mas a porta já estava em um estado decadente. Segui a mesma tendo cuidado a cada passo, tentando não fazer nenhum ruído. Vasculhamos a sala, que estava imunda, pratos sujos e copos que pareciam não ter sido lavados a um bom tempo. Continuamos pelos outros cômodos até chegar na frente de uma última porta. Dessa vez fui eu quem empurrou a porta.

O quarto estava escuro, panos cobriam as janelas e nenhum resquício de vida se encontrava, pelo menos era o que parecia. Ouvimos soluços em um canto, mas sequer conseguia ver a pessoa que ali estava. Rachel me olhou, como se esperasse algo, dei de ombros e caminhei em direção a pessoa que estava choramingando.

— Hey, 'ta tudo bem? - Eu realmente não sabia o que fazer, fazia tanto tempo que não caçava. - A gente veio aqui pra te ajudar... - Me aproximei um pouco mais até reconhecer o rosto do garoto. - Ed?

Ele não se mexeu, continuei a me aproximar para ter certeza de que era ele, até que o vi fitar suas mãos e logo inclinou sua cabeça em minha direção. Seus olhos estavam avermelhados e inchados, parecia estar mais pálido do que na foto que eu havia visto de manhã. Ele tremia, como se o lugar estivesse congelando e pude ver que suas vestimentas tinham pingos de sangue já seco.

— Ed, eu vim te ajudar.

— Você não pode. Ninguém pode. - Ele começou murmurar baixo mas eu conseguia ouvir cada palavra, mesmo que parecesse um sussurro - E-Eu não queria fazer aquilo mas ELE tomou conta de mim. Eu disse 'pra ela se afastar de mim mas ela não me ouviu. Ela não me ouviu. E agora ela não esta mais aqui. Ela se foi. E tudo por minha culpa.

Ele não parava de tremer e mexer seus dedos, apertando eles até se tornaram brancos.

— Eu sabia que tinha algo de errado comigo. Desde aquele acidente, as coisas começaram a mudar mas ela sempre ficou do meu lado. Eu nunca deveria ter permitido que ela ficasse do meu lado. Agora eu a perdi para sempre. Tudo por culpa DELE .

Ele se fitou o chão por alguns segundos até novamente me olhar, e pude sentir um frio percorrer meu corpo, porém não era medo mas sim... tristeza. Em questão de segundos seus olhos, que antes transmitiam tristeza, se tornaram negros de raiva.

— EU NÃO QUERIA FAZER AQUILO MAS ELE ME OBRIGOU. - Ed começou a gritar e se levantar lentamente. - EU DISSE PARA ELA SE AFASTAR MAS ELA FOI TEIMOSA - Ele começou a se aproximar de mim, e eu comecei a dar passos para trás. - E EU INGÊNUO... ELA SE FOI.

Seus movimentos foram tão rápidos que não tive tempo nem de pensar, só pude ouvir o som de disparo e quando olhei para o chão Ed estava lá. O tiro fora tão perto que um zumbido me importunava.

— Você ficou louca? - A ruiva se aproximou de mim. - Você podia ter morrido. Se eu não estivesse aqui, provavelmente seria você estendida no chão sangrando. - Rachel estava furiosa. Ela andava de um lado para o outro.

— Eu não sei o que me deu. - Joguei meus braços para o lado, ainda carregando a arma. - Me desculpa.

— 'Ta tudo bem. Da próxima que isso acontecer, eu mesma te mato. - Ela deu um sorriso de lado. - Agora vamos. - Ela guardou a arma nas costas e caminhar em direção à porta.

— Hey! - Disse, fazendo a ruiva se virar e me encarar. - Você acha mesmo que ele quis machucar ela? Sabe, eu... sei lá. - Coloquei a mão na cabeça, bagunçando um pouco o cabelo.

— Não, mas você sabe que não se pode curar lobisomens. Agora esquece isso e vamos embora daqui.

Concordei e saímos daquele lugar, a polícia iria encontrar o corpo depois. Fomos diretamente ao hotel, precisa de um banho e era isso que faria. Entrei no box, fiquei um tempo sem me mexer, deixando a água cair e levar minhas frustrações e problemas. Eu precisava me estabilizar. Rache estava certa, eu tinha que focar no necessário, caso contrário, poderia ter morrido. Suspirei e terminei o banho. Coloquei algumas roupas que Rachel havia comprado para mim - e fiz questão de acompanhar as compras, ou teria que me vestir como uma caipira -, que faziam meus estilo. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo, iria dormir mas a ruiva entrou no quarto no quarto às pressas.

— Eu podia estar me trocando, sabia? - Reclamei.

— Ainda bem que não estava. Não iria querer pagar um psicólogo. - Rachel zombou de mim e sentou ao meu lado.

— Hahaha, agora fala.

— Sabe que eu não te deixaria sozinha, ainda mais agora mas é que aconteceu algumas coisas e eu preciso ir. - Ela dizia enquanto me passava seu celular para verificar algumas mensagens.

Algum caçador havia mandado mensagens dizendo que precisava de ajuda mas não especificava o porque.

— E se for mentira? Você nem conhece ele. - Disse pois conhecia as pessoas com quem Rachel falava.

— Digamos, que eu deva um favor à ele. E não acho que ele esteja mentindo.

— Então eu vou com você. - Disse abrindo um sorriso.

— Não.

— O quê? - Arrregalei os olhos.

— Sabe, não quero que se machuque. Você viu o que aconteceu hoje.
Ela se aproximou de mim, colocando a mão em uma de minhas bochechas.

— Não quero perder você de novo. Então procure não se meter em encrenca e em casos muito sérios, ok? - Ela esticou o dedo mindinho e sorriu.

— Isso é golpe baixo. - Fechei a cara e estiquei meu dedo.
***

Meus cabelos voaram quando um vento bateu rapidamente, enquanto eu acenava para o fusca azul que se distanciava mais e mais.
Voltei ao meu quarto e me joguei na cama. Realmente, o que tinha acontecido comigo? Talvez aquela experiência lá em baixo tivesse me amolecido. Não. Isso não podia acontecer.

Fechei os olhos e me repreendi. Aquilo não podia mais acontecer, e não iria.
Amanhã será um dia longo.


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Notas finais do capítulo

Okay, demorei muiiiiitoooo mas eu realmente tive um puto bloqueio de criatividade mas prometo que vou me empenhar mais. Me desculpem, de novo.
Quem gosta de Kpop aqui? Comecei a gostar a alguns meses atras e to tipo louca. Comentem e favoritem muito okay? amo vocês ♥

AHHHH PARA AQUELAS QUE ESPERAVAM OS DEUSES WINCHESTER, NÓS FINALMENTE VAMOS TER ELES NO PRÓXIMO CAP ♥ ME AMEM



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