A cristina era muito... Como posso explicar... Ela não foi muito priveligiada com a beleza. Mas eu poderia ter o que eu quisesse se eu conseguisse apenas transar com ela. Então não tem" porque" não aceitar. Mosca e André foram embora me deixando sozinho ali e eu aproveitei para ir falar com a caipira.

–Oi..- disse e ela se assustou e acabou derubando a vassoura com a qual ela tava varrendo o chão.

–Ah, oi, o que dese-ja?- ela falava gaguejando um pouco, e quando vi suas mãos no balcão percebi que estavam tremulas.

Eu já tinha um plano, eu ia chamar ela para fazer o trabalho de história comigo. Eu ia conseguir o que eu queria com ela e ainda ia tirar nota alta. Nada mal Eduardo..- ri fraco e pus minha mão em cima da sua. É, não vai ser dificil conquistar a caipira.

–Calma Cristina, sou eu o Duda, seu colega de classe lembra de mim? -ri e ela tentou abrir um sorriso.-Eu só queria saber se você já tem dupla pro trabalho de história.- ela me olhava espantada. É... Ela ta doidinha.

–Eu..- ela ficou pensativa sem tirar os olhos de mim.- não, não.

–Você pode fazer comigo?- perguntei.

–É... Ninguém quis fazer com você?- ela perguntou e eu neguei com a cabeça.- Ta, tudo bem , eu faço com você.

–Amanhã na minha casa?- perguntei.

–Sim...- ela respondeu com um sorriso ENORME , é impressão minha ou essa garota é a fim de mim?.

–Ok, a gente se vê amanha.- falei e em seguida beijei a mão dela e sai da lanchonete.

Duda meu caro, você já ganhou essa aposta.- disse pra mim mesmo e sai com um sorriso vitorioso dali.

(---)

Cheguei em casa e me joguei no sofá, encarei o teto por um tempo ate sentir alguém puxando minha perna.

–Você prometeu que ia brincar comigo hoje ne, agora vamo...- Dani falava, ela é minha prima e quando a mãe dela morreu ela passou a morar aqui que foi a uns dois anos atrás.

–Tô cansado princesa.- falei com voz de tédio.

–Não ta coisa nenhuma! Vamo logo, levanta desse sofá Eduardo!- ela dizia brava e eu comecei a rir.

–"Levanta desse sófa Eduardo!"- a imitei.

–Eu não falo assim!

–Fala não ne... - continuei rindo dela e ela começou a jogar almofadas em mim.

–Ou, Desculpa ta!- disse levantando.

–Não desculpo não...- ela feiz bico.

–Então se não me desculpar vai ter que aguentar meu chule.- disse tirando o sapato e ela saiu correndo enquanto eu ia atrás dela.

–TIA!!! O DUDA QUER ME MATAR!!!- ela gritava enquanto eu ria.

É, eu tenho 16 anos e tô correndo atrás de uma pirralha de cinco. Mas idaí? Era quando eu me sentia feliz, eu não me importava em brincar com ela, era ate engraçado.- ri ao pensar. Quando eu olhava pra ela, eu via que talvez eu não fosse tão mal, eu sei que já peguei várias e quem sabe eu tenha ate machucado elas, sei que eu sou um pouco cafajeste, mas é como se eu necesitasse fazer isso. Talvez seja uma forma de descontar o que fizeram comigo. Mas a Cristina... Pô, tô com pena dela.

–Duda! Venha aqui.!- minha mãe me chamava do quarto.

Eu morava numa casa legal com gente chata, minha mãe é dona de um marca de roupas a "life" ela tem lojas por todo o Brasil e por isso ela viaja pra caramba. Já meu padrasto é meio que um sócio dela, ele é velho , rabujento e chato,chato, chato, resumindo... Ele é chato!
Meu pai mora na frança e eu só vejo ele uma vez por ano, meu pai sim é a pessoa mais legal que eu conheço só que ele é guia turistico e não tem como ficar comigo. Morar com ele seria um boa se ele não viajasse tanto.

–Eu..- disse parando na porta que tava aberta.

–Amanhã vamos viajar, eu e seu pai . - na boa, se aquele velho fosse meu pai eu não tinha nascido esse filezinho aqui ne.-A Laura não virá amanhã, por tanto você fica com a sofia e nada de festinhas pelo amor de Deus. Pessa comida e não abuse do cartão.- ela disse me entregando o cartão e eu só assenti.

Um dia inteiro com a casa só pra mim, (e a Dani...) mas ela é o de menos. Caipira... Amanhã vai ser o melhor dia da sua vida.

(---)

Pov Cris
Assim que terminei de tomar banho me joguei na minha cama. Duda... Ai Duda... Ele me convidou para fazer o trabalho de história com ele!!!ELE ME CONVIDOU,!!! HISTÓRIA, EU TE AMO!!!
Comecei a pular na cama sem perceber, eu tava tão feliz que eu nem lembro mais do que aconteceu hoje, só lembro de como ele foi delicado beijando minha mão...Aiiiii eu lavei a mão. Parabéns Cristina, você é muito burra...
Peguei meu celular e liguei pro Rafa.

–--Ligação on---

–Rafa?

–Se você ligou pra ele, provavelmente é ele quem esta falando.- disse grosso, mas eu nem me importei, eu tava muito feliz pra isso.

–haha... Olha , você não vai acreditar!!!

–Que você é doida? Vou sim.

–Não, é que o duda me chamou pra ser a dupla dele no trabalho de história.! Ta ouvindo Rafa? O Duda!!!!

–E você aceitou?

–Claro, eu sei que disse que ia fazer com você , mas eu achei que você não ia se importar...que ia ficar feliz por mim.

–Feliz? Cris, acorda! Isso ta muito estranho. Ele quer alguma coisa.

–Nota? Porque se for isso eu não me importo em dar a minha a ele.

–Não. Ele quer algo a mais.

–Ai Rafa, para de ser maniaco, vou desligar ta? Beijos ate amanhã.

–Ate.

–--Fim de ligação on---

Tentei dormir, mas era algo impossível. Eu só pensava nele, em amanhã, em como eu ia falar com ele e se ele me beijar? Ah cris ,para de sonhar, lógico que ele não vai fazer isso, é só um trabalho, e você é feia lembra?- eu tentava dizer pra mim mesma, mas sem sucesso pois eu não me alcamava.

–-- Dia seguinte ,7:30 da manhã---

Já eram sente e meia e eu tinha acabado de descer do ônibus. Eu não conseguia entrar no colégio de tanto medo que eu tinha de falar com ele. Na verdade não era medo, era apenas vergonha com uma pitada de medo que eu tinha de falar alguma bobagem, mas eu praticamente fui obrigada a entrar quando o sinal tocou. Assim que cheguei na porta da sala pude ver Rafa concentrado no celular. Ele era meio viciado em jogos. Eu estava determinada a desconcentra- lo, quando alguém entrou no meu caminho.

–Oi, Bom dia!- Eduardo disse sorrindo e ele não precisava falar nada para e já ficar derretida.

–Bom dia...- respondi também sorrindo.

–É... Você ainda vai fazer o trabalho comigo?

–Claro! Você quer que eu vá de que horas?-perguntei abaixando um pouco a minha cabeça pois eu tinha me tocado de como eu estava sendo ridicula me derrentendo por ele ali.

–As sete, mas se você quiser a gente vai assim que terminar a aula.

Nãoooo, eu tenho que vestir algo melhor, depois da aula não!!!!

–As sete.

–Tudo bem.- ele sorriu e foi ate seus amigos e eu fui ate o Rafa.

–Rafa...- dei um suspiro- Eu tô apaixonada..- disse me sentando.

–Pelo Eduardo? Isso não é novidade.- ele falava sem tirar os olhos do celular.

–Da pra prestar atenção em mim?- disse tirando o celular de sua mão e ele revirou os olhos.

–Cris, você vai se meter em encrenca!- Rafa me repreendia.

–Aff Rafa, para com isso.

–Parar de falar a verdade?

–Não, parar de rogar praga!

–Ata. Onde vocês vão fazer?

–Na casa dele, hoje as sete..- falei já imaginando em como ia ser ficar horas perto dele e sentir ele, e sentir as mãos dele , e ouvir a respiração dele.

–Estranho...

–Rafa ,você ta muito chato hoje!!- disse e me concentrei no primeiro livro que vi em minha frente.

(---)

Última vez que esse sinal toca hoje! E finalmente eu vou poder passar um tempo com ele.... Eduardo. Esse é o nome mais lindo da face da terra, assim como ele também é o garoto mais lindo.

–Cris!!!- rafa me chamava enquanto eu ia saíndo da sala, então eu me virei.

–Desculpa por não ter falado com você o dia todo, é que...

–Tudo bem Rafa.- falei sorrindo.

–Obrigado..- ele sorriu- eu sei que você gosta do Eduardo e eu não vou tentar te impedir de ir fazer esse trabalho com ele mesmo achando isso tudo muito estranho, mas eu pensei numa coisa.

–Que coisa?- perguntei confusa.

–Eu sei que você acha que pode não ser uma brincadeira, mas eu não quero que riam de você caso for, então eu queria que antes você fosse no shopping comigo.

–No shopping? Como assim?- ele não me respondeu, apenas me arrastou ate seu carro e não me falou nada durante o caminho.

Rafa me puxou ate uma loja de roupas e eu continuava confusa.

–Rafa, eu não tô entendendo.

–Escolhe o que você quiser.

–Não Rafa, eu nãotenho dinheiro pra pagar essas roupas aqui.- disse mostrando a etiqueta de um jeans.

–Eu pago! -ele disse firme.

Então foi ai que eu comecei a entender o que tava acontecendo.

–Não Rafa! Eu não deixo!- retruquei.

–Cris, escuta! Eu gosto de você do jeito que você é, eu não me importo se você usa roupas longas demais ou usa tranças no cabelo, eu não me importo se você fala diferente ou usa óculos, se você é nerd ou não. Eu te aceito do jeito que você é! Mas eu não posso permitir mais que eles zombem de você , então eu te trouxe aqui , você é minha melhor e única amiga, eu sempre fui isolado, ninguém falava comigo naquele colégio ate você aparecer por tanto; encare isso como um presente de gratidão.

Tentei segurar as lágrimas , mas foi inevitável...

–Eu também te amo ta.- disse abraçando ele.

–Ta, mas agora corre logo e compra alguma roupa porque daqui a pouco você vai pra casa daquele Eduardo.- ele disse como se tivesse nojo do duda e eu ri.

O Rafa queria que eu levasse a loja toda! Mas eu não queria abusar dele então só levei umas quatro peças. Ele queria que eu fosse no salão aqui perto, mas eu disse que ele já tava gastando demais comigo então apenas vesti uma das roupas que a moça da loja escolheu e saímos do shopping.

–Você esta mais linda!- ele disse e eu só ri, eu usava um vestido preto que ia ate a metade das coxas , com mangas longas e pinsado, era um vestido curto e eu me sentia nua usando ele. Continuei com o meu all star preto e quanto ao cabelo... Eu o soltei. O óculos e as espinhas não tinha jeito, mas tudo bem. Eu não quero ficar diferente, e sse vestido? ele é muito lindo, mas eu só o uso hoje.

–Você pode me levar na casa do Duda?- perguntei.

–Vamos...- ele disse pegando na meu braço e eu só ri.

(---)

Depois de uns minutos chegamos na casa do duda, que por sinal era muito linda, tão linda quanto a do Rafa. Peguei minha mochila, me despedi dele e toquei a campainha.

Tlin don.

–Oi, o Eduardo esta?- perguntei sorrindo a uma menina que abriu a porta. Ela é tão linda ,aparentava ter uns seis anos.

–Ta sim, pode entrar que eu vou chamar aquele cabeção.- ela disse saltidando e eu ri.- Cabeção!!! Sua namorada chegou!!!

Na mesma hora que ela falou isso eu morri de vergonha, mas lamentei por não ser verdade.- ri do nada e me sentei no sofá para adimirar aquela casa.