Foquei em um livro enquanto esperava o Eduardo descer. Comecei a ler um capítulo do livro de história ate ouvir passos. Levantei rapidamente a cabeça e dei de cara com ele... O duda estava descendo as escadas sem camisa o que me feiz tentar escolher o que encarar, o belo rosto dele ou seu tanquinho. Meu Deus como pode ser tão lindo?!.

–Oi, tudo bem? - a sua bela voz disse, me cumprimentando.

–Tudo sim.- disse sorrindo.

–Ah, me desculpa por isso.- ele disse olhando para si mesmo e se referindo ao fato de estar sem camisa na minha frente. E em seguida vestiu uma. Não sei se ele percebeu que eu estava olhando, mas tomara que não! Ai, já tô morta de vergonha.

–Então... Vamos começar?- cortei o clima.

–Vamos, você quer subir pro meu quarto?- ele perguntou.

Quarto? Seria muito indecente entrar num quarto de um garoto, apenas com ele. Mas ... Eu tenho uma nova vida agora ,e com certeza fazer isso é normal, não ia acontecer nada demais.

–Pode ser..- disse.

–Então vem..- ele disse segurando em minha mão e me guiando. A mão dele era tão macia e quente.

Subimos ate o andar de cima e ele abriu a porta do quarto. O quarto era enorme, todo preto, tinha uma janela , um closet e uma cama imença. Uma mesinha com notebook e algumas poltronas, uma tv grande e alguns skates em umas pratileiras. Uma guitarra no canto e um banheiro. Resumindo: aquele quarto era uma suite.

–Você ta linda.- ele disse abrindo aquele lindo sorriso o que me deixou vermelha.

–Agradecida.- disse retribuindo o sorriso.

–Pode se sentar Cris.

Cris... Quando ele falava o meu nome eu me arrepiava.

–É, eu estava olhando o assunto e acho que dá para terminarmos hoje mesmo.

–Legal.- ele disse se sentando na proltona ,próximo a mim.- Eu odeio história, acho que a minha preguiça não vai deixar acabarmos hoje.- ele disse rindo e eu ri.

–Eu já comecei , olha.- entreguei meu caderno a ele.- agora só falta um pouco para terminarmos.

–Você feiz sozinha?- ele perguntou e eu assenti.- Caraca! Você é muito inteligente.- dizia surpreso pois eu tinha adiantado muito o trabalho.

–Nem tanto.- ri.- as vezes eu me complico em matemática, amanhã tem prova e eu tenho que me esforçar muito pra poder tirar uma boa nota.

–Ao menos você só se complica em matemática, já eu me complico em tudo. Exceto em matemática, que ironia não?

–Sim..- digo rindo.

–Você quer que eu te ajude em matemática?

–É... Mas temos o trabalho de história.- lembrei.

–Você já adiantou demais, depois terminamos.

Ele quer me ajudar em matemática... !!!! Eduardo quer me ajudar em matemática, como recusar?

–Tudo bem então.- disse. Ele pegou um caderno e começou a falar alguma coisa como raiz de um sobre dois elevado a dois x e blablabla... Eu não conseguia prestar atenção em nada que não fosse nele. No seu jeito, de como estava sendo legal comigo, de como era lindo e ficava mais ainda me explicando matemática.

–Você entendeu?- ele perguntou e eu assenti , apesar de ter entendido só metade.

–Duda ,você vai brincar comigo hoje?- a menina linda que abriu a porta pra mim , entrou perguntando.

–Tô estudando Dani, a gente brinca amanhã.- ele disse .

–E quem vai ser a amiga da Barbie agora?- quando ela disse aquilo eu não aguentei e cai na gargalhada.

–Ah, vai dizer que você nunca brincou de boneca ?- duda questionou o que me feiz rir mais ainda.

–Sim, mas só quando eu era criança, e eu sou menina.-disse tentando não rir.

–Que preconceito hein Cristina.

–Não é preconceito, eu apenas achei estranho.

Quando duda ia falar algo a Dani interrompeu.

–Ou, casal! Eu ainda estou aqui.- ela lembrou.

–Nós não somos um casal.- a corrigi morta de vergonha.

–É Dani, a cristina não me quer..-Eduardo disse com uma cara de triste e eu fiquei sem reação.

–Por que não cris? O cabeção ate que é legal.- Dani disse e eu apenas dei um sorriso de lado.

–Tive uma ideia.!- duda cortou o clima.

–Que ideia?-Dani perguntou.

–Uma ideia melhor que brincar de boneca. Vamos fazer um bolo.

–Haha Você só inventou isso porque ta com fome.- ela disse.

–E você não?

–Um pouco.- ela respondeu.

–Eu sei cozinhar gente.-disse.

–Vamos compentir quem faiz o melhor bolo então?- dani sugerio.

–Vamos.- Disse duda, ele ficava tão diferente perto dela, a relação deles era tão linda.- E como eu sou bonzinho, eu vou deixar vocês duas competir contra mim.- ele disse por fim.

–Tem certeza?- perguntei o desafiando.

–Claro que tenho.- ele disse também me desafiando.

–Vem Cris..- Dani me puxava.- vamos vencer esse cabeção.- ela disse por fim e eu ri.

(....)

–Podemos começar?- duda perguntou.

–Sim!!!- Dani falou animada.

Eu e Dani começamos a fazer a massa e a comer chocolate, ela era tão legal, e eu não acreditava que eu tava ali, pra mim ainda era um sonho. Depois de uns trinta minutos nós já estavamos todas sujas.
No final o melhor bolo foi o nosso , eu ri muito da cara do Duda quando ele teve que adimitir que o nosso estava melhor. Dani logo cansou e foi dormir e eu... Fui pegar minha mochila no quarto do Duda, pois já estava bem tarde.

–Você sabe mesmo cozinhar hein..- duda disse me assustando.

–Ah, sim, você também.- disse ainda me recuperando do susto.

–Não mais que você.- ele sorriu.-Cris, eu... Eu tirei conclusões precipitadas sobre você, você não é nada do que eu pensava.- ele falou.

–E isso é bom?- perguntei.

–Sim, é bom.- ele sorriu.- É.. Eu gostei muito de passar esse tempo com você.

–Também..- disse envergonada, onde ele queria chegar?

–Vai ficar com espinha..- Eduardo disse retirando chocolate do canto da minha boca.

–Ah, eu já tenho tantas, não vou nem notar se nascerem mais. Eu já sou feia mesmo.- falei e ele riu um pouco.

–Você é linda - ele disse retirando o meus óculos e em seguida me deu um selinho. Eu não estava acreditando.

ELE ME DEU UM SELINHO!!!!!
A sua boca encostou na minha!!! O meu coração estava acelerado, senti um friu na barriga ,eu não conseguia nem me mover.

–O que foi?- ele perguntou sorrindo.

–É... Por que você feiz isso?- perguntei ainda encrédula.

–Não sei..- ele deu um sorriso com uma cara de.. Safado.- Eu te quero.- ele disse baixo no meu ouvido e eu seguida grudou nossos lábios de novo.

Dessa vez não só sua boca como também sua língua encostou na minha, eu não sabia o que fazer então apenas fiz o mesmo que ele, era o meu primeiro beijo e foi com ele. Com o garoto que eu sempre sonhei, o qual com quem eu sempre vivi uma paixão na minha cabeça, mas agora era real, não era ilusão. Era real...
Ele acabou o beijo com uns selinhos e ainda com a mão segurando firme a minha citura ele começou a beijar meu pescoço e a me prensar na parede. Eu sentia arrepios percorrendo pelo meu corpo , eu sentia felicidade no meu sorriso, e eu sentia peso na minha conciência. Afinal, o que estavamos fazendo? Onde aquilo ia parar? Mas eu não tava me importando, apenas estava feliz por minha bela ilusão ter virado a minha bela realidade.