Localização desconhecida— horário desconhecido

Orion não entendeu o que havia acontecido, sua irmã caiu naquele buraco, mas quando foi conferir o lugar, não havia nada, logo depois Esperanza sumiu, deixando-o sozinho no enorme Campo de Marte, viu alguns segundos depois tudo desaparecer a sua volta.

Seus olhos não haviam se afostumados com a escuridão, mas enxergava algumas coisas, a lua cheia brilhava num céu sem estrelas, estavam em uma clareira, alguns rostos eram visíveis de onde estava.

Haviam três pessoas, um garoto de cabelos negros que se confundiam com o céu da noite estava a seu lado, seus olhos verdes-mar se exaltavam na luz do luar, ele estava deitado de barriga para baixo, os olhos abertos, encarando o chão, tinha uma espada de bronze celestial em sua mão, material raro no Acampamento Júpiter, ela emanva uma luz fraca, era um semideus, certamente, mas ele usava uma camisa laranja, que vinha escrito, Acampamento Meio-Sangue, seu pai havia falado pouco deles, eram semideuses, como ele, mas eram filhos das versões gregas de seus deuses, que, de alguma maneira, eram diferentes das romanas.

Defronte a ele haviam dois garotos, um ano mais novos que Orion, estavam com suéteres escolares, tipo dos colégios internos da Inglaterra, e gravatas vermelhas, um, o de cabelos negros, estava de pé, com um graveto em mãos, o outro, com pele morena e cabelos ruivos estava sentado, com os joelhos na grama úmida.

Orion se levantou com dificuldade, os garotos da frente perceberam o movimento e se prepararam para a luta.

—Quem são vocês - Orion perguntou, levando sua mão esquerda a espada de ouro celestial.

—Bom, eu que deveria perguntar, não? - o caucasiano respondeu, encarando-o.

—Foram vocês que me trouxeram aqui, como?

—Olha, nem te conhecemos você, nem o dorminhoco aí, além do mais, não sabemos, ainda, como usar um feitiço desse - o ruivo ressaltou.

Orion não entendeu a parte do feitiço, mas viu aqueles britânicos com sotaques pesados como inimigos, e inimigos tinham que ser abatidos. O garoto agarrou o cabo da espada com determinação e correu em direção aos garotos.

O de cabelos negros reagiu, empurrando o amigo ruivo para trás, e desviando da lâmina que o cortaria ao meio, apontou para Orion seu graveto e gritou:

—Expelliarmus

A princípio, Orion não acreditou no que viu, mas depois enxergou a verdade, um raio vermelho saiu da ponta do graveto, o romano desviou a tempo, mas o raio acertou em cheio o grego deitado atrás dele, sua espada deslizou pela grama, ele levantou-se com raiva, meio que sem entender direito o que estava acontecendo, pegou de volta sua espada e partiu em direção ao ruivo, que revidou com uma outra palavra maluca, um jato de água saiu da ponta da varinha. O grego achou aquilo uma oportunidade perfeita, acertou seu braço com a lâmina e redirecionou a água para a cara do remetente, talvez fosse filho de Netuno, quer dizer, Poseidon.

Orion defendeu um ataque de mais um daqueles raios vermelhos do moreno, mas sua espada saiu voando pela clareira, mais um raio e ele desabou, seus olhos pesaram e ele não via mais nada.

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Localização desconhecida— horário desconhecido

— Garota, ei, acorda, olha, acho que não vai querer ficar inconsciente agora né? - era uma voz fina, porém firme, as mãos macias tocavam seus braços agora nús.

Rose abriu os olhos com dificuldade, sua visão estava embaçada, contudo conseguiu enxergar o rosto fino e bonito à sua frente, os olhos azuis encarando-a preocupados.

— Oi? Onde eu estou? Quem é você? - a voz de Rose estava rouca.

— Eu também queria saber, mas meu nome é Leah, e você? - a voz dela era igualmente bonita.

— Eh, Rose, Rose Weasley - a ruiva se sentou, se envontrava em algo que se parecia uma floresta, perto da costa de um rio calmo, a lua cheia refletia-se na superfície lisa dele, alguns borrões estavam ao lado de Leah, a grama úmida molhava suas mãos, sentiu nas suas costas a sua mochila, que levava a todos os lugares, ela se perguntou se a menina à sua frente era uma trouxa ou bruxa.

Seus olhos voltaram ao normal, e agora podia ver com mais clareza os rostos a sua volta, o lado direito da garota Leah, uma garota mais velha, com oo rosto comprido, e os cabelos castanhos presos em um rabo que caía em um dos ombros. Do lado esquerdo, um rosto familiar, Sun, os cabelos negros e curtos tapava-lhe os olhos, as garotas ajudaram-na a se levantar, Rose respirou o ar puro.

— Vocês também apareceram aqui? - a Weasley perguntou.

— É, eu andei por aí, mas não achei nada de mais, algumas árvores frutíferas, uma gruta, mas resolvi não entrar - a voz da morena era forte, tinha um sotaque, diferente, Rose diria.

—E, o que, Desculpe a pergunta, vocês são?

—Leah me contou algumas coisas, Rose, é um pouco além da nossa compreensão - Sun avisou.

—Eu quero saber - a ruiva bateu os pés.

—Ok - agora era a vez de Leah - somos descendentes das divindades gregas, no caso de Esperanza, romanas, mas, não posso dizer muita coisa, seria informação execiva, e desnecessária por ora.

Rose resolveu ignorar aquilo por enquanto, ainda não estava preparada para grandes mudanças, na verdade, nunca esteve.

— Vocês já se conheciam? - Sun se assustou com a pergunta da ruiva.

— Não - Leah olhou de uma maneira estranha para Esperanza, a outra garota - e vocês?

— Sim, estudávamos na mesma escola, digamos assim - a corvina interrompeu Rose antes que tivesse a oportunidade de falar.

— Deveríamos procurar abrigo, não acredito que a noite se passe nesta calmar... - a latina foi interrompida por um som, alto, algo como galhos e folhas secas se quebrando, todas voltaram sua atenção para as árvores.

Rose ouviu alguns gritos de dor, uma voz feminina, e familiar, Alice! A garota correu em direção à fonte do barulho, a procura de sua amiga, as árvores eram grossas, e não havia quase nenhum espaço entre elas, Rose não podia usar magia fora de Hogwarts, mas não tinha outra escolha.

— Homenun Revelio.

Quatro luzes brilharam sobre as árvores, quatro presenças humanas.

— Aly!! Você está aí? - a voz de Rose ressoou pelas árvores, e a ruiva recebeu uma resposta.

— Rose! Rose tô aqui em cima, ai! E não tô sozinha - a voz suave da castanha chegou aos seus ouvidos.

— Theo!? - Leah chegou, acompanhada de Sun e Esperanza, Rose não sabia quem era esse.

— Leah??? - as folhas das árvores farfalharam, e um som estrondoso dos galhos se quebrando invadiu os tímpanos da ruiva.

Um garoto loiro se encontrava caído no solo úmido da floresta, galhos e folhas secas nas orelhas e cabelos.

— Theo!! Que bom que está bem, graças aos deuses, Sophie está com você? E Luke? - a de cabelos curtos correu em direção ao amigo, abraçando e tirando a sujeira do seu rosto.

— Estou bem, Sophie está comigo, mas Luke não, esperava que estivesse com você - a voz dele era grave, sonora.

— Você tentou levar várias pessoas ao mesmo tempo de novo? - Leah se transformou rapidamente de fofa e preocupada para rigorosa.

—Talvez, mas uma pergunta, quem são elas? - Theo se dirigiu a Rose, Sun e Esperanza.

—Acordei e elas estavam desacordada.

—Ah, tipo os dois que estavam comigo.

—Tem mais gente lá em cima?

—É, tem sim - ele não se parecia nada preocupado com as pessoas que ele acompanhava.

Rose quase não percebeu quando os dois desconhecidos alçaram vôo, e nem quando voltaram carregando uma garota morena, e duas figuras conhecidas. A garota tinha olhos e cabelos castanhos, esses últimos, longos e bonitos, ao seu lado, Alice, o rosto redondo vermelho, provavelmente ela tenha esfregado as bochechas, ela sempre fazia isso quando estava com medo, e depois dela, um colega da Grifinória de Rose, Teddy.

—E agora, o que vamos fazer? - Sun quebrou o silêncio.