O Céu Sem Estrelas escrita por Kai Thorn


Capítulo 5
Chapter IV


Notas iniciais do capítulo

*Sem criatividade para notas*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/681414/chapter/5

Teddy avisou aos garotos para não invadirem a sala do velho Filch, mas não acreditava que algo assim acontecesse, não via mais nenhum grifinório, e estava num lugar completamente diferente da sala mal iluminada do zelador.

Estava numa gruta, com paredes de pedra com musgos, não estava sozinho, perto da saída havia uma garota, ela não lhe era estranha, tinha os cabelos castanhos familiares, era uma quartanista da Lufa-Lufa, Alice era seu nome? Ela estava ajoelhada, o rosto redondo tampado pelas pequenas mãos da lufana, voltou sua atenção para o fundo da gruta, perto de uma nascente, uma garota ajudava um loiro a se levantar, nem prestavam atenção nos bruxos, eles estavam com camisas laranjas, a garota tinha os cabelos e os olhos igualmente castanhos, bem gata, mas nada que ultrapassasse Victoire, e o loiro estava de olhos fechados, tentando se erguer, uma assustadora espada de ouro na cintura.

O de cabelos azuis resolveu ficar em silêncio, o garoto já se levantara, mas cambaleava, Alice, percebeu que não estava sozinha, se levantou, pegando a varinha no bolso de trás do short, Teddy fez o mesmo.

— Foram vocês... – Alice perguntou, tímida – que me – olhou para Teddy, percebendo sua presença –, nos trouxeram aqui.

— Não, creio que não sabem o que aconteceu, como nós – disse a garota dos cabelos castanhos – meu nome é Sophie, esse é meu irmão, Theodore, prazer.

— O meu é Edward, mas pode me chamar de Teddy – olhou para Alice, ela entendeu o recado.

— Meu nome é Alice, Alice Longbottom.

— Vamos sair daqui, essa caverna está me assustando – Theo avisou.

— Ok, mas uma pergunta, alguém faz ideia de onde estamos? - o metamorfo perguntou.

— Não faço a mínima ideia - Sophie respondeu.

Eles saíram juntos da gruta, o ambiente do lado de fora não era muito melhor do que do lado de dentro, estava de noite, e o ar frio cortava sua pele, a lua cheia era a única luz no céu escuro.

A entrada da gruta era no sopé de um morro, pinheiros a rodeavam.

— Pra onde vamos? – Alice perguntou.

— Encontrar alguém, tenho quase certeza de que não estamos sozinhos, nosso amigo também sumiu, espero que esteja aqui também – a outra garota explicou, enquanto apontava para as árvores, por onde teriam que passar.

— Sophie, não precisamos entrar na floresta – Theo avisou a irmã, estalando os dedos.

— Vai tentar fazer aquilo mais uma vez? Da última vez não deu muito certo, você sabe disso – avisou Sophie.

— Tenho sim, pessoal, deem as mãos, e se preparem – Theo ordenou, não tinha certeza do que ele iria fazer, mas não tinham muita escolha.

Teddy segurou as mãos de Sophie e Alice, a da castanha tremia e suava, não estava preparado para o que viria a seguir, seu estômago desceu, e ele viu o topo das árvores, estava voando, Theo fazia tanta força para mantê-los no ar que suas veias do pescoço pulsavam.

Teddy não conseguiu definir muito bem um mapa de onde estavam, mas viu um rio, provavelmente da nascente na gruta, uma clareira espaçosa, e uma abertura para o mar, mas sua visão não demorou muito tempo, logo sentiu seu corpo cair, e o vento entrou em sua camisa de botões, fechou os olhos quando os galhos arranhando sua pele.

~°-°~

Localização desconhecida - horário desconhecido

 

Lawrence praguejou ao sentir o impacto do pé direito com o chão áspero e gelado. Areia, supôs ela. A loira passou os olhos pelo local em que estava.

Uma praia. Muito bonita, diga-se de passagem.

Ela estava sentada na areia e tinha uma bela visão da água que refletia a grande lua cheia ao longo do horizonte. Sentiu um braço tocar seu ombro e gritou, ficando de pé.

— Calma loirinha – Scorpius gritou assustado, pulando para longe da amiga –, sou só eu.

A loira suspirou aliviada e cambaleou, gemendo de dor ao sentir o pé latejar. Malfoy andou até ela, ajudando-a a sentar. Ele pressionou um ponto no tornozelo dela, fazendo uma careta em seguida.

— Acho que torceu – suspirou pegando a varinha, assustando a loira.

— O que você vai fazer? – questionou puxando a perna para longe do amigo.

— Arrumar isso – ele puxou a perna dela de novo, e murmurou um feitiço que a loira não entendeu.

— Puta que pariu – gritou apertando com força o braço de Scorpius ao sentir como se algum osso dentro do seu pé movesse de lugar, o loiro murmurou outro encantamento fazendo toda dor que a garota sentia passar.

— Já pode agradecer – Scorpius falou levantando para examinar o local.

— Quando ver tio Draco eu faço isso – a loira também levantou, pegando sua mochila que estava próxima a onde ela tinha caído –, onde estamos mesmo?

— Esperava que você soubesse responder isso.

— Quando eu achar aquela gangue de idiotas vou torturar um por um de uma maneira bem dolorosa – falou com os olhos estreitos –, como eles me mandam para um local totalmente desconhecido e desaparecem? Falando nisso, cadê eles?

— E eu que sei? – Scorpius revirou os olhos – Você que costuma andar com eles.

— Eu andando com James Potter? Euzinha aqui? Lawrence Black? Bebeu foi? Tá doi... – a parou de falar, arregalando os olhos – Que merda é aquilo, Malfoy?

Scorpius se virou rapido para o lugar se Lawren olhava, sentindo a menina agarrar sua mão com força e apontar para um local ao longo da praia. Tinha dos corpos, deitados, ali.

— Acha que são eles? – Lawren sussurrou, olhando desconfiada.

— Vamos ver – o Malfoy a puxou, mas a loira travou no caminho – O que, Law?

— O que? Sabe-se lá o quem aqueles dois são, ou o que são. Eu que não vou lá conferir;

— Ou vai por bem, ou vai por mal – Scorpius deixou claro, cruzando os braços, e Lawren sabia que ele falava serio, para sua grande infelicidade –, você decide loirinha.

— Te odeio Malfoy desgraçado – a loira afirmou voltando a andar, não sem antes voltar a agarrar a mão de Scorpius. Que sorriu sínico com a atitude dela.

— Também amor, também – murmurou de volta, se aproximando lentamente dos dois corpos.

Felizmente, eles pareciam com humanos. Adolescentes, com aproximadamente a mesma idade que Black e Malfoy. Um garoto e uma garota, e pareciam desacordados ou até mesmo mortos.

Estavam a poucos metros um do outro e em posições estranhas, mas nada assustador.

— Olha se eles estão vivos – Lawren murmurou.

— Porque eu? – Malfoy arqueou a sobrancelha.

— Você me arrastou até aqui, você olhar.

Malfoy resolveu checar primeiro a garota, que parecia bem menos carrancuda e bem mais sociável que o garoto. A pulsação dela estava normal e quando o loiro abriu o olho dela, ela se mexeu. Definitivamente, essa estava viva.

Quando se aproximou do garoto notou algumas cicatrizes nos braços e bochechas, mas as ignorou indo checar as pulsações no pescoço dele. Essas estavam mais leves que as da garota, mas nada aterrorizante. Assim que tocou no pulso esquerdo do garoto, Scorpius sentiu o seu ser agarrado pelo outro do desconhecido.

Lawrence gritou, acordando a garota, quando o desconhecido abriu os olhos de repente e segurou o braço do Malfoy, olhando desconfiado para ele.

.

Isaac agarrou o braço do platinado engomadinho com tanta força que viu sua mão ficar roxa com a falta de circulação de sangue, Emily gritou, e a loira ao lado do garoto também, o semideus encarou os olhos cinzentos do garoto, que, com a mão esquerda, sacou algo no bolso de trás da calça jeans preta, um graveto?

Parecia mais uma varinha daqueles festivais de cosplay, Isaac se levantou bruscamente, ainda apertando o pulso do garoto, que tentava se soltar assiduamente.

—Me solta! Lawren me ajuda porra! – ele apontou a varinha para Isaac – Confringo!

Da varinha saiu uma luz laranja, a luz foi em direção a Isaac, e quando encostou o peito do garoto, uma explosão empurrou até uma pedra da praia, a dez metros de distância, Emily gritou algo, a garota de olhos verdes ao seu lado sacou a sua varinha, e a apontou para sua amiga.

—Quem são vocês? – a garota perguntou, fulminando a romana.

— Somos, semideuses, não sabemos como chegamos aqui, por favor, não nos matem – ela gaguejou.

Isaac não aguentou ver aquilo, não podia deixar ser ferida por uma explosão como aquela, não poderia fazer com que Orion estivesse certo em relação a ele.

—Não aponta esse troço pra ela! – ele se levantou com uma disposição assustadora e, mesmo sem arma alguma, avançou em direção à garota, empurrou-a, e ela bateu a cabeça na areia áspera.

—Incendio! – o garoto gritou, uma labareda se alastrou, cercando os garotos, até que todos ouviram um grito, e sons de galhos se quebrando, havia alguém perto deles.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentários?

Beijos ♥