Phoenix escrita por Shiori


Capítulo 3
Ao som da música


Notas iniciais do capítulo

GRÂNDOLA, VILA MORENA! TERRA DA FRATERNIDADE--- #Apanha
Olá! Feliz 25 de abril, apesar de nem devem saber o que se passou neste dia (/owo)/
Ah, adoro feriados! E aqui estou com um capítulo :'D
Mais personagens amorzinhos da vida!
Perdão pela demora, mas tinha um capítulo de 6 mil palavras para terminar noutra fic.
Aliás, eu editei umas coisas nos capítulos anteriores! :v Descobri que os judeus não podem tocar nas pessoas do sexo oposto... Ziva rebelde...!
Bom! Eu tenho que sair, então, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/681268/chapter/3

Foi com o som do piano que o treino iniciou-se. Era um som calmo e solitário, que até dava a sensação que estava incompleto ao se ouvir. De seguida, um violino fez-se escutar e completou aquela sensação, além de que ambos sons juntos formavam uma boa combinação.

O som seguinte foi o dos metais e, consigo, trouxe um ritmo mais animado e vivo à performance. Os outros violinos juntaram-se de forma impecável, para depois os outros instrumentos de cordas e de madeira entrarem na obra musical harmoniosamente.

Aliás, a harmonia e sincronia dos membros da orquestra escolar era quase perfeita, o que surpreendeu Ziva em vários aspetos. Apesar de serem jovens e serem submetidos a experiências possivelmente cansativas, eles eram músicos excelentes, quase profissionais.

— São bons, não são? – de forma baixa, Jonathan questionou à Ziva. Ele se sentava ao seu lado.

— Ah, sim…

Ela olhou para Nicolau, que tocava um violoncelo de um tom caramelo-lustroso. Antes do treino ter começado, ele tinha comentado algo sobre ser o coordenador do naipe dos violoncelos, logo Ziva presumiu que ele fosse bom – e tinha razão. Nicolau era aquele que mais se destacava pelos movimentos graciosos que fazia. Ele fazia parecer que aquele instrumento era fácil de tocar, apesar de não o ser. Um autêntico prodígio.

— Há mais membros do “grupo” na orquestra. – Jonathan disse, desviando a atenção de Ziva.

Ziva olhou para o londrino, que sorriu perante a possível curiosidade da outra.

— Estás a ver os segundos violinos?

A israelita balançou a cabeça positivamente.

— Há uma rapariga de óculos lá, certo?

— Sim.

— Ela é a Chiye Kalleto.

Chiye era claramente asiática, possivelmente do Japão por causa do nome. Os seus curtos cabelos eram castanhos-escuros, quase pretos, e os olhos eram, possivelmente, do mesmo tom. Como Jonathan mencionara, ela usava óculos de ver, retangulares e armação negra. Algo que Ziva notara era a magreza e o tom pálido da pele dela; parecia uma frágil boneca de porcelana que ao mísero toque podia se quebrar.

— A pianista também é. ­– continuou ele, se ajeitando no seu lugar. – O seu nome é Níkaia Sin’ésia.

Ziva olhou para a tal moça. Ela tocava o piano de forma elegante e cuidadosa. Os seus olhos verdes-escuros percorriam as teclas do piano de forma rápida e raramente olhava para a pauta; parecia que tinha decorado a melodia, apesar demostrar uma certa hesitação.

O seu cabelo preto estava preso num coque extremamente bem feito e pelo tamanho deste, o cabelo dela deveria ser cumprido. Apesar de estar sentada, Níkaia aparentava ser bem alta.

— Mais alguém presente? – Ziva perguntou, virando-se para o britânico.

— Só mais uma pessoa. Cecilia White, a flautista do meio.

Ziva direcionou o seu olhar para ela. A jovem de cabelos curtos e castanho-claro esperava pacientemente pela sua vez para tocar a sua flauta transversal. Ajeitou os seus óculos de armação redonda e castanha e atreveu-se a olhar para a plateia, mais precisamente onde estavam os outros membros de Phoenix. Os seus olhos castanhos se estreitaram, como se tentasse ver melhor quem lá estava; a israelita soube que era por causa da sua presença. De pronto, Cecilia desviou a sua atenção de Ziva, pois reparara que a sua vez estava próxima. Levou o instrumento aos lábios rosados, esperou e começou a tocar ao mesmo tempo que os tocadores de instrumentos de madeira.

Assim que a performance musical terminou, não houve aplausos nem nada por parte da pequena plateia que viera assistir aos treinos. O maestro começou, de imediato, a comentar os erros e o que podia ser melhorado. Ziva reconheceu o maestro como o professor de música do internato, Dmitri Petrovich Romanov. Com uma idade que ronda os 40 anos, Dmitri, durante a sua adolescência, foi considerado como um músico prodígio e é reconhecido pelo mundo inteiro, agora como um maestro excelente. O tempo passava e, com ele, o cabelo loiro de Dmitri continuava a ficar cada vez mais claro, prova de que estava a envelhecer, lentamente. Os seus olhos verdes acinzentados estavam escondidos por detrás de óculos de ver e focava-se nos músicos que se encontravam na sua frente; ele apontava com a sua batuta para alguns dos jovens e falava no que ele podiam melhorar, mas sempre elogiava-os para os motivar. Acreditava que para melhorar, era necessário fazer as pessoas confortáveis com a sua situação atual para, portanto, melhorar ainda mais.

— Sabia que encontraria vocês aqui!

A israelita olhou para trás e na fileira detrás, estava uma rapariga negra de olhos dourados, com resquícios de verde neles, e cabelos curtos e encaracolados. As curvas da garota e os fartos seios dela deixariam diversas mulheres invejosas. Claro, Ziva era uma delas.

— Alguma informação, Fabiana-ya? – Hae-Ju perguntou à recém-chegada.

— Sim. – respondeu a tal Fabiana, passando a sua mão pelos seus caracóis, de forma sedutora.– O guarda fica bêbado com muita facilidade…

— Fabiana-ya.

— Certo. O guarda me disse que a necromante não é uma aluna como estávamos suspeitando.

— Necromante…? – Ziva repetiu, confusa.

— Oh, temos uma nova integrante?

— Sim! – Miku exclamou de forma alta (houve quem olhasse para ela desde do palco).

— Mais baixo, Miku. – Sebastian pediu.

— Ah, desculpa…– ela sorriu, acanhada. – Fabiana, ela é a Ziva! Ziva, ela é a Fabiana!

— Prazer. – Ziva disse.

Fabiana olhava para Ziva, como se a analisasse; isso fez a israelita ficar preocupada, claro. Ela seria bem vista pelos outros membros? Aliás, que tipo de opinião eles iria ter dela?

No fim, a negra sorriu de forma traquina. Os seus olhos dourados exalavam curiosidade e interesse.

— Seja bem-vinda ao grupo da Galinha com fogo no rabo!

— Galinha com fogo no rabo…?

— Ignora isso. – Sebastian aconselhou, deixando escapar uma pequena risada. – Ela gosta de brincar.

A israelita murmurou um “oh” e, então, apercebeu-se que ela estava a se referir à Phoenix. Sentiu-se idiota por não ter entendido de primeira.

— Continua.

— Quê isso, Hae-Ju? Deixa de ser estraga-prazeres! – ela reclamou, ajeitando de novo o cabelo. – O guarda não me disse o nome dela, mas presumo que ela seja professora.

— Não vamos podê-la recrutar. – Jonathan interveio, suspirando logo depois. Assumiu, de seguida, um sorriso otimista. – Mais alguma informação?

— Houve outra morte.

— Ah… Ainda não sabes do Théo…– murmurou Miku, de forma cuidadosa e cautelosa.

— Eh? O que eu não ‘to sabendo?

— O defunto é o Théo. – a sul-coreana respondeu de seguida, com o seu jeito sério. No entanto, Ziva notou que ela apertou o seu próprio braço ao dizer aquilo.

Fabiana arregalou os seus olhos em choque. Estava, claro, abatida com aquela notícia. Apesar de saber que ele acabaria por voltar, era doloroso. Ninguém aguenta o luto; ainda mais quando se é jovem.

Sebastian notou o quão chocante e doloroso foi para Fabiana; olhou para Miku, que expressava algum desconforto com a situação: ainda não acreditava no que ocorrera.

— Mudando de assunto, – Sebastian se pronunciou, querendo aliviar a tensão. – como anda a pesquisa do Will e dos outros?

— Ainda não tive nenhuma informação deles. – respondeu a brasileira, que respirou fundo depois, a fim de se acalmar.

— Hm…– Ziva olhou para ambos, confusa.– Que pesquisa…?

Hae-Ju tirou uma carta do seu casaco e entregou à israelita. Ela agarrou nela e olhou para o envelope: totalmente em branco, à exceção do lacre de cera vermelho que outrora serviu para fechar a carta. Ela deu uma olhada na sul-coreana antes e depois abriu a carta. Ao ler a única frase presente na folha de cor bege, arregalou os olhos em surpresa. Escrita com uma tinta preta, a frase era simples, mas, mesmo assim, tinha um impacto que fez o coração da Ziva estremecer.

Eu sei de tudo. 

— Alguém sabe de vocês…?

— Aparentemente. – Hae-Ju meramente disse isso, estendendo a mão para receber a carta de volta.

Ziva devolver a carta à sul-coreana e sentiu que alguém a olhava intensamente; virou-se para a frente e viu os outros membros da Phoenix na fileira à seguir.

— Gostaste, Ziva? – Nicolau perguntou, sentando-se ao contrário no assento, a fim de ficar virado para Ziva e os outros.

— Sim. – ela respondeu e olhou para o palco; os integrantes da orquestra estavam todos ir embora. – Onde vão os outros?

— Praticar a solo.

— Quem é ela? – Cecilia perguntou, animada.

— Ah, o meu nome é Ziva Hirsch! – respondeu de pronto, um pouco nervosa.

— Eu já disse os vossos nomes a ela. – informou Jonathan, espreguiçando-se no seu assento.

Ziva olhou para elas, sem saber o que fazer. Vendo de perto, havia certas coisas que ela não tinha reparado antes. Como as madeixas descoloridas de Cecilia, que dava uma sensação natural ao cabelo dela, ou como as bochechas avermelhadas da Níkaia, visto que a pele dela é clara.

Ao notar que Ziva a observava, Níkaia fez um movimento com a cabeça. A israelita sorri a modo a esconder o seu nervosismo.

— Prazer em conhecê-la, Ziva. – Níkaia falou; o tom de voz dela era naturalmente baixo.

— Bem-vinda ao grupo! – totalmente o oposto, Cecilia exclama em um tom alto. – Né, Chiye, cumprimenta-a!

Chiye, que até então só observava, se curvou.

— Prazer, Hirsch-san[1].

— Ah, não, o prazer é todo meu!

Um dispositivo começou a emitir um som, repetitivo e alto; anunciava que uma mensagem foi recebida. Como era proibido o uso de telemóveis dentro do internato, para evitar fuga de informações para o exterior, os dispositivos também tinham a função de ligar e mandar mensagens entre os alunos e, também, professores.

Ao perceber que era o seu, Sebastian carregou na mensagem e leu-a.

— O Will pediu para irmos para o terraço.

***

O professor Matteo olhava para baixo, com um sorriso sínico. Ah, como eles parecem meras formigas., pensou ele, desviando o seu olhar ao ouvir a porta do terraço a se fechar.

Viu William Nightshade, um dos membros do seu clube de Astronomia. O rapaz de dupla-nacionalidade tinha cabelos pretos, cuja franja costumava ficar à frente dos seus olhos azuis-arroxeados, sendo que a cor era semelhante às das violetas. A aparência dele parecia que tinha sido abençoada pelos anjos de tão bela que era. Era difícil acreditar que ele não tinha nenhuma namorada.

— Olá, William. – cumprimentou o mais velho.

— Boa tarde.

— Onde estão os outros?

— Eles estão a vir, hm…– respondeu ele, suspirando logo depois. – Menos aqueles que estavam a me ajudar na investigação da carta, hm.

— Oh, por quê?

— Diversos assuntos.

O italiano optou não fazer mais nenhuma pergunta e voltou a olhar para as “formigas” que se encontravam nos campos de desporto. Ele invejava aquelas pessoas que, mesmo vivendo como cobaias, ainda aproveitavam a pouca liberdade que tinham. Aliás, nisso tinha que agradecer ao diretor: dar a liberdade dos alunos usufruírem das aulas, dos clubes, dos amigos e, até, das visitas de estudo que, de vez em quando, aconteciam.

Muitas vezes se perguntava como viera dar aulas naquela escola ou por que ele foi escolhido. Sempre ouvira a sua mãe a falar do internato como se fosse algo bom e ela bem tentara inscrevê-lo no internato como aluno, mas fora recusado. Muitos anos depois, logo após de ganhar um prémio de renome na área de Física, um envelope com o selo do internato aparece-lhe na caixa de correio, convidando-o a dar aulas e, preso nas palavras da mãe, decidiu aceitar. Oh, mas que erro que fora! Doeu-lhe imenso saber o que ocorria por detrás das cortinas, mas doía-lhe mais a ideia de voltar para Itália, com as memórias apagadas. Não era o tipo de pessoa que abandonava os outros. Ficou e fundou a Phoenix, numa forma de contra-atacar Timberlake. Mas parecia que nada havia adiantado.

A porta voltou a abrir-se e ele olhou para os recém-chegados.

— Ah, já conhecem a Ziva?

 – Seonsaeng-nim, o senhor mandou-a ir à sala do clube. – Hae-Ju disse.

— Ah, é mesmo! – ele riu-se.

— A Níkaia e Nicolau?

— Eles estão aqui, ó – Fabiana disse, apontando para o bolso do blazer, o que fez William revirar os olhos.

— Fabiana-ya.

— Certo, Hae-Ju. Ficaram praticando. – respondeu Fabiana, dando de ombros. – A Níkaia não é o Hulk para trazer o piano para o terraço e o Nicolau decidiu ficar e acompanhar, sem contar que o violoncelo também é pesado.

— Ah, é, estava a decorrer os treinos da orquestra, hm…

William olhou para Chiye e Cecilia; ambas traziam os seus instrumentos. Para que os alunos possam praticar a solo, Dmitri permite que eles tocam em várias partes do internato, desde que eles não interrompam as aulas ou atividades decorrentes. No entanto, Níkaia tinha que ficar no auditório ou se dirigir à sala de música por causa do piano. O Nicolau até que podia ter vindo, no entanto, por mais que gostasse contribuir nas investigações, gostava mais ainda de tocar; ele se sentia livre com a música. E, claro, ainda havia o fator do peso do violoncelo.

Cecilia sentou-se numa cadeira desdobrável que Jonathan havia carregado até lá, a pedido das músicas. Tirou do estojo a sua flauta e começou a limpá-la com flanela. Chiye também se sentou na outra cadeira e tratou logo de ver se as cordas estavam bem.

Devido a essa movimentação, William desviou o olhar e fitou Ziva.

— Uma nova membra?

— Sim! – o professor respondeu, animado. – Fui eu quem a convidou.

— Mesmo sabendo que há uma pessoa que sabe de nós, hm? – William questionou, visivelmente irritado com a ingenuidade do professor.

— Ah, Ziva não é essa pessoa, tenho a certeza.

— Como pode ter tanta certeza, sensei[2]? – Chiye perguntou, olhando para o professor; os seus olhos pareciam que tentavam ler a mente do homem.

Matteo ficou sério de repente. Demostrava severidade à Chiye, algo raro de acontecer. Ziva engoliu em seco; no que viera se meter?!

— Não sei. – respondeu o professor, regressando ao seu estado normal. – Mas confio nela.

— Ziva, certo? – William questionou à moça, que acenou com a cabeça. – Como podes provar a tua inocência, hm?

— Eu…– Ziva começou, incerta: as suas próximas palavras iriam afetar o seu futuro e ela sabia disso. – Eu não sei. Mas… Eu não fui quem mandou a carta.

— Nunca falei numa carta, hm.

— A Hae-Ju mostrou-ma.

Nisso, William olhou para a sul-coreana, que confirmou com a cabeça.

— Quando descobriste sobre a Phoenix?

— O Professor Matteo falou que fundou-a hoje de manhã e me convidou a entrar.

— Onde?

— Aqui mesmo. – O professor respondeu por Ziva. – Ela estava a chorar por causa do Théo.

— H-Hey!

— Do Théo…?

— Ele morreu. – respondeu Hae-Ju.

E, de novo, o clima ficou tenso entre eles. Ao ver isso, Matteo tenta pensar em algo que pudesse desviar aquele assunto.

— Ah… Estavas a ler uma carta, não é, Ziva?

Com tal constatação, os membros de Phoenix olharam para ela. Ela voltou a ser o centro das atenções, o que fez ficar aflita. Ela retirou rapidamente a carta dirigida a Théo do seu bolso e a mostrou. Hae-Ju aproximou-se e a agarrou, lendo-a em seguir.

— A carta estava na mesa de Théo…

— A caligrafia é igual à da nossa carta. – comentou ela e entregou à Sebastian que, juntamente com Miku, leram a carta. ­

— A rapariga que escreveu isso só refere que é do primeiro ano…

— Primeiro ano? – repetiu Fabiana. – Me entrega esse negócio aí e deixa eu ver se eu reconheço a letra.

Sebastian entregou à negra que, infelizmente, não reconheceu a letra. Entregou ao Jonathan que também teve a mesma sina.

— Será que é do 1ºA?

— Talvez, mas isso não quer dizer que ela seja doutro ano. – começou William, cruzando os seus braços. – Também pode nem ser uma “ela” para início da conversa, hm.

— Ah, eu estou livre de suspeitas…? – Ziva perguntou.

— Não.

Ziva sentiu-se frustrada e desanimada com aquilo. Ela não era a culpada!

— Eu não sou a autora dessa carta! – exclamou Ziva. – Eu jamais faria algo assim ao Théo; usá-lo como uma ferramenta para me juntar a vocês? Não, jamais! – ela respirou fundo, tentando se acalmar. – É verdade que eu não o consegui proteger, mesmo que a minha habilidade seja a proteção ou seja lá o que os cientistas a chamam, mas eu não me perdoaria se fizesse algo assim a ele! Ele foi o meu primeiro amigo aqui neste inferno!

Dito isso, ninguém se atreveu a falar. Não sabiam o que dizer ou não tinham uma resposta digna.

Mas não foi necessário palavras. O som da flauta transversal de Cecilia tomou posse do lugar e acalmou os ânimos. A melodia que Cecilia tocava começou calma, mas foi-se agitando para o meio. Para os membros de Phoenix, ela era o centro do mundo, do universo. Eles estavam confusos perante a súbita atitude da australiana, mas não a interromperam. Eles estavam sem reação, imóveis.

Assim que Cecilia parou, ela sorriu. Os seus olhos demostravam uma animação única e inquieta.

— Miku, a Ziva está a dizer a verdade?

— Hã? – Miku piscou os olhos, saindo do seu transe. – Ah, sim! Ela está a dizer a verdade!

— Isso prova que a Ziva-hubae não é a autora da carta. – Hae-Ju interveio, também saindo do seu transe.

­– Certo. – William se pronunciou. – Ela não pode ser a autora, mas o professor devia ter mais cuidado, hm.

— Por que estou a receber com as culpas…? – Professor Matteo perguntou.

— Porque a gente tinha de culpar alguém, e o Fantasminha Camarada parecia inocente demais. – Fabiana lhe respondeu, com um sorriso traquinas.

— Não chames o Cásper à conversa! – retrucou o italiano.– Certo, vou ter mais cuidado, mas sempre soube que a Ziva não era a culpada.

Ziva olhou para o professor e sorriu. Alguém confiava cegamente nela e isso deixou-a feliz.

— Bom, – Cecilia levantou-se, animada. – falta algum tempo para o horário da orquestra terminar. Vamos comer uma pizza depois? O professor paga!

— Q-Quê?!

— ‘To nessa! – Fabiana exclamou.

Matteo reclamou, mas os mais novos meramente ignoraram. Suspirou, resignado; não podia fazer nada. No entanto, não se conteve e sorriu. Estava feliz.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim!
Os personagens estão a ser leais à personalidade? Gostaria de saber x3
Deixem nos comentários opiniões, sugestões, críticas, tudo que quiserem ♥ Se não quiserem fazer isso via comentário, podem fazer por mensagem, que não me importo x33
Agradecimentos à Goth-Lady e à FairyInABottle do SocialSpirit por me "traduzirem" as frases da Fabiana para PT-BR!
Aliás, eu queria fazer uma pergunta aos criadores de: Chiye, Sebastian, Níkaia.. Tinha a sensação que havia outro personagem, mas enfim--- Que tipo de experimentos os vossos personagens estariam sujeitos e que objetivo teria? Eu já inventei para os outros personagens, mas não estava a ter nenhuma ideia para os vossos, perdão ;--;
EDIT: :'D Esqueci-me de avisar sobre duas coisas:
— Eu fiquei a mudar umas coisinhas no documento oficial da fic (o link está no primeiro capítulo), então, se quiserem vê-las, vão lá ♥
— A mão do William está em disputa, garotas hetero da fic! (/owo)/ LUTEM POR ELE---- #Morre Não, sério, quem se interessar, por favor, informe-me Q

Enfim, até à próxima!

~
[1] -san (さん): honorífico que indica certo respeito ou, ao menos, falta de intimidade
[2] Sensei (先生): "professor". Pode ser usado como substantivo ou como honorífico.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Phoenix" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.