A Maldição Silenciosa escrita por Dama das Estrelas


Capítulo 6
Proteção


Notas iniciais do capítulo

GENTE DO CÉU!
Pessoal, cá estou eu, vivíssima e tals, após um semestre da faculdade. Fui completamente tombada por provas e trabalhos intermináveis e cansativos. Não que isso me desanimou, não; a verdade é que eu fiquei sem tempo mesmo, - e quando tinha, o estresse me causava bloqueio criativvo, o que tombava de vez comigo-. Isso é uma promessa: essa fic terá fim, SIM! Sem essa de excluir a fic, irei terminar a história porque vocês, leitores (e shippers) merecem um desfecho. Agora que estou de férias o bicho vai pegar haha.
Após esse meu textão de facebook, aproveitem esse novo capítulo! ♥



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— Não... Não! – a mulher balançou a cabeça desesperadamente por diversas vezes.
Pesadelo. Era a palavra que mais definia o momento. O que era aquilo? O que causou aquilo? Como uma calma tarde tornou-se de uma hora para outra naquela confusão? Em pouco tempo, o que parecia ser apenas uma doença incomum que atacara as crianças, agora, estava fora de controle. E se continuasse nesse ritmo, tornar-se-ia num pandemônio.

Maria, assustada, voltou correndo ao encontro de Adrian. Mesmo ele, que quase nunca era surpreendido com frequência, olhava para os cantos com temor em seus olhos. Parecia não ter ideia do que estava acontecendo.

— Adrian! – disse a caçadora, ofegante.

— O prédio pelo visto está lotado. Não há como levarmos ele para lá.

— Deus... e agora? – ela levou a mão à testa.

— Deve haver casos piores que o dele lá; por agora, será impossível entrar.

As pessoas ficaram mais agitadas, de repente. As que estavam atrás tentaram de todo o jeito seguir para frente amontoando-se ainda mais. Maria mal conseguia ver o que estava acontecendo próximo à entrada da enfermaria. Haviam muitas pessoas bloqueando sua visão, mesmo que ela tentasse ficar na ponta de seus pés.

— Acalmem-se! – gritou uma voz masculina ao longe – Por favor, precisamos de ordem!

— Ouviu isso? – ela disse, olhando para o noivo.

— Vem da entrada.

— Tentaremos atender a todos! Mas, por favor, não fiquem alterados! – continuou a voz masculina, que bradava quase desesperadamente, implorando para que fosse ouvido e atendido.

— Tentar?! – uma mulher retrucou irritada – não vê que nossa gente está sofrendo aqui fora? Para que serve de tantos impostos que nós damos para essa administração?!

De trás, foi possível ver que mais pessoas tentaram se mover para forçar a entrada. Maria deduziu que talvez o homem que gritava palavras de ordem estivesse sendo protegido; se não, seria uma completa invasão, a última coisa que precisava acontecer.

— Se a situação continuar assim... – a caçadora disse, quase sem palavras.

— Pessoas irão se machucar. – completou, sem reservas.

— Temos de fazer algo...!

— Não, Maria. – ele balançou a cabeça – Isso não é de nosso caso. Por agora.

Sons de cascos batendo pelo chão foram ouvidos. Os olhos do casal e de vários outros se voltaram para trás. Um total de sete cavalos montados por homens chegara ao local. Portando rostos sérios e até ameaçadores, os cavaleiros vestidos como mercenários desceram, e logo, a multidão receosa baixou o tom de voz.

— Afastem-se! – berrou um homem de barba longa marrom e cabelos raspados. Seu semblante era tenebroso, quase um golem.
Quase que imediatamente as pessoas amontoadas começaram a se mover para dar caminho àqueles homens.

— Isso não parece bom. – Maria balançou a cabeça, dizendo baixo – Conheço muitos rostos por aqui, mas nunca vi esses homens em toda minha vida.

— Entendo. – seu noivo disse – mas agora não podemos fazer mais nada. Temos de ajudar esse homem e sua esposa.

Maria olhou para o homem desacordado e assentiu. A prioridade era outra; deixaria de investigar aquela situação outrora.

Então partiram, mas a inquietação na mente da caçadora permaneceu com ela.

Minutos depois chegaram à casa do doente. Não demorou muito para que Maria encontrasse a esposa do homem deitada na cama do quarto. Estava dormindo, mas apresentava febre. Alucard deitou o homem ao lado dela. Em seguida, houve um grande esforço dos dois para cuidar daqueles dois. Maria preparava algumas poções e Adrian ajudava-a a realizar essas tarefas. Quase o tempo todo ficavam em silêncio, principalmente Maria, que se deixou levar por sua mente. Não parava de pensar na multidão frente à enfermaria, nas crianças do orfanato.

— Meu amor. – a voz masculina disse, ao voltar do quarto.

— Hã? – Oi, querido. – respondeu ela, um pouco distraída, enquanto fazia um preparado. – Graças aos céus que a febre de ambos já baixou. – ela falou com a cabeça ainda longe. – O melhor que podemos fazer agora é estabilizá-los...

Notando a situação da noiva, Adrian se aproximou dela e tocou em sua mão direita, fazendo-a virar seu rosto a ele.

— Entendo como está se sentindo. Estou preocupado com os outros também, e farei de tudo para resolver isto.

— Sei disso, Adrian. – ela deu um breve sorriso para tentar deixá-lo menos preocupado.

— Por isso peço-lhe que, para seu bem, saia desse vilarejo.
Os olhos da caçadora ergueram-se. Ela deixou os objetos que segurava e virou-se completamente para encará-lo seriamente.

— O que disse? - retrucou espantada.

— Maria, como percebeu essa "doença" está atingido vários desse lugar. Se ficar aqui por mais tempo correrá o risco de ser infectada também! – disse o meio-vampiro firme, mas sem elevar muito a sua voz.

— Ah-- – as palavras fugiram de sua boca. Sobrancelhas ainda estavam erguidas por causa de seu estado atônito.

— Penso até que foi um erro trazer você até esta casa.

— Adrian! Percebe o que acabou de dizer? Essas pessoas precisavam de ajuda! – Maria apontou a mão para o quarto – Céus, nem ao menos sabemos como isso é transmitido!

Seus olhos se encontraram intensamente. Mas aquele não foi um bom encontro. Ficou tão surpresa com aquilo que mal conseguia arranjar palavras para continuar a discutir e defender sua visão.

— Ah... alguém... – disse uma voz saindo do quarto. Era o homem, cambaleando e usando a parede para se apoiar.

— Olhe! – Maria apontou para ele, ido ao seu encontro para ajudá-lo. – Senhor, por favor, volte para a cama. Estás muito debilitado para ficar de pé.

— M-minha esposa... ela está... bem? – relutou o doente, se segurando para não ser levado pela caçadora.

— Sua esposa está bem, senhor. – Disse o meio-vampiro – Volte para sua cama e repouse.

— E-espere... Mal pude agradecer aos dois por estarem aqui gastando seu tempo. Nem ao menos conheço vossos nomes.

— Adrian. Ela é Maria. – Respondeu ele, sem muito desejo de falar, já levando-o de volta ao quarto. A mulher preferiu ficar na cozinha ao invés de ir também.

A esposa do homem ainda dormia serenamente. Não apresentava sinais de febre forte, porém ainda estava quente. Após deitar, ele a olhou e segurou firmemente em sua mão. Olhando para Alucard, perguntou quase sussurrando:

— Ela vai ficar bem, senhor Adrian?

O meio-vampiro olhou para a ela; nem se movia, parecia que não sentia coisa alguma, dormia tranquilamente.

— Farei de tudo para resolver isso. Eu prometo. – Falou assentindo – Cuidem um do outro. – Com esse aviso, saiu do quarto.

Logo, viu a mulher escrevendo algo num papel, deixando-o próximo à pela, a qual havia deixado um preparado.

— Terminei. – Disse ela, sem muita ênfase já que ainda estava chateada.

— Bom. – Respondeu. – Espero que tenha pensado bastante sobre o que conversamos.

— Pensei, sim. Tomei uma decisão: estou indo à enfermaria investigar esse problema.

— O quê?

Adrian franziu a testa incrédulo. A última coisa que ele gostaria de ouvir era aquilo.
Maria, encarando-o profundamente nos olhos passou por ele e saiu da casa.

— Maria! – O meio-vampiro saiu ao seu encontro – O que está fazendo? – Falou ele, erguendo os braços – Não percebe que ir até aquele lugar corres o risco de ficar doente também? Sei que não quer sair do vilarejo, mas ir até lá é pedir para arriscar sua vida, e eu não posso permitir isso.

— E se fosse eu, Adrian? – perguntou inconformada – E se fosse eu que estivesse naquela cama ou na enfermaria morrendo de dores? Não faria o mesmo?

— Daria minha vida para achar a cura, Maria! – então sussurou – Faria tudo por você...

— Viu como é mais simples fazer algo por quem temos tanto afeto? – ela tocou em seu ombro com carinho – quero ajudar essas pessoas, pois elas tem o direito de viver e saber a verdade. – ela balançou a cabeça, olhando para o longe – É o meu dever ajudar essa gente, nasci para isso.

— Talvez eu nunca vá entender esse coração puro que és o teu.
Ela tou o rosto do noivo e então o abraçou forte. O meio-vampiro deslizou a mão pela sua cabeça e sua nuca. Adrian fechou seus olhos e levou-a mais para si e por alguns segundos ficaram daquele jeito.

— Amo-te tanto, Maria... – disse baixo. E após quebrar o abraço, visou-a intensamente. Três segundos depois, Maria começou a ficar sonolenta, e aos poucos suas pálpebras começaram a se fechar. Quando percebeu que os olhos de seu noivo brilhavam numa intensa cor vermelho atingindo-a diretamente, era tarde demais.

— A-adrian...

— Amo tanto... – ele beijou sua testa – por isso não vou deixar que arrisque sua vida.

Maria, perdendo suas forças, caia nos braços daquele homem que a segurava firme. Homem a quem encarou pela última vez antes de fechar seus olhos e desacordar completamente


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Notas finais do capítulo

PS: editar e postar a fic pelo tablet é um teste de paciência que socorro, não desejo isso pra ninguém ashuashuasha

Obrigada por ler! :D



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