The Black Wings escrita por LFairchild


Capítulo 1
Capítulo 1 - The Fell Angel


Notas iniciais do capítulo

Hello coisinhas, já aviso logo, se tiver erro de português desculpem-me. Realmente não sei o que escrever aqui então é isso, espero que gostem.



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Conforme o tempo das aulas foi se passando, Ally e eu fomos conversando e trocando ideias um com o outro, pelo o que ele disse seus pais morreram em um acidente de carro faz cinco anos e desde então ele tem viajado muito com sua tia que, na maior parte do tempo, não esta presente, pois trabalha muito.

    O sinal tocou. Acabaram as aulas por hoje. Estou recolhendo minhas coisas e então Ally diz:

   – Vai fazer alguma coisa depois daqui?

   – Acho que não. – Respondi com um pouco de duvida.

   – Então que tal irmos a minha casa, eu tenho várias musicas bandas que estávamos falando.

   – Que? – Levo um pequeno susto. Acabei de conhecê-lo.

   – Minha tia vai virar noite hoje no trabalho e eu não tenho nada para fazer, achei que poderíamos conversar mais, mas não precisa se não quiser...

   – Não, eu vou claro. Não tenho nada pra fazer também. – Senti uma pontada em meu peito, como se uma agulha estivesse sendo enfiada ali. Estranho.

   – Vamos?

   – Sim. – Uma sensação estranha, desconfiada e fria percorre pelo meu corpo. Por que estou me sentindo tão esquisito? Só vou conversar e ouvir musica que mal pode acontecer? Foi assim que pensei...

    Fora da escola estava ventando frio, fechei o zíper da jaqueta e prossegui a diante seguindo Ally.

   – Então, onde esta morando? – Ele só tinha me contado qual bairro estava que por coincidência era o mesmo que o meu.

   – Na Rua 121.

...Meu coração gelou, minha respiração falhou, o medo subiu a minha cabeça por um instante.

   – você esta bem? Ficou mais branco em segundos. O que aconteceu? Falei algo de errado?

   – Não. Estou bem, quase bem, é o frio.

   – você esta de jaqueta.

   – Alergia a flores de cerejeira. – Por sorte estávamos na calçada em que as havia varias cerejeiras ao redor. – Inventei uma desculpa, tomara que ele caia nessa.

   – Estamos quase no inverno, nem folhas as árvores tem direito. Acha que eu vou cair nessa? – Disse Ally em um tom desafiador.

   – Vem cá, você me conhece direito?  – Ah, mas não vou perder o argumento mesmo.

   – bem, quase... – Ally começava a hesitar.

   – Você tem minha alergia? Não. Então pronto. Eu em, se mete não. – Acho que consegui.

   – Então ta... – pude ouvi-lo abafar uma risada com a manga direita do casaco.

   – Esta rindo de que? Não estou te entendendo. – Foi ai que ele riu alto, e eu continuei sem entender.

   – Você consegue ser lerdamente engraçado. – Disse Ali com um sorriso simpático.

   – Que?

   – Deixa.

Estava bem frio mesmo, fomos conversando e atravessamos uma pequena ponte, sobre um rio, que leva até a outra parte do bairro. Já tinha escurecido um pouco, eram sete da noite e os postes já estavam ligados. A luz forte e amarela brilhava sobre nossos rostos, foi quando viramos uma Rua e eu simplesmente gelei, como antes, mas dessa vez mais forte e mais intenso, o gelo percorreu minhas veias, o medo subindo pela minha espinha, vejo em minha mente o rosto bizarro da criatura que dizia ser minha mãe, suas asas, negras e caindo aos pedaços, como a de um corvo que foi depenado brutalmente, seus olhos, poços negros de pura maldade, sua boca, seus dentes afiados como os de um leão faminto prestes a devorar sua presa, sem dó e nem piedade.

   – Julian! – Gritou Ally me olhando de cima. De cima?

Quando percebi, eu estava caído no chão, sem expressão no rosto, como se tivesse visto um fantasma, ou mais pra demônio.

   – Onde estamos? – Disse confuso.

   – Acabamos de chegar a minha Rua, vamos. –Ele me apoiou pelo ombro e eu, sem forças pelo choque, deixei-o me guiar. Seu cheiro, um aroma de algum tipo de flor, e um estranho cheiro de pêssego, mas tão suave quanto pétalas de uma simples Rosa. Sinto sua respiração pesar pela força que estava fazendo para me segurar, seu braço esquerdo entrelaçando meu pescoço, exalando cada vez mais o cheiro da flor, consigo sentir as batidas do seu coração, estão tensas. Mas como sei disso? Um instinto talvez. Estou quase tirando o pé do chão, viro meu rosto para um lado e vejo seus olhos. Nele há desespero e preocupação, queria tanto dizer agora sinto muito por estar fazendo-o passar por isso, mas não consigo, não quero. Foi quando subimos uns degraus e ouvi um barulho de chaves. Entramos em sua casa, posso saber, pois ouvi o barulho da porta bater. Não quero abrir meus olhos, estou tremendo, confuso em saber que estou apavorado de um simples pesadelo, bem, não tão simples, mas por que eu estou com tanto medo de uma coisa que não existe? Bem, assim eu penso que não existe...

   – Você precisa de água ou... – Sua voz em minha mente foi ficando tão distante, estou perdendo meus sentidos, acho que vou desmaiar.

Estou parado diante de um precipício, olho em volta e não há ninguém. Estou na ponta de um penhasco cuja queda leva direto ao mar, observo as ondas bem longe, consigo sentir o aroma de alguma flor, gardênia? Sim, esse é o cheiro dele, Ally. viro-me e lá esta ele, em pé, porém com asas? Um par de asas azuis como o céu sendo refletido pelo mar. Ele estava com as mesmas roupas que foi para o colégio, seu rosto está tão sério, as penas de suas asas são como as de um ganso que mergulhou em um oceano de tinta azul. Olho para ele e digo:

   – O que houve?

   – Rápido, não temos tempo para conversa, temos que correr, ela esta vindo! – Ele estava ficando cada vez mais histérico e nervoso.

   – Ela quem?

   – Laura. – Antes de fazer qualquer coisa ele arregalou os olhos e a boca.

Olho para trás e me deparo com outra cena, não estou mais em um penhasco, estou no meio de uma estrada, neblina cobre todo o lugar, e em minha frente, ela.

   – Vejo que voltou caro Julian, como esperado. – Ela não estava na forma medonha de antes. Tinha um longo vestido vermelho, cabelos negros e soltos como o de antes, seu rosto continuava pálido, mas com um sorriso de lado que me parecia maligno.

   – O que quer de mim? Por que atormenta meus sonhos? – Eu sabia que estava sonhando, mas não consigo acordar, não consigo controlar nada, não vou entrar em pânico. É só um sonho... Eu acho.

   – Ora, Ora, vejo que esta aprendendo alguma coisa, você tem uma coisa herdada de sua mãe que eu quero para mim, eu preciso, e você vai me dar, nem que eu tenha que pegar a força! – Em um grito, suas asas saltaram para fora de suas costas, aquele par negro como a mais pura noite, porem com uma asa quebrada.

   – Do que você esta falando?! Eu não faço ideia do que se refere! – Gritei com ódio e indignação.

  – Vai saber, pergunte a Ally.

  – Como você sabe... – E o mundo parou, sumiu, girou, estou perdendo a consciência em meu próprio sonho?

Abro meus olhos e vejo o teto, que não é da minha casa, sento-me no sofá e olho ao redor, será a casa de Ally? Levanto-me e vejo que ainda estou à mesma coisa de antes, só minha jaqueta esta no braço do sofá. Eu estava em uma sala, o piso era de madeira e estava polido, o sofá era comum, marrom escuro e o que me cobria era branco com umas listras azuis na horizontal. Estava tudo tão lindo e organizado, andei mais a frente para a estante e vi algumas fotos, Ally eu consegui reconhecer, mas havia uma mulher que eu nunca tinha visto, talvez fosse a tia dele. Ouço passos em minha direção, olho para trás e lá esta ele, e já com roupas diferentes, uma bermuda preta e uma camiseta branca com listras pretas na diagonal.

   – Você ta parecendo uma zebra com essa roupa. – afirmei com um sorriso meio tordo e sem graça por desmaiar na casa da pessoa que acabei de conhecer.

   – Precisamos conversar. Com urgência, e só tinha essa roupa limpa, cheguei de viagem há dois dias e não deu pra arrumar tudo, só tinha essa limpa. – Seu tom estava seriamente estranho.

   – Foi mal ter desmaiado, eu peço mil desculpas...

   – Não é uma boa hora para desculpas. – Disse ele, interrompendo-me.

   – Mas...

   – No sonho, Azazel disse que precisa de uma coisa que só você tem, herdado de sua mãe.

   – Azaquem? Como sabe o que... – Meu coração começa a bater forte, não vou desmaiar, mas provavelmente ter um infarto.

   – Aquela não é sua mãe, e sim Azazel, um Anjo Caído, ele gosta de se mostrar com a aparência de algum ente querido para depois transformá-lo em uma coisa horrível. Mas o que ele estava falando é serio.

   – Como você... Acho que vou desmaiar de novo. – Impossível, improvável, sem chances de acontecer, duvido, como ele sabe disso tudo, será q ele vê a mente das pessoas? Não. Mais impossível ainda, ou menos, tanto faz, ambos são impossíveis, sem pânico.

   – Sente-se que explicarei tudo. – Disse ele já se sentando.

    Pelo visto acho vou passar a noite aqui, tem muita coisa que eu preciso entender, ou pelo menos tentar. 


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Notas finais do capítulo

Ai, vocês bem que podem da aquele comentário pra ajudar o tio aqui, nunca te pedi nada. Thanks pra quem leu e thanks pra quem não leu também.



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