Paraíso de verão escrita por Tefy


Capítulo 5
Sexta-feira, 18 de Dezembro, 21h15min.


Notas iniciais do capítulo

oi pessoal
Estou na correria, mas aqui está mais um capitulo. Se vc está gostando por favor favorite e comente.
beijos e boa leitura :)



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Sexta-feira, 18 de Dezembro, 21h15min.

No meu final de tarde, procurei ficar deitada no meu quarto lendo, como sempre, e, a noitinha, jantei com minha família uma pizza quatro queijos, enquanto eu os ouvia conversar sobre o dia animado que tiveram hoje e, às vezes, eu soltava algum comentário. Bem agitado, em!

Depois de comer, continuei com meus planos de a tardinha, ao deitar na cama para terminar de ler um dos meus livros preferidos atualmente "Hopeless". Quando por fim pego o ritmo da leitura, o ziguezague e murmúrios irritados da minha irmã pelo quarto me distraem.

— O que está rolando? - Eu pergunto, assim que abaixo meu livro.

Cassie solta um suspiro frustrado e se joga na enorme cama que uma vez fora minha.

— Estou atrasada para a festa e não achei nada legal para vestir. - Reclama ela e eu reviro os olhos.

— Não revire os olhos Caty.

— Eu não revirei os olhos.

— Você fez sim e sempre faz quando não acha alguma coisa importante. - Ela acusa.

— Não faço.

— Ah, você faz sim e está fazendo nesse exato momento. - Ela diz e aí eu percebo que revirei os olhos novamente - Viu só.

— Ok, ok. Vamos focar nos seus problemas. - Digo a fim de mudar de assunto - É impossível que de todo o guarda-roupa que você trouxe não tenha uma roupa legal, Cassie. - Eu digo e me levanto da cama para guardar meu livro na prateleira - Todas as que você tem estão boas. Se arrume logo e vá para a festa. Pronto!

Cassie continua deitada na cama, mas logo se levanta ignorando totalmente a minha sugestão racional.

— Já sei! - Ela levanta um dedo, indicando que teve uma ideia e eu internamente lamento por que conheço bem esse olhar, que uma vez me deu 15 dias de castigo.

 15 dias sem livros e internet.

 15 dias de tortura.

— Não, não e não, Cassie.

— Ah, vamos lá Caty. Por favor, por favor. Só um vestido. Tem que ser aquele, ele é perfeito. Eu nunca mais te peço nada. Juro. - Ela implora fazendo biquinho e passa os braços em volta de mim, apertando-me. Só pode estar mesmo desesperada porque ela faz isso apenas nesses casos. - Eu preciso de você. Por favor. É uma festa super popular aqui, não posso ir de qualquer jeito.

Eu fico em silêncio por alguns segundos pensando se realmente vale a pena sacrificar minha leitura por ela, até que por fim tomo minha decisão.

— Ok. - Eu cedo e ela logo se solta de mim dando pulinhos em comemoração. Engano dela se pensa que seria assim tão fácil - Mas... - Acrescento e seus pulos rapidamente cessam e ela volta a me olhar. Tenho que me esforçar para controlar o riso que quer escapar dos meus lábios com sua reação ao que direi - Você vai lavar toda minha roupa suja durante uma semana.

Cassie faz um careta e cruza os braços.

— Nem pensar...

— É pegar ou largar, querida. É você que precisa de mim e não o contrario. - Eu sorrio e estendo a mão - Temos um acordo?

Cassie encara a minha mão, avaliando, pensando, mas, como esperado, após alguns minutos ela relutantemente a aperta selando nosso trato.

— Só porque eu odeio lavar-roupa. - Ela murmura com a cara fechada.

Eu rio e solto sua mão.

— Só por que juntei roupas-suja para um mês. - Digo assim que me retiro de sua frente e escuto Cassie gemer em protesto me fazendo tortura-la ainda mais quando solto minha risada maléfica.

Saio do quarto silenciosamente com Cassie ao meu encalço. Ao parar na porta do quarto onde meus pais estão dormindo eu listo os meus objetivos para quando entrar lá dentro.

1° Entrar no quarto sem fazer barulho.

2° Não ser pega.

A última vez que fiz isso e com essa mesma lista em mente, eu fiquei quinze dias de castigo e prometi a mim mesma que não faria novamente se me custasse tão caro, mas, cá estou eu novamente.

Nunca cumprindo minhas promessas.

— Qual vestido você quer? - Eu perguntei para Cassie ao meu lado.

— Fala baixo você não quer acorda-los - Cassie sussurra e eu faço uma careta - Eu vou querer o vestido amarelo curto.

Eu faço uma cara de descrença.

— Você sabe que esse vestido é o favorito da mamãe, né? - Eu a lembro caso tenha esquecido esse pequenino detalhe.

— Eu sei. E daí? - Cassie cruza os braços e diz indiferente. Às vezes ela é tão inconsequente.

— E daí que ela vai te matar se descobrir.

— Não, ela não vai me matar por que não vai descobrir. - Cassie diz convicta e eu suspiro.

Ela disse a mesma coisa da ultima vez.

— Lembra o que aconteceu com o vestido preto dela? - Eu lembro, mas pela expressão em seu rosto, Cassie continua sem recordar daquele episódio - Você rasgou o vestido e então, para salvar sua pele, eu tive que culpar o meu pobre gatinho e que por isso ela deu embora! — Digo com todo rancor possível.  Eu mal havia ganhando o gatinho e tive que despacha-lo por causa de um vestido.

Ele era meu amigo mais íntimo.

Decepcionante, Caty.

— Você não vai esquecer isso?

— Nunca.

— Ok, pensa bem, agora você não tem gato para culpar e dar embora. - Ela diz e eu bufo.

— Você que deveria entrar lá dentro e buscar esse vestido. - Eu reclamo e Cassie me olha como se eu fosse idiota.

— Você sabe que eu sou a campeã do desastre. É mais fácil um cachorro entrar ai sem fazer barulho do que eu.

Pior que é verdade.

— Obrigado pela parte que me toca. - Eu digo e Cassie da uma risadinha - Eu odeio fazer isso. Você sabe né?

— Ah, qual é Caty? Não vai dar para trás agora. Eu preciso de você. - Ela diz, mas ainda não me dou por vencida e ela suspira - Olha, odeio sequer lembrar isso, mas pense em toda sua roupa lavadinha, hã?

Se for pensar assim até que vai.

— Está bem. Eu vou. - Murmuro e ela bate palminhas de leve e eu faço uma careta por que o som foi mais alto do que o esperado.

Muito lentamente eu giro a maçaneta da porta que faz um leve rangido quando eu a empurro, nada muito perceptível. Então, como a ninja que sou e com passos completamente calculados e silenciosos, caminho pelo quarto dos meus pais. Observo por um breve momento o perímetro e vejo que os dois estão dormindo tranquilamente na cama, mas todo o cuidado é pouco já que minha mãe tem o sono leve. Assim que chego ao closet antigo, suavemente abro a porta e entro.

Ótimo.  1° parte do plano cumprida. Até agora, pois, quando dentro, encontro o espaço completamente escuro e tenho certeza que ligar a luz aqui dentro seria como renunciar a missão.

Droga!

Sorte que me lembrei de trazer o celular, então ligo a lanterna dele e começo a procurar, dentre as muitas roupas que minha mãe trouxe, o vestido amarelo. Sem querer, esbarro em uma caixa de sapato, derrubando-a no chão. Fico imóvel, pois esse barulho não foi tão imperceptível. Ouço passos pelo quarto e então rapidamente encosto-me ao canto do closet e vejo a porta ser aberta e a luz acesa do cômodo acesa. Nessas horas parece que até a respiração é uma sirene e tento ao máximo controlá-la. Escondida pela porta, não posso identificar direito se é meu pai ou minha mãe, mas quando ouço murmurar "Estranho" reconheço na hora a voz do meu pai e torço internamente para ele fechar a porta e voltar a dormir o que, por sorte, é exatamente isso que ele faz.

Espero alguns minutos e logo solto um suspiro de alívio e volto a procurar o vestido. Assim que o acho impecavelmente dobrado na gaveta, verifico pela fresta da porta se meus pais estão deitados dormindo e lentamente saio do quarto.

— Até que não foi difícil. - Eu digo para mim mesma, enquanto caminho pelo corredor.

— Não se esqueça de devolver amanhã. Ela vai usar para jantarmos. – Eu de repente escuto a voz do meu pai dizer e paro de andar na mesma hora, arregalando os olhos.

Quando me viro, esperando encontrar a fúria do meu pai, sou surpreendida pela porta sendo fechada.

2° parte do plano: plausível.

Parece que eu não sou a ninja que pensava ser.

Uma pena.


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Notas finais do capítulo

Oiii
Digam o que acharam seus lindos . ;))))))
E no próximo capitulo, Caty vai receber uma ligação de madrugada. Quem vcs acham q é?
bjsss e até depois.
Obrigada a quem esta acompanhando a historia. Já te amo