Paraíso de verão escrita por Tefy


Capítulo 2
Sexta-feira, 18 de dezembro, 12h30min.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal :)
Estou aqui com mais um capitulo e espero que alguém esteja lendo.Logo mais eu posto o próximo que é quando as coisas começarão a funcionar.
Boa leitura e perdoem qualquer erro
;3



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Sexta feira, 18 de dezembro, 12h30min.

Assim que terminei de guardar minhas roupas e trocar meu Jeans e blusa de alcinhas por um biquíni preto e simples, finalmente, desci as escadas para o piso inferior.

 A casa em que estamos hospedados este ano é realmente bonita, eu notei assim que observei com mais atenção. O andar superior é bem dividido com dois quartos com varanda, sendo um deles uma suíte que, é claro, não é a que estarei dormindo este final de semana. A parte inferior da casa possui um hall de entrada e uma cozinha ampla com enormes armários de madeira.

Andei em direção ao outro cômodo o que, provavelmente, era a sala de estar e encontrei meus pais sentados em um confortável sofá branco com um pequeno Chaise¹ no lado direito. Papai estava com o braço ao redor do pescoço da mamãe e ambos assistiam a um jogo de futebol no canal ESPN², enquanto cochichavam, vez por outra, algo que eu não conseguia ouvir de onde estava parada.

Estranhei o fato de os dois estarem sentados ao invés de estarem preparando o almoço, visto que foi para isso que nos chamaram. E o fato de a cozinha estar intocável só prova que eles ao menos foram para lá.

Adentrei no cômodo e meus pais viraram a cabeça ao ouvirem meus passos.

— Então, o que vai ser de almoço?

— Ah, finalmente terminou. – Mamãe reclamou – Você demorou muito. Eu não sabia que tinha trazido tanta coisa.

Revirei os olhos interiormente, mas não me preocupei em corrigir o fato de que eu mal trouxe roupas, comparado a Cassie e que, na realidade, passei a maior parte do meu tempo lá em cima cochilando, ao invés de guardando minhas coisas. Eu simplesmente as joguei dentro do guarda-roupa ao notar que havia dormido demais e que logo mamãe invadiria o quarto soltando fumaça pelas narinas se eu não me apressasse em descer.

— Uh, sim. Eu trouxe tantas roupas. – Eu sentei no braço do sofá ao lado do meu pai – Chegou a ser sonolento arrumar a todas elas.

Mamãe me olhou desconfiadamente, enquanto papai simplesmente assentiu e se levantou do sofá. Ele ergueu o pulso e ao olhar em seu relógio franziu a testa.

— Já deveríamos ter saído. Se demorarmos mais, vamos perder os melhores frutos do mar do Jack’s. Eu estou com uma vontade de comer camarão.

Confusão me fez balançar a cabeça.

— Espera, nós vamos sair para almoçar?

— É claro.

— Pensei que íamos comer aqui?

Papai ri como se eu tivesse soltado a piada mais engraçada do mundo e beija minha testa.

— Mas é claro que não, Kit Cat. – Ele diz alegremente assim que se afasta e contorna o sofá – Você já deu uma olhada no dia lá fora. Está lindo! Ficar em casa em um dia como esse seria um desperdício. – Ele anda em direção à saída da sala de estar e, sem se virar, diz em voz alta – E, além do mais, eu amo comer no Jack’s.

Eu solto um suspiro pesado e reviro os olhos, entediada. Todos os anos que viemos a Sea Breeze, papai almoçou no Jack’s e eu não deveria estar surpresa com sua escolha de restaurante dessa vez. Crianças birrentas chorando, casais se atracando e pessoas praticamente seminuas são algumas das coisas que eu sempre enfrentava quando comíamos no Jack’s e meu humor, atualmente, estava péssimo para ter que suportar tudo isso.

Eu resmunguei.

— Maravilha.

Só me dei conta de que mamãe ainda permanecia na sala comigo quando seu braço direito envolveu o meu, assim como as amigas adolescentes fazem quando querem compartilhar um segredo.

Nós andamos de braços dados em direção ao hall e mamãe me deu um sorriso consolador. 

— Ah, vamos lá querida. - Ela me dá um leve um empurrão com o ombro a fim de me animar – Será divertido. Você poderia fazer algo mais legal esse ano além de ler livros.

Então, é disso que se trata.

— Mãe. – Eu pronunciei de maneira enfática para tentar inculcar em sua cabeça algo que repeti um trilhão de vezes desde que ela me deu a notícia de que estaríamos viajando para cá mais um ano seguido - Não há nada mais legal para fazer do que ler meus livros. 

Ela me lançou um olhar severo.

— Bobagem, Caty. Tem muitas coisas que você poderia tentar fazer aqui.

— Como o que?

Ela fez uma pausa, pensando.

— Bem, você poderia dar mais do que um mergulho na praia. Fazer uma caminhada. Conhecer pessoas. – Ela oferece e em seguida aproxima o rosto do meu ouvido – Tem uns jovens bonitos nessa praia.

Eu reviro os olhos e quase sinto vontade de rir ao notar suas bochechas levemente coradas, não contestando o fato de haver garotos bonitos em Sea Breeze.

Sou quieta, não cega.

— É claro, mamãe. – Concordo sarcasticamente - Eu poderia fazer isso já que eu sou uma pessoa incrivelmente sociável e amigável.

— Você poderia tentar.

— Eu passo.

Mamãe suspira tristemente com minha recusa as suas opções e desengancha o braço do meu assim que saímos para o lado de fora da casa. O céu azul e límpido e o sol estatelado do meio-dia forçam meus olhos a se adaptarem com a luminosidade.

Culpa deveria me corroer ao deixar minha mãe chateada, mas o fato dessa situação sempre se repetir quando vamos a algum lugar público, provavelmente, deixou o meu coração peludo.

Observando o quintal, localizo papai retirando do porta-malas do carro a bolsa de praia da mamãe e entregando-a a ela.

Eu me aproximo dos dois e pergunto:

— Onde está Cassie?

Papai bate o porta-malas e aciona o alarme antes de responder:

— Ela está ali. – Ele aponta para o lugar em que Cassie está e suspira. – Ela disse que ia fazer uma ligação rápida para suas amigas, mas está ali a mais minutos do que eu poderia contar.

Próxima à cerca lateral, Cassie brinca com os galhos e flores roxas de uma árvore cuja raiz pertence à casa vizinha, mas que despenca para o nossa lado do quintal. A bonita casa ao lado está quieta e não parece haver pessoas morando já que as janelas estão fechadas. Ou eles estão dormindo, o que eu acho improvável, pois com o calor escaldante do verão apontando para sua janela, dormir em uma casa fechada seria a pior coisa a se fazer.

Desvio meu olhar da casa para focar em minha irmã e o sorrisinho que vejo em seu rosto enquanto fala ao telefone só prova que não é com suas amigas que ela está conversando.

— Cassie! – Papai grita e Cassie ergue o olhar em nossa direção – Vamos, querida! Nós já estamos atrasados.

Cassie revira os olhos e troca mais algumas palavras no telefone antes de desligar e desliza-lo para dentro do bolso de seu short. Ela caminha em nossa direção e sorri.

— E ai, família divertida. Vamos?

Com todos juntos, caminhamos pela estrada pedregosa até o restaurante a beira-mar que sempre frequentamos. O bom é que não precisamos usar o carro para ir até lá, visto que a casa em que estamos hospedados este ano fica próxima a ele.

Mamãe suspira logo atrás de mim.

— Como eu amo vir aqui. – Ela sorri e entra no meio de Cassie e eu, passando os braços em torno de nossos pescoços e nos apertando fortemente contra seu peito.  – Vocês não amam este lugar também?

Cassie e eu nos entreolhamos.

— Claro, mamãe. Nós amamos isso aqui. – Ela responde e eu dou um cutucão em suas costas pela falta de emoção em sua voz. Cassie me ignora – Agora você pode nos soltar. Acho que meus ossos estão sendo esmagados.

Eu e papai damos um meio sorriso e mamãe nos libera de seu aperto. Ela passa as mãos na frente de seu vestido florido, se recompondo.

— Desculpe. É que eu estou tão feliz que estamos aqui de novo. Juntos. – Ela suspira. – Finalmente relaxar.

O alivio em seu comentário é visível. Mamãe havia arranjado um emprego que estava consumindo tanto de seu tempo e energia que posso contar nos dedos os fins de semana que ela passou em casa descansando. Por isso, estas nossas férias de três dias se tornaram ainda mais aguardadas.

Pelo menos alguém tiraria proveito disso.


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Notas finais do capítulo

NOTAS EXPLICATIVAS:
¹ Chaise: Uma parte mais comprida do sofá que serve para apoiar os pés.

² ESPN: ESPN, anteriormente sigla para Entertainment and Sports Programming Network, é uma rede de TV por assinatura dos Estados Unidos dedicada à transmissão e produção de programas esportivos 24 horas por dia.


Oieeeee
Então leitoras(e) Se é que tem alguém ai, né hsushsussh
Não esqueça de favoritar e comentar. Quero muito saber o que vcs estão achando
bjsssss da tefy :))))
E daqui a pouco tem mais



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