Paraíso de verão escrita por Tefy


Capítulo 18
Sábado, 19 de Dezembro, 15h10min.


Notas iniciais do capítulo

Oiiii meus amores
Hoje é segunda e, como já faz uma semana que não posto capitulo, vim trazer-lhes esse. Uma semana passa rápido, né?
Bom, espero que aproveitem o capitulo e já lhes adianto que essa treta esta "séria"
Bom leitura ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/680963/chapter/18

Sábado, 19 de Dezembro, 15h10min.

Pode ter passado segundos. Minutos. Horas. Mas eu não sabia ao certo quanto tempo passou. Não, eu havia perdido totalmente a noção do tempo e espaço assim que os lábios macios de Alec colidiram com os meus em uma explosão de desejo reprimido.

Quando nossas bocas se separaram, ambos estávamos ofegantes. Os lábios de Alec, assim como provavelmente os meus, se mostravam inchados e levemente avermelhados, devido à intensidade de nosso beijo. Alec afastou o corpo do meu em seguida e caiu no chão arenoso ao meu lado, enquanto eu permaneci imóvel e com a respiração entrecortada. Seu ombro encostou-se ao meu e eu deveria empurra-lo para longe, porém nada consegui fazer.

Eu havia beijado Alec. Esse é o fato que toma conta de todos os meus pensamentos agora. Assim também como o pior de todos, o que eu mais temia, caso isso viesse a acontecer: Eu gostei. Muito.

É isso o que me deixa mais irritada.

— Caramba. - Alec murmura após um breve período de silêncio e noto que sua respiração ainda está ofegante - Isso foi ótimo. Mais do que ótimo.

— Você não deveria ter feito isso.

— Por quê? Foi sensacional. - Ele elogia satisfeito e seu comentário me irrita.

Eu não deveria estar me sentindo assim por que realmente o beijo fora ótimo. Arrisco-me até a dizer que foi o melhor beijo que já recebi de alguém. Acho que é isso o que me enfurece, porém.

Abro meus olhos e rapidamente me levanto do chão, sem encarar Alec.

— Caty, o que você está fazendo? - Ele pergunta curiosidade presente em sua voz, mas eu permaneço em silêncio.

Procuro ao redor a minha bolsa e a encontro próximo do barranco que acabara de cair. Sinto o olhar intenso de Alec queimando em minhas costas assim que ando até ela. Passo a alça da bolsa sobre o ombro direito e a passos largos vou me afastando de Alec. De seu corpo. De seu beijo.

Adentro no primeiro caminho que encontro, não me preocupando se ele é seguro ou não, segundo o mapa. Escuto os passos pesados de Alec ao meu encalço e, quando menos espero, estou sendo puxada pelo pulso.

— Caty, por que você está tão irritada? - Alec pergunta e quando ergo meus olhos para encará-lo encontro irritação nos seus, também.

— Você não deveria ter me beijado. - Respondo minha voz fria enquanto tento me soltar do aperto de sua mão.

— Por que, caty? - Ele diz indignando - Qual o grande problema em beijar você? Por acaso tem alguma doença infecciosa que eu não saiba?

Eu suspiro profundamente e tento me livrar de sua mão novamente, mas Alec só torna a firmar o seu aperto sobre meu pulso.

— Você não devia ter me beijado. - Repito - Isso não deveria acontecer. Eu não queria que isso acontecesse.

Alec cerra a mandíbula e desvia o olhar do meu rosto, focando em algum ponto adiante na floresta. Noto que ele está pensando. Quando volta a me encarar, um sorriso nada feliz está presente em seu rosto.

— Que eu saiba em nenhum momento você disse não. - Acusa ele e eu faço uma careta.

— Eu disse.

Alec nega com a cabeça.

— Não, você não disse. Você apenas tentou me afastar, mas você não disse não.

— Eu... Eu... - É só o que eu consigo pronunciar quando a lembrança retorna a minha mente. Realmente, em nenhum momento, quando os lábios de Alec entraram em contato com os meus eu disse a palavra "não".

Droga!

— Mas eu não queria. - Eu insisto e com um tranco, retiro minha mão do aperto de Alec e cruzo meus braços.

Alec me encara e sorri. Não um sorriso alegre. Não, o que está presente em seus lábios é um sorriso debochado. Um sorriso que eu bem conheço, pois é o que eu mais sei esboçar e que me irrita vê-lo em seus lábios. Ele aproxima o corpo do meu e eu foco em algum ponto no chão, tentando me fazer indiferente a sua proximidade, quando, na verdade, meu coração dá um salto apressado.

— Admita Caty. - Ele pede com sua voz séria e assumindo um tom repreendedor em seguida - Pelo menos uma vez diga a verdade e pare de ser orgulhosa.

O seu comentário duro me enfurece. Ele não tem o direto de me dizer o que eu quis ou não fazer.

— Quer saber Alec? Foda-se você. - Eu digo com a voz controlada e acredito que meus olhos estão soltando faíscas nesse momento, pois Alec recua um passo - Eu não preciso admitir nada para você e nem para ninguém!

Eu me viro em seguida e tento me afastar de Alec o mais rápido possível. No entanto, tão rápido quanto me dou conta, Alec aparece de repente na minha frente e eu bato o rosto em seu peito sólido. Ele passa as mãos ao redor da minha cintura e pressiona meu corpo no seu.

— Você precisa. - Ele diz e seus olhos azuis adquirem um brilho intenso - A partir do momento em que você retribuiu o meu beijo, você deve isso a mim.

Minha respiração está acelerada e tento empurra-lo para longe de mim e, por incrível que pareça, Alec cede e se afasta sem muito esforço.

Eu respiro fundo e tento organizar meus pensamentos ao focar nas altas árvores acima de nós, antes de finalmente ceder e responder.

— É isso que você quer ouvir? Então, aqui está: Eu queria te beijar, Alec. Muito. - Respondo e pela primeira vez sou sincera sobre alguma coisa disso tudo - Mas, ao mesmo tempo, eu não queria.

Alec me encara e inclina a cabeça. Noto pelo seu olhar azul, que ele está confuso. Não entende minha declaração. Solto uma respiração cansada.

— Para que tudo isso que você está fazendo? Do que adianta ficar aqui junto de minha família? Resta apenas um dia Alec e logo eu irei embora. Por que se esforçar? - Eu pergunto e não consigo encontrar respostas significativas para tais perguntas.

— Eu não sei Caty. - Alec diz e passa a mão nos cabelos. A frustração é evidente em seu semblante agora e noto que essa é a primeira vez que nenhum de nós solta alguma piada sobre que esta acontecendo - Eu não sei o por quê Caty. Eu apenas sei que quando a vi pela primeira vez fiquei curioso e quis conhecer a garota séria e linda que lia um livro.

— E você conheceu. - Respondo com um sorriso cansado - Ela é uma garota careta e antissocial e que não sabe conversar com as pessoas sem afasta-las. Ela não faz nada de empolgante em sua vida a não ser ler. Sinto muito que tenha se decepcionado, mas ela não é nada de especial.

Assim que essas palavras deixam minha boca, passam a ecoar entre as árvores. Já não é possível escutar o leve piar dos pássaros. Parece que até mesmo eles resolveram ficar em silêncio e prestar atenção em nossa cena ali.  Uma expressão dura toma conta do rosto de Alec e ele cerra a mandíbula com minha declaração sobre eu mesma. Desde o curto tempo em que passamos juntos, nunca o vira com uma expressão tão severa em seu rosto até esse momento.

Ele está com raiva. Muita.

Com apenas dois largos passos, Alec fecha a distância que nos separa. Ele deposita suas duas mãos, uma de cada lado, no meu rosto, fixando meu olhar na imensidão azul que é o seu.

— Nunca mais se desvalorize assim, Caty. - Ele diz duro.

Eu encolho os ombros.

— É apenas a verdade.

— Sim, ate pode ser a verdade. - Alec concorda e eu faço uma careta - Você é a garota mais implicante que eu conheci na minha vida. Consegue ser mais teimosa que meu irmão e mais orgulhosa do que qualquer pessoa...

— Acho que já entendi o que você quis dizer, Alec. - Eu faço uma cara de desgosto com suas palavras - Não precisa esculachar, também.

Alec sorri; mas logo a seriedade assume seu rosto.

— E você também é a garota mais linda que eu já conheci. A garota com quem estive nesse meio tempo é autêntica. Divertida quando você a conhece. Ela é independente e tem uma determinação de ferro. Além de ser muito teimosa. - Ele inclina a cabeça e sorri e eu reviro os olhos - Essa é garota que você me mostrou. Você me mostrou e, acredite, eu gostei do que vi.

Por mais que possa notar a sinceridade transbordar de suas palavras e de seu olhar, ainda me recuso a ceder.

— Não, não sou assim. - Replico e Alec ergue uma sobrancelha - Tudo bem, só a parte da teimosa - Alec ergue a outra sobrancelha agora e eu reviro os olhos - Está bem. E sobre tudo o que você disse no início, mas o resto que você falou sobre mim esta idealizado.  Você me conhece há apenas um dia...

— Eu sei disso. - Alec diz encarando-me - E em apenas um dia, você conseguiu me intrigar, Caty. Como isso foi possível? Você me mostrou a garota que você é.

Eu suspiro e fecho meus olhos e fico em silêncio tentando compreender o que suas palavras podem significar para mim.

— Eu vou embora amanhã. - Comento após alguns segundos de silêncio - Por que insistir se amanhã eu já não vou estar aqui?

Alec permanece em silêncio e quando penso que ele não vá responder minha pergunta, sinto seus dedos polegares, que ainda estão pressionados contra meu rosto, acariciarem levemente minha face.

— Por favor, Caty, abra os olhos.

Eu não deveria abrir meus olhos. Eu não deveria querer abri-los. No entanto, eu ignoro a vozinha que persiste em sussurrar a minha mente e coração o que fazer.

Eu abro os olhos.

Deparo-me com o olhar de Alec vagando pelo meu rosto cuidadosamente. Assim que retorna a focar seu olhar em meus olhos, um sorriso brilhante toma conta de seus lábios. E por mais que odeio admitir, eu gosto desse sorriso.

— O amanhã é só amanhã, Caty. Deixe que ele fique para depois. Vamos aproveitar o tempo que ainda temos. - Ele diz e seus olhos fazem uma súplica silenciosa - Me deixe mostrar a você como fazer um bom tempo aqui, Caty. Por favor.

Minha resposta imediata seria não. Sempre é não. Uma única e simples palavra que tem o poder de decidir grandes e pequenas situações e que, mais uma vez, assim como em toda a minha vida até agora, está presente em meus lábios, pronta para ser pronunciada. Ela coça em minha garganta pedindo liberdade, porém minha boca se recusa abrir e deixa-la ir. Minha boca luta em permanecer fechada travando uma batalha com minha mente que insisti em pronunciá-la. O que elas não esperavam, contudo, era que meu coração tomasse uma decisão pela primeira vez.

— Tudo bem.

Mal sabia eu que essas duas outras simples palavras poderiam mudar o meu verão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olá minha gente linda ^^
Então, esses últimos capítulos estão repleto de emoções, não é verdade? Como alguns de vcs previram, a Caty deu uma leve surtada e agora podemos compreender alguns de seus pensamentos e, finalmente, ela cedeu pela primeira vez. Claro que nada é tao fácil assim e logo vcs saberão as tretas dos próximos capítulos.
Um beijo e gostaria de agradecer aos lindos comentários do capitulo passado. Fiquei mega feliz ao saber que vcs gostaram beijo ;)
Não esqueçam de comentar aqui, viu?
Beijinhos da Tefy*3*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Paraíso de verão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.