Paraíso de verão escrita por Tefy


Capítulo 17
Sábado, 19 de Dezembro, 14h30min.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal :)
Gente, eu não deveria estar aqui hj. Eu deveria postar esse capítulo na quarta-feira, mas eu não consegui me conter. Eu tive que vir aqui postar. Eu espero que gostem do que preparei e nos vemos na notas finais.
Boa leitura a todos ^^



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Sábado, 19 de Dezembro, 14h30min.

Por mais que eu deveria me importar com o fato de Alec se encontrar com o rosto pressionado contra meus peitos, nada consigo fazer. Após alguns minutos de silêncio, ele levanta cabeça do meu busto e pergunta:

— Você está bem? - Sua voz soa preocupada, contudo eu ainda não tenho coragem de abrir os olhos.

Solto uma risada sem humor e levo minhas mãos ao rosto, cobrindo-o. Eu devo ser a pessoa mais desastrada desta terra.

— Não, eu não estou nada bem. - Murmuro em resposta - Eu acabei de cair de um barranco lamacento e parece que meu orgulho acabou de despencar comigo. Como você acha que eu devo estar me sentindo?

Escuto a risada divertida de Alec com meu comentário e eu bufo irritada, contendo a súbita vontade de erguer meu punho e acertá-lo com ele.

— Isso não é engraçado, Alec.

— Ah, é sim. - Ele diz e torna a rir mais uma vez, porém, quando nota que eu permaneço em silêncio, ele suspira - Caty abra os olhos.

— Não.

— Por favor? - Sua voz é gentil agora e lentamente retiro minha mão do rosto.

Deparo-me com a face bronzeada de Alec a pouca distância assim que abro meus olhos e, quando noto o sorriso que assume seu rosto, porém, eu lamento ter feito isso.

— Pense pelo lado positivo: No final de tudo, pelo menos eu te salvei. - Ele diz orgulhoso e eu reviro os olhos.

— Você é um idiota.

— Eu sei.

Eu respiro fundo e levo minhas mãos ao rosto novamente, mas sinto que o constrangimento da situação foi embora com a reação descontraída de Alec, contudo, agora minha mente toma total consciência de que Alec ainda se encontra com o corpo pressionado contra o meu. Seu abdômen esculpido em cima do meu. Seu rosto e mãos ao meu redor e isso é o suficiente para me fazer abrir os olhos de imediato.

— Acho melhor você sair de cima de mim. Agora. - Eu peço com a voz dura e Alec me encara.

— Por quê? - Ele sorri maliciosamente e desce o olhar pelo meu corpo - Eu gosto da imagem de você assim, embaixo de mim.

Sinto meu rosto esquentar com suas palavras e meu corpo estremecer. Eu não deveria me importar com o que sai de sua boca. Deveriam ser apenas palavras. Sem esse efeito delirante. Contudo, o fato de suas palavras me afetarem, só me desespera ainda mais. Por isso, para tentar afastar seu corpo do meu e assim também como essa sensação estranha que apenas Alec me proporciona, eu grito. Eu grito com toda a força que meus pulmões possuem.

— AHHHH!!!

Percebo quando o susto e uma careta de desgosto tomam conta do rosto de Alec e logo suas mãos fecham minha boca, abafando meus gritos estridentes.

— Deus! Você está louca? - Pronuncia ele, olhando-me confuso e tento mandar ele ir se catar, mas sua mão continua pressionada contra meus lábios.

Aos poucos meus gritos cessam e Alec retira a mão lentamente dos meus lábios. No entanto, assim que me vejo livre dele, volto a gritar novamente, só que dessa vez bem mais alto. Se é isto possível. Alec balança a cabeça e grunhi em seguida, antes de depositar sua mão novamente em minha boca.

— Você vai parar? - Ele pergunta e eu balanço cabeça de um lado para o outro, pois não consigo pronunciar nenhuma palavra no momento, devido a sua mão pressionada em meus lábios. - Ótimo. Então, eu vou ficar aqui em cima de você e com a mão em sua boca. E, vai por mim, isso não é nem um pouco ruim. Eu até gosto. - Alec sorri e eu cerro os olhos para ele.

Tento empurrá-lo usando as mãos, mas ele permanece firme com seu enorme corpo em cima de mim. Balanço a cabeça freneticamente a fim de tentar me livrar de seu aperto, porém, também é em vão. Eu bufo irritada e tento agora usar os dentes já que a força física não deu muito certo.

— Não, não. - Alec balança a cabeça quando tento morder a mão dele e eu suspiro.

Deus, ele é persistente!

Eu o encaro profundamente pensando que logo ele vai desistir desse joguinho idiota que estamos jogando e me soltar, porém, a determinação presente em seu olhar me diz completamente o contrário. Ele ficará aqui para sempre se eu deixar. Eu bufo irritada, ao notar que terei de ceder para dar fim a isso. Levo minhas mãos ao alto em rendição, indicando assim que se ele me soltar eu vou parar. Alec me encara desconfiado e, um pouco relutante, ele retira as mãos lentamente da minha boca. Quando estou completamente livre dele, dou uma risadinha e Alec me encara, confusão presente em seu olhar com minha reação. Ele logo a entende, porém, quando eu fecho minha mão em um punho e acerto o estômago dele. Alec solta um suspiro e leva sua mão no lugar em que o atingi. Aproveito o momento e empurro seu corpo de cima do meu e ele caiu duro ao meu lado. As pressas eu levanto do chão e tento fugir, mas sinto os dedos de Alec fecharem ao redor do meu pulso e me puxarem bruscamente até ele. Agora estou sentada em cima de Alec, com as duas pernas ao seu redor e sua mão prendendo firmemente minha cintura.

— Você tem que parar de me bater. - Ele diz e eu solto uma risada sem graça.

— No dia em que porcos voarem - Respondo debochada - Ou quando você decidir parar de me tocar.

Alec me encara parecendo, realmente, refletir em minhas palavras.

— Bom, como nenhuma das duas coisas vai acontecer, acho melhor eu ir me acostumando com seus golpes. - Ele responde e eu reviro os olhos e tento me levantar de cima dele em seguida. Contudo, as mãos de Alec seguram minha cintura.

— Me solta! - Eu vocifero, adquirindo um olhar mortal em meu rosto. Alec não parece se mostrar afetar por ele, no entanto, pois seus olhos vagueiam descaradamente sobre meu corpo mais uma vez.

— Por quê? - Ele diz e sorri - Eu gosto da imagem de você assim, também. Em cima de mim.

Eu semicerro os olhos tentando ignorar a agitação em meu corpo novamente e, quando menos espero, Alec torna a nós rolar pelo chão, ficando por cima de mim.

— Mas eu ainda prefiro assim. - Ele diz. Suas duas pernas estão ao me redor uma de cada lado e noto que ele faz um esforço para não me esmagar com seu enorme corpo. Alec é maior do que eu uns dez centímetros de altura e provavelmente mais pesado uns vinte quilos. Claro, todos esses quilos muito bem distribuídos em seu belo corpo. Sua mão roça levemente a pele exposta de minha barriga e eu estremeço com o toque suave de seus dedos. E, em seguida, não consigo pronunciar uma única palavra quando ele leva o rosto até meu pescoço. Ele está me cheirando.

Deus!

— Foi assim que você imaginou? - Ele sussurra e confusão toma conta do meu olhar - Eu em cima de você? Passando a mão em seu corpo? - Ele esclarece, subindo sua mão pela minha cintura, erguendo minha blusa e eu preciso controlar a respiração quando pareço sentir seus lábios pressionarem levemente contra o meu pescoço.

A compreensão me atinge logo em seguida, porém. Cassie traidora. Ela lhe contou o que eu supostamente disse ter acontecido na casa de Alec na madrugada passada. Uma mentira, no entanto. Nada havia acontecido em sua casa.

— Não. - Eu respondo e minha voz soa amolecida e rouca. Eu respiro fundo. Não sei o que há de errado. - Você estava me beijando.

Alec levanta a cabeça abruptamente do meu pescoço e eu dou graças a Deus, pois estava a ponto de enlouquecer com as carícias de seu nariz ali. Ele encara meus lábios por um breve momento, antes de focar em meus olhos.

— Não tem problema. Eu resolvo isso.

Com isso dito, Alec colide seus lábios duramente nos meus. Eu tento, com todas as forças que ainda me resta, empurrá-lo de cima de mim. Contudo, elas não são suficientes para me incentivar a fazer mais do que isso e, quando me dou conta, estou agarrada a sua camisa, correspondendo ao seu beijo desesperado.

Sua boca se mexe de modo frenético contra a minha. Nossos lábios parecem travar guerra um com outro pela intensidade com que nos beijamos. Suas mãos deslizam pelo meu corpo, deixando rastros quentes a onde seus dedos encostam. Um ardor gostoso, porém. Minhas mãos, que antes o empurravam, agora estão enroscadas em seu cabelo castanho, puxando-o mais para perto de mim, como se eu não conseguisse o suficiente com o beijo e que sua proximidade vá resolver isso. Por mais que meu histórico de beijos, obviamente, não seja uma grande lista, posso dizer que nunca me senti assim. Nunca senti tal euforia em um beijo. Nunca beijei desse jeito e nunca fui beijada de tal maneira e, agora, eu estou beijando Alec. Beijando Alec. Quando acordei essa manhã, estava determinada a ignorá-lo e agora estou beijando-o com toda a força e não querendo parar tão cedo.

Maldito corpo traidor.


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Notas finais do capítulo

Meus queridos leitores, esse é o momento de surtar. Após 16 capitulos, finalmente Alec beijou a Caty!!! ELE BEIJOU ELA.
PESSOAL SURTEM AÍ NOS COMENTÁRIOS PARA MIM.
Falando em comentários, gente, quero agradecer aos do capítulo passado e também aos novos leitores que favoritaram a fanfic, Dépaysement. Thank you e seja bem vindo ;)
LUA, minha querida, cadê vc nos comentários meu amor? Ainda está viva? Sentindo sua falta. ♥
Um beijo a todos e no próximo capítulo teremos uma treta cheia de emoções. Aguardem. :)
Bjs da Tefy *3*