Anjo das Trevas - 2ª temporada escrita por Elvish Song


Capítulo 15
Resolvendo tudo


Notas iniciais do capítulo

Olá! Sim, eu sei que demorei, que o capítulo não está muito longo, e mais um monte de quês... Mas peço perdão a vocês, que a faculdade está me matando, e realmente estive sem inspiração para essa fic. Mas já tenho traçados os próximos capítulos que, espero, vocês vão gostar!



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Um instante de tensão permaneceu no ar, antes que Christine reagisse de modo instintivo, colocando-se entre os homens, receosa de um enfrentamento. Erik, porém falou em seu tom mais cordial:

— Não se preocupe, Viscondessa. Não darei a você ou a minha esposa o dissabor de um confronto do qual, inevitavelmente, eu sairia vencedor.

— Assim você pensa – rosnou Raoul. A tensão no ar era quase palpável, mas Annika não era Christine; ela não precisou se colocar no meio de ambos. Sua voz soou com autoridade e zanga, quando se colocou ao lado dos cavalheiros:

— Se já terminaram de representar papéis ridículos, como crianças birrentas apegadas a uma briga antiga, poderemos conversar civilizadamente, como adultos. – ambos a fitaram, surpresos com a tranquilidade e firmeza de sua voz – ou, é claro, posso fazer como faço com as crianças da escola, e pôs a ambos de castigo, até que relembrem a idade real que têm.

De imediato um rubor intenso subiu ao rosto de Raoul, enquanto Erik desviou os olhos, constrangido. Mas que droga, Annie! Ela o fizera passar do temível Fantasma da Ópera a um garotinho repreendido em dois segundos! Vendo o desconcerto de ambos, ela sorriu:

— Ótimo. E agora que estamos entre adultos... Por que não seguimos até minha sala, para uma conversa particular? - Ela foi até as filhas, que começavam a despertar, e pegou ambas no colo, voltando para junto dos demais. Sem cerimônia, entregou uma delas a Erik, e avisou:

— As meninas ainda estão acordando, então, por favor, sem alterar as vozes. O primeiro a dar um grito vai levar uma régua de madeira na cabeça. – Christine riu baixinho: Annika certamente aprendera muito com Madame Giry, pois ela via nos atos e palavras da outra aqueles que tantas vezes observara em sua preceptora. Uma autoridade que ela jamais tivera, ou pensava que teria... Uma força que vinha do nascimento, não do aprendizado.

— Por aqui, por favor – chamou a dama, ignorando o olhar fuzilante de seu esposo. Depois teriam mais uma briga, é claro. Ela poderia impedir a discussão, mas verdade é que seu temperamento também não era muito estável, e... Bem, era muito difícil refrear a língua, especialmente quando estava a sós com Erik, mas suas brigas nunca duravam muito, de qualquer forma. Na maior parte das vezes, em verdade, terminavam na cama, de um modo nada desagradável...

Ela abriu a porta de sua sala e deixou o trio entrar. A tensão no ar era quase palpável enquanto Christine se acomodava numa das poltronas; os homens, não obstante houvesse assentos para todos, fizeram questão de permanecer em pé, longe um do outro. Como se nada ocorresse, Annie se sentou em sua cadeira, atrás da mesa, como se fosse apenas tratar de algum assunto banal. Finalmente, cansada do silêncio reinante, perguntou:

— Ninguém tem nada a dizer?

— E o que espera que digamos, Annika? – perguntou Erik, furioso.

— Podiam começar resolvendo a situação que eu tive de esclarecer, quando era a única não-envolvida.

— Muito bem – começou Raoul, olhando com ódio para o Fantasma – resolver o que? O fato de esse... – ele mediu as palavras, pois se tratava do marido de Annika, afinal – insano ter continuado a perseguir minha esposa, mesmo depois de... De tudo? Resolver o modo como ele quase destruiu nosso casamento?

— Podemos falar, também, do modo como você prontamente desconfiou de Christine e a maltratou, não obstante as negativas dela e o próprio conteúdo das cartas! – Erik entregou Selene para Annika, que acomodou as pequenas no berço que pusera ao lado de sua cadeira. Por hora, deixaria os meninos discutirem entre si. Olhou para Christine, e esta parecia desconsolada, sem saber como agir, receosa de se intrometer e piorar a situação; com um sorriso maroto, Annie piscou um olho para ela, confortando-a enquanto formava com a boca as palavras “deixe-os brigar”.

— O que esperava que eu fizesse, Fantasma? Minha mulher guardou cartas de amor de outro homem! O que eu podia fazer?!

— Ser homem e enfrentar a mim, em vez de descontar sua raiva em sua mulher. Mas é claro, você não me enfrentaria, não é? – Erik provocou, num sorriso maldoso – Sabe que acabaria morto, sem Christine para salvá-lo.

Raoul se irritou, e teria avançado contra Erik, se Christine não se levantasse de imediato; de repente, toda a aura de jovenzinha assustada desaparecera, e ela encarou a ambos com intensidade:

— Já chega. – falou, com firmeza que espantou até Annika. – Querem resolver isso? Então iremos resolver. Ou melhor, eu irei, já que ambos parecem querer reviver a lamentável cena de nove anos atrás. – ela se voltou para Raoul – como já disse, e você já compreendeu, eu guardei as cartas de Erik porque eram tudo o que me restava dele. Louco ou não – ela ignorou a carranca de seu ex-mentor – obcecado ou não, ele ocupou o lugar de meu pai, em meu coração. Criou-me, de certo modo, e seus ensinamentos são uma parte irremovível daquilo que sou. E o amor de uma filha por seu pai dificilmente morre. – então ela fitou Erik – quanto a você, agora está casado, tem sua própria família, e já compreendeu, também, os erros que cometemos um com o outro. Eu já o perdoei, e você me perdoou. Nossas pendências estão resolvidas. – então ela se afastou, de modo a fitar ambos – Agora, não apenas me recuso, mas proíbo-os de brigar por minha causa, outra vez. Odeiam-se mutuamente, sei disso, mas recuso-me a ser a causa! Não sou mais uma menininha disputada por dois homens, e nem permitirei mais que qualquer de vocês tente me proteger do outro, ou me tratar como seu eu não tivesse vontade própria!

— Christine – começou Raoul – eu só estava tentando...

— Sei que quer me proteger, Raoul, mas não há motivos para isso, em relação a Erik. Ele e eu resolvemos nossas pendências. – e para o Fantasma – o mesmo vale para você. Meu relacionamento com Raoul não é de sua conta. Se eu o perdoei ou não, não será você a condená-lo. A ajuda que pedi foi a Annika, que é uma mulher sensata e responsável, adjetivos que nem de longe posso aplicar a qualquer dos dois, quando estão próximos! Resolvi com ambos os assuntos do passado e, portanto, exijo que meu nome não apareça mais em suas discussões. Odeiem-se, se quiserem, mas não por minha causa.

Annika tinha vontade de rir; aquilo estava mais cômico do que qualquer ópera-bufa já assistida por ela! Ver a tímida e frágil Christine calar os dois homens era algo inesperado, cômico e muito gratificante, após a conversa que haviam tido, na qual a pianista insistira em que a jovem tomasse as rédeas da própria vida. Esfregando as mãos, num sorriso satisfeito, a diretora se levantou:

— Bem, parece que Christine foi mais clara do que a luz do dia. Algo a dizer, cavalheiros? – e ante o silêncio deles, que ainda se fitavam numa batalha em que desafiavam o outro a desviar primeiro o olhar – Bem, se não têm nada a dizer, presumiremos que concordam. – ela viu Christine puxar o rosto de Raoul para fita-la, e fez o mesmo com Erik. Assim, desviaram a atenção de ambos. O Fantasma estava furioso com sua esposa, é claro, mas ela preferia assim: já havia muito tempo que não temia a raiva de seu marido. Com um leve sorriso, ela lhe deu um beijo no canto dos lábios, sentindo a respiração dele pesada, junto a seus ouvidos.

— Você é um verdadeiro demônio. – sussurrou ele, para sua mulher. Raoul também dissera algo a Christine, mas, ante o sorriso dela, ficara claro que não fora uma ameaça ou algo do gênero. Segurando o riso, Annika respondeu, também num sussurro:

— Eu sei. E você me ama, mesmo assim. – então se afastou, e dirigiu-se a Christine e Raoul – Bem, eu espero que fiquem em paz, agora que tudo está resolvido. Não há mais motivo para suspeitas, nem para ressentimentos.

— Ficaremos bem, sim – disse Raoul, agradecido, mas com leve ar de contrariedade – graças a você, Annika.

— Não me agradeçam. Fiz o que devia fazer. – ela apenas não esperava que Christine avançasse dois passos e a envolvesse num abraço apertado. Nunca pensara que a dama se desse tal liberdade mas, sorrindo, retribuiu.

— Obrigada por me devolver minha vida, Annika. – agradeceu a soprano, ao que a pianista, deu-lhe um beijo na testa e respondeu:

— Você se devolveu sua vida. Eu só a ajudei. – e dirigiu-se para a porta – bem, se tudo está certo, agora, devo pedir sua licença, pois tenho uma escola a administrar, três filhos para vigiar, e um solo para ensaiar.

De braços dados, parecendo completamente felizes em estarem juntos outra vez, os De Chagny deixaram a sala da direção, agradecendo a Annika. Erik permaneceu afastado, mas até mesmo ele ficava satisfeito em saber que Christine estaria bem, agora. É claro que ainda queria matar o Visconde por havê-la tratado mal, mas havia outra pessoa que o enfurecera, agora: sua mulher.

Quando a mulher de cabelos dourados retornou à sala, percebeu o semblante do esposo, e disparou antes que ele lhe dissesse qualquer coisa:

— Eu sei que está furioso, e até tem direito de estar, mas eu não ia deixar você estragar tudo e fazer Christine infeliz, outra vez. – ela foi até o berço, onde as gêmeas estavam já bem despertas, em pé, agarradas à grade lateral, e pegou as filhas nos braços – de qualquer modo, não vou discutir na frente das crianças.

— Sim. – concordou o Fantasma, refreando a raiva que o fazia querer disparar palavras ásperas. Uma coisa que haviam acertado era jamais erguer a voz um contra o outro, na presença do filhos. Quando estavam a sós, porém... Suas brigas eram tão intensas quanto a paixão que se sucedia. – Imagino que tenha muitas coisas a fazer, ainda, Madame Destler.

— Tenho, de fato. E, pelo que me consta, você tem uma obra a finalizar, para que seja apresentada na próxima temporada. – ela também estava zangada com o marido – voltarei para casa à noite.

— faça como quiser – devolveu ele, frio, antes de dar as costas e desaparecer pelos corredores, fazendo sua esposa suspirar; se não fosse pelas meninas, ia quebrar uma régua de madeira na cabeça dele, naquele instante! Oras, ele e Raoul haviam se portado como crianças! Era o tipo de comportamento que ela esperaria de Alain, e não, de dois homens! ARGH, quando estivessem sozinhos, ela ia tirar aquela máscara de calma, e Erik ia aprender a se portar direito! Por um triz não pusera a perder o entendimento entre Raoul e Christine! Mas que homem mais birrento e teimoso! Mula! Jumento empacado!

Xingando mentalmente, ela voltou para o conservatório, a fim de ensaiar. Pelo caminho, falou com monitores e professores, resolvendo um ou outro problema que aparecia. Depois, sentou-se ao piano, com as filhas brincando ao seu lado, e pôs-se a ensaiar seus solos; a música a acalmou, e logo ela já nem mesmo se lembrava da zanga, enquanto alternava entre brincar com as pequenas e prestar atenção ao estudo musical.

*

As crianças dormiam no quarto, com a porta bem fechada, de modo que som algum as acordasse. Erik e Annika haviam praticamente se ignorado, até aquele momento, mas agora a pianista vinha até seu esposo, que estava sentado ao órgão de foles.

— E então? – perguntou ela – algo a dizer?

— Além do modo como você me envergonhou na frente daquele moleque, tratando-me como se eu fosse um menino como Alain?

— Sempre age como se você fosse o centro da questão, não é, Erik? – perguntou ela, estreitando os olhos – Pois o centro da questão era Christine a menina que você criou e que, por sua causa, teve problemas sérios com o marido.

— Ele a maltratou, Annika. O que acha que eu deveria fazer? – apesar de zangado, ele mantinha o tom de voz baixo e controlado.

— Deixar que ela, como a adulta que é, tome as próprias decisões. – Annika se virou de costas para ele – Não é como se você pudesse falar algo sobre maltratar alguém – e virou-se para ele outra vez – ou já se esqueceu de porque acabei em sua casa, e de como me tratou nos primeiros meses?

Pego de surpresa com aqueles argumentos – Annika nunca mencionara a difícil relação que haviam tido, para não dizer a crueldade dele, no primeiros meses de convivência – ele se levantou, indignado:

— Isso não tem nada a ver!

— Tem tudo a ver, Erik. – insistiu ela, cruzando os braços – Raoul não fez a Christine a centésima parte do que você fez a mim, e eu escolhi perdoar você, por causa das coisas boas que me havia feito. Entre os De Chagny, a situação é exatamente a mesma. E você não tinha o direito de desfazer o entendimento que haviam alcançado.

— Então, agora, devo ser amigo de Raoul de Chagny, o menino mimado e estúpido?!

— Deve respeitar a escolha de Christine de Chagny, a esposa do Visconde, que você diz amar. Na verdade, deveria aprender a respeitar as escolhas de qualquer um! – ela parou por um instante, fitando o nada, e então sorriu de modo cansado – mas por que estamos brigando por isso?

— Porque estou ainda envergonhado do modo como me tratou!

— Fiz o que precisava para impedir que vocês dois agissem como meninos brigando por um brinquedo. Ou acha que eu queria dois homens matando um ao outro no meio da escola?

Erik parou por um instante: algum tempo antes, teria continuado a discutir com Annika, mas pensando melhor, entendia o quão vão e infantil era sua rixa com o Visconde. Pois, uma vez que Christine fizera sua escolha, ele não tinha mais nada a dizer ou interferir... Isso o enraivecia, o frustrava – ainda estava constrangido pelas repreensões da esposa – mas, ao mesmo tempo, ele não conseguia erguer a voz para uma discussão, pois sabia estar errado... Olhou para Annika, e perguntou:

— O que você faz comigo, seu demônio de olhos azuis? Estou fervendo de raiva e, ainda assim, não consigo brigar com você, ou protestar...

— Isso se chama maturidade, senhor meu esposo. – disse ela, aproximando-se dele atrevidamente – chama-se capacidade de reconhecer que está errado e, mesmo não gostando, simplesmente aceitar. – ela ia beijá-lo, mas sentiu os dedos dele se entrelaçarem a seus cabelos, segurando-os firmemente. Não chegava a doer, mas ela não podia avançar ou retroceder quando ele sussurrou, a centímetros de seus lábios:

— Nunca. Mais. Me. Constranja. Diante. De. Ninguém.

— Nunca mais aja como um tolo na frente de ninguém, e estaremos acertados. – retrucou ela, incapaz de não retrucar. Ele se afastou alguns centímetros o bastante para fitar seu rosto, e então a agarrou com força, puxando-a para si num beijo cheio de amor e fúria simultâneas. Ela retribuiu e, quando se separaram, terminou – Não consigo ficar zangada com você por muito tempo...

— Nem eu, com você.

— Desculpe-me por agir como agi, mais cedo.

— Eu também peço desculpas, por ter agido como uma criança. – ante aquelas palavras, soou uma gargalhada contida da moça:

— Acho que teremos um terremoto! Você está pedindo desculpas!

— E você não arremessou nenhum vaso, castiçal ou sapato em mim. Terremoto intenso.

Riram baixinho, ambos, antes que o Anjo falasse:

— Estamos diferentes do que éramos, não é?

— Estamos crescendo. – disse ela – e algumas brigas não valem à pena.

— Estranho ouvir isso da mulher que até hoje brinca nas rodas de luta dos moços do Casarão...

Ela riu e beijou Erik, feliz por não terem tido outra briga violenta. A maternidade, os cuidados com a escola, os ensaios, a vida como um todo a estavam ensinando a ser mais contida e calma, menos afeita às discussões. Já precisava discutir o suficiente com patrocinadores da escola, professores, autoridades públicas, colegas e admiradores... Não queria estender a lista a seu marido, a única pessoa, além de Gabrielle, que parecia entende-la completamente. Esquivando-se ao abraço dele, ela declarou:

— Soube que você andou aterrorizando um aluno, hoje...

— De quinze anos. Não era nenhuma criança, e estava falando “inverdades” sobre mim aos outros. Apenas o acuei quando o tive sozinho, e fiz um pouco de terror psicológico. Agora ele sabe que não se tratam apenas de lendas, e vi ficar de boca fechada.

— Sei... Eponine disse que você o havia tirado do chão!

— Parte do show. – e ante o cenho franzido de desaprovação – não seja estraga-prazeres.

Annie revirou os olhos: não adiantava... Erik nunca seria completamente maduro. Talvez fosse exatamente isso o que a atraía tanto, esse lado infantil que era tão intenso, vulnerável e forte a um só tempo, explosivo e manso... Esse emocional infantil, que sentia tudo com intensidade e não mascarava emoções.

— O que faço com você, senhor Destler? – perguntou a dama, pondo as mãos na cintura e esboçando um sorriso.

— Tenho uma lista de opções, se quiser. – respondeu o mascarado, andando até ela – mas eu sei muito bem o que fazer com você... – e num ato rápido demais para ela impedir, jogou-a sobre o ombro, levando-a para o banheiro, alheio aos protestos da dama. Encheu a banheira de água morna e a jogou ali dentro com roupas e tudo, juntando-se a ela. Agora, a pianista dividia-se entre risos e gritos de protesto, batendo no peito dele:

— Seu idiota, cretino, irresponsável! Vou levar um século para tirar o vestido, agora!

— Eu posso ajudar. – sussurrou ele, ao ouvido da moça, fazendo incontáveis sensações percorrerem o corpo dela. Quando deram por si, já estavam se beijando afogueadamente. Ah, discussões tinham, realmente, finais muito bons, mesmo quando não chegavam a ser brigas!


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Notas finais do capítulo

Ok, sei que não foi o melhor capítulo de todos, mas trarei coisas novas no próximo! Mudanças inesperadas e oportunidades novas! Vejo vocês lá?
Kisses!



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