Harry acordou sabendo que havia mais alguém em seu quarto. Abrindo os olhos, encontrou um borrão que parecia com o rosto de Rony.

— Harry, acorde. Minha mãe mandou te chamar, é hora do café. Vamos.

Colocando uma roupa qualquer, o garoto desceu para tomar café da manhã, só naquele momento se perguntando que horas eram. Quando chegou à cozinha, percebeu que não era muito tarde, todos com exceção de Gina e Hermione estavam tomando café.

— Harry, querido! Venha tomar café!

— Estou indo Sra.... - lembrou-se do que a mulher havia pedido que ele a chamasse - Molly. Onde estão Hermione e Gina?

— Estão se arrumando - disse Rony - Quer dizer, a festa começa as cinco, a cerimônia é as seis e agora são nove da manhã, então eu não sei porque começar a se arrumar tão cedo.

— Mulheres - disse Jorge.

— É melhor se acostumarem vocês dois - comentou Arthur. Ainda era estranho chamar os pais de seu melhor amigo e de sua futura esposa pelo primeiro nome, ainda que eles estivessem insistindo nisso desde o dia em que Harry pediu Gina em casamento.

E o resto do dia se passou assim, com Harry e Rony fazendo piadas sobre mulheres e homens e casamentos e todo o resto. Quando eram quatro horas os garotos foram se arrumar também. Harry fez o melhor que pode com o cabelo, mas não conseguiu domá-lo completamente. Era impossível, é claro.  Colocou o traje de gala e desceu para encontrar Rony.

Quando faltavam dez minutos para as cinco Hermione chegou, e Harry entendeu porque começar a se arrumar tão cedo. Ela estava em um vestido vermelho escuro, que realçava sua pele e seus cabelos, presos num elegante coque, com alguns fios soltos, que só a deixavam mais bonita.

— Você está linda! - disse Rony.

A garota corou levemente, e se juntou aos rapazes enquanto eles iam para a grande tenda, cuja estrutura era igual à de Gui e Fleur, mas a decoração completamente diferente. Rosas vermelhas e douradas decoravam o local, lembrando-o as cores da Grifinória, mas não de uma maneira opressiva, apenas mostrado qual era a casa da família Weasley, de modo que pessoas de outras casas também se sentissem confortáveis.

E assim os convidados começaram a chegar, admirando a decoração e parabenizando Harry pelo casamento, até que a grande estrutura estivesse cheia de pessoas, mas nunca claustrofóbica. Era estranho ter amigos o parabenizando por seu casamento. Casamento. 

Finalmente o horário da cerimônia chegou, e todos se sentaram em seus lugares, de modo que Rúbeo Hagrid se destacasse ainda mais, porque ele sentado tinha a altura de um homem normal em pé.

Harry foi para a frente da tenda com seus padrinhos e madrinhas de casamento. Música começou a tocar, cada vez mais alto, até que Gina apareceu na entrada, e Harry se esqueceu de todo o resto. Ela estava usando um vestido branco simples, com um buquê de rosas vermelhas e flores que Harry não conhecia em dourado. Seu cabelo ruivo estava preso numa trança, e ela estava absolutamente linda.

Não era uma beleza comum, e sim uma aura que sua noiva exalava, que deixava todos mais bonitos, como se ela melhorasse a definição de uma imagem, e quando Gina chegou ao seu lado, ele simplesmente não desgrudou os olhos dela.

— Estamos aqui reunidos para celebrar a união de Ginevra Molly Weasley com Harry Thiago Potter. Ginevra, você aceita Harry como seu legítimo esposo, para amá-lo e respeitá-lo, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe e além dela?

— Aceito. - a voz da garota saiu fraca, talvez por causa das lágrimas, porém decidida.

— Harry, você aceita Ginevra como sua legítima esposa, para amá-la e respeitá-la, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe e além dela?

— Aceito. - a voz de Harry era triunfante, embora ele também chorasse.

— Então eu os declaro marido e mulher.

Harry beijou Gina levemente, quase com medo de se exceder, e ela retribuiu de forma muito doce. Os aplausos vieram logo em seguida. Depois as mesas foram afastadas, e uma grande pista de dança foi materializada. Logo Gina e Harry começaram a dançar, seguidos de Rony e Hermione. A festa foi memorável, as bebidas nunca acabavam e a música parecia sempre mais alta.

Quando não estavam dançando, o casal era assolado por desejos de boa sorte, felicidades e tantas outras coisas. Ao fim da festa, os dois foram para A Toca, mas não ficariam lá por muito tempo. Suas malas já estavam prontas para o Largo Grimmauld, e após as despedidas, foi para lá que eles aparataram.