If I Die Young escrita por Kaya Levesque


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá! Mais uma fic fresquinha, espero que gostem. Boa leitura!



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Shane: Rick, it ain't like it was before!

(Pretty Much Dead Already, s02ep07)

 

Começou com um boato. Pesquisas que visavam alguma melhoria em vacinas acabaram criando um tipo mutante de vírus que era letal e se espalhava rapidamente. Logo, um boato levou a outro, que levou a outro, e de repente mil e uma teorias surgiram sobre o caos que se espalhava.

Eu era uma criança na época, com onze anos apenas. Não gostava de ver noticiário, nem ler o jornal, mas era impossível não notar o tumulto que a tal infecção causava. Saques, assaltos, violência gratuita, e, sim, mortes. Quando os infectados chegaram, esse último item veio junto.

Ainda me lembro do dia em que tive de deixar minha casa às pressas para fugir deles. Eu morava com minha mãe e meu pai, mas perdi ambos naquele dia. Enquanto papai ficava para trás para atrasar os doentes, mamãe me arrastava pela porta de trás da casa colocando uma pequena mochila de couro preto em minhas costas. A escuridão me confundia e a grama estava mal aparada e fria em minhas perninhas desprotegidas, causando-me arrepios. Mamãe me colocou num carro com uma amiga próxima, Deanna, e sua família. Ela fez a mulher prometer que cuidaria de mim antes de me olhar profundamente.

— Emily, não quero que tenha medo, entendeu? Tem que ser corajosa. Você é corajosa e vai sobreviver.

— Mamãe — choraminguei. Ela segurou meu rosto com as duas mãos e a olhei, tentando gravar cada linha de sua face.

— Vai sobreviver — disse ela. — Por mim e por seu pai, tudo bem? — Assenti, chorando e notei lágrimas nos olhos dela também. — Amamos você.

— Precisamos ir — avisou Aiden.

— Vá Emily — pediu minha mãe, levantando-se. Atrás dela, os infectados haviam passado por papai e avançavam em nossa direção. Assenti com o rosto banhado de lágrimas e deixei Reg fechar a porta banco traseiro do carro às pressas, separando-me dela. Aquela foi a última vez que a vi.

Chorei a maior parte do trajeto. Deanna sentou no banco de trás para me consolar enquanto eu me desfazia em lágrimas, soluçando alto o suficiente para termos que fechar as janelas. Quando não estava chorando, estava dormindo, coisa que só consegui fazer mais para o fim do percurso.

Acordei quando o carro parou. Olhei em volta, confusa com o cenário que via: casas iluminadas, pessoas conversando e até algumas crianças correndo por ali. Deanna já estava do lado de fora falando com um homem louro e Reg, parecendo estar tratando de um assunto importante.

— Onde estamos? — perguntei, desorientada.

— Em Alexandria — respondeu Spencer.

E em pouco tempo, eu passaria a chamar aquele lugar de lar.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam dos reviews! Beijinhos!