The Feeler escrita por Gabrielus


Capítulo 30
O Inverno Canadense




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O Inverno Canadense

De cada céu que olhei, enxerguei...

A dualidade do dia e da noite.

Uma perfeição indescritível por palavras,

Mas de lindeza profundamente tácita.

Há poesia no sol e na lua,

Na grama e na rua,

No calor e na chuva.

De dois, nasce a aurora do equilíbrio...

Repousada como uma pena sobre o destino assíduo.

Eis a epifania relatada em cada vista,

Decretada no dever do ofício.

Neve que nem sempre cai do céu,

Que como água destrói nossas cidades de papel.

Deixe o inverno esfriar a alma que indaga,

Nas fogueiras, enquanto a chama fria permanece apagada.

Gêmeo nascido do ventre de gêmeos...

Dá-me a primazia de um signo que abomino,

Para dar clareza às palavras que sucinto.

Nesse ritmo que elabora uma música de amor,

Recriminando tudo o que um dia foi dor.

És ela, mulher bipolar...

Que das falas aquecidas pela chama vermelha,

Fez-me acordar para o que a vida há de estar...

E ser!

A guerra desse mundo perdura em dualidade,

Bondade e maldade,

Egoísmo e solidariedade,

Suserania e vassalagem.

Foi com ela que assim aprendi...

Que cada um tem seu oposto.

Atraído pelo imã do desgosto,

Do inverno que perdura mesmo em Agosto,

Quando a recitei nossa máxima:

Você é o Canadá em uma tempestade de inverno

E eu Vancouver nos outonos de fortes chuvas.

Dela eu tirei...

Que a duplicidade por mais que frequente conflite,

Vive como estações de um país gélido e chuvoso.

Onde o frio representa seu ego,

E a chuva meu caráter efêmero.

Querida, perceba o quanto isso é lindo...

Somos como o inverno canadense,

Representados num poema lírico.

~Gabriel.


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