The Feeler escrita por Gabrielus
O Inverno Canadense
De cada céu que olhei, enxerguei...
A dualidade do dia e da noite.
Uma perfeição indescritível por palavras,
Mas de lindeza profundamente tácita.
Há poesia no sol e na lua,
Na grama e na rua,
No calor e na chuva.
De dois, nasce a aurora do equilíbrio...
Repousada como uma pena sobre o destino assíduo.
Eis a epifania relatada em cada vista,
Decretada no dever do ofício.
Neve que nem sempre cai do céu,
Que como água destrói nossas cidades de papel.
Deixe o inverno esfriar a alma que indaga,
Nas fogueiras, enquanto a chama fria permanece apagada.
Gêmeo nascido do ventre de gêmeos...
Dá-me a primazia de um signo que abomino,
Para dar clareza às palavras que sucinto.
Nesse ritmo que elabora uma música de amor,
Recriminando tudo o que um dia foi dor.
És ela, mulher bipolar...
Que das falas aquecidas pela chama vermelha,
Fez-me acordar para o que a vida há de estar...
E ser!
A guerra desse mundo perdura em dualidade,
Bondade e maldade,
Egoísmo e solidariedade,
Suserania e vassalagem.
Foi com ela que assim aprendi...
Que cada um tem seu oposto.
Atraído pelo imã do desgosto,
Do inverno que perdura mesmo em Agosto,
Quando a recitei nossa máxima:
Você é o Canadá em uma tempestade de inverno
E eu Vancouver nos outonos de fortes chuvas.
Dela eu tirei...
Que a duplicidade por mais que frequente conflite,
Vive como estações de um país gélido e chuvoso.
Onde o frio representa seu ego,
E a chuva meu caráter efêmero.
Querida, perceba o quanto isso é lindo...
Somos como o inverno canadense,
Representados num poema lírico.
~Gabriel.
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