1001 Motivos Para Amar Você escrita por WonderQueen


Capítulo 10
Capítulo 10: O Incomodávelmente Incômodo Chega na Mansão


Notas iniciais do capítulo

Oláááá! E aí, meu povo lindo, como estão? Um capítulo novinho em folha para vocês acaba de ser escrito e corri logo para vir divulgar!! Bom, lamento a demora, infelizmente não sou uma das escritoras que conseguem atualizar tudo de 5 em 5 dias; É tudo bem corrido nessa minha vida, rsrs XD. Aproveitem!



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Já era de manhã, os raios de sol iluminavam o quarto e trespassavam pelas cortinas de seda com facilidade, enquanto Haruhi se remexia em seu sono. Incomodada com a luz que pairava sob seu rosto, ela apertou as pálpebras e acordou, silenciosa e instantaneamente. Olhando para os lados, visualizou o ambiente totalmente diferente do que estava acostumada, se lembrando do lugar em que estava, não em sua casa, mas na dos Hitachiin. . . As pernas de Kaoru estavam entrelaçadas nas dela como uma videira, enquanto ela se via pressionada contra seu peito, seus braços largos em torno dela. O doce aroma de seu perfume familiar ainda estava lá, desde o dia anterior. Corando, ela tentou se afastar, porém o segundo ocupante da cama murmurou e a puxou para ainda mais perto dele quanto fosse possível,enquanto enterrava seu rosto em seus cabelos e prosseguia com seu sono pacífico. Não queria acordá - lo, porém precisava sair dali e se levantar. Se inclinou e o chamou suavemente:

— Kaoru. . . Acorde, por favor. . .

Ele resmungou enquanto ela riu e afastou uma mecha de cabelo ruivo e liso de sua testa, cantarolando. Só parou quando viu um par de olhos dourados e abertos a lhe fitarem enquanto escutava sua canção atenciosamente. Embaraçada, ela abaixou a cabeça para esconder seu rubor no mesmo momento. O ruivo deu um sorriso de lado.

— Não há melhor maneira de acordar quando um anjo canta pra você . . . —  A elogiou.

— Bom dia, Kaoru.

Ele se inclinou e lhe deu um delicado beijo na testa.

— Bom dia, luz do sol.

Permaneceram um pouco em silêncio por alguns momentos, ainda sem se separarem, as pernas sem se desentrelaçarem e o abraço sem se desfazer...

— Você sabe, temos que nos levantar agora.— Haruhi lembrou.

Ele suspirou um pouco.

— Não sei, tenho preguiça de sair daqui. . . Podemos ficar o dia inteiro deitados na cama?

— Mas assim você vai perder o resto do dia! E eu tenho que ir embora, também. . .

Poxa, ele tinha se esquecido de como sua estadia ali seria tão temporária! Se afastando, o garoto se sentou e se espreguiçou.

— Ao menos fique para o café da manhã.

Ela pensou por um momento, e então escutou seu estômago roncar de súbito.

— Bom, acho que  posso ficar. . .

Ele sorriu e se levantou enquanto já ia saindo e deixando o quarto. — Ótimo! Por que não vai se ajeitar? As coisas estão todas aí, no banheiro. Volto logo com algo para você vestir, tenho certeza de que devo ter uma centena de roupas especiais para você usar.

Haruhi deu um pesado suspiro. “ roupas especiais” , hein? Ela já podia até mesmo se imaginar enfiada em um vestido curto cheio de babados cor - de - rosa. Ela não gostava muito da cor, preferia mil vezes azul. Às vezes, a morena achava que devia ser a única pessoa do mundo que não poderia se vestir como quisesse, especialmente tendo amigos que entendiam muito de moda. . . Se levantou e se encaminhou para o banheiro. Quando saiu, encontrou três vestidos de verão muito delicados e belíssimos esticados na cama, com três sapatilhas no chão. Kaoru provavelmente não soube de qual ela gostaria mais e resolveu trazer as opções que ele tinha. Mas o que ele se esquecia é que, realmente, nada disso tinha relevância alguma para ela; Cores, formas, enfeites e designers de roupas não lhe encantavam muito. Suas vestes deveriam ser apenas confortáveis e já estaria ótimo para ela, sendo a pessoa prática que era. Porém, faria esse pequeno sacrifício de se vestir com o máximo de feminilidade o possível, mesmo que essa não fosse sua praia, por ele. Todos os três trajes eram curtos, o primeiro vestido era amarelo com forro de seda e um laço de cetim amarrado em volta da cintura; O segundo era um tomara que caia azul marinho com renda brilhante e o segundo era um vermelho de seda de um ombro só com estampa de rosas douradas no corpete e na barra da saia que pareciam ter sido pintadas a mão. As sapatilhas eram das respectivas cores dos vestidos para fazer combinações, cada uma com uma pedra preciosa na ponta: citrino ( essa é pedra é bem pouco conhecida, mas têm a forma de um quartzo cristalino amarelo) , safira e rubi. Hesitou enquanto pensava reflexivamente no qual escolher.

 

A menina desceu as escadarias que levavam até a copa usando o vestido amarelo com laço, os citrinos, jóias cintilantes e majestosas, brilhavam em seus pés calçados e uma presilha dourada prendia sua franja, que estava virada para o lado direito. Corou quando viu toda a família Hitachiin já sentada a mesa enorme e farta. . . Eles pararam imediatamente o que estavam fazendo e a fitaram, maravilhados, como se ela fosse algum tipo de atração turística.

A sra. Yuzuha exibia um olhar orgulhoso em seu rosto.

— Haruhi, você está tão linda! De onde você tirou esse vestido? Não parece ser meu. . .

Ela corou e olhou para seu namorado, que estava com a cabeça virada para o lado, escondendo um extenso rubor que cobria suas bochechas. Seu irmão e seu pai, Hayato Hitachiin, apenas sorriam e olhavam para ela.

— É um trabalho de Kaoru. — Haruhi disse, e em seguida olhou para ele, que lhe deu um pequeno sorriso genuíno e corou ainda mais.

A mãe dos gêmeos gracejou e se virou para seu filho mais novo, apertando suas bochechas como se ele ainda fosse um menino pequeno. — Owwnn, filho, você é tão talentoso! Realmente sabe como vestir as pessoas, meu bebê querido!

O ruivo gemeu enquanto tentava se livrar do aperto dela e Hikaru ria freneticamente de sua expressão. Seu irmão apenas lhe lançou um olhar mortal ameaçador, mas ele mesmo assim não se calou com sua ameaça silenciosa.

— Mãe, por favor , pare, isso está doendo . . .

Seu irmão gêmeo olhou para ele, suprimindo uma risada.

—" Bebê " da mamãe, hein?

—Calado! — O mais jovem exclamou, irritado.

Olhando os dois, a morena não pode evitar de dar uma risada, era engraçado e tão bobo ao mesmo tempo. . . Ela sabia muito bem que todas as mães eram assim, porém, Yuzuha Hitachiin com certeza era extremamente afetuosa, não só com seus filhos, mas também com todas as pessoas ao seu redor. . . O sr. Hayato, que antes estava lendo um extenso jornal seriamente, tirou e limpou seus óculos e a chamou para perto dele, saudando -a:

— Olá, Haruhi! Bom dia. Como você está? Meus filhos me contaram que esteve aqui no baile ontem à noite, mas infelizmente não consegui te ver, querida. . .

Ele estendeu os braços e ela o abraçou como se fosse seu próprio pai, encontrando conforto nos braços acolhedores do homem mais velho.

—Olá, sr. Hayato! Estou bem, e você? Eu realmente gostei da festa, senhor. Foi muito boa. . . É bom revê - lo novamente!

‘ Muito boa’ tirando alguns acontecimentos da noite, é claro. . .

Daí em diante, começou a falar e a falar sobre o baile para ele, enquanto este assentia e conversava com ela normalmente, perguntando -lhe sobre coisas de sua vida comum ao mesmo tempo também. Em geral, só pela aparência o homem já poderia deixar qualquer pessoa incrívelmente nervosa, mas a menina não se sentia assim quando estava em torno dele. Lhe lembrava seu avô, porém apenas mais jovem, mas do mesmo modo, reconfortante, alegre e espontâneo. . . Hikaru apenas escutava a conversa enquanto tomava um gole de seu café pacíficamente.

— Por que não se senta e toma café da manhã conosco também? — A sra. Yuzuha ofereceu a ela, soltando seu filho, que esfregou sua bochecha, que estava vermelha.

Haruhi sorriu.

— Mas é claro! Vou me juntar a vocês.

A mulher deu um sorriso satisfeito.

— Ah, e quero um abraço também! — Exigiu ela.

— Nós também! — Disseram os gêmeos em uníssono. Ela sorriu, e em seguida abraçou todos, demorando um pouquinho mais enquanto abraçava Kaoru, que levantou seu queixo e lhe deu um pequeno e simples beijo nos lábios. Finalmente, se sentou entre os gêmeos e eles tomaram o café da manhã em paz, rindo e conversando, como uma verdadeira família feliz. E, claro, ela se sentia realmente parte dela e daquele lugar. . .

Mais tarde, depois de ter se despedido de todos, a garota se encontrava no hall de entrada segurando sua mochila e algumas sacolas com suas coisas, uns vestidos que havia ganhado de presente. Ela suspirou e abraçou seu namorado com força, que retornou o gesto, seus braços envolvendo seu corpo e a puxando para mais perto dele.

—Tchau, Kaoru. Foi bom ficar aqui com você. . .

Ele pegou uma mecha de seu cabelo macio e delicado e brincou com ela com os dedos, girando - a em suas mãos suavemente enquanto sorria.

— Eu gostaria de que você ficasse ainda mais, mas já te tirei do seu pai por muito tempo, não é?

Ela riu.

—Sim, com certeza. . . Mesmo que nós nos vejamos todos os dias na escola, é uma sorte meu pai não ser ciumento! — A morena brincou, e em seguida o encarou e abriu um longo sorriso doce e amável. — Até mais! Te vejo na segunda. . .

Ele pensou um pouco enquanto se recordava de algo.

— Lembre - se de que vamos contar aos outros sobre nós, ok?

A crossdresser assentiu.

—Ok!

O ruivo se inclinou e a beijou, seus lábios úmidos sobre os dela, a doçura salgada a lhe o invadir a boca e a língua enquanto a menina enrodilhava seus braços ao redor de seu pescoço e correspondia, fechando os olhos e lhe beijando suavemente. Nenhum dos dois queria se separar, porém, com as últimas despedidas, fechou a porta e ela se foi . . . O rapaz deu um suspiro de satisfação enquanto refletia sobre o quão boas as coisas estavam para ele e Haruhi. Ele a tinha como namorada, e sua estranha vontade de vê - la e sentí - la como antes tornou - se ainda mais forte, como a queria a todo momento perto de si. Se sentiu um tanto incompleto quando ela se foi, quase como se alguém tivesse tomado temporariamente algo de extrema importância para ele que não pudesse viver sem. . . Andou lentamente até as escadarias, onde sua mãe estava de pé no topo a lhe encarar com olhos solenes.

— Kaoru . . . — Ela o chamou e ele assentiu, a mulher realmente havia acertado qual gêmeo ele era dessa vez.

—Sim, mãe?

— Sua prima Elisabeth vai ficar um tempo conosco, já que eu concordei em deixá - la ficar hospedada por aqui por um tempo, enquanto sua mãe vai viajar para o Canadá por duas semanas para uma conferência de negócios. Seja gentil com ela, ok? — Yuzuha disse.

Ele franziu a sobrancelha por um momento como uma porção de coisas se passaram por sua cabeça. Sua maior vontade era a de poder discordar disso, o que ele não podia fazer. O ruivo Hitachiin não queria aquela menina irritante nem um pouco ali na presença dele e de sua família, mas infelizmente não havia como expulsá - la. Reprimiu um suspiro frustrado e um xingamento bruto enquanto forçava um sorriso para ela.

—É claro. Ela deve se sentir em casa. — Disse ele, e sabia que era isso o que ela queria ouvir quando deu um sorriso satisfeito e se foi, virando as costas para ele, o barulho extremamente audível de seus saltos finos e elegantes a baterem no mármore foram se afastando conforme ela adentrava o corredor e partia. . . O rapaz foi para lá, vasculhando os quartos em busca de seu gêmeo por aí. Queria saber se ele já estava a par do absurdo. . .

—Hikaru! Hikaru! Hikaru!—O chamou diversas vezes enquanto ia de um lado para o outro, adentrando cada quarto e cada cômodo a sua procura, até espreitar a cabeça por uma janela e vê - lo de longe sentado em um galho do mais alto carvalho do quintal, ouvindo música tranquilamente com seus fones de ouvido. Sorriu satisfeito enquanto foi atrás dele. Correu pelo hall de entrada ansiosamente e saiu para o jardim enquanto uma brisa morna e suave passava por ele e o refrescava. . . Quando finalmente parou em frente a árvore, levantou a cabeça e pode apenas ver os pés de Hikaru, de tão alto que seu irmão estava. Kaoru com certeza não iria escalar. Ele era péssimo nisso, ao contrário de seu irmão, que tinha essa habilidade desde que eram pequenos, apenas meras crianças. . . Continuou chamando - o até que, por fim o mais velho o ouviu e tirou seus fones. Percebendo a presença de seu semelhante ali, ele o encarou curiosamente enquanto descia quase de um pulo da árvore.

— O que foi, Kaoru?

Ele hesitou um pouco antes de responder.

— Elisabeth vai vir para cá. — Disse.

Seu irmão gêmeo fez uma expressão um tanto chocada enquanto franzia o cenho. A verdade é que Hikaru também não tolerava a prima deles. No passado, ele havia gostado muito dela, se apaixonado mesmo, porém o único interesse da ruiva sempre foi Kaoru. Até hoje, se perguntava o porquê tinha sido tão estúpido. . . O que ele havia visto nela, afinal de contas? A garota era como a última bolacha quebrada do pacote e pior que o mais falante e irritante dos papagaios. . .

— O quê? Você está falando sério mesmo?

— Sim, a mamãe acabou de me contar.

— Nããoo. . . — O mais temperamental dos dois gemeu, resmungando palavras que pareciam incompreensíveis aos ouvidos de seu amável e sensível irmão.

— Ela ficará por pelo menos duas semanas.

Hikaru fez uma cara de tédio, porém em um segundo sua expressão foi ligeiramente substituída por uma de malícia. Deu aquele sorriso de gato de Cheschire e trocou um olhar com seu irmão, que ainda não tinha entendido.

— Duas semanas, hein? Se ela for ficar aqui, vamos ter que fazê - la implorar para voltar mais rápido do que o normal!

Kaoru lhe devolveu o mesmo sorriso, sempre cúmplice no olhar, nas palavras e em seus planos loucos e travessos. . .

— Já entendi onde você quer chegar. Vamos fazê - la nos odiar mais que tudo no mundo, até que ela fique de saco cheio de nós e não vá mais nos suportar! Tratamos sempre hóspedes indesejados com uma excelente cortesia, certo, Hikaru? — O mais novo disse, cheio de sua desperta travessura no olhar.

— Com certeza! — Hikaru concordou.

Ambos riram enquanto já bolavam planos em sua cabeça. Porém, primeiramente teriam de esperar até que sua mãe fosse embora, para que pudessem finalmente colocar em prática. Se livrar de Elisa seria fácil, fácil. . .

 

Ou não! Pelo menos não para Kaoru. Quando as portas da entrada se abriram abruptamente e mordomos e criadas entraram carregando uma dúzia de luxuosas malas, ela o avistou de longe como um falcão antes mesmo que pudesse cumprimentar qualquer outra pessoa.

— Kaoruu- Kuuun!! —Ela o chamou animadamente, correndo em sua direção tão rápida quanto um raio e quase o derrubando no chão enquanto o suprimiu em um forte abraço esmagador que parecia mais que iria quebrar suas costelas no mesmo instante. . . O adolescente forçou um sorriso.

— E- Elisabeth! Como está?

A menina deu um sorriso sofrido enquanto se aconchegava em seu peito.

— Bem, mas. . . Eu senti muito sua falta. . . — A britânica disse hesitantemente em um tom de voz baixo com sotaque, quase como se fosse um murmúrio.

Hikaru apenas observava.

— Oi! — Ele a cumprimentou.

—Oi. — Disse ela em um tom de voz frio como o gelo, curta e breve, não queria puxar conversa com alguém que não era do seu mínimo interesse para conversar.

A partir daí, o gêmeo mais velho aquietou - se e não disse mais nada, porém, seu maior desejo era que ele e seu irmão pudessem pôr em prática suas ideias o mais rápido o possível. A única coisa que os impedia era o fato de Yuzuha Hitachiin ainda estar. . . bem ali, ao seu lado neste exato momento. Olhava para Elisabeth e seu filho com um sorriso no rosto. Talvez, para a sra. Hitachiin, a prima deles fosse algum tipo de pretendente, e pretendentes eram sempre bem aceitas e tratadas. Kaoru Hitachiin só queria se afastar da menina, mesmo sabendo que, enquanto ela estivesse ali, não se afastaria nem a um metro dele. Suspirou enquanto tentou se libertar de seus braços, porém sem sucesso. Aquele ser era mais forte do que ele imaginava, mesmo sendo magra como um palito de fósforo. . .

— Olá, querida! Como está? Bem? Cansada? Precisa de um chá? — A elegante e jovial estilista na sala a cumprimentou enquanto se aproximava dela com um sorriso amável e educado, porém fazendo uma porção de perguntas a jovem.

Finalmente, o gêmeo ruivo pôde se ver livre dela. Ele andou ligeiramente e foi para seu irmão, ficando ao lado dele enquanto Elisabeth foi em direção a mãe deles e a abraçou com um sorriso no rosto.

— Srta. Hitachiin! Obrigada por me deixar ficar aqui! — Ela agradeceu.

A mulher assentiu.

— Não foi nada. Era o mínimo que podíamos fazer por você e sua mãe. Nossa casa é sua casa, ok?

—Ok!

Se virando para o mordomo mais próximo, ela disse:

— Por favor, Joseph, leve Elisbeth para conhecer o quarto dela.

Em um gesto de cabeça, o homem assentiu obedientemente.

— Como quiser, senhorita. . .

Antes de a garota sair com ele como se fosse uma escolta, não se esqueceu de lançar um último olhar sereno e solene para Kaoru. O menino estremeceu. Quando olhava para ela, via sua própria namorada a chorar em seus braços. . .

Haruhi finalmente estava em casa. Seu pai dormia esparramado no sofá com uma porção de revistas de moda da ‘Vogue’ ao redor dele. Aparentemente, ele devia ter perdido uma porção de horas de sono esperando por ela antes que tivessem ligado em casa no dia anterior avisando que  só voltaria no dia seguinte. Olhou em volta: não havia nenhuma anarquia na casa, isso era bom. Sorrindo, ela se aproximou dele e o chacoalhou enquanto o chamava ao mesmo tempo:

— Pai! Pai! Pai, acorde!

Resmungando, ele abriu os olhos e em seguida os arregalou quando a viu, pulando direto em sua filha para um abraço.

— Minha filha, você está linda! Como foi a festa? Quero que você me conte, eu gostaria de saber tudo, hein?!? — Exclamou ele.

Ela riu um pouco.

— Ok, tudo bem! — A morena concordou.

— Espero que eles tenham cuidado bem de você, Preciosa.

— Sim, Kaoru e o resto da família Hitachiin cuidaram bem de mim. . .

— Kaoru? — Seu pai perguntou, em um tom de voz amplamente interrogativo.

Haruhi corou enquanto olhava para os próprios pés, para esconder seu rubor.

— Nós estamos namorando, papai. — Ela declarou.

— O quê?!?! Como assim? — Ranka Fujioka exclamou, chocado.

—Nós nos amamos. Ele se confessou para mim e eu me confessei para ele. Estamos juntos há três dias. . .

— Três dias?!?

— Sim. . .

— Haruhi, porque você não me contou logo? Eu precisava saber desse babado antes!!

Desculpe, papai. É que eu fiquei com medo de como você poderia reagir, e resolvi esperar mais um pouco. 

— Owwn, querida. . . O homem disse suavemente enquanto a confortava em seu abraço. — Eu estou imensamente feliz por você. Desde que o cara com quem você esteja saindo não seja aquele loiro idiota Tamaki, está tudo bem por mim. Eu quero que você seja feliz, minha jóia preciosa!!

 

Haruhi sorriu carinhosamente para ele.

 

— Obrigado. Eu amo você!

 

— Eu também, querida. Agora. . . quem vai fazer panquecas com mel pro papai? — Ranka disse, com  um brilho em seu olhar sugestivo para a pequena menina.

 

Eu já devia ter previsto isso. . . — A crossdresser disse, revirando os olhos em brincadeira.

 

Agora eram dois gêmeos em cima da árvore. Kaoru subiu com a ajuda de seu irmão, e ambos estavam sentados nos galhos com os joelhos recolhidos em direção ao peito enquanto aproveitavam a brisa, respiravam o ar fresco e puro e deixavam que os mornos raios de sol do início da tarde lhes iluminassem, fazendo com que seus olhos ficassem ainda mais dourados e seus cabelos, em um tom acobreado  e brilhante. . . Juntos, eles permaneceram em silêncio por um longo tempo, apenas observando o ambiente ao seu redor, a movimentação na casa e Elisabeth correr para todo canto em busca de seu amado, sem, graças a Deus, percebê - lo ali.

 — Hikaru. . . Por quanto tempo mais poderemos ficar aqui em cima?  — O mais jovem questionou o outro.

Não sei. . . Vamos sair daqui a uma semana e só descer para pegar comida ou ir ao banheiro, combinado?  — O futuro e primeiro herdeiro da família Hitachiin lhe respondeu, com um sorriso brincalhão estampado em seu rosto.

 Kaoru revirou os olhos.

Não, estou falando sério. . .

  Seu irmão suspirou.

 — Vamos ter um entediaaantee recital e um concerto para ir á noite, então eu diria que daqui a algumas poucas horas. Nunca pensei que iria ver aquela aspirante a pianista tocar de novo. . .

 —  Temos que concordar que ela toca melhor  do que nós, Hika.

  Hikaru virou a cabeça para o lado para encará -lo.

 Não, você é mil vezes melhor. Você sempre tocou melhor do que eu quando nos sentávamos ao piano em frente aos nossos pais, Tamaki ou qualquer outro que eu já tenha visto. Já mostrou isso para a Haruhi?

O garoto corou.

 Não.  . . A verdade é que. . . não sei se ela iria gostar. . . Ela nunca teve interesse em música, que eu saiba.

Tente. Talvez ela seja uma daquelas que se amarram nos carinhas músicos!Hikaru disse animadamente enquanto cutucava seu gêmeo com o cotovelo.

O Hitachiin mais jovem riu.

Ok, ok, Hikaru, vou mostrar. Agora temos outra coisa para se preocupar, ok?

 Um grito alto ressou ao longe, e Kaoru ficou rigído como uma pedra no mesmo momento.

Kaaaoruuu! Onde está você, meu querido? Apareça! Não vai mesmo se mostrar e falar comigo?!?  — Soou a voz de Elisa de algum lugar lá embaixo...

 


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Notas finais do capítulo

Notas: Pesquisei na internet sobre a pedra chamada Citrino e ela é bem bonita, mas menos intensa ou valiosa do que um diamante ou um rubi; É tão pouco conhecida entre os leigos que nem eu sabia que esse tipo de pedra existia, mas combinou com o tipo de vestido em que eu imaginei Haruhi, e que, talvez venha à esboçar um dia, quem sabe esteja na minha futura coleção de Primavera- Verão quando for designer de moda . . Um beijo e um bife à milanesa para vocês, meus queridos leitores!!



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