Pokémon Enimia escrita por IggdraWerewolf


Capítulo 7
Cap. 3- A única sobrevivente


Notas iniciais do capítulo

A pequena e fria garota chamada Orange vive em Snowpoint, na região de Sinnoh. Sua única família são seus pokémon e Candice, a ex-líder de ginásio. A vida era boa apesar das dificuldades, e Orange estava feliz com as coisas do jeito que eram. Mas uma visita dos Saints na cidade pode mudar tudo.



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Paradise Island 13 anos atrás  09:35

Em uma cabana de madeira, em uma ilha tropical, um grupo de médicos e enfermeiros ajudavam uma mulher que estava em trabalho de parto.

—Parabéns! É uma menina!

A mulher segura a criança, ofegante pelo esforço mas com um sorriso em seu rosto.

—Que nome daremos a ela?-Perguntou o marido dela

—Tão linda… O sol de nossas vidas...-disse a mulher ainda muito fraca e logo seu marido disse:

—Ela será laranja e brilhante como o sol, Orange…. É um bom nome.

Ilhas Paradise 5 anos atrás 13:15

Orange abre a porta de casa com seu fiel aipom no ombro e é surpreendida com sua família e amigos gritando:

—Surpresa!

Os olhos de Orange brilhavam, ela começou a jogar aipom pro alto e disse:

—Espertinho! Por isso você me fez ir atrás daquelas frutas né?

O pai de Orange respondeu:

—Sim, nós pedimos pro Trickster manter você longe por um tempo, por ter feito um bom trabalho, ele merece um prêmio!

Ao dizer isso, ele tira uma fruta do bolso e a entrega para o pokemon que a devora em instantes.

—Mas ele não é o único que vai ganhar um presente-Disse a mãe de Orange-Aqui filha, espero que te ajude.

Ao receber a caixa, a curiosa garota a abre com cuidado e encontra uma máquina quadrada com um visor verde.

—Wow! Um item finder! Valeu mãe! Agora eu vou ser uma grande caçadora de tesouros!

A mulher ri. Comovida pelos sonhos de sua filha.

—Ok grande “caçadora de tesouros”, por que não vai procurar alguma coisa com seu presente?

—Posso mesmo?

—Claro! Mas não volte tarde ok?

—OK!

A garota adentrou um pouco na floresta até que seu item finder começou a apitar. Animada, a garota correu até onde o visor dizia ter alguma coisa e quando cavou a areia, seus olhos brilharam. A jovem viu um cristal azul claro, quase transparente, extremamente reluzente. A pequena garota retirou um colar de metal que sempre usava no pescoço e conseguiu encaixar a pedra como um pingente.
Orange estava voltando para casa, orgulhosa, com sua descoberta pendurada em seu pescoço como um troféu, porém foi parada por alguns valentões que costumavam atormentar a pequena Orange.

—Que bela pedra!-disse um deles

—Er...obrigado, eu achei na floresta e…

—Só tem um problema.

—Qual?

—Está no SEU pescoço, passa pra cá!

Ao dizer isso, o garoto salta na direção de Orange, porém a mesma consegue desviar do grandalhão desajeitado, mas ainda tinha mais 2 garotos, cada um segurou um braço da menina, impossibilitando que ela retira-se Trickster da pokebola. Orange se debatia e gritava para que eles parassem mas eles não deram ouvidos, quando o grandalhão tentou tocar no cristal, ele brilhou forte cegando as 4 crianças momentaneamente, um vulto apareceu e atacou os 3 valentões, quando voltou a si, Orange viu os restos mortais dos 3 valentões estraçalhados no chão, ao ver aquilo, Orange vomitou e caiu de joelhos, e quando o fez, reparou que o chão estava frio e ao olhar de perto, viu que a areia quente da praia, foi trocada por uma neve fria.


Ao se lembrar do vulto que provavelmente teria sido o culpado por matar os 3 valentões, Orange levantou assustada olhando para os lados e viu o vulto entre as arvores e plantas e se sentiu sendo constantemente observada.
Orange correu o mais depressa que pode para sua casa, porém, quando chegou, descobriu que seria melhor não ter entrado lá, seus pais estavam congelados, não só eles mas toda sua família e amigos, o mais estranho, foi que pelas posições deles, dava a entender que foram congelados instantaneamente, sua mãe estava de frente para seu pai, rindo como se ele tivesse acabado de contar uma piada, nenhum deles sentiu dor, se não a pequena Orange. Era como se ela estivesse parada no tempo, as pessoas congeladas estavam fazendo coisas normais do dia a dia, era como caminhar em uma cidade fantasma.

Orange se perguntava por que ela não havia sido congelada, ela sentia que estava frio, o frio chegava a incomoda-la um pouco, mas não ao ponto de congelar! Ela pegou vários lençóis que encontrou pelas casas para se aquecer, afinal, a alguns minutos a ilha era um paraíso tropical, eles não tinham cobertores e suas roupas eram muito finas, agora, a pobre Orange sofria e torcia para que ela também congela-se logo e acabasse com aquele inferno gélido.
Porém, para a sorte de Orange, as Ilhas Paradise não ficam muito longe da região de Sinoh, e da cidade de Sunnyshore foi possível ver a nevasca que tomou conta da ilha. A líder do ginásio de Snowpoint, Candice, decidiu ver o que aconteceu .Quando ela e sua comitiva chegaram lá, acharam a pequena Orange vagando pela cidade, faminta e confusa, ela caminhava sem destino entre as pessoas congeladas, seus olhos sempre encarando o vazio, como se estivesse morta. Candice a levou para Snowpoint e cuidou da jovem Orange, a treinou como uma treinadora pokemon e cuidou dela como uma irmã mais velha, tentou educa-la para que ela se torna-se uma boa pessoa e, quem sabe um dia, esquecer o que houve em sua ilha natal, mas a culpa e o ódio que Orange sentia eram grandes demais, quanto mais forte ela ficava, mais ela queria voltar para sua cidade natal e procurar o maldito vulto que congelou tudo e mata-lo, achar o cristal de onde o vulto saiu, que ela perdeu no meio da confusão, e quebra-lo. Aquele desejo por vingança foi tomando conta de Orange a cada dia que passava.

Cidade de Snowpoint, Região de Sinoh, 11/01 Dias Atuais

Templo de Snowpoint, um lugar onde diziam morar um pokémon lendário. Orange hoje com 13 anos, trajando um moletom laranja, uma touca de lã preta,  que mostrava um pouco de seus cabelos loiros, uma calça legging preta e um par de botas negras.
Estava na entrada do templo com latinhas de spray que tirava de sua bolsa azul clara, pichando um sol azul claro, como se estivesse congelado, e bem ao lado um empoleon meio cartunesco e estilizado.
Quando terminou sua arte, a jovem  olhou para trás, e viu uma trupe de cavaleiros com armaduras brancas com alguns detalhes dourados, Saints, a força bruta da igreja “Os 1000 Braços de Arceus”, se aproximavam. Orange não gostava deles, o “reinado” que eles tinham sobre Sinnoh dificultou muito a vida de muita gente ainda mais dos líderes de ginásio, como  Candice, o que obviamente trouxe dificuldades para Orange também. Alguns dos cidadãos guiavam os templários para lá.

—Orange! Esse templo é um ponto histórico da cidade! Agora você foi longe demais com essas malditas pichações!

A garota olha séria para o cidadão, seus olhos frios e sem brilho, o olhar da menina costuma deixar os outros inconfortáveis, era impossível saber o que ela pensava. Depois de um breve silêncio, a garota finalmente responde.

—A culpa não é minha se o templo é tão chato e sem graça… tão… frio… como tudo nessa cidade…

A pequena garota guarda suas latinhas de spray e começa a andar, seu trabalho estava concluido, ela havia deixado sua marca em quase todos os cantos da cidade, ela se perguntava o que iria fazer depois que tivesse pichado todos os pontos da cidade que ela pretendia. Até que um dos templarios começou a encarar Orange constantemente, ele estava bem no centro da comitiva, como se todos os outros estivessem protegendo o mesmo, sua armadura tinha o mesmo jogo de cores que a dos outros, porém com muito mais detalhes, um deles sendo um grande arco dourado encrustado na testa do capacete. Orange para de caminhar, a sensação de ser observada era algo comum, mas o olhar desse templário era diferente, gerava em Orange uma sensação que já fazia algum tempo que ela não sentia, medo. A última vez que ela se sentiu assim foi em seu aniversario de oito anos, em sua ilha natal, no primeiro dia de nevasca.

—(Por quê… por quê sinto esse mau estar? Quem...é ele?)

Orange pensava para si mesma, aprendeu a ser tão fria quanto a neva de Snowpoint nesses ultimos anos, ela estava com medo daquele homem, não da cometiva, apenas daquele homem especifico, que a fitava sem parar, e a garota não quebrou o olhar nem demonstrou o medo que estava sentindo.
A voz imponente do homem ecoa pelo ar, como um trovão, era notável a tensão dos seus homens, esperando uma ordem assim que escutavam a voz de seu comandante, pois sabiam o que aconteceria se ela não fosse comprida…

—Quem é você, pequenina?

—Orange…

—E de onde vem?

—Daqui mesmo…

—Eu gostaria de conversar com você…

Orange notou que aquilo não era um pedido, ainda mais quando dois guardas apareceram do seu lado, segurando a jovem pelos braços e a levando para perto de seu senhor. Ao lado dele ela ficou, até os soldados terminarem o acampamento na frente do templo. Ao terminarem o acampamento, Orange e o grande homem entram em uma tenda. A mesma era aconchegante e era bem luxuosa, como uma tenda de guerra de um grande general de tempos medievais.
Havia uma mesa no centro da tenda, a menina se sentou de um lado e o brutamontes do outro. O homem tira seu capacete, revelando um longo cabelo loiro, uma barba rala, um olho verde e outro completamente branco com uma grande cicatriz o cortando porém, ambos tão sem vida quanto os da própria garota.

—Minha cara dama Orange… eu reconheço esse seu olhar. Uma pessoa viva com o olhar de um defunto. Você está viva, mas sua vida gira em torno da morte. Saudade, raiva, vingança, tristeza. Seu olhar diz muito sobre você… e você já deve ter notado que eu possuo o mesmo olhar… eu posso imaginar por o que você passou…

—Ninguém pode imaginar o que eu passei, senhor.

—Toda a sua família foi morta por um pokémon…

Orange se assusta, ela estava de cabeça baixa até agora, ela levanta o rosto para olhar diretamente para o rosto do homem.

—Não… esse olhar… você perdeu muito mais, sua cidade inteira talvez?

—Como…?

—Eu sou como você pequena, eu perdi tudo, essas criaturas que rondam nosso mundo, me tiraram tudo que tinha. Todos que eu amava… mas eu encontrei uma esperança… durante muito tempo eu vive sem nada sentir… sem uma chama a arder em minha alma, mas eu me tornei um templário dos Saints, e finalmente tive a chance de liberar minha raiva e meu desejo por vingança, de maneira controlada, aprendi a controlar minhas emoções. Acho que você, minha cara… poderia ser uma ótima cavaleira templária em nossas linhas de frente.

Orange não conseguia não pensar que aquele era um bom homem, ela sabia, melhor que ninguém, que a perda de todos que você ama é difícil, mas torna a pessoa forte se ela conseguir combater a tristeza. Mas ela não conseguia entender como aquele homem que sentia o mesmo que ela, poderia se juntar a uma organização como os Saints.

—Eu sinto muito senhor…

—Longinus.

—Senhor Longinus, eu não consigo simpatizar com os Saints nem sua igreja… não quero ofender sua fé, mas como pode acreditar que a aniquilação ou erradicação de pokémon selvagem pode ser algo bom? Que as pessoas não deveriam se apegar aos pokémon e usa-lós apenas como ferramentas? Que as pessoas devem reduzir o número de pokémon que podem usar? As pessoas não precisam de um limite de amigos senhor…

—Entendo perfeitamente senhorita Orange. Eu por algum acaso me equivoquei sobre seu passado? Sinto muito se ofendi.

—Não… você não errou…

—Então como pode chamar esses monstros de amigos?

—Não julgue um pelos erros de muitos, todos merecem uma chance… é o que minha irmã me ensinou… por isso eu acredito que o senhor é um bom homem, está apenas seguindo ordens que você acha que estão certas.

—Você é uma rebelde nata senhorita, sempre com uma resposta para tudo, a cada segundo que passa gosto mais de você, sinto que teremos um relacionamento interessante no decorrer de nossas vidas. É uma pena que não queira fazer parte de nossas linhas de frente. Está dispensada.

Orange não se sentiu muito confortável, sabia que havia decepcionado uma pessoa perigosamente poderosa, e mesmo depois de todos os elogios que o homem fez a Orange, ele não esboçou reação alguma, nem frustação, nem felicidade, nem nada. A garota tinha encontrado alguém tão difícil de se entender quanto ela mesma, mas estava ficando tarde e ela precisava voltar para casa antes que Candice ficasse preocupada.

Enquanto a jovem saia do acampamento ela foi parada por dois soldados.

—É uma bela arte que você fez com o grafite garotinha…

—Obrigado…

—E o que significa esse sol azul?

—É um símbolo que eu criei pra me representar… motivos pessoais… com  licença, preciso ir para casa…

—Ainda não mocinha, outro dia viemos recolher dízimos da cidade de Snowpoint e os caixotes com dinheiro, itens e pokémon que recolhemos foi encontrado vazio com esse mesmo simbolo pichado… você sabe de alguma coisa?-Perguntou um dos soldados com um tom sarcástico.

—Claro que sei… fui eu.

—Q-Quê!? V-você tem muita coragem de admitir isso bem na nossa frente no meio da nossa base!

—Eu respondi sua pergunta… posso ir agora?

—Quanta ousadia para uma garota tão pequena! Você será capturada e levada em julgamento!

Orange não mudou sua expressão e ficou encarando os dois.

—Tsc… demonstre alguma reação! Estou te levando para a prisão!

Orange continua encarando o homem, mesma expressão.

—Argh! Eu já cansei de você garota! Vai Lucario!

—Vamos mostrar para ela do que são feitos os Saints! Vá Bronzong.

Os dois capangas desembainham suas espadas, nelas há um espaço para uma pokébola, eles cortam o ar e as pokébolas se desprendem da lâmina, liberando os pokémon.

—Stalker…

Da pokébola de Orange, um grande Dusknoir saiu, seu olho vermelho brilhando constantemente. Os dois cavaleiros, se amedrontaram, não esperavam tal pokémon da garota, e ele tinha vantagem contra os dois.

—Lucario! Metal Claw!

Bronzong! Feint Attack!

O lucario tornou suas patas em garras afiadas e pulou para cortar o fantasma, já o Bronzong, se tornou invisível em meio a uma energia negra, reaparecendo ao lado de Stalker com uma estranha energia em suas mãos. No último instante, Orange deu o comando.

—Stalker, Fire Punch.

O pokémon colocou ambas as mãos nas laterais de seu torso, e elas começaram a pegar fogo, e com cada uma das mãos socou inimigos, os arremessando para longe.

—Shadow Punch.

Logo em seguida, cada um dos punhos do pokémon socaram buracos negros, e apareceram em cima dos inimigos, os acertando para baixo, e deixando-os pressionados contra o chão, os nocauteando.

Os templários ficaram boquiabertos com o potencial da menina. Orange por outro lado, continuava sem esboçar emoção alguma. Recuou seu pokémon calmamente, porém de ultimo momento, ela olha para trás e vê um cavaleiro indo para cima dela com uma lança. A jovem desvia do golpe e vê vários soldados ao redor dela, empunhando armas. Ela tira de sua bolsa duas latinhas de spray e começa a balança-las para cima e para baixo, depois aperta um botão em suas laterais, e arremessa uma para cada lado. Elas explodem em uma nuvem de fumaça
Assim que Orange sai da fumaça, ela vê um homem descendo com uma espada em sua direção. O som da lâmina rasgando carne pode ser escutado e ao mesmo tempo, o sangue espirrando.

Orange abre os olhos e vê Longinus na sua frente, com a espada de seu próprio capanga enfiada em seu ombro. O grande templário não esboçava dor, e calmamente segurou a lâmina em seu ombro e a tirou de lá.

—Estamos aqui em nome de Arceus, não para matar crianças…

—M-mas senhor! Ela…

—Ela é uma criança. Pregou uma peça em nós, não feriu nem causou mal a ninguém. E todos merecem uma chance…

Longinus olha para Orange, ainda sério. Ao ter seu olhar encontrado com o da garota, ele sorri para ela por um curto tempo, assim como ela sorri para ele.

 

A jovem chega em casa e é surpreendida por sua irmã mais velha, Candice.

—Onde você estava mocinha!? Candice ficou muito preocupada com você!

Orange sempre havia achado estranho essa mania dela de falar em terceira pessoa, mas por mais que não demonstrasse, Orange achava essa mania de sua irmã bem engraçada.

—Eu estava no templo… ai os Saints apareceram…

—OS SAINTS!? Você está bem? Se machucou? Se meteu em encrenca de novo!? O que Candice já te falou sobre se meter em problemas!?

—Fique calma… eu não me meti em problemas, estou bem. Conheci um saint que era diferente… seu olhar era diferente… ele me ajudou a sair sem me machucar...eu me pergunto se não é possivél faze-lô mudar…

Candice começa a sentir vontade de rir. Ela tenta segurar mas não consegue e começa a rir sem parar.

—Qual é a graça?-Pergunta Orange séria.

—Você! Candice nem consegue  acreditar! Eles crescem tão rápido… mas não se preocupe! É normal na sua idade ter um primeiro amor, ainda mais por um rapaz mais velho!

Orange levanta uma sobrancelha para sua irmã, ela estava um pouco brava, o que fez Candice achar ainda mais engraçado.

—E quem disse que eu estou apaixonada por alguém?

—Ei! Não precisa olhar para Candice com esse olhar tão maldoso! Candice só está brincando com você! Mas então… quem é o rapaz de sorte? Seu cavaleiro de armadura cintilante!

—As vezes me pergunto qual de nós duas é a mais velha… o nome dele é Longinus e…

Candice estava tomando um pouco de chocolate quente, até ouvir o nome do homem e cuspir tudo para fora e engasgando com o que já tinha tomado. Orange para de falar e a encara preocupada.

—Você ta legal?

—Não! Candice não tá legal! Orange! Fique longe desse homem, Longinus é um monstro! Você, nem ninguém desse mundo pode muda-ló! Candice ama o quanto você gosta de ajudar as pessoas, e o quanto você pode ter esperança nelas as vezes, mas não com Longinus! Entende?

—Mas… ele se parece tanto comigo… eu acho que ele passou pelo mesmo que eu… que perdeu tudo… você também me acha um monstro?

—Orange, não se compare a Longinus, ele não é como você! Candice duvida até que ele seja humano! Fique longe dele! Por favor!

—Ok Candice… eu entendi…

Candice realmente parecia preocupada, Orange nunca a viu agir daquele jeito, o que a preocupou um pouco, ainda mais quando sua irmã a abraçou, como se para acalma-lá, mas Orange sentia que ela queria mesmo era se acalmar, e logo abraçou de volta. A jovem garota não sabia por que sua irmã tinha tanto medo daquele homem de olhar melancólico… Orange queria acreditar que ele não era um homem mau, mas também não queria preocupar sua irmã.

Snowpoint, 12/01 13:33

Orange acorda, olha para o relógio e percebe que mais uma vez, ela dormiu demais. Candice não está em lugar algum, mas era normal. Afinal ela era uma líder de ginásio, e por mais que os mesmo tivessem sido banidos de Sinnoh, ela precisava se reunir com os outros e discutir com a Liga sobre essa crise em Sinnoh. A garota escova os dentes e troca seu pijama por sua roupa comum, ela só não havia ainda colocado sua touca, deixando seus longos cabelos loiros a mostra. Ela tomava café da manhã quando viu na TV uma notícia que chamou sua atenção.

—Novidades hoje, quando após uma reunião entre os antigos líderes de ginásio e vossa santidade Alexus IV, a igreja “Os mil braços de Arceus” decidiu que permitiria mais uma vez as batalhas de ginásio, contanto que os líderes se convertessem e espalhassem a palavra de Arceus!

—Até parece…-Comenta Orange

—E para a felicidade do povo, os líderes aceitaram!

Orange para de comer sua tigela de cereal e encara a televisão, séria e surpresa.

—... o que?

—É isso ai senhoras e senhores! Parece que teremos nossos ginásios de volta!

Orange coloca sua touca, e corre até o ginásio para falar com Candice. Ao chegar lá, para a infelicidade da pequena Orange, Candice estava diferente. A mulher trajava uma armadura azul clara, não era possível ver seu rosto devido ao elmo fechado que usava, ao ver Orange, ela se aproxima e diz.

—Sinto muito pequena, o ginásio está em reforma. Volte daqui a alguns dias.

—Candice! O que significa isso!? O que você está fazendo!?

—Estou dando vida a vontade de nosso grande lorde Arceus!

—Do que você está falando!? Você não é assim!

—Eu sou uma devota a Arceus, como todos são, pequena!

Orange se assusta.

—Você disse… “eu”?

—Sim pequena, qual o problema?

Orange está assustada e sai do ginásio correndo. Ela para para respirar, tentando entender o que está acontecendo. Até ela escutar uma voz.

—Precisa de ajuda, pequena?

Orange olha para frente, um velinho sorridente de manto verde está na sua frente, ele a convida para tomar um chá e descansar, afirmando que ela parecia estar abatida. A jovem, sem saber para quem recorrer ou desabafar, ela explica a situação para o senhor. Eles se encontravam em um quarto de uma pousada, o homem era um vagante. Ele se levanta e olha pela janela.

—Pequena, isso é obra dos Saints, uma poderosa magia foi usada. A mente dos líderes se encontra abalada, quem sabe, até dominadas. Um poder psiquico poderoso de fato… talvez, eles nem sejam mais quem eles um dia foram.

—Eu preciso ajudar! Candice é a única familía que tenho!

—Enfrentar os Saints!? Missão perigosa, pequena. Longa viagem pela frente… Se quiser ajudar sua amiga, você deveria encontrar uma bela jovem chamada Cynthia, tenho certeza que ela vai ajudar!

—E onde posso acha-lá?

—Ela provavelmente se encontra na cidade de Celestic. Mas a viagem é longa pequena…

—Não me importo… vou procurar ajuda, seja onde for. Obrigado pela informação senhor, qual é seu nome?

—Me chamo Gray, é um prazer conhece-lâ jovem Orange.

—Como sabe meu nome? Eu não me apresentei ainda…

—Hehehe… eu sei de muitas coisas pequena, e você é bem conhecida! Boa sorte em sua viagem!

Orange agradece mais uma vez, reune suas coisa, e parte para a cidade de Celestic, determinada a salvar sua irmã.


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Notas finais do capítulo

A jornada da pequena e destemina Orange começou, e ela não pretende parar até salvar sua irmã. Agora que fomos introduzidos a história de cada um dos personagens, prepare-se para entender o que está acontecendo ao redor do mundo pokémon no próximo capítulo, "Pesadelos". Até a próxima o/



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