Região de Hoenn, cidade de Mauville 10/01 22:20

Na região de Hoenn, a cidade de Mauville se tornou um grande centro urbano, e nessa cidade há uma casa onde vários órfãos, que perderam seu orfanato em um incêndio, vivem. Alguém bate na porta. Jimmy, o mais novo, vai atender.

—Boa noi…

O pequeno garoto de 9 anos é interrompido por um golpe forte no rosto que lhe arranca um pouco de sangue e o arremessa para o lado. Todos se levantam assustados, estavam jantando felizes agora a pouco, o que poderia estar acontecendo?
2 homens com jaquetas de couro e tatuados estavam na porta, em suas jaquetas, um “N” vermelho podia ser visto, emblema da gangue de maníacos conhecida como “Noises” .

—Onde está o pequeno Chip?

Ao escutar um dos homens dizendo isso, um dos meninos começa a tremer e suar frio, e para sua má sorte, um dos homens percebe sua reação.

—Ah! Ai esta o canalha!-Ele o pega pela camisa e o arremessa contra o chão-Você tem noção de quanta grana você nos deve?

—Qualé cara...eu vou pagar, eu juro!

—Ah vai sim....com sangue!

O homem tira um revólver e aponta para o menino, porém, uma mão segura o braço do homem com tamanha força, que ele quase solta a arma, logo em seguida o homem recebe um soco no meio do nariz e é possível escutar o som do mesmo quebrando enquanto o sangue jorra. O outro homem estava prestes a tirar uma arma também, mas um pequeno sableye, com toda a furtividade possível, usa suas garras para cortar a garganta do homem, que sem reação cai morto no chão.
Com o nariz quebrado o homem pragueja:

—Mas quem foi o filho da...-então ele levanta a cabeça e vê seu agressor-tsc, tinha que ser você...Skull…

A silhueta de Skull era uma visão assustadora, era um jovem muito forte e de grande porte para sua idade, com uma calça cargo e um casaco de moletom pretos com detalhes brancos, um cuturno preto, e o que o tornava assustador, nada de seu rosto ficava a mostra, uma bandana amarrada em frente de seu nariz com o desenho de um maxilar humano, um óculos de solda fosco, e com seus longos cabelos de “Dreads” brancos a mostra, o rosto do jovem parecia uma caveira.

—O que fazem em minha casa!? Ferindo meus irmãos desse jeito!?

—Ora...viemos cobrar o dinheiro que seu “irmão” nos deve!

Skull olha para Chip que estava no chão, o mesmo imediatamente abaixa a cabeça como quem esta envergonhado, pois apesar de não conseguir ver o rosto de Skull, sabe que ele está zangado.

—Já disse para vocês ficarem longe dos Noises!

—M-mas... eu queria melhorar o desempenho dos meus pokemons para ganhar as underground battles e te ajudar…

—Você comprou Pokedrugs?

—B-bem…

O homem se levanta, enxugando o sangue e ainda com  a mão no nariz ele diz.

—Ok...agora que tudo foi explicado...posso matar o garoto e voltar logo pra casa?

—Toque um só de seus dedos sujos nele e você morre!

—Escuta, Skull... se você me matar, o chefe vai mandar mais e mais homens para matar vocês...vale a pena?

O homem tinha razão...e pra piorar, Skull já tinha mandado seu sableye matar um deles, o que podia deixar o chefe deles ainda mais irritado.

—E o que você sugere? Sabe que não temos dinheiro!

—Sim, mas suas habilidades em batalha, tanto pokemon quanto humanas, são um talento a se reconhecer! Talvez se você fazer um servicinhos para o chefe…

— *Tsc*. Tanto faz...mas deixe as crianças em paz… se não... - O rapaz diz isso estralando os dedos.

—He  he... ta certo então...amanhã eu  passo aqui bem cedinho, o chefe já tem um trabalhinho pra você...

—Mas já? Como? Você nem falou com seu chefe ainda!

—Ele já sabia que isso ia acontecer. Créditos a mente brilhante do chefe...ele não é o líder de todo o submundo de Hoenn atoa sabia? Hahahahahaha!

E o homem vai embora rindo alto. Ao ajudarem os meninos a se levantarem, Skull senta-se no sofá e suspira alto. Ele pensa em tirar suas bandanas para respirar melhor, mas se lembra do porque as usa, para esconder suas queimaduras e cicatrizes, “prêmios” que ele conseguiu salvando seus “irmãozinhos” do incêndio de uns anos atrás, e decide manter elas, a última coisa que ele quer é que os mais novos o vejam como um monstro. Chip se aproxima dele e diz:

—Skull...eu sinto muito mesmo...eu só queira ajudar e...

—Tudo bem Chip...eu sei....agente vai sair dessa juntos, a gente sempre sai, Morôu?

Chip não conseguia ver, mas sabia que Skull estava sorrindo, Chip ainda se assustava com esse “poder” de Skull, desde que o jovem o encontrou na rua a algumas semanas, ele nunca viu o rosto do rapaz, mas sempre sabia como estava sua expressão.
Skull tem 18 anos, é o líder, mas não o mais velho, o mais velho é Bucky com 22 anos. Bucky insistiu que iria com Skull na missão do dia seguinte, para se certificar que tudo ficaria bem. Skull tenta argumentar, dizendo que ele já é grande o suficiente para se virar, mas Bucky sempre foi muito protetor, vê Skull como um herói desde do incêndio de alguns anos atrás, e não consegue ver essas crianças sobrevivendo sem ele, para Bucky, as crianças, Mauville, ou quem sabe toda Hoenn, precisam, ou um dia vão precisar desse garoto. Mal sabia ele o quanto estava certo.

Mauville, 11/01 10:30

Alguns capangas dos Noises batem na porta de Skull. Ele e Bucky estavam prontos para a missão. Eles entram em uma van e são levados até a base dos Noises, em New Mauville, um antigo reator de energia para a cidade de Mauville, com algumas reformas, se tornou o lar da infame gangue.
Ao chegar lá, o grupo de capangas se depara com um homem bem vestido, roupas sociais, calvo, com um semblante sério, atrás de uma mesa  cheia de papéis. Seria ele o lider dos Noises?

—Saudações senhoras e senhores! A maioria aqui já me conhece, mas para os novatos…- Ele vira o rosto e da um olhar frio em direção a Skull e Bucky.- … Permitam que eu me apresente. Eu sou Prankster! A entidade que tem olhos e ouvidos por toda Hoenn e que a tornou na piada que ela é hoje! No país livre e divertido que vocês vivem em alegria irmãos e irmãs! Eu sou, O Líder dos Noises!

Os capangas gritam e comemoram com o curto discurso. Skull e Bucky se sentem enojados com o discurso, sabem que aquilo é tudo mentira, que eles tornaram a região um inferno pra maioria das pessoas, que graças a esses loucos anarquistas, ninguém pode sair de casa com a certeza de voltar, e sabem que os Noises já destruiram, diretamente, indiretamente ou com uma bala na cabeça, a vida de diversas pessoas, e continuam tratando tudo como uma piada.

—Agora senhoras e senhores, eu vou dar a vocês a missão do dia:Como todos sabem, damos a chance de todos os pobres e menos capacitados financeiramente, de terem pokémon tão fortes quanto os bem criadas que custam milhares de pokédollares que os riquinhos compram. Claro que estou falando das Pokédrugs, nossa melhor criação até então! Já fomos atacados e roubados inumeras vezes, muitos querem a receita, ou se livrar dela. Mas até então, não falhamos em defende-lá! Porém, recentemente fomos traídos.
Um grupo de tolos que trabalharam na criação das pokédrugs nos laboratórios durante algumas semanas, acharam que poderiam nos passar a perna e levar a formula com eles, claro, não deixamos novatos verem a formula, isso é para pessoas mais bem capacitadas, porém, eles roubaram um espécime com uma fórmula teste dentro de seu DNA, o espécime é um Mightyena e o que os palhaços não sabem, é que a fórmula texte era um protótipo falho, o espécime iria ser executado quando foi roubado.
A falha pode gerar alguns efeitos colaterais… indesejados, e não sabemos se é contagioso ou não, e o que menos queremos agora, é que a polícia fique na nossa cola por termos causado uma epidemia nos pokémon, ou quem sabe até nos humanos, da região. Eles estão a caminho da rota 121 no momento, nossos batedores os rastrearam, vão para lá o mais rápido possível e armem uma emboscada, já temos pessoas trabalhando para tornar a viagem deles mais demorada, lembrem-se de usarem apenas armas de fogo para não correrem o risco de contaminar seus pokémon… Por hoje é só.

Skull e Bucky foram levados junto com alguns outros homens para um furgão preto. No caminho até a missão, eles se perguntavam o que poderia ter acontecido com o tal do pokémon, e o que ao certo eles enfrentariam.

Rota 121 12:50

Skull, Bucky e os capangas de Prankster fazem uma emboscada para os inimigos.
Alguns carros e uma van estavam passando pelo local, quando de repente, os Noises saem de seus esconderijos e começam a atirar com fuzis em seus inimigos. Os alvos não foram mortos pois os carros eram blindados. Ao saírem dos carros já trocando tiros, o caos começou a tomar conta da pacata rota 121, civis que passavam por ali, fugiam ou se escondiam com medo. Skull está atrás de uma árvore, ao seu lado um Noise atira sem parar, até levar uma saraivada de tiros em várias regiões de seu corpo e cair para trás ainda atirando por um tempo. Skull acaba soltando um palavrão devido ao susto e respira fundo para não perder o controle, e tenta pensar que não se meteu no meio de um tiroteio de facções criminosas. Depois de mais saraivadas, Skull e Bucky percebem que suas armas ficaram sem balas. Bucky se arrasta até um Noise morto em busca de munição, Skull vê que um dos inimigos notou a movimentação de seu companheiro e começou a mirar em sua direção. Skull percebe que aquela era hora do fator surpresa, e grita o comando.

—Buddy! Extrema direita! “Arraste para o inferno”!

Os capangas inimigos não entenderam o que o rapaz quis dizer mas ficaram atentos, até que o homem que mirava em Bucky, que não estava com a guarda alta, sentiu algo segurando suas pernas, e ao olhar para baixo, viu enormes mãos azuis o puxando para a terra. Os aliados dele apenas puderam ouvir seus gritos, até escutarem o barulho de ossos quebrando, tentaram atirar na criatura, mas ela ainda estava de baixo da terra, impossibilitando um tiro certeiro.
Em um ato de desespero, diante da desvantagem iminente, os inimigos abrem a van para que o teste atacasse seus antigos mestres. Um vulto pulou da van e atacou um dos homens que abriu a porta, o outro espantado, mal conseguiu se mexer e logo o vulto o atacou também, aos poucos os alvos estavam morrendo pela própria arma secreta. Quando pareceu que não havia mais inimigos se não o vulto que provavelmente era o teste, os Noises foram se aproximando aos poucos, Skull estava longe de Bucky, e preferiu se dirigir até seu amigo e deixar a eliminação do alvo para os capangas. Depois da troca de tiros, apenas 3 capangas, fora Skull e Bucky, estavam vivos. Ao se aproximar, o primeiro cai morto por um jato de algum líquido verde estranho que começou a queimar a carne do capanga. De trás de um dos carros saiu o “teste”, um  mightyena com várias bolhas estranhas espalhados pelo corpo, babando um liquido verde estranho misturado com o sangue dos humanos que atacou, sua boca nunca se fechava, como se estivesse sempre ofegante, com olhos completamente brancos, e falhas em alguns pontos onde deveria ter sua bela pelugem preta. Os 2 capangas começaram a tremer de medo, uma das bolhas explodiu em mais um jato de ácido verde que acertou mais um dos capangas, enquanto o outro atirava sem parar e sem nem mirar direito, os tiros que acertaram pareciam não fazer efeito, e o mightyena sem nem mostrar dor, correu pra cima dele e o devorou vivo, uma visão terrível, ao morder a carne da vítima, sua baba ácida caia dentro dos músculos e órgãos expostos causando uma dor insuportável, pelo menos, era o que deduzia-se sobre a dor pelos gritos do que, um dia, foi um homem , agora era só um amontoado de nojeiras vermelhas e verdes.

A criatura mutante olha rosnando para Skull e Bucky. Bucky arremessa um rifle carregado para Skull. Mas no mesmo momento, o mutante pula em cima de Skull, o jovem nota que a criatura chegará nele primeiro que a arma, se vendo sem escolhe se não agir , Skull faz um “Moinho-de-vento” e chuta a cara e o peito do mutante em 2 golpes consecutivos, ao joga-lo longe, Skull da um grande grito:

—Buddy!! Muddy Water!

O pokémon de Skull, um enorme Swampert, sai e solta um jato de água suja que graças a pressão, quebra o pescoço do mutante, o matando.

—Caralho mano! Cê viu ´sa porra? Parecia um monstro daqueles filmes de zumbi todo bizarro tá ligado?!

—Calma Skull! Tu num sobreviveu a uma porra dessas pra morrer da ataque cardíaco, né? Senta ae mano!

—Porra…

—Ainda bem que tu manja das dança de rua...aonde que já se viu usar passo de dança pra brigar? Tu é locaço mesmo né?

—É...mas agente ta vivo…

—Por pouco... mas tamo…

Bucky ajuda Skull a se levantar, e ambos começam a voltar para casa.

—Skull… eu tava pensando… eu não quero mais viver na sombra daqueles cara… todos os outros capangas morreram, podemos aproveitar pra delatar aqueles caras pra policia! Sabemos onde fica o esconderijo deles. Quem sabe se falarmos pra polícia ela tome alguma providência!

—Cê ta maluco “cumpadí”!? Aqueles caras são barra pesada! Acho que a gente tem que voltar pra casa de bico fechado e fingir que nada aconteceu.

—Qualé, negão! Vai me dizer que cê ta com medo? Eu sei que aqueles caras são barra pesada, mas e ai!? Vamos ficar vivendo pelas ordens daqueles canalhas até quando!? Eu quero ser livre, quero ver você, os meninos, quero que todos possamos ser felizes como quando a gente era muleke!

—Bucky, por quê a gente num pode ser feliz do jeito que tá? As coisas mudaram, aceita, abaixa a cabeça, e tudo vai ficar bem, morôu?

—Skull, ta na hora da gente ser os heróis que aquela mulecada precisa!

Skull fica pensativo, e depois de um suspiro toma sua decisão.

Delegacia de Mauville 16:41

Os jovens entram em uma sala no segundo andar da delegacia, eles estão no escritório do delegado, um bom homem, Skull havia conhecido ele há alguns anos.
O filho do delegado havia sumido a pouco tempo, ele devia dinheiro aos Noises, como quase todos os jovens de Hoenn atualmente, e os Noises sequestraram ele. O delegado busca implacavelmente os Noises, e seu filho desde então.

—E é isso senhor, a base deles é em New Mauville, pode ir lá se quiser!

—Nossa, Skull! Que história incrível! Vou contatar os “caras grandes” agora mesmo! Pode apostar que a Liga ficara sabendo disso! Em breve tudo vai estar bem!

Skull e Bucky estavam muitos felizes, sorriam o tempo todo! Não podiam acreditar que aquele inferno em que viviam finalmente iria acabar. O delegado fala no telefone.

—Sim, eles estão aqui, sim, eles me contaram uma história e disseram que sabem onde fica a base dos Noises. Entendo, estou no aguardo.

O sorriso some  do rosto do delegado.

—Garotos… me perdoem…

Os dois amigos ficam sérios, até que dois capangas dos Noises entram na sala, cada um com um Mightyena.

—Eles… eles prometeram devolver meu filho…

Skull não conseguia tirar os olhos do delegado, queria estar bravo, mas só sentia pena. Até que Bucky grita a ele uma ordem, fazendo com que ele volte a si.

—Skull! Vai pra casa! Esconde as crianças em um lugar seguro!

—Tu ta maluco "cumpádi”!? E você!?

—Eu quero ser o herói que você foi, quando saiu daquele prédio em chamas comigo nos ombros, e entrou de novo para salvar os outros… eu vou ficar bem, agora vai!

Skull, ficou sem palavras, ele já havia cometido tantos erros na vida, se achava um monstro, nunca pensou que alguém o respeitaria tanto, e ele respeitava e confiava em Bucky, sabia que o amigo estava certo, as crianças eram prioridade.

—Se cuida mano! Eu e as crianças vamos te ver de novo!

—Torkoal, Camerupt, Flamethrower ! Pode apostar mano!

Ainda com receio, Skull pula da janela do segundo andar da delegacia, rola no chão para amortecer a queda e sem pausa, corre para sua casa, que era longe, porem ele tinha o tempo que Bucky daria para ele. Ao chegar lá, não havia ninguém. Tomado pela fúria, o jovem da um poderoso soco na parede, e corre na direção do covil inimigo.

New Mauville 17,20

Skull entra na base dos Noises com fúria e ódio tomando conta de seu ser, ele está com um rifle semi-automático que roubou de um capanga, atirando para todos os lados em todo ser vivo que não seus pokémon que passam na sua frente. Ao seu lado Rhyme, seu Manectric, dispara uma onda elétrica que nocauteia vários Wailmers e Wingulls dos capangas a sua frente. Beat, o Hitmontop de Skull, começa a girar sem parar e avança, derrubando Magcargos e Camerupts, liberando passagem.

—ONDE ELES ESTÃO!?- Grita Skull enfurecido em busca das crianças.

O rapaz finalmente chega na sala do líder dos Noises, Prankster, depois de atirar em dois capangas que agora jaziam caídos no chão.
Skull coloca o rifle na testa do homem.

—Me devolva as crianças, e deixa a gente em paz, e eu não puxo a porra do gatilho! Morôu!?

—E-eu juro que não sei do que cê ta falando cara!

—Quer saber? Foda-se, eu to sem paciência, eu vou virar essa merda de cabeça pra baixo, e vou achar a mulecada com ou sem você.

—N-Não! Espera! Vamos conversar! Eu te juro que elas não estã…

O homem é silenciado pelo som do disparo da arma e dos miolos voando.

—Tua voz é irritante pacas… morôu?

Skull procura de ponta a ponta a base inteira, mas não acha as crianças. Furioso e desesperado, ele sai da base que agora fedia a morte, com quase todas as paredes pintadas de vermelho. Ele volta para a cidade e enquanto caminha pelas ruas, rumo a sua casa, seu pokénav toca. Wattson, o líder do ginásio de Mauville, e o mais próximo de uma figura paterna de Skull, estava tentando contata-lo a algum tempo, aparentemente a base dos Noises em New Mauville bloqueou o sinal de seu pokénav. O jovem foi correndo para o ginásio, como uma última esperança de encontrar as crianças.

Ginásio de Mauville, 18:15

Um velhinho abre a porta do ginásio e diz:

—Pois não?

—Velho Wattson?

—Skull!

—Os meninos estão ai?

—Estão sim, vieram atrás de mim mais cedo e me explicaram o que aconteceu, não permiti que eles voltassem pra casa.

—Fez bem, velho Wattson.

—Eu fui até sua casa há umas horas atrás pra ver se você tinha chegado e achei uma caixa pra você, não a abri ainda.

Skull toma a caixa e vê um bilhete escrito a mão com giz de cera e desenhos de vários Spindas sorridentes espalhados pelo bilhete. O bilhete dizia:

“Meu caro Skull
Eu não fico contente em saber que você não aprova meus métodos, e muito menos que você mata meus soldados e meu boneco, mas admiro seu potencial e sua determinação! Olha eu não faço por mal, são só algumas pegadinhas inocentes, sabe? Eu ADORO pregar peças, a para provar que não tem nada de mal, eu preguei uma peça em você também, ok? Olhe na caixa!”

Ao abrir a caixa, Skull começa a tremer, lágrimas começam a escorrer de seu rosto e ele tira de dentro da caixa a cabeça cortada de seu amigo de infância Bucky, que apesar de seus olhos terem perdido o brilho da vida, podia ver que em seus lábios se formava um sorriso sincero, e no fundo da caixa, um pouco sujo de sangue, tinha outro bilhete.

“Você pensou mesmo que seria tão facil me achar e me matar? Você é mais burro do que parece!
Seu amigo parece feliz na morte, estranho não? Talvez por que ele tenha morrido salvando aquele que o salvou a alguns anos atrás num incêndio, não? Agora vocês estão quites! Não precisa me agradecer, o prazer foi todo MEU!”

O choque para Skull foi tanto que ele chorava, mas seus gemidos e grunhidos morriam na garganta, som nenhum saia do jovem, mas lágrimas escorriam de seu rosto enquanto olhava para a cabeça de seu amigo morto e amassava o bilhete com força em sua mão.

—Velho Wattson…

—Diga meu filho.

—Cuide dos meninos…

—Aonde você vai?

—Ser o herói que Bucky acreditava que eu era...

Ao dizer isso ele recarrega o fuzil que conseguiu durante a invasão a base dos Noises.

—Mas Skull...meu filho, os Noises são a maior gangue do país! Use a cabeça! Enfrenta-los de frente é suicídio!

—Que seja! Matarei todos! Prankster acha que isso é uma peça? Uma pegadinha? Uma brincadeira? Pois bem...dois podem entrar nesse jogo, morôu!?.

E assim Skull sai do ginásio elétrico de Wattson, em busca de informação sobre quem é Prankster e onde encontra-lo. Parecia ser uma missão impossível, mas o coração do jovem queimava com o desejo de vingança, e o fogo não se apagaria tão cedo.